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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Serões em Família

Bruder Klein

Todos os direitos reservados.
Os textos aqui agrupados encontram-se todos registrados sendo proibida a reprodução, total ou parcial e por quaisquer meios, sem a autorização, por escrito, do autor.
E-Mail: mik346@hotmail.com


Cinqüenta anos depois

01/09/97

Os anos que transcorrem são implacáveis, para o nosso exterior, assim como é benéfico para o nosso interior. Exteriormente a idade vai desgastando o nosso físico, apresentando modificações profundas que nos obrigam a atualizarmo-nos para que respeitemos os nosso limites e não forcemos nosso organismo a realizar mais do que suas possibilidades. De maneira geral há um enfraquecimento que nos condiciona a modificarmos o nosso modo de vida.
Interiormente, penso, que ocorre um fato um tanto diferente, visto que as experiências acumuladas irão nos enriquecendo e passamos a possuir uma capacidade que nos facilita a realização de coisas que nem imaginávamos. Geralmente as realizações artísticas e intelectuais se realizam nesse período em que o espírito está preparado para viver os grandes desafios da vida. Embora o enfraquecimento físico nos obrigue a limitar as nossas atividades o espírito estará trabalhando para a realização de obras de muito maior valor do que quando éramos jovens. Não que os jovens não produzam, fazem-no e muito bem, quando possuidores de talento, mas os idosos trabalham com muito maior despreocupação por não almejarem sucesso e sim apresentar tudo aquilo que está dentro de si, como exemplo e orientação para as novas gerações; estarão livres de pressões e ninguém poderá cobrar-lhes mais nada porque as suas dívidas já foram pagas pela vida .
Tomemos como exemplo a pessoa que ilustra esta reflexão apresentada em dois momentos de sua vida. A primeira com dezoito anos, órfão de pai, frustrado por ter tido de interromper os estudos logo depois da 4ª série do primeiro grau, não vislumbrava qual poderia ser o seu futuro, falto de ferramentas que lhe facilitasse a escalada. Jovem, em todo o seu vigor, porem não tendo perspectiva de como enfrentar os obstáculos que se lhe apresentava, fazendo-o visualizar um futuro negro, repetindo o mesmo destino de seu pai, que após correr atrás da sorte, encerrou a sua luta aos trinta e cinco anos. Quem o olhasse naquele instante até poderia profetizar que ali estaria um caso crasso de derrota. Ele mesmo, desencorajado pelo seu despreparo, considerava que não haveria muito a esperar!
Agora vejamos esse mesmo personagem, aproximadamente cinqüenta anos depois. Olha para trás e enxerga uma infinidade de obstáculos que teve de transpor e lá no início do túnel vislumbra aquele menino tímido que até ele mesmo desconhece porque já não é aquele menino e sim um homem realizado. A sua trajetória foi evolutiva dando-lhe a oportunidade de ocupar cargos de chefia e até de Diretor de uma instituição educacional especializada, jornalista e escritor, transformou-se em um formador de opinião através de sua participação política e comunitária. A mesma pessoa focada em dois momentos de sua vida e que apresenta contrastes marcantes sendo que a fase presente apresenta-se com muito maior qualidade. Embora com o organismo desgastado pelos anos, é dono de um conteúdo muito maior e melhor, propiciando-lhe a sensação de que alcançou a realização pessoal, social e profissional.
Agora pergunto a vocês, qual deles gostariam de ser? Vocês não sei, eu gostaria de ser o segundo!


C U I D A D O C O M O S E U N O M E

12/09/97


Eu já falei sobre as transformações que operam-se em nossas vidas em determinados períodos e nos levam a assumir missões que influirão nas vidas e procedimento de outras pessoas. Pois bem, existe um outro fator de transformações que precisamos estar atentos, que mudam as características de personalidade das pessoas. Refere-se, isso, a modificações, muitas vezes sutis na maneira como elas são conhecidas. Esse particular, que é a mudança de nome, não é ocorrido apenas no período atual e sim tem sido uma tradição através dos tempos, que poderão ser aquilatados através das próprias Escrituras Sagradas.
Abraão, quando foi chamado para chefiar a formação de um povo especial, teve o seu nome mudado para Abraão; sua mulher Sarai teve o seu nome transformado em Sara. Representando essa mudança as funções que teriam dali por diante.
Jacó, quando teve o seu encontro com o Senhor, ocasião que teve uma visão, em sonho, onde era apresentada uma escada que subia da terra ao céu e anjos de Deus subiam e desciam sobre ela, teve o seu nome modificado para Israel. Jesus, quando do chamado de Natanael (Bartolomeu) fez referência a esse episódio, esclarecendo ser Ele a escada por onde subiam e desciam os anjos de Deus. O próprio fato desse discípulo ser chamado por Natanael e Bartolomeu é um indício de mudança de nome.
No Novo Testamento temos, ainda, o caso de Simão, que passou a chamar-se Cefas que queria dizer Pedro, espelhando melhor, a partir daquele instante, as características do seu procedimento. Na mesma ocasião Jesus passou a chamar os irmãos João e Tiago, de "Boanerges" ou "Filhos do Trovão", por conta de seus temperamentos explosivos.
Barnabé é outro caso do Novo Testamento, pois o seu nome era, primeiramente, José das Consolações.
Levi, cobrador de impostos, passou a ser chamado Mateus, nome que assinou quando escreveu o evangelho que leva o seu nome.
Saulo, que foi um perseguidor dos cristãos e posteriormente transformou-se em um dos esteios do cristianismo, a partir de um determinado momento, em seu ministério, passou a ser chamado Paulo.
Muitos outros casos há, tanto nas Escrituras Sagradas como em documentos históricos, podendo ser observado também em nossos relacionamentos, em que constatamos a mudança de nomes, que sempre trouxe consigo uma transformação da vida das pessoas envolvidas.
Eu, quando nasci, recebi o nome de José Wladimir Klein; tempos depois, ainda quando criança, devido a impossibilidade de pronunciar o meu nome corretamente o fazia emitindo apenas o final do segundo e o começo do sobrenome, soando como Miken, passando a ser assim conhecido, por insistência de uma pessoa conhecida em fixar o apelido. Isso convenceu-me e, até, não admitia ser chamado por outro nome senão de Mik. Certa vez entrei em luta corporal com outro menino que teve o desplante de chamar-me de José.
Quando comecei a trabalhar, todos passaram a chamar-me de Klein e a nova maneira de ser conhecido prevaleceu por muitos anos.
Na ocasião que assumi um compromisso sério e definitivo, como cristão salvo por Jesus, as pessoas acrescentaram "Irmão" ao nome, passando eu a ser chamado " Irmão Klein".
Tempos depois, transferindo-me de residência e consequentemente de igreja, passei a ser chamado de "Irmão José".
Nesse ínterim existiram várias pessoas que sempre chamaram-me de Wladimir.
As mudanças de tratamento tem constituído-se em marcos em minha vida, pois em cada período, paralelamente à transformação operada na maneira de tratamento, ocorreram mudanças emocionais, psicológicas e materiais em minha vida.
O que estou fazendo aqui é uma simples observação sobre as transformações que poderão haver, relacionadas com o nome que poderemos estar usando em um determinado momento. Creio que se nos aprofundarmos nesse estudo poderemos encontrar razões que poderão orientar-nos a um procedimento correto no tratamento nomenclatural que deveremos impingir às pessoas. Ao fazê-lo poderemos estar mudando o destino de nossos semelhantes tanto para melhor ou para pior. Isso nos serve de alerta para nos abstermos de usar apelidos ao referirmo-nos às pessoas, porque poderemos estar mudando os seus destinos.
Uma coisa que tenho observado é que todas as pessoas a quem incluímos o sufixo "inho" ( que significa diminuição) ao nome, luta com grande dificuldade para vencer na vida, mesmo, em muitos casos isso tornando-se impossível. Em razão disso acho que os pais deveriam evitar de começar a chamar os seus queridos filhos de filhinho, Joãozinho, Mariazinha, Marquinho, Jefinho, pois poderão estar condenando os seus filhos ao fracasso em suas carreiras.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, poderá existir algum "inho" que venceu na vida, mas isso apenas será uma exceção que confirmará a regra.
Sempre preocupei-me com o nome das pessoas e constatei pelo meu respeito a isso que as pessoas têm os seus nomes em alta conta e se você quiser fazer-se estimado por elas,
dê valor a isso, também. No meu trabalho relacionava-me com um numero muito grande de pessoas e ali os apelidos eram comuns: " Mata Cavalo" "Pé de Cabra" "Malhadinho" "João do Burro" "Zé Loco" e muitos outros que não me ocorrem no momento, mas sempre tive o cuidado de procurar saber os seus verdadeiros nomes e por eles chama-los.
Basta a cada um as transformações que a vida trará em seus nomes, que influirão nos seus destinos, ninguém precisará que lhes andemos a inventar apelidos.
Por isso considero, também, que na Internet deveremos ter o bom gosto e a dignidade de usarmos o nosso nome verdadeiro, pois assim estaremos assumindo a responsabilidade pela maneira de agirmos e não nos escondendo em nomes fictícios para, acobertados com o anonimato, importunarmos usuários que encaram com seriedade as comunicações.
Desculpas àqueles que unicamente escondem-se por trás de um nome fictício para não permitirem que a sua sinceridade seja explorada por inescrupulosos que escondem-se no anonimato.




D I Á L O G O C O N J U G A L E F A M I L I A R



“A Mococa”
11/11/89
Este é um dos pontos fundamentais no relacionamento. O homem é superior, justamente porque conseguiu falar e através da palavra, fazer-se entender. Não fora isso e o mundo não teria alcançado o desenvolvimento que alcançou.
Na família, tudo que acontece é influenciado pela palavra. Desde o namoro, noivado, seguido pelo relacionamento das famílias, conjugal, sexual, social, a educação e orientação dos filhos. Nada se fará sem o poder mágico das palavras.
No entanto, mesmo que tenhamos pleno conhecimento do valor do diálogo, ele não se estabelece simplesmente, obedecendo a nossa vontade. Ele é influenciado pela personalidade das pessoas, pelas circunstancias de momento, muitas vezes fugindo ao nosso controle.
O homem, para conhecer o seu semelhante, precisará, antes, conhecer-se a si próprio. Conhecer-se, auto-analisar-se, estabelecer as suas limitações, será a melhor maneira de alcançar aos outros.
Procuro analisar, sem rancor, as críticas que fazem a meu respeito? Qual o meu procedimento quando sou criticado? Sou capaz de agradecer? Qual o meu procedimento para com minha esposa, com meus filhos? Ouço-os com amor e compreensão, ou procuro “ganhar” impondo somente o meu ponto de vista?
É preciso que nos conheçamos muito bem para que possamos dialogar com a nossa esposa, com os nossos filhos a fim de resolvermos tudo racionalmente. Muitas vezes não seremos nós que estaremos com a razão e teremos que ter a humildade para reconhecer isso e aceitarmos os pontos de vista de outras pessoas. Nós não somos as pessoas mais sábias do mundo, mas estaremos no caminho da sabedoria se aceitarmos as direções que nos são
indicadas. Nesse aprendizado constante iremos construindo, solidamente, aquilo que mais desejamos que é a felicidade de nossos filhos. Demos a eles essa oportunidade, porque em nosso tempo próprio, também fomos beneficiados. Que em nossa caminhada possamos marcar os rastros do esforço distendido para a consolidação da família e aperfeiçoamento da sociedade.



E D U C A Ç Ã O D O S F I L H O S

“A Mococa”
18/12/89

O que é educação?
É o ato de se desenvolver as faculdades físicas, intelectuais morais e psicológicas do indivíduo.
Geralmente o pai, que é o principal responsável pela educação da criança e do adolescente, não está preparado para essa tarefa espetacular. Para bem educar precisará existir espírito de liderança, autoridade, disciplina, conhecimento da natureza humana, para que, sem autoritarismo, possamos orientar as nossas crianças.
De fundamental importância será a nossa presença física e um equilíbrio psicológico para que desde pequenos eles possam ir adquirindo a segurança necessária para que se desenvolvam e estejam preparados para os embates da vida. Deveremos ter paciência para ouvi-los dando-lhes a oportunidade de apresentar, sem interrupção, as suas versões dos fatos, para depois julgarmos com justiça, procurando, menos que castigá-los, orientá-los para a correção dos costumes. Quando tivermos de castigá-los, eles deverão compreender porque isso teve de acontecer. sem a necessidade de sentirem-se humilhados.
Deveremos sempre acompanhar, com interesse, a vida escolar de nossos filhos, ajudando-os a entenderem a utilidade da instrução para a comodidade de sua vida futura. Teremos que fazê-los enxergar a utilidade da cultura para a compreensão dos fatos da vida. Nesse sentido deveremos incentivá-los à leitura sobre todos os assuntos para que, inclusive, possam conseguir um bom relacionamento social. Nesse particular, como em outros, valerá mais o exemplo pessoal; deveremos acompanhá-los à biblioteca pública, orientando-os como se utiliza a mesma. Ajudá-los, também, a compreenderem o que estão lendo; esse convívio será sempre salutar. Muitas vezes, devido aos nossos afazeres, delegamos a outros essa tarefa que caberia a nós, de estarmos presentes na caminhada de nossos filhos; isso deverá ser evitado porque ninguém nos substituirá com o empenho necessário; somente quem ama poderá saber o que é melhor para a pessoa amada.
O sábio Salomão deixou escrito: “ Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” E Deus, quando indicou os preceitos de sua sabedoria incumbiu aos pais o privilégio de transmiti-los: “E intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. (Prov. 22:6; Deuteronômio 6:7).
Quando eu, casado a pouco tempo e minha esposa passou a esperar o primeiro filho, me preocupava com a falta de experiência e procurava aprender com os mais velhos, lendo livros e pedindo a Deus que me desse sabedoria para que pudesse orientar convenientemente aquela criança que estava para chegar. Havia um velho senhor que trabalhava comigo e que depois de ouvir-me com paciência dizia: “Seu Klein, educação de filhos, é pedir a Deus! E de fato ele tinha razão, se dedicarmos o pouco que sabemos, com amor, em nossa tarefa, Deus fará o resto, dando-nos condições de realizar um trabalho razoável. E as normas já foram instituídas a milhares de anos através de Sua Palavra que é um depositário de preciosidades. Quando encontrarem qualquer dúvida em suas vidas, de como deverá ser a sua conduta, pode crer, que a resposta estará registrada em sua bíblia, bastará apenas que tenhamos a intimidade necessária para que possamos encontrar o que precisamos, no momento certo.


E M O Ç Ã O I N F A N T I L





Pai!
Eu sou ainda pequeno,
Não conheço os mistérios da Vida,
Nem sei expressar o amor!
Mas talvez quando eu crescer,
Quando o intelecto se expandir,
Possa, ainda, menos saber!
Por isso desejo aproveitar,
Este sentimento inocente,
Que sinto, forte, dentro do peito,
Sem mesmo saber o que é,
Para te dar um abraço bem apertado;
E com emoção derramar,
Em teu coração uma lagrima!
Para que a guardes contigo,
Como dádiva preciosa,
Por toda a tua vida!
Que espero seja infinita!
Pois quando eu chegar lá adiante,
Quando a vida me envolver,
Não sei se poderei ter tempo,
De lembrar-me de você!



E L O S D E A M O R

05/09/97

Certa vez, a muitos anos atrás saí a passear com meu neto Timóteo. Andamos pelo bairro por algum tempo e quando íamos voltando, conversávamos e eu dizia-lhe, quando você for moço terá, também, de me levar a passeio, ao que ele me respondeu:
Mas vovô, quando eu for moço você já vai ter morrido!
É possível, disse-lhe eu, mas agora não poderemos saber, portanto fica a promessa do passeio.
Timóteo já está um mocinho, com quase quatorze anos, eu com quase setenta, ainda estou aqui usufruindo o que a vida pode nos oferecer nesta quadra da vida. Ele tem sido meu companheiro de aventuras nesta nova fase que estou vivendo. É apaixonado por informática ( diz que vai estudar para poder mexer nas máquinas e nos programas) e foi o meu professor, quando me aventurei a deixar a máquina de escrever para entrar na nova tecnologia. Ele, de fato conhece e parece ter o dom de aprender com facilidade aquilo que mais gosta. Quando tenho alguma dúvida ( pois também aprendi por mim mesmo, sem fazer cursos de informática) é ele quem me socorre para resolver o problema.
Isso tem me proporcionado muitas alegrias pela convivência, oportunidades de conversarmos e até de poder passar a ele muitas coisas que certamente lhe servirão no transcorrer de sua vida.
Embora a previsão estivesse certa que um dia eu não estaria junto a ele para que me levasse passear, talvez ainda possamos nos amarmos e nos dedicarmos, um ao outro, por mais algum tempo. Não sei quanto, mas pela previsão da vida de meus antepassados o futuro ainda poderá ser promissor; embora meu pai haja falecido jovem, com trinta e poucos anos, minhas avós chegaram à casa dos noventa e cem anos e minha mãe aos oitenta e sete. Estou com sessenta e oito e poderei, (quem sabe? ) ainda chegar a ver os filhos do Timóteo. E dos outros netos também, com mais facilidade, porque alguns já estão alçando vôos mais altos para transformarem-se em homens (espero que responsáveis) para constituírem família.
Essa possibilidade que Deus nos oferece de termos conseguido, embora com todas as dificuldades, manter o elo matrimonial, hoje nos gratifica porque é muito doce podermos assistir os nossos descendentes a darem continuidade ao nosso “clã”. Não importa nomes, podem ser Klein’s, ou Cardoso’s, Trevisã’s Silva’s ou Santa Rosa’s , acima dos laços de sangue estão aqueles imponderáveis que são a nossa vivência e o amor que nos une.



E V O L U Ç Ã O

Hoje, por volta do meio dia, quando praticava a minha caminhada pela praça, vi um grupo de jovens, sentadas em uma escada saboreando sanduíches. Aquela visão tão simples fez-me lembrar dos meus idos da adolescência quando, trabalhando em uma firma de produtos alimentícios, era posto para fora na hora do almoço e, comprando um sanduíche de mortadela saboreava-o, assentado na calçada. As dimensões são outras, enquanto estas jovens eram estudantes de um colégio próximo eu era um jovem órfão que labutava das sete às l8,00 horas, no mínimo; haviam dias que saindo para fazer entregas só era dispensado às nove horas da noite.
Eu saia de casa, que era no bairro de Santo Amaro, às cinco horas da manhã, tomava o bonde (muitos dos que lerem estas páginas nem saberão o que é bonde por não terem vivido em seu tempo), desembarcava na Praça da Sé e andava até a Rua Vitória pelo número 150 aproximadamente.
Na volta a mesma caminhada até a Praça da Sé, tomar o bonde e viajar, em pé, em
um coletivo super lotado. Houve uma vez que desmaiei de fraqueza, pois eram oito horas da noite e estava aturando todo aquele desgaste, unicamente com um sanduíche de mortadela ingerido ao meio dia.
Mas Deus foi grandiosamente e benigno para comigo; tirou-me daquela calçada e me elevou a conquistar novas posições, que tendo em vista o meu preparo escolar foi magnífico. É muito bom quando passamos por uma infinidade de dificuldades e superamos as desventuras da vida para nos encontrarmos um dia em uma posição em que não mais receemos percalços em nossos caminhos. Essas nossas recordações prestam-se, também, para servirem de exemplo para os jovens que, nascidos em uma situação privilegiada imaginam que seus pais receberam tudo pronto para lhes apresentar. Desconhecem as lutas travadas pelos seus ancestrais para doar-lhes uma situação melhor do que a que receberam. Talvez não seja muito o que damos aos nossos descendentes, mas tenham a certeza, que esse pouco é muito mais do que recebemos, embora o que recebemos já haja representado um esforço sobre-humano de nossos ancestrais.
Na minha adolescência, por necessidade, sentei-me em uma beira de sarjeta para devorar, com outros companheiros, um sanduíche de mortadela. Hoje, os jovens em sua irreverência sentam-se em qualquer lugar para saborearem, talvez, petiscos mais refinados, alheios às lutas que seus pais continuam a travar para que não lhes falte nada e para que tenham maiores oportunidades perante a vida. Cada vez a tecnologia exige mais de cada um de nós, a competição exclui os menos capazes para selecionar apenas os melhores. Triste tempo este quando a maioria passa a ser marginalizada!
São necessários, hoje, além de inteligência, tenacidade e sorte, uma adequação a uma carreira para à qual o jovem seja vocacionado. De nada adiantará fazer um curso pelo prestigio que ele têm, será necessário que ao formar-se o jovem goste do que irá fazer, pois só fazemos bem aquilo de que gostamos. Cada um deverá sondar-se para saber do que verdadeiramente gosta; se tiver dificuldade em definir as suas preferências deverá recorrer a um teste vocacional que lhe indicará uma direção a seguir.
E, boa sorte . . .
Que você possa, um dia, estar com a sua vida consolidada vivendo como eu vivo, alegre porque faço apenas o que gosto de fazer.
Que você encontre em seu caminho o Deus verdadeiro que inspirou o Profeta a dizer d’Ele: “Levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de gloria; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo. (1 Samuel 2:8)



F A M Í L I A C O M O C O N D I C I O N A N T E

“A Mococa”
02/09/89

Muitas vezes os jovens desistem de suas lutas no meio do caminho por não encontrarem o apoio que esperavam receber do grupo.
Quando isso acontece, de duas uma: ou entregam-se a outro tipo de vida, de relacionamento, fora da família, que poderá, talvez, direcioná-los a uma conversão, ou entrega-se a costumes novos que julga poderem preencher o seu vazio psicológico; geralmente, esses costumes virão de pessoas que têm o mesmo problema e que foram encaminhadas para o uso de bebidas alcoólicas, ou outros tipos de drogas que, supostamente, poderiam preencher esse vazio.
Daí para a dependência é um passo. O viciado persiste sempre por desejar esquecer a falta de afeto e de uma autoridade disciplinadora. Esta é fundamental, para que a pessoas sinta-se amada; a falta de disciplinamento cria, no ser humano, uma espécie de exclusão.
Para tentar curar, essas pessoas, não adiantará interná-las em clínicas de tratamento, desintoxicá-las, porque continuará a faltar o essencial que somente poderá ser preenchido por um redirecionamento de todo o grupo familiar.
O caminho correto seria conscientizar o grupo familiar, das verdadeiras causas, para que, através de uma terapia que abrangesse todo o grupo, fosse redimensionado o comportamento de cada um e o relacionamento dos participantes entre si.
Redimensionado o relacionamento, passará a haver o respeito pelas opiniões individuais e todos poderão chegar a um consenso do que seria o comportamento ideal para todo o grupo. Para ser perseguido o caminho que os levará a um desenvolvimento sadio, precisará ser restabelecida a autoridade, o respeito e o amor entre as pessoas.
Quando chegar-se a esse ponto, de uma estruturação sólida da família, perceber-se-á que os sintomas terão desaparecido, porque foi eliminada a causa. Creio que valerá à pena essa tentativa porque ao fim gratificará a todos os participantes. O homem é um ser social e todos os problemas deverão ser resolvidos nessa dimensão: “Um por todos e todos por um”. É a união que fortalece os laços necessários à qualificação para vencer todos os obstáculos. Se distendermos energias para auxiliar a um dos participantes do grupo, estaremos fortificando as vontades de todos e criando condições de auxiliar outros membros que estarão próximos e poderemos estender a nossa ação a outros grupos, beneficiando toda a sociedade.
Infelizmente, em todos os setores, geralmente, procuramos resolver os problemas, através do combate aos sintomas. No caso da droga, cremos estar acontecendo o mesmo; ainda não nos fizemos a pergunta: “Porque as pessoas são levadas a experimentar as drogas, e o que as faz dependentes?” Não adiantará nada desejarmos responder sem nos aprofundarmos, se é que não desejamos responder levianamente.
Analisando a maioria dos problemas que afligem a humanidade, neste século, percebemos que são dois os fatores condicionantes: Falta de amor e falta de autoridade. E isso é provocado por uma estrutura familiar defeituosa. O homem quer ser mais perfeito que o seu Criador! Quando Deus estabeleceu normas para a constituição e preservação da família, Ele colocou esses ingredientes indispensáveis a um crescimento sadio. O homem, porém, depois de um certo tempo resolveu modificar essas normas, movido pelo seu egoísmo, que em última análise é falta de amor. Com essa transformação das estruturas iniciais encaminhou-se para a desagregação da família, deteriorando-se a autoridade e veio a faltar amor; sem amor desarticulou-se a família e deteriorou-se ainda mais a autoridade, em um círculo vicioso. Quando a autoridade deixa de existir, cada membro de grupo passa a agir por conta proporia, não obedecendo mais a um poder central que, geralmente, é moderador. Esse caos não satisfaz aos diversos membros do grupo que passam a sentir-se frustrados pela convivência. Aí surgir a necessidade de uma válvula de escape para essas frustrações. Elas vêm através do uso do álcool, das drogas, do adultério; é quando os pais ausentam-se do lar em busca de aventuras ou outras distrações como o jogo. E é, também, quando os jovens passam a ausentar-se do lar ( que já não é um lar, e sim simplesmente um local para dormir, comer, e encontros desagradáveis com os outros membros da família). Alguns têm sorte de encontrarem outros jovens advindos de famílias bem estruturadas e passam por uma reciclagem de seus valores e acabam percebendo que a sua frustração é causada por falta de um relacionamento perfeito com a família. Mas nem sempre é fácil abordar esse problema com os pais e irmãos, que, geralmente não aceitam essa argumentação; é uma luta em que precisa-se de muita perseverança e muito amor, para que se dê continuidade pelo tempo necessário, até que as pessoas se compenetrem da urgência de revisarem as suas vidas e concordem em reassumir um tipo de vida mais condizente com o interesse da família.
Um fator fundamental será a volta para Deus. Fazendo parte de uma entrega e transformação totais e verdadeiras. Essa transformação virá, primeiramente, dos pais; estes deverão estar preparados porque terão de provar, com atos, que a conversão foi real. E se de fato for, estarão aptos a derramarem amor em torno de si, transformando o ambiente e as pessoas abrangidas.




H A R M O N I A C O N J U G A L

“A Mococa”
21/10/89

Quando duas pessoas passam a viver juntas é que irão começar a conhecerem-se. Deus, quando instituiu a união conjugal, estabeleceu que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher e se tornasse em uma carne com ela; disse, também, que Adão “conheceu” Eva. Conhecer! Esta é a palavra chave para um bom relacionamento. Quando estabelecemos um lar deveremos desligar-nos dos laços anteriores e dedicar-nos inteiramente, o nosso tempo, a nossa inteligência, a nossa sensibilidade, ao trabalho de conhecer o nosso cônjuge.
Nós poderemos namorar por algum tempo, noivar por um período maior, mas na realidade só começaremos a nos conhecer a partir do momento que passarmos a viver juntos. Durante o tempo de namoro e noivado, geralmente, não nos revelamos. Quando passamos a conviver, vinte e quatro horas por dia, juntos, não mais conseguiremos esconder as nossas esquisitices (porque todos as temos) e o romantismo dos dias anteriores começa a desmoronar diante da realidade.
É claro que poderemos observar muitas coisas durante o tempo de namoro e noivado. Por exemplo: a maneira que cada um trata os seus pais e irmãos, são indícios do
que seremos depois do casamento; A “prova de fogo” porém, virá mesmo, depois. Os defeitos começam a aparecer e constatamos que os mitos que construímos, na realidade não existem. Teremos que reconstruí-los de acordo com a realidade, e essa realidade, essa nova imagem, na maioria das vezes não nos agrada.
Será a partir desse momento que começaremos a nos tornarmos adultos; através da compreensão mútua, através do diálogo que deverá se iniciar, para irmos solucionando as nossas diferenças. Nesse momento deverá haver sinceridade acima de tudo; nada deverá ser escondido e recalcado; se assim procedermos, o que não ficou resolvido continuará a influir negativamente no relacionamento.
Aos poucos é que a vida conjugal irá se harmonizando. Deverá haver muito carinho e amor na condução das divergências para que não sejam guardados ressentimentos.. Uma coisa a evitar será o tratamento grosseiro que distancia as pessoas.
Nenhum dos dois deverá ser dominador ou mesquinho, desejando sempre dar a última palavra.
Outra coisa a evitar será o ciúme que é uma indicação de insegurança. Deveremos sempre termos a certeza de que somos o único na vida de nosso companheiro. A manifestação de cenas de ciúme, separa cada vez mais os cônjuges, pois eqüivale a uma acusação de infidelidade. Da maneira como se apresenta a dinâmica social hoje, quando marido e mulher necessitam trabalhar fora de casa para compor o orçamento familiar, as oportunidades de infidelidade se multiplicam e quando há insegurança, gerada, na maioria das vezes, por complexos de inferioridade, por imaturidade dos parceiros, o convívio passará a ser impossível. Quando não existe o amor e o casamento foi realizado se a devida reflexão, o diálogo poderá redimensionar esse relacionamento para que através dele se construa uma base concreta para a vivência em comum.
Será sempre preferível que seja retardada a chegada dos filhos, até que o casal haja conseguido equilibrar as suas diferenças. Quando solidificado o convívio, terá chegado a hora de enriquecer os lares com as crianças que aí sim serão mais um elo de amor e compreensão.



H A R M O N I A S E X U A L

“A Mococa”
28/10/89

Uma das fontes de maior dificuldade no casamento é, sem dúvida nenhuma, o relacionamento sexual.
Antigamente era o homem quem levava a maior experiência sexual para o casamento. À mulher era exigida a virgindade e ela só ia conhecer esse relacionamento no noite de núpcias.
O “tabu”, hoje foi atenuado e “permite-se” que a mulher, também, possa envolver-se sexualmente, antes do casamento. Isso, na realidade, é uma balela, porque, principalmente no caso dos latinos que possuem um temperamento “machista”, ainda é exigido serem eles os primeiros. Eles são liberais quando desejam usufruir, mas quando resolvem casar, vão procurar uma jovem virgem. E aquelas que não souberam resguardar-se, geralmente ficam para titias, ou têm um destino mais penoso ainda. Em que pese esse pseudo liberalismo que poderá dar oportunidade de experiências tanto ao homem como à mulher, será sempre um tipo diferente daquilo que se faz necessário na vida conjugal.
É normal surgirem dificuldades nesse relacionamento, que se não forem esclarecidos levarão a um desentendimento crônico. Se existirem problemas (e eles sempre são passíveis de existir) o assunto deverá ser abordado com sinceridade, para o esclarecimento devido. Tanto o marido como a esposa deverão perguntarem-se se não estarão sendo egoístas nesse relacionamento. Se um não está negando-se ao outro (até psicologicamente, entregando o corpo e negando a alma) em um encontro sem vida. Deverá haver um empenho constante no sentido de aperfeiçoar esse relacionamento através do esclarecimento, pois poderá estar havendo uma influencia pelo tipo de educação que cada um dos cônjuges recebeu. Tudo deverá ser reciclado! Muito poderá ser feito para aperfeiçoar, cada vez mais, os métodos que satisfaçam plenamente a cada um dos participantes dessa união, aliando-se à compreensão, à boa vontade e, principalmente, o amor. Esse amor se revelará quando nos dispusermos a servir um ao outro.
Sempre estejamos atentos que, um bom relacionamento sexual será o resultado de um bom relacionamento conjugal. Este será, sempre, um condicionamento para o bom desempenho do primeiro. Se não houver harmonia nesse campo nada mais poderá desenvolver-se satisfatoriamente.



I N O C Ê N C I A





Se queres ser feliz
Não mates a criança
Que insiste em viver em ti,
Para que não esqueças de sonhar.


O sonho é que dá vigor à vida
Quando a criança cria suas fantasias
Visualizando tempos e momentos
Que sempre estarão presentes


Será a inocência da criança
Que persiste em ser tua companheira
Que fará fruir de ti a vida



Será a mística mistura
De todas as idades que vivestes
Que te ligará a todos os tempos.



L E M B R A N Ç A S


11/11/97





Um destes dias adentrando a cozinha senti um cheiro que não era dali e sim vindo de dentro de mim , e volvi ao tempo de criança, sentindo aquele cheiro de infância que tantas vezes é rebuscado dentro do meu ser para fazer-me lembrar de coisas que ali estão plantadas e que foram tão importantes !
Meu pai explorava um bar de um clube (Clube Bandeirante), em Santo Amaro, que gozava da freqüência da mais fina sociedade do bairro. Para serem vendidas no bar eram preparadas muitas guloseimas e dentre elas o que meu pai preparava pessoalmente era um recheio de "alitche" para sanduíches, com muito cheiro verde e um tempero especial; meu irmão e eu ficávamos esperando aquilo estar pronto, à tarde, para saborearmos dentro de uns pães torradinhos que só àquele tempo haviam; que delicia! Pois foi esse o cheiro que senti, sem razão alguma, porque nem estava sendo preparado nada na cozinha, aquela percepção vinha de fato de minhas lembranças que plantadas no meu interior ajudaram a me dar forças para empreender esta caminhada que venho realizando, ultrapassando etapas.
Daí "viajei" e senti-me novamente em meus áureos tempos da meninice quando as coisas simples da vida nos faziam tão felizes! Lembrei-me de quando acordava , geralmente depois das dez horas da manhã, horário em que os adultos já estavam participando de seus afazeres e muitas vezes as pessoas que encontravam-se na casa conversavam alegremente em voz alta. Acordar com aquelas vozes entrando em meus ouvidos provocava em mim uma alegria indizível, sentia muita segurança porque aquelas pessoas todas estavam em torno, para me protegerem.
Muitas vezes somos levados a pensar que os acontecimento que vivemos e ficaram para trás não possuem mais significado algum, mas é puro engano; o nosso interior é um cofre forte que encerra um tesouro descomunal; quando nos sentimos só, quando atingidos pelas vicissitudes da vida poderemos extrair dali toda a força de que precisamos para vencermos os obstáculos. O nosso passado apresenta-se como uma força que nos transportou para o presente e transforma-se em uma plataforma segura que nos encaminhará para o futuro!
Você, amigo, que lê estas reflexões, recolha-se ao seu interior e perscrute bem lá no fundo para arrancar aquelas lembranças que despertaram aos suas emoções nos momentos especiais de sua vida. Analise o quanto os acontecimentos puderam influenciar a sua vida transformando-o para que pudesse apreciar a vida de uma maneira mais humana. Emocione-se outra vez ao relembrar daquelas pessoas que foram importantes em sua vida e de alguma maneira desapareceram do seu convívio; quer porque já encerraram a sua carreira, quer porque transferiram as suas atividades para algum lugar que lhes fosse mais propício. Através dessas lembranças você poderá renovar-se e buscar bem no fundo do seu ser as ferramentas que ali estão e que foram construídas pelos acontecimentos tristes ou alegres que você viveu. Vale à pena recordar!
Depois desse retempero, que redobrará as suas forças, afugentando as amarguras, você estará pronto a prosseguir no caminho que foi traçado pelo seu destino para vencer
novas etapas.
É assim que aprendemos a viver . . .vivendo . . .a cada dia . . . as emoções!
Aqueles que não olham para dentro de si mesmo no afã de aperfeiçoar-se e aprender a doar-se de si mesmo aos seus semelhantes jamais gozará a plenitude de uma vida realizada, onde o amor fluirá para alcançar quantos cruzarem os seus caminhos. Será uma construção de uma fraternidade onde imperará o amor, a amizade sincera, o desprendimento pelas coisas materiais e um aprofundamento para que seja encontrado o equilíbrio mental, psicológico e espiritual. Será a ventura de alcançar a estatura do homem completo!



M E S A G EM A O S J O V E N S


“A Mococa”
04/03/89


Gostaria de conversar com você, não como pai, não como adulto, mas refletindo o que fui quando tinha a sua idade. Sim! Por incrível que pareça eu já vivi a sua idade; e hoje sou tão diferente! Vivi as mesmas angustias, as mesmas apreensões que você vive hoje e, como você, me vi atormentado por uma grande quantidade de problemas, inclusive com o do sexo. Senti dificuldade para me relacionar com as outras pessoas, com meus pais; não sabia equacionar as aflições que tomavam conta do meu ser.
Nessa ocasião eu não sabia a quem apelar para que me auxiliasse; esquecia que poderia contar com alguém que estava bem perto de mim e que possuía uma experiência bem maior do que eu, no que se referia à juventude, embora possuísse uma coisa em comum comigo: ele era, também, inexperiente como pai. Talvez eu até soubesse que poderia contar com ele, mas como era difícil estabelecer um diálogo para que eu pudesse derramar as minhas apreensões!
Hoje eu sei, que poderia contar com a ajuda de meu pai e isso também o teria ajudado bastante! Enfim, ele também ansiava em se comunicar comigo para me guiar. A sua felicidade passava, obrigatoriamente, pela minha felicidade. Ele só poderia se realizar se cumprisse a função de pai, de orientador eficaz.
Hoje sei que a função de pai é muito difícil e, geralmente, a maioria de nós não está suficientemente preparado para desempenhá-la. Desejamos realizar um bom trabalho para a felicidade de nossos filhos, mas a tarefa é muito complexa e nos amedronta. Exercemos controle, disciplina; procuramos oferecer exemplos de probidade; derramamos o nosso amor em profusão, mas chegamos à conclusão que a tarefa é por demais grandiosa e ficamos perplexos.
Os filhos, muitas vezes, colocam os pais em lugar de sábios e a realidade é que eles não são sábios; são pobres seres mortais . Assim como o jovem é inexperiente na sua condição, o pai, também o é na sua. Assim como o jovem precisa de amor e compreensão para superar as suas angústias, os pais também necessitam de ajuda para que possam continuar a crescer emocional e psicologicamente. Se ambos se ajudarem, as crises se resolverão e todos poderemos amadurecer para ajudarmos, juntos as novas gerações.
Jovem! Ajude seu pai a ajudar você! Pai, ajude seu filho a ajudar você!
Jovem! Mire-se em seu pai como se fosse em um espelho encantado que tem o poder de revelar o futuro. Talvez você esteja imaginando que poderá amar aos seus filhos muito mais do que é amado por seus pais. Nessa visão maravilhosa que o fará reflexionar sobre a mistura de sua personalidade de hoje e a do futuro, mais amadurecida, poderá avaliar o quanto é amado hoje.
Talvez você possa se queixar que o seu pai não tem muito tempo para você, que não se importa em estar mais tempo ao seu lado, para vê-lo crescer!

Analise se não é unicamente por você que ele fica mais tempo distante; para transformar a sua energia em recursos que irão propiciar um melhor futuro para aqueles a quem ama! Quanto suor ele terá derramado, no cumprimento dessa missão de pai, que descem pelo seu rosto misturado com as lagrimas de sofrimento por não poder presenciar os momentos de alegria, conjuntamente!
Ele sabe, que mesmo que não possa estar presente , o seu pai, que em outros tempos já cumpriu a sua missão estará junto a você amando em maior dimensão, com só os avós sabem amar!
Chegará um dia que você estará crescido e como adulto, responsável, estará cumprindo a sua missão de pai; então o seu pai que será o avô de seus filhos estará dando aos seus filhos aqueles carinhos que você não terá tempo de dar.
A vida é assim, e ela se desenvolve dentro da sabedoria divina que criando uma diretriz que tende a estabelecer uma estrutura de confraternização onde famílias constituem uma base segura para o desenvolvimento de seus membros.




. . .M E U S F I L H O S!



Jabaquara,08/08/74


Você . . .Você . . . e você . . .,meus filhos!
A princípio éramos dois e estávamos embebidos na ilusão do amor e, desse amor, veio a vida . . .aquela que tanto desejávamos: um filho. Veio você e a alegria de ser pai de um menino que levaria meu nome adiante. Então eu amei você mais do que tudo na vida.
A vida continuava e desejávamos mais alegrias e Deus nos ouviu mandando uma menina, e veio você. Nasceu em minhas mãos e era minha filha e, ao mesmo tempo, a irmã que não havia possuído. Então eu amei você mais do que tudo na vida.
E Deus nos reservava mais alegria e veio você. E não querendo o conforto dos hospitais veio nascer em casa; no lar onde todos nós viveríamos felizes. Então eu amei você mais do que tudo na vida.
Um filho, uma menina e um caçula e a alegria de possuir o amor de vocês e de dedicar a vida para protegê-los. E o amor que dedicava a cada um de vocês era todo o amor que possuía e essa dádiva preciosa de amor transformava-se em uma fonte inesgotável.
Meditando nesse amor compreendo todo o amor que Deus dedica às suas criaturas. Se nós, que somos tão mesquinhos, podemos dedicar tanto amor, é para se ter fé inabalável no Pai misericordioso, porque Ele nunca nos faltará em nossas necessidades. Por isso eu peço a Ele que vocês se amem tanto como eu os amo.
Isso eu peço por você . . .por você. . .e por você . . .meus filhos! Isso eu peço a você . . .a você . . .e a você . . .meus filhos.



P A L A V R A S





Apalpo a maciez das palavras,
Que constróem os lances da história,
Extraídos de profundas lavras
Para alimentar a vida transitória.


São, elas, peças preciosas
Que fazem amantes viverem o sonho
Unem mãos ansiosas
Para se alimentarem de carinho.


Palavras, suaves companheiras
Das horas de gozo ou de pesar
Dão-nos a paz da fantasia


Abraçam-nos como ventura passageira
Tentando nos confundir e enganar
Mas preenchem nossa vida de real magia.



P A L O M A


Rudge Ramos 18/03/87


Que a humanidade elimine as bombas
Para que possa almejar a esperança
Que de paz surjam brancas pombas
Para construirmos o futuro da criança.


Para que a nossa Paloma cresça
E a inteligência possa oferecer
E que a mortalidade infantil desça
E a natureza não venha a fenecer.


Que os homens defendam a ecologia
E seja preservado o verde vida
Que não se conserve só a ideologia
Mas que combata tudo que trucida.


Que haja empenho no amor
Para que vivam todos como irmãos
E a fraternidade não seja um favor
Para que felizes todos dêem as mãos.


Que o amor se derrame como fonte
Para que as vidas se enlacem
E as almas se entrelacem
E haja para a criança novo horizonte.





P A T E R N I D A D E R E S P O N S Á V E L


“A Mococa”
04/11/89



Um dos mais importantes aspectos do casamento é o referente à procriação de filhos. Ela nunca poderá ser desordenada e sim planejada.
A falta de planejamento do casal poderá ocasionar uma gravidez indesejável criando uma espécie de rejeição psicológica que, até, poderá afetar a criança. Sem contar o que constantemente acontece, os pais optando pela interrupção do processo de gestação, “assassinando” aquela criança que já era vida. Porque o feto já é uma vida! Como o exemplo que ouvimos em um conferencia: “Um pedaço de pão não é pão? E uma gota de Água não é água? Assim aquela vida por minúscula que seja, já é vida!”
É uma violência destruir uma vida que nem tem possibilidade de defesa. Além do trauma que é causado à mãe que carregará para sempre a culpa pelo crime praticado.
Nos E.UA foi dada, recentemente, uma sentença em processo, reconhecendo que alguns embriões fecundados artificialmente e conservados congelados, não poderão ser destruídos por tratarem-se de vidas.
Agora, o planejamento familiar já é diferente; trata-se de procurar evitar-se a instalação de gravidez, através de vários métodos, por um período de tempo, com a finalidade de preparar condições propicias para a vinda de uma criança. Às vezes, até se faz aconselhável que, um casal, nos primeiros meses do casamento, evitem que se instale uma gravidez, aguardando-se uma ocasião mais conveniente. Os primeiros meses é um período de adaptação e conhecimento, um do outro. É necessário que os cônjuges possam gozar livremente desse relacionamento conjugal e sexual. Depois que já adquiriram uma adaptação física e psicológica adequadas, será a hora de providenciar a vinda dessas preciosidades que são os filhos, e que assim serão recebidos em um ambiente de paz, amor e alegria, além de que encontrará condições econômicas e financeiras que lhes garantirão subsistência e educação de acordo com a suas necessidades.


S A B E R



13/10/91




Se mergulhássemos
No mais profundo
Do saber do sábio
Para saber o que os sábios sabem
Saberíamos que
O sábio não é sábio
Ao seus próprios olhos.
Mas jaz
No mais profundo do saber dos sábios
Para procurar saber
O que os sábios sabem.
E nessa procura acabará sabendo
Mais do que os sábios sabem.
Por mais, porém, que possa saber
Ainda não saberá todo o saber.
E terá de continuar a procurar saber
Sempre mais do que possa saber.
Nessa procura infinda
Nunca saberá se conseguiu saber
Tudo que os sábios poderão saber.
Qual o proveito dessa procura
Se nunca saberá se conseguiu saber?
Servirá para saber que saberá
Sempre mais de quem não procurou saber.



M U L H E R : C O N S T R U T O R A D E H O M E N S


“A Mococa”
11/03/89


“Deus, no auge de sua inspiração criadora, em um só momento, deve ter criado a mulher e a flor. Esta, com seu colorido e perfume, enfeita a natureza e fornece o néctar para a formação do mel; a mulher, com sua sensibilidade e doçura, é quem contribui para a estabilidade do lar, onde a criança forma o caráter que a fará cooperar para o bem da humanidade.
É com esse misto de sensibilidade, beleza e doçura que desejamos homenagear essa que merece todos os superlativos; que é a rainha do lar e acima disso é a rainha de nosso convívio.
Quando Deus criou o homem e lhe deu uma ajudadora eficaz, elaborou um sistema perfeito, pois se o homem possuía falhas, o Criador reuniu as virtudes na mulher, para que ela fosse a bússola que orientaria na trajetória.
Os dois complementaram-se, solidificaram-se, além da carne, em suas próprias almas, para contribuírem para a construção de entidades perfeitas. E essa perfeição, cuja parte de sensibilidade ficou com a mulher, é que durante o desenrolar dos tempos, da história do homem, tem influído no aperfeiçoamento das coisas.
Para nós, homens, é salutar e gratificante contar com uma companheira leal que, até em prejuízo de suas aspirações pessoais, se oferece inteira, para que possamos realizar as nossas aspirações. Eis porque, deveremos procurar, dentro de nosso íntimo, para ver se Deus colocou ao menos uma pequena partícula de sensibilidade para que possamos contribuir para que as nossas companheiras possam sentir-se reconhecidas por tanto que nos propiciam. Essas afirmações deveremos fazer no dia a dia de nossa vivência, porque cada dia é o dia da mulher. A cada dia ela está construindo, em nós, ou em nossos filhos, uma parte das vidas que, por seus méritos, irão enriquecer a humanidade.
É bem verdade o que diz a sabedoria popular: “Por trás de todo grande homem, sempre há uma grande mulher.”
Neste tempo em que a mulher, cada vez mais, aperfeiçoa a sua participação para a resolução dos grandes problemas que afligem a humanidade, desejamos prestar-lhes as mais efusivas homenagens fazendo votos para que juntos possamos alcançar os mais altos ideais de paz, justiça e fraternidade.



N O S S O O B J E T I V O


“A Mococa 21/04/90



Certa vez um jovem apresentou-se a uma grande firma para obter um emprego. Submeteu-se às provas de conhecimentos, apresentou os seus títulos e posteriormente foi encaminhado a uma entrevista que seria decisiva para a sua admissão.
Depois de conversar alguns instantes com o candidato, para aliviar-lhe a tensão, o entrevistador perguntou: Qual o seu objetivo ao ser admitido a esse emprego?
O jovem respondeu sem qualquer demora em reflexão, demonstrando plena convicção do que dizia: “Pregar o evangelho; transmitir a cada pessoa, com quem me relacionar, a mensagem de salvação e de vida eterna, através de Jesus”.
O entrevistador olhou admirado para o candidato, observou alguns momentos de silêncio e respondeu com ironia “ Imagino que não espera que lhe seja dado o cargo para trabalhar para outro patrão!”
O jovem esclareceu, que para cumprir esse seu ministério, ele teria que ser o melhor funcionário, para que através do seu testemunho as pessoas pudessem acreditar naquilo que lhes falasse. Ele conseguiu o emprego e foi, de fato, um ótimo funcionário, galgando altas posições. O mais importante, ainda, foi que fez a felicidade de muitos colegas alcançando-os para Cristo, enchendo-lhes os corações de alegrias, de esperança e paz.
Em nossa vida temos tentado, também, transmitir às pessoas, o amor, a paz e a esperança, através das mensagens que nos é transmitida pelo grande mestre Jesus Cristo, nos evangelhos. Quando almejamos colaborar em jornais era esse o caminho que esperávamos trilhar, para poder amenizar corações carentes de conforto; ajudar famílias em crise e assistir a quantos tem necessidade de compreensão. Não é um objetivo fácil de alcançar, porque as pessoas amarguradas, geralmente tem receio de abrirem os seus corações. Porém, através da escrita podemos alcançar, às vezes, pessoas carentes de ajustamentos.
Continuamos firmes em nosso objetivo primeiro, porém os caminhos do Senhor são misteriosos e temos de conformar-nos quando Ele nos leva por desvios, pelos quais, com toda a certeza, chegaremos onde seja necessário. Os obstáculos colocados em nossa trajetória, são postos para que haja proveito a alguém.
Jesus, muitas vezes, falou e ensinou a uma pessoa de cada vez (Zaqueu, Nicodemos, a mulher samaritana, o jovem rico) e nós nos sentiríamos felizes se também escrevêssemos apenas para uma pessoa; quem sabe se não é justamente quem Ele deseja alcançar!
As pessoas estão confusas e sem esperança e paz interior e sabemos que Jesus nos dá tudo isso! Quando nos apropriamos da certeza de uma vida eterna junto a Deus, o tempo e as coisas materiais já não se apresentam como fatores de importância, visto que a nossa vida não mais se limitará a um curto período e sim teremos a eternidade para usufruirmos das delicias celestiais.

Você já tem essa certeza?
O evangelho nos dá, com o aval de pessoas que não mentem: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo “Ro. 10:13) “Quem crer em mim e naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).
Existem muito mais declarações fidedignas que extirparão do seu coração todo o medo, angústia, ansiedade, amargura, e lhe darão os frutos do espírito que são: “amor, gozo, paz. longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5:22) que poderão transformar a sua vida.
Junte-se a nós, para caminharmos para o mesmo objetivo, transformando-nos em veículos que conduzem à felicidade!



A M U L H E R D O T E R C E I R O M I L Ê N I O


03/03/90



Violeta Chamorro vence as eleições na Nicarágua, abrindo caminho para a redemocratização do país; Sua Santidade o Papa João Paulo II, abre a Campanha da Fraternidade colocando em evidência a mulher e D. Paulo Evaristo Arns, em entrevista, declara que as presidências das comunidades eclesiais estão em sua maioria ocupadas por mulheres; o Presidente eleito, Fernando Color de Mello, confirma para o cargo de Ministra da Economia a Sra. Zélia Cardoso de Mello que irá desenvolver o trabalho de maior importância de todo o seu ministério. Se fôssemos enumerar as mulheres que encontram-se em lugares-chave, pelo mundo, não teríamos espaço para publicar a matéria.
Sinal dos tempos? Não! Simplesmente competência!
A mulher foi, por muito tempo, relegada a auxiliadora eficaz do homem, em uma estrutura criada por este, e os dividendos do trabalho empreendido era colhido por quem elaborava as normas e estabelecia as diretrizes. Podem-se dizer, que por milênios, as mulheres foram usurpadas do reconhecimento de sua capacidade em favor do homem. A mulher sempre foi a auxiliadora mais direta, e conselheira de todos os homens "empreendedores", e por direito, pelo menos a metade do sucesso deveria ser-lhe creditado, senão a maior parte . . .
O homem, pelo egoísmo e sua presunção, passou a perder os subsídios que lhe conferiam a fama de mais sábios e revelou, de onde vinham as decisões, mais amadurecidas, que eram ditadas, até subliminarmente, por quem foi criada com maior dose de sensibilidade e ponderação. A partir daí, divididos os talentos de cada um ( porque Deus havia criado uma entidade perfeita pela união de duas partes) constata-se que a maior parte, geralmente, pertencia ao sexo "dito frágil", que na verdade não tem nada que a diminua, e sim possui um potencial fabuloso, que gera o progresso em todos os campos de atividades; notadamente na política é onde ela vem fazendo sentir a sua capacidade, conquistando cada vez maiores espaços, comprovando a sua inteligência, que aliada à sua natural sensibilidade, garante-lhe um sucesso sem precedentes.
A aproximação do terceiro milênio, já está apontando para radicais transformações em todos os campos do conhecimento humano, fazendo crer que a mulher, assumindo o controle, irá dar um encaminhamento mais eficaz aos grandes problemas que afligem a humanidade, para benefício de todos. O sexo "forte", que nestes últimos dois mil anos, não demonstrou tanta competência como alardeava, deverá esforçar-se para, pelo menos, revelar-se como auxiliares conscientes do papel que terá a cumprir.
Talvez, agora, dentro de uma nova dimensão, possa surgir uma cooperação real, através de uma competição leal e produtiva, gerada por um espírito mais lúcido, de confraternização, de paz e verdadeiro amor.
Disso é que precisamos e dependemos, e é o mínimo que nos é exigido se de fato desejamos Ter a percepção consciente dos ensinamentos que nos foram legados pelos grandes mestres de todos os tempos.
A mulher do terceiro milênio é a mulher de sempre, que esteve ao lado do homem encorajando-o, amando-o e ajudando-o na construção de homens. De onde vieram os Presidentes, os Ministros de Estado, os Reis, os Grandes Cientistas, homens ou mulheres, que tem beneficiado a humanidade, senão de lares harmoniosos onde havia um trabalho conjunto?
Não deveremos nos esquecer, que a sexualidade é um Dom Divino que nos encaminha a usufruirmos, com amor, um relacionamento sadio que gera o entendimento e companheirismo, tão necessários para que possamos resolver todas as dificuldades, acima de divergências materiais.
Assim, caminharemos juntos rumo aos mesmos objetivos que nos garantirão a felicidade. À mulher do "Terceiro Milênio" heroina de todos os tempos, a nossa admiração e respeito.



V I D A E S P I R I T U A L




25/11/89


A família é uma instituição Divina, daí a nossa necessidade de estabelecermos uma comunhão estreita, dela com o Criador.
O ser humano sempre notou a necessidade de sentir que existe uma força poderosa a quem pode recorrer para que sinta segurança. Não importa o agrupamento religioso no qual participemos, se nos afastarmos de nossa fé nos sentiremos perdidos.
Religião, em sentido lato, é religação a Deus. O homem afastou-se de Deus e ao sentir-se desprotegido conscientizou-se da necessidade de estabelecer, novamente o vínculo, que lhe garante o poder de voltar a ser filho de Deus. Cada religião possui o seu livro sagrado e para nos cristãos esse livro é a Bíblia, que é Deus falando-nos e estabelecendo um concerto com Abraão, para a salvação da humanidade. Ele nos fala através da Sua Palavra e ouve-nos pela oração. Deveremos sempre crer nisso para que estabeleçamos a ligação.
E, como vai esse nosso relacionamento com ? Em que estágio se encontra a nossa fé? Temos conduzido nossos filhos a uma comunhão com o Criador, sem medo de represálias?
Nossa vida espiritual deverá ser uma adesão existencial a Cristo. Principalmente nos momentos mais difíceis. Quando as dificuldades aparecem deveremos estar preparados através de uma fé madura que nos dará forças para superarmos os obstáculos.
Essa confiança em Deus somente se conquistará através do exemplo. Somente se estivermos vivenciando a nossa fé seremos capazes de transmiti-la àqueles que nos rodeiam. Não adiantará ensinarmos se não praticarmos.
Chegamos ao fim desta série de rápidas reflexões que nos serviram para exercitarmos na conquista da harmonia no casamento, na condução do nosso lar, orientação dos filhos e principalmente a nossa direção espiritual. Muito ainda deverá ser dito; principalmente há muita experiência a ser trocada, o que poderá ajudar às pessoas a livrarem-se do naufrágio da vida, que, geralmente, deixa marcas profundas, desfazendo a alegria e plantando, em seu lugar a frustração.
Creio que nós poderemos contribuir para que lares não sejam desfeitos e que muitas crianças não venham a ser órfãos de pais vivos, carregando o estigma da marginalidade.
Por favor, reflita sobre isso!


Outras Obras do Autor:

Mensagens e Reflexões
Devaneios
Contos Para Ler a Dois na Cama
Minhas Incursões Pelo Jornalismo
Proversando
Nova Dimensão
Contos, Pontos e Contatos
Cartas Vivas
Relendo Cartas
Relendo Cartas II
Memórias de Um Cidadão Comum
Poesias Reunidas
Frases e Pensamentos
Aconselhamento Matrimonial
Aconselhamento Matrimonial II
Outras Histórias
Outras Mensagens
Textos Para a Terceira Idade
Walkyria
Uma História em Três Tempos
Aconselhamento Matrimonial III

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Serões em Família

Bruder Klein

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Cinqüenta anos depois

01/09/97

Os anos que transcorrem são implacáveis, para o nosso exterior, assim como é benéfico para o nosso interior. Exteriormente a idade vai desgastando o nosso físico, apresentando modificações profundas que nos obrigam a atualizarmo-nos para que respeitemos os nosso limites e não forcemos nosso organismo a realizar mais do que suas possibilidades. De maneira geral há um enfraquecimento que nos condiciona a modificarmos o nosso modo de vida.
Interiormente, penso, que ocorre um fato um tanto diferente, visto que as experiências acumuladas irão nos enriquecendo e passamos a possuir uma capacidade que nos facilita a realização de coisas que nem imaginávamos. Geralmente as realizações artísticas e intelectuais se realizam nesse período em que o espírito está preparado para viver os grandes desafios da vida. Embora o enfraquecimento físico nos obrigue a limitar as nossas atividades o espírito estará trabalhando para a realização de obras de muito maior valor do que quando éramos jovens. Não que os jovens não produzam, fazem-no e muito bem, quando possuidores de talento, mas os idosos trabalham com muito maior despreocupação por não almejarem sucesso e sim apresentar tudo aquilo que está dentro de si, como exemplo e orientação para as novas gerações; estarão livres de pressões e ninguém poderá cobrar-lhes mais nada porque as suas dívidas já foram pagas pela vida .
Tomemos como exemplo a pessoa que ilustra esta reflexão apresentada em dois momentos de sua vida. A primeira com dezoito anos, órfão de pai, frustrado por ter tido de interromper os estudos logo depois da 4ª série do primeiro grau, não vislumbrava qual poderia ser o seu futuro, falto de ferramentas que lhe facilitasse a escalada. Jovem, em todo o seu vigor, porem não tendo perspectiva de como enfrentar os obstáculos que se lhe apresentava, fazendo-o visualizar um futuro negro, repetindo o mesmo destino de seu pai, que após correr atrás da sorte, encerrou a sua luta aos trinta e cinco anos. Quem o olhasse naquele instante até poderia profetizar que ali estaria um caso crasso de derrota. Ele mesmo, desencorajado pelo seu despreparo, considerava que não haveria muito a esperar!
Agora vejamos esse mesmo personagem, aproximadamente cinqüenta anos depois. Olha para trás e enxerga uma infinidade de obstáculos que teve de transpor e lá no início do túnel vislumbra aquele menino tímido que até ele mesmo desconhece porque já não é aquele menino e sim um homem realizado. A sua trajetória foi evolutiva dando-lhe a oportunidade de ocupar cargos de chefia e até de Diretor de uma instituição educacional especializada, jornalista e escritor, transformou-se em um formador de opinião através de sua participação política e comunitária. A mesma pessoa focada em dois momentos de sua vida e que apresenta contrastes marcantes sendo que a fase presente apresenta-se com muito maior qualidade. Embora com o organismo desgastado pelos anos, é dono de um conteúdo muito maior e melhor, propiciando-lhe a sensação de que alcançou a realização pessoal, social e profissional.
Agora pergunto a vocês, qual deles gostariam de ser? Vocês não sei, eu gostaria de ser o segundo!























C U I D A D O C O M O S E U N O M E

12/09/97


Eu já falei sobre as transformações que operam-se em nossas vidas em determinados períodos e nos levam a assumir missões que influirão nas vidas e procedimento de outras pessoas. Pois bem, existe um outro fator de transformações que precisamos estar atentos, que mudam as características de personalidade das pessoas. Refere-se, isso, a modificações, muitas vezes sutis na maneira como elas são conhecidas. Esse particular, que é a mudança de nome, não é ocorrido apenas no período atual e sim tem sido uma tradição através dos tempos, que poderão ser aquilatados através das próprias Escrituras Sagradas.
Abraão, quando foi chamado para chefiar a formação de um povo especial, teve o seu nome mudado para Abraão; sua mulher Sarai teve o seu nome transformado em Sara. Representando essa mudança as funções que teriam dali por diante.
Jacó, quando teve o seu encontro com o Senhor, ocasião que teve uma visão, em sonho, onde era apresentada uma escada que subia da terra ao céu e anjos de Deus subiam e desciam sobre ela, teve o seu nome modificado para Israel. Jesus, quando do chamado de Natanael (Bartolomeu) fez referência a esse episódio, esclarecendo ser Ele a escada por onde subiam e desciam os anjos de Deus. O próprio fato desse discípulo ser chamado por Natanael e Bartolomeu é um indício de mudança de nome.
No Novo Testamento temos, ainda, o caso de Simão, que passou a chamar-se Cefas que queria dizer Pedro, espelhando melhor, a partir daquele instante, as características do seu procedimento. Na mesma ocasião Jesus passou a chamar os irmãos João e Tiago, de "Boanerges" ou "Filhos do Trovão", por conta de seus temperamentos explosivos.
Barnabé é outro caso do Novo Testamento, pois o seu nome era, primeiramente, José das Consolações.
Levi, cobrador de impostos, passou a ser chamado Mateus, nome que assinou quando escreveu o evangelho que leva o seu nome.
Saulo, que foi um perseguidor dos cristãos e posteriormente transformou-se em um dos esteios do cristianismo, a partir de um determinado momento, em seu ministério, passou a ser chamado Paulo.
Muitos outros casos há, tanto nas Escrituras Sagradas como em documentos históricos, podendo ser observado também em nossos relacionamentos, em que constatamos a mudança de nomes, que sempre trouxe consigo uma transformação da vida das pessoas envolvidas.
Eu, quando nasci, recebi o nome de José Wladimir Klein; tempos depois, ainda quando criança, devido a impossibilidade de pronunciar o meu nome corretamente o fazia emitindo apenas o final do segundo e o começo do sobrenome, soando como Miken, passando a ser assim conhecido, por insistência de uma pessoa conhecida em fixar o apelido. Isso convenceu-me e, até, não admitia ser chamado por outro nome senão de Mik. Certa vez entrei em luta corporal com outro menino que teve o desplante de chamar-me de José.
Quando comecei a trabalhar, todos passaram a chamar-me de Klein e a nova maneira de ser conhecido prevaleceu por muitos anos.
Na ocasião que assumi um compromisso sério e definitivo, como cristão salvo por Jesus, as pessoas acrescentaram "Irmão" ao nome, passando eu a ser chamado " Irmão Klein".
Tempos depois, transferindo-me de residência e consequentemente de igreja, passei a ser chamado de "Irmão José".
Nesse ínterim existiram várias pessoas que sempre chamaram-me de Wladimir.
As mudanças de tratamento tem constituído-se em marcos em minha vida, pois em cada período, paralelamente à transformação operada na maneira de tratamento, ocorreram mudanças emocionais, psicológicas e materiais em minha vida.
O que estou fazendo aqui é uma simples observação sobre as transformações que poderão haver, relacionadas com o nome que poderemos estar usando em um determinado momento. Creio que se nos aprofundarmos nesse estudo poderemos encontrar razões que poderão orientar-nos a um procedimento correto no tratamento nomenclatural que deveremos impingir às pessoas. Ao fazê-lo poderemos estar mudando o destino de nossos semelhantes tanto para melhor ou para pior. Isso nos serve de alerta para nos abstermos de usar apelidos ao referirmo-nos às pessoas, porque poderemos estar mudando os seus destinos.
Uma coisa que tenho observado é que todas as pessoas a quem incluímos o sufixo "inho" ( que significa diminuição) ao nome, luta com grande dificuldade para vencer na vida, mesmo, em muitos casos isso tornando-se impossível. Em razão disso acho que os pais deveriam evitar de começar a chamar os seus queridos filhos de filhinho, Joãozinho, Mariazinha, Marquinho, Jefinho, pois poderão estar condenando os seus filhos ao fracasso em suas carreiras.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, poderá existir algum "inho" que venceu na vida, mas isso apenas será uma exceção que confirmará a regra.
Sempre preocupei-me com o nome das pessoas e constatei pelo meu respeito a isso que as pessoas têm os seus nomes em alta conta e se você quiser fazer-se estimado por elas,
dê valor a isso, também. No meu trabalho relacionava-me com um numero muito grande de pessoas e ali os apelidos eram comuns: " Mata Cavalo" "Pé de Cabra" "Malhadinho" "João do Burro" "Zé Loco" e muitos outros que não me ocorrem no momento, mas sempre tive o cuidado de procurar saber os seus verdadeiros nomes e por eles chama-los.
Basta a cada um as transformações que a vida trará em seus nomes, que influirão nos seus destinos, ninguém precisará que lhes andemos a inventar apelidos.
Por isso considero, também, que na Internet deveremos ter o bom gosto e a dignidade de usarmos o nosso nome verdadeiro, pois assim estaremos assumindo a responsabilidade pela maneira de agirmos e não nos escondendo em nomes fictícios para, acobertados com o anonimato, importunarmos usuários que encaram com seriedade as comunicações.
Desculpas àqueles que unicamente escondem-se por trás de um nome fictício para não permitirem que a sua sinceridade seja explorada por inescrupulosos que escondem-se no anonimato.




D I Á L O G O C O N J U G A L E F A M I L I A R



“A Mococa”
11/11/89



Este é um dos pontos fundamentais no relacionamento. O homem é superior, justamente porque conseguiu falar e através da palavra, fazer-se entender. Não fora isso e o mundo não teria alcançado o desenvolvimento que alcançou.
Na família, tudo que acontece é influenciado pela palavra. Desde o namoro, noivado, seguido pelo relacionamento das famílias, conjugal, sexual, social, a educação e orientação dos filhos. Nada se fará sem o poder mágico das palavras.
No entanto, mesmo que tenhamos pleno conhecimento do valor do diálogo, ele não se estabelece simplesmente, obedecendo a nossa vontade. Ele é influenciado pela personalidade das pessoas, pelas circunstancias de momento, muitas vezes fugindo ao nosso controle.
O homem, para conhecer o seu semelhante, precisará, antes, conhecer-se a si próprio. Conhecer-se, auto-analisar-se, estabelecer as suas limitações, será a melhor maneira de alcançar aos outros.
Procuro analisar, sem rancor, as críticas que fazem a meu respeito? Qual o meu procedimento quando sou criticado? Sou capaz de agradecer? Qual o meu procedimento para com minha esposa, com meus filhos? Ouço-os com amor e compreensão, ou procuro “ganhar” impondo somente o meu ponto de vista?
É preciso que nos conheçamos muito bem para que possamos dialogar com a nossa esposa, com os nossos filhos a fim de resolvermos tudo racionalmente. Muitas vezes não seremos nós que estaremos com a razão e teremos que ter a humildade para reconhecer isso e aceitarmos os pontos de vista de outras pessoas. Nós não somos as pessoas mais sábias do mundo, mas estaremos no caminho da sabedoria se aceitarmos as direções que nos são
indicadas. Nesse aprendizado constante iremos construindo, solidamente, aquilo que mais desejamos que é a felicidade de nossos filhos. Demos a eles essa oportunidade, porque em nosso tempo próprio, também fomos beneficiados. Que em nossa caminhada possamos marcar os rastros do esforço distendido para a consolidação da família e aperfeiçoamento da sociedade.













E D U C A Ç Ã O D O S F I L H O S

“A Mococa”
18/12/89

O que é educação?
É o ato de se desenvolver as faculdades físicas, intelectuais morais e psicológicas do indivíduo.
Geralmente o pai, que é o principal responsável pela educação da criança e do adolescente, não está preparado para essa tarefa espetacular. Para bem educar precisará existir espírito de liderança, autoridade, disciplina, conhecimento da natureza humana, para que, sem autoritarismo, possamos orientar as nossas crianças.
De fundamental importância será a nossa presença física e um equilíbrio psicológico para que desde pequenos eles possam ir adquirindo a segurança necessária para que se desenvolvam e estejam preparados para os embates da vida. Deveremos ter paciência para ouvi-los dando-lhes a oportunidade de apresentar, sem interrupção, as suas versões dos fatos, para depois julgarmos com justiça, procurando, menos que castigá-los, orientá-los para a correção dos costumes. Quando tivermos de castigá-los, eles deverão compreender porque isso teve de acontecer. sem a necessidade de sentirem-se humilhados.
Deveremos sempre acompanhar, com interesse, a vida escolar de nossos filhos, ajudando-os a entenderem a utilidade da instrução para a comodidade de sua vida futura. Teremos que fazê-los enxergar a utilidade da cultura para a compreensão dos fatos da vida. Nesse sentido deveremos incentivá-los à leitura sobre todos os assuntos para que, inclusive, possam conseguir um bom relacionamento social. Nesse particular, como em outros, valerá mais o exemplo pessoal; deveremos acompanhá-los à biblioteca pública, orientando-os como se utiliza a mesma. Ajudá-los, também, a compreenderem o que estão lendo; esse convívio será sempre salutar. Muitas vezes, devido aos nossos afazeres, delegamos a outros essa tarefa que caberia a nós, de estarmos presentes na caminhada de nossos filhos; isso deverá ser evitado porque ninguém nos substituirá com o empenho necessário; somente quem ama poderá saber o que é melhor para a pessoa amada.
O sábio Salomão deixou escrito: “ Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” E Deus, quando indicou os preceitos de sua sabedoria incumbiu aos pais o privilégio de transmiti-los: “E intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. (Prov. 22:6; Deuteronômio 6:7).
Quando eu, casado a pouco tempo e minha esposa passou a esperar o primeiro filho, me preocupava com a falta de experiência e procurava aprender com os mais velhos, lendo livros e pedindo a Deus que me desse sabedoria para que pudesse orientar convenientemente aquela criança que estava para chegar. Havia um velho senhor que trabalhava comigo e que depois de ouvir-me com paciência dizia: “Seu Klein, educação de filhos, é pedir a Deus! E de fato ele tinha razão, se dedicarmos o pouco que sabemos, com amor, em nossa tarefa, Deus fará o resto, dando-nos condições de realizar um trabalho razoável. E as normas já foram instituídas a milhares de anos através de Sua Palavra que é um depositário de preciosidades. Quando encontrarem qualquer dúvida em suas vidas, de como deverá ser a sua conduta, pode crer, que a resposta estará registrada em sua bíblia, bastará apenas que tenhamos a intimidade necessária para que possamos encontrar o que precisamos, no momento certo.
E M O Ç Ã O I N F A N T I L





Pai!
Eu sou ainda pequeno,
Não conheço os mistérios da Vida,
Nem sei expressar o amor!
Mas talvez quando eu crescer,
Quando o intelecto se expandir,
Possa, ainda, menos saber!
Por isso desejo aproveitar,
Este sentimento inocente,
Que sinto, forte, dentro do peito,
Sem mesmo saber o que é,
Para te dar um abraço bem apertado;
E com emoção derramar,
Em teu coração uma lagrima!
Para que a guardes contigo,
Como dádiva preciosa,
Por toda a tua vida!
Que espero seja infinita!
Pois quando eu chegar lá adiante,
Quando a vida me envolver,
Não sei se poderei ter tempo,
De lembrar-me de você!























E L O S D E A M O R

05/09/97

Certa vez, a muitos anos atrás saí a passear com meu neto Timóteo. Andamos pelo bairro por algum tempo e quando íamos voltando, conversávamos e eu dizia-lhe, quando você for moço terá, também, de me levar a passeio, ao que ele me respondeu:
Mas vovô, quando eu for moço você já vai ter morrido!
É possível, disse-lhe eu, mas agora não poderemos saber, portanto fica a promessa do passeio.
Timóteo já está um mocinho, com quase quatorze anos, eu com quase setenta, ainda estou aqui usufruindo o que a vida pode nos oferecer nesta quadra da vida. Ele tem sido meu companheiro de aventuras nesta nova fase que estou vivendo. É apaixonado por informática ( diz que vai estudar para poder mexer nas máquinas e nos programas) e foi o meu professor, quando me aventurei a deixar a máquina de escrever para entrar na nova tecnologia. Ele, de fato conhece e parece ter o dom de aprender com facilidade aquilo que mais gosta. Quando tenho alguma dúvida ( pois também aprendi por mim mesmo, sem fazer cursos de informática) é ele quem me socorre para resolver o problema.
Isso tem me proporcionado muitas alegrias pela convivência, oportunidades de conversarmos e até de poder passar a ele muitas coisas que certamente lhe servirão no transcorrer de sua vida.
Embora a previsão estivesse certa que um dia eu não estaria junto a ele para que me levasse passear, talvez ainda possamos nos amarmos e nos dedicarmos, um ao outro, por mais algum tempo. Não sei quanto, mas pela previsão da vida de meus antepassados o futuro ainda poderá ser promissor; embora meu pai haja falecido jovem, com trinta e poucos anos, minhas avós chegaram à casa dos noventa e cem anos e minha mãe aos oitenta e sete. Estou com sessenta e oito e poderei, (quem sabe? ) ainda chegar a ver os filhos do Timóteo. E dos outros netos também, com mais facilidade, porque alguns já estão alçando vôos mais altos para transformarem-se em homens (espero que responsáveis) para constituírem família.
Essa possibilidade que Deus nos oferece de termos conseguido, embora com todas as dificuldades, manter o elo matrimonial, hoje nos gratifica porque é muito doce podermos assistir os nossos descendentes a darem continuidade ao nosso “clã”. Não importa nomes, podem ser Klein’s, ou Cardoso’s, Trevisã’s Silva’s ou Santa Rosa’s , acima dos laços de sangue estão aqueles imponderáveis que são a nossa vivência e o amor que nos une.













E V O L U Ç Ã O

Hoje, por volta do meio dia, quando praticava a minha caminhada pela praça, vi um grupo de jovens, sentadas em uma escada saboreando sanduíches. Aquela visão tão simples fez-me lembrar dos meus idos da adolescência quando, trabalhando em uma firma de produtos alimentícios, era posto para fora na hora do almoço e, comprando um sanduíche de mortadela saboreava-o, assentado na calçada. As dimensões são outras, enquanto estas jovens eram estudantes de um colégio próximo eu era um jovem órfão que labutava das sete às l8,00 horas, no mínimo; haviam dias que saindo para fazer entregas só era dispensado às nove horas da noite.
Eu saia de casa, que era no bairro de Santo Amaro, às cinco horas da manhã, tomava o bonde (muitos dos que lerem estas páginas nem saberão o que é bonde por não terem vivido em seu tempo), desembarcava na Praça da Sé e andava até a Rua Vitória pelo número 150 aproximadamente.
Na volta a mesma caminhada até a Praça da Sé, tomar o bonde e viajar, em pé, em
um coletivo super lotado. Houve uma vez que desmaiei de fraqueza, pois eram oito horas da noite e estava aturando todo aquele desgaste, unicamente com um sanduíche de mortadela ingerido ao meio dia.
Mas Deus foi grandiosamente e benigno para comigo; tirou-me daquela calçada e me elevou a conquistar novas posições, que tendo em vista o meu preparo escolar foi magnífico. É muito bom quando passamos por uma infinidade de dificuldades e superamos as desventuras da vida para nos encontrarmos um dia em uma posição em que não mais receemos percalços em nossos caminhos. Essas nossas recordações prestam-se, também, para servirem de exemplo para os jovens que, nascidos em uma situação privilegiada imaginam que seus pais receberam tudo pronto para lhes apresentar. Desconhecem as lutas travadas pelos seus ancestrais para doar-lhes uma situação melhor do que a que receberam. Talvez não seja muito o que damos aos nossos descendentes, mas tenham a certeza, que esse pouco é muito mais do que recebemos, embora o que recebemos já haja representado um esforço sobre-humano de nossos ancestrais.
Na minha adolescência, por necessidade, sentei-me em uma beira de sarjeta para devorar, com outros companheiros, um sanduíche de mortadela. Hoje, os jovens em sua irreverência sentam-se em qualquer lugar para saborearem, talvez, petiscos mais refinados, alheios às lutas que seus pais continuam a travar para que não lhes falte nada e para que tenham maiores oportunidades perante a vida. Cada vez a tecnologia exige mais de cada um de nós, a competição exclui os menos capazes para selecionar apenas os melhores. Triste tempo este quando a maioria passa a ser marginalizada!
São necessários, hoje, além de inteligência, tenacidade e sorte, uma adequação a uma carreira para à qual o jovem seja vocacionado. De nada adiantará fazer um curso pelo prestigio que ele têm, será necessário que ao formar-se o jovem goste do que irá fazer, pois só fazemos bem aquilo de que gostamos. Cada um deverá sondar-se para saber do que verdadeiramente gosta; se tiver dificuldade em definir as suas preferências deverá recorrer a um teste vocacional que lhe indicará uma direção a seguir.
E, boa sorte . . .
Que você possa, um dia, estar com a sua vida consolidada vivendo como eu vivo, alegre porque faço apenas o que gosto de fazer.
Que você encontre em seu caminho o Deus verdadeiro que inspirou o Profeta a dizer d’Ele: “Levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de gloria; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo. (1 Samuel 2:8)





















































F A M Í L I A C O M O C O N D I C I O N A N T E

“A Mococa”
02/09/89

Muitas vezes os jovens desistem de suas lutas no meio do caminho por não encontrarem o apoio que esperavam receber do grupo.
Quando isso acontece, de duas uma: ou entregam-se a outro tipo de vida, de relacionamento, fora da família, que poderá, talvez, direcioná-los a uma conversão, ou entrega-se a costumes novos que julga poderem preencher o seu vazio psicológico; geralmente, esses costumes virão de pessoas que têm o mesmo problema e que foram encaminhadas para o uso de bebidas alcoólicas, ou outros tipos de drogas que, supostamente, poderiam preencher esse vazio.
Daí para a dependência é um passo. O viciado persiste sempre por desejar esquecer a falta de afeto e de uma autoridade disciplinadora. Esta é fundamental, para que a pessoas sinta-se amada; a falta de disciplinamento cria, no ser humano, uma espécie de exclusão.
Para tentar curar, essas pessoas, não adiantará interná-las em clínicas de tratamento, desintoxicá-las, porque continuará a faltar o essencial que somente poderá ser preenchido por um redirecionamento de todo o grupo familiar.
O caminho correto seria conscientizar o grupo familiar, das verdadeiras causas, para que, através de uma terapia que abrangesse todo o grupo, fosse redimensionado o comportamento de cada um e o relacionamento dos participantes entre si.
Redimensionado o relacionamento, passará a haver o respeito pelas opiniões individuais e todos poderão chegar a um consenso do que seria o comportamento ideal para todo o grupo. Para ser perseguido o caminho que os levará a um desenvolvimento sadio, precisará ser restabelecida a autoridade, o respeito e o amor entre as pessoas.
Quando chegar-se a esse ponto, de uma estruturação sólida da família, perceber-se-á que os sintomas terão desaparecido, porque foi eliminada a causa. Creio que valerá à pena essa tentativa porque ao fim gratificará a todos os participantes. O homem é um ser social e todos os problemas deverão ser resolvidos nessa dimensão: “Um por todos e todos por um”. É a união que fortalece os laços necessários à qualificação para vencer todos os obstáculos. Se distendermos energias para auxiliar a um dos participantes do grupo, estaremos fortificando as vontades de todos e criando condições de auxiliar outros membros que estarão próximos e poderemos estender a nossa ação a outros grupos, beneficiando toda a sociedade.
Infelizmente, em todos os setores, geralmente, procuramos resolver os problemas, através do combate aos sintomas. No caso da droga, cremos estar acontecendo o mesmo; ainda não nos fizemos a pergunta: “Porque as pessoas são levadas a experimentar as drogas, e o que as faz dependentes?” Não adiantará nada desejarmos responder sem nos aprofundarmos, se é que não desejamos responder levianamente.
Analisando a maioria dos problemas que afligem a humanidade, neste século, percebemos que são dois os fatores condicionantes: Falta de amor e falta de autoridade. E isso é provocado por uma estrutura familiar defeituosa. O homem quer ser mais perfeito que o seu Criador! Quando Deus estabeleceu normas para a constituição e preservação da família, Ele colocou esses ingredientes indispensáveis a um crescimento sadio. O homem, porém, depois de um certo tempo resolveu modificar essas normas, movido pelo seu egoísmo, que em última análise é falta de amor. Com essa transformação das estruturas iniciais encaminhou-se para a desagregação da família, deteriorando-se a autoridade e veio a faltar amor; sem amor desarticulou-se a família e deteriorou-se ainda mais a autoridade, em um círculo vicioso. Quando a autoridade deixa de existir, cada membro de grupo passa a agir por conta proporia, não obedecendo mais a um poder central que, geralmente, é moderador. Esse caos não satisfaz aos diversos membros do grupo que passam a sentir-se frustrados pela convivência. Aí surgir a necessidade de uma válvula de escape para essas frustrações. Elas vêm através do uso do álcool, das drogas, do adultério; é quando os pais ausentam-se do lar em busca de aventuras ou outras distrações como o jogo. E é, também, quando os jovens passam a ausentar-se do lar ( que já não é um lar, e sim simplesmente um local para dormir, comer, e encontros desagradáveis com os outros membros da família). Alguns têm sorte de encontrarem outros jovens advindos de famílias bem estruturadas e passam por uma reciclagem de seus valores e acabam percebendo que a sua frustração é causada por falta de um relacionamento perfeito com a família. Mas nem sempre é fácil abordar esse problema com os pais e irmãos, que, geralmente não aceitam essa argumentação; é uma luta em que precisa-se de muita perseverança e muito amor, para que se dê continuidade pelo tempo necessário, até que as pessoas se compenetrem da urgência de revisarem as suas vidas e concordem em reassumir um tipo de vida mais condizente com o interesse da família.
Um fator fundamental será a volta para Deus. Fazendo parte de uma entrega e transformação totais e verdadeiras. Essa transformação virá, primeiramente, dos pais; estes deverão estar preparados porque terão de provar, com atos, que a conversão foi real. E se de fato for, estarão aptos a derramarem amor em torno de si, transformando o ambiente e as pessoas abrangidas.





























H A R M O N I A C O N J U G A L

“A Mococa”
21/10/89

Quando duas pessoas passam a viver juntas é que irão começar a conhecerem-se. Deus, quando instituiu a união conjugal, estabeleceu que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher e se tornasse em uma carne com ela; disse, também, que Adão “conheceu” Eva. Conhecer! Esta é a palavra chave para um bom relacionamento. Quando estabelecemos um lar deveremos desligar-nos dos laços anteriores e dedicar-nos inteiramente, o nosso tempo, a nossa inteligência, a nossa sensibilidade, ao trabalho de conhecer o nosso cônjuge.
Nós poderemos namorar por algum tempo, noivar por um período maior, mas na realidade só começaremos a nos conhecer a partir do momento que passarmos a viver juntos. Durante o tempo de namoro e noivado, geralmente, não nos revelamos. Quando passamos a conviver, vinte e quatro horas por dia, juntos, não mais conseguiremos esconder as nossas esquisitices (porque todos as temos) e o romantismo dos dias anteriores começa a desmoronar diante da realidade.
É claro que poderemos observar muitas coisas durante o tempo de namoro e noivado. Por exemplo: a maneira que cada um trata os seus pais e irmãos, são indícios do
que seremos depois do casamento; A “prova de fogo” porém, virá mesmo, depois. Os defeitos começam a aparecer e constatamos que os mitos que construímos, na realidade não existem. Teremos que reconstruí-los de acordo com a realidade, e essa realidade, essa nova imagem, na maioria das vezes não nos agrada.
Será a partir desse momento que começaremos a nos tornarmos adultos; através da compreensão mútua, através do diálogo que deverá se iniciar, para irmos solucionando as nossas diferenças. Nesse momento deverá haver sinceridade acima de tudo; nada deverá ser escondido e recalcado; se assim procedermos, o que não ficou resolvido continuará a influir negativamente no relacionamento.
Aos poucos é que a vida conjugal irá se harmonizando. Deverá haver muito carinho e amor na condução das divergências para que não sejam guardados ressentimentos.. Uma coisa a evitar será o tratamento grosseiro que distancia as pessoas.
Nenhum dos dois deverá ser dominador ou mesquinho, desejando sempre dar a última palavra.
Outra coisa a evitar será o ciúme que é uma indicação de insegurança. Deveremos sempre termos a certeza de que somos o único na vida de nosso companheiro. A manifestação de cenas de ciúme, separa cada vez mais os cônjuges, pois eqüivale a uma acusação de infidelidade. Da maneira como se apresenta a dinâmica social hoje, quando marido e mulher necessitam trabalhar fora de casa para compor o orçamento familiar, as oportunidades de infidelidade se multiplicam e quando há insegurança, gerada, na maioria das vezes, por complexos de inferioridade, por imaturidade dos parceiros, o convívio passará a ser impossível. Quando não existe o amor e o casamento foi realizado se a devida reflexão, o diálogo poderá redimensionar esse relacionamento para que através dele se construa uma base concreta para a vivência em comum.
Será sempre preferível que seja retardada a chegada dos filhos, até que o casal haja conseguido equilibrar as suas diferenças. Quando solidificado o convívio, terá chegado a hora de enriquecer os lares com as crianças que aí sim serão mais um elo de amor e compreensão.






















































H A R M O N I A S E X U A L

“A Mococa”
28/10/89

Uma das fontes de maior dificuldade no casamento é, sem dúvida nenhuma, o relacionamento sexual.
Antigamente era o homem quem levava a maior experiência sexual para o casamento. À mulher era exigida a virgindade e ela só ia conhecer esse relacionamento no noite de núpcias.
O “tabu”, hoje foi atenuado e “permite-se” que a mulher, também, possa envolver-se sexualmente, antes do casamento. Isso, na realidade, é uma balela, porque, principalmente no caso dos latinos que possuem um temperamento “machista”, ainda é exigido serem eles os primeiros. Eles são liberais quando desejam usufruir, mas quando resolvem casar, vão procurar uma jovem virgem. E aquelas que não souberam resguardar-se, geralmente ficam para titias, ou têm um destino mais penoso ainda. Em que pese esse pseudo liberalismo que poderá dar oportunidade de experiências tanto ao homem como à mulher, será sempre um tipo diferente daquilo que se faz necessário na vida conjugal.
É normal surgirem dificuldades nesse relacionamento, que se não forem esclarecidos levarão a um desentendimento crônico. Se existirem problemas (e eles sempre são passíveis de existir) o assunto deverá ser abordado com sinceridade, para o esclarecimento devido. Tanto o marido como a esposa deverão perguntarem-se se não estarão sendo egoístas nesse relacionamento. Se um não está negando-se ao outro (até psicologicamente, entregando o corpo e negando a alma) em um encontro sem vida. Deverá haver um empenho constante no sentido de aperfeiçoar esse relacionamento através do esclarecimento, pois poderá estar havendo uma influencia pelo tipo de educação que cada um dos cônjuges recebeu. Tudo deverá ser reciclado! Muito poderá ser feito para aperfeiçoar, cada vez mais, os métodos que satisfaçam plenamente a cada um dos participantes dessa união, aliando-se à compreensão, à boa vontade e, principalmente, o amor. Esse amor se revelará quando nos dispusermos a servir um ao outro.
Sempre estejamos atentos que, um bom relacionamento sexual será o resultado de um bom relacionamento conjugal. Este será, sempre, um condicionamento para o bom desempenho do primeiro. Se não houver harmonia nesse campo nada mais poderá desenvolver-se satisfatoriamente.















I N O C Ê N C I A





Se queres ser feliz
Não mates a criança
Que insiste em viver em ti,
Para que não esqueças de sonhar.


O sonho é que dá vigor à vida
Quando a criança cria suas fantasias
Visualizando tempos e momentos
Que sempre estarão presentes


Será a inocência da criança
Que persiste em ser tua companheira
Que fará fruir de ti a vida



Será a mística mistura
De todas as idades que vivestes
Que te ligará a todos os tempos.
























L E M B R A N Ç A S


11/11/97





Um destes dias adentrando a cozinha senti um cheiro que não era dali e sim vindo de dentro de mim , e volvi ao tempo de criança, sentindo aquele cheiro de infância que tantas vezes é rebuscado dentro do meu ser para fazer-me lembrar de coisas que ali estão plantadas e que foram tão importantes !
Meu pai explorava um bar de um clube (Clube Bandeirante), em Santo Amaro, que gozava da freqüência da mais fina sociedade do bairro. Para serem vendidas no bar eram preparadas muitas guloseimas e dentre elas o que meu pai preparava pessoalmente era um recheio de "alitche" para sanduíches, com muito cheiro verde e um tempero especial; meu irmão e eu ficávamos esperando aquilo estar pronto, à tarde, para saborearmos dentro de uns pães torradinhos que só àquele tempo haviam; que delicia! Pois foi esse o cheiro que senti, sem razão alguma, porque nem estava sendo preparado nada na cozinha, aquela percepção vinha de fato de minhas lembranças que plantadas no meu interior ajudaram a me dar forças para empreender esta caminhada que venho realizando, ultrapassando etapas.
Daí "viajei" e senti-me novamente em meus áureos tempos da meninice quando as coisas simples da vida nos faziam tão felizes! Lembrei-me de quando acordava , geralmente depois das dez horas da manhã, horário em que os adultos já estavam participando de seus afazeres e muitas vezes as pessoas que encontravam-se na casa conversavam alegremente em voz alta. Acordar com aquelas vozes entrando em meus ouvidos provocava em mim uma alegria indizível, sentia muita segurança porque aquelas pessoas todas estavam em torno, para me protegerem.
Muitas vezes somos levados a pensar que os acontecimento que vivemos e ficaram para trás não possuem mais significado algum, mas é puro engano; o nosso interior é um cofre forte que encerra um tesouro descomunal; quando nos sentimos só, quando atingidos pelas vicissitudes da vida poderemos extrair dali toda a força de que precisamos para vencermos os obstáculos. O nosso passado apresenta-se como uma força que nos transportou para o presente e transforma-se em uma plataforma segura que nos encaminhará para o futuro!
Você, amigo, que lê estas reflexões, recolha-se ao seu interior e perscrute bem lá no fundo para arrancar aquelas lembranças que despertaram aos suas emoções nos momentos especiais de sua vida. Analise o quanto os acontecimentos puderam influenciar a sua vida transformando-o para que pudesse apreciar a vida de uma maneira mais humana. Emocione-se outra vez ao relembrar daquelas pessoas que foram importantes em sua vida e de alguma maneira desapareceram do seu convívio; quer porque já encerraram a sua carreira, quer porque transferiram as suas atividades para algum lugar que lhes fosse mais propício. Através dessas lembranças você poderá renovar-se e buscar bem no fundo do seu ser as ferramentas que ali estão e que foram construídas pelos acontecimentos tristes ou alegres que você viveu. Vale à pena recordar!
Depois desse retempero, que redobrará as suas forças, afugentando as amarguras, você estará pronto a prosseguir no caminho que foi traçado pelo seu destino para vencer
novas etapas.
É assim que aprendemos a viver . . .vivendo . . .a cada dia . . . as emoções!
Aqueles que não olham para dentro de si mesmo no afã de aperfeiçoar-se e aprender a doar-se de si mesmo aos seus semelhantes jamais gozará a plenitude de uma vida realizada, onde o amor fluirá para alcançar quantos cruzarem os seus caminhos. Será uma construção de uma fraternidade onde imperará o amor, a amizade sincera, o desprendimento pelas coisas materiais e um aprofundamento para que seja encontrado o equilíbrio mental, psicológico e espiritual. Será a ventura de alcançar a estatura do homem completo!











































M E S A G EM A O S J O V E N S


“A Mococa”
04/03/89


Gostaria de conversar com você, não como pai, não como adulto, mas refletindo o que fui quando tinha a sua idade. Sim! Por incrível que pareça eu já vivi a sua idade; e hoje sou tão diferente! Vivi as mesmas angustias, as mesmas apreensões que você vive hoje e, como você, me vi atormentado por uma grande quantidade de problemas, inclusive com o do sexo. Senti dificuldade para me relacionar com as outras pessoas, com meus pais; não sabia equacionar as aflições que tomavam conta do meu ser.
Nessa ocasião eu não sabia a quem apelar para que me auxiliasse; esquecia que poderia contar com alguém que estava bem perto de mim e que possuía uma experiência bem maior do que eu, no que se referia à juventude, embora possuísse uma coisa em comum comigo: ele era, também, inexperiente como pai. Talvez eu até soubesse que poderia contar com ele, mas como era difícil estabelecer um diálogo para que eu pudesse derramar as minhas apreensões!
Hoje eu sei, que poderia contar com a ajuda de meu pai e isso também o teria ajudado bastante! Enfim, ele também ansiava em se comunicar comigo para me guiar. A sua felicidade passava, obrigatoriamente, pela minha felicidade. Ele só poderia se realizar se cumprisse a função de pai, de orientador eficaz.
Hoje sei que a função de pai é muito difícil e, geralmente, a maioria de nós não está suficientemente preparado para desempenhá-la. Desejamos realizar um bom trabalho para a felicidade de nossos filhos, mas a tarefa é muito complexa e nos amedronta. Exercemos controle, disciplina; procuramos oferecer exemplos de probidade; derramamos o nosso amor em profusão, mas chegamos à conclusão que a tarefa é por demais grandiosa e ficamos perplexos.
Os filhos, muitas vezes, colocam os pais em lugar de sábios e a realidade é que eles não são sábios; são pobres seres mortais . Assim como o jovem é inexperiente na sua condição, o pai, também o é na sua. Assim como o jovem precisa de amor e compreensão para superar as suas angústias, os pais também necessitam de ajuda para que possam continuar a crescer emocional e psicologicamente. Se ambos se ajudarem, as crises se resolverão e todos poderemos amadurecer para ajudarmos, juntos as novas gerações.
Jovem! Ajude seu pai a ajudar você! Pai, ajude seu filho a ajudar você!
Jovem! Mire-se em seu pai como se fosse em um espelho encantado que tem o poder de revelar o futuro. Talvez você esteja imaginando que poderá amar aos seus filhos muito mais do que é amado por seus pais. Nessa visão maravilhosa que o fará reflexionar sobre a mistura de sua personalidade de hoje e a do futuro, mais amadurecida, poderá avaliar o quanto é amado hoje.
Talvez você possa se queixar que o seu pai não tem muito tempo para você, que não se importa em estar mais tempo ao seu lado, para vê-lo crescer!

Analise se não é unicamente por você que ele fica mais tempo distante; para transformar a sua energia em recursos que irão propiciar um melhor futuro para aqueles a quem ama! Quanto suor ele terá derramado, no cumprimento dessa missão de pai, que descem pelo seu rosto misturado com as lagrimas de sofrimento por não poder presenciar os momentos de alegria, conjuntamente!
Ele sabe, que mesmo que não possa estar presente , o seu pai, que em outros tempos já cumpriu a sua missão estará junto a você amando em maior dimensão, com só os avós sabem amar!
Chegará um dia que você estará crescido e como adulto, responsável, estará cumprindo a sua missão de pai; então o seu pai que será o avô de seus filhos estará dando aos seus filhos aqueles carinhos que você não terá tempo de dar.
A vida é assim, e ela se desenvolve dentro da sabedoria divina que criando uma diretriz que tende a estabelecer uma estrutura de confraternização onde famílias constituem uma base segura para o desenvolvimento de seus membros.











































. . .M E U S F I L H O S!



Jabaquara,08/08/74


Você . . .Você . . . e você . . .,meus filhos!
A princípio éramos dois e estávamos embebidos na ilusão do amor e, desse amor, veio a vida . . .aquela que tanto desejávamos: um filho. Veio você e a alegria de ser pai de um menino que levaria meu nome adiante. Então eu amei você mais do que tudo na vida.
A vida continuava e desejávamos mais alegrias e Deus nos ouviu mandando uma menina, e veio você. Nasceu em minhas mãos e era minha filha e, ao mesmo tempo, a irmã que não havia possuído. Então eu amei você mais do que tudo na vida.
E Deus nos reservava mais alegria e veio você. E não querendo o conforto dos hospitais veio nascer em casa; no lar onde todos nós viveríamos felizes. Então eu amei você mais do que tudo na vida.
Um filho, uma menina e um caçula e a alegria de possuir o amor de vocês e de dedicar a vida para protegê-los. E o amor que dedicava a cada um de vocês era todo o amor que possuía e essa dádiva preciosa de amor transformava-se em uma fonte inesgotável.
Meditando nesse amor compreendo todo o amor que Deus dedica às suas criaturas. Se nós, que somos tão mesquinhos, podemos dedicar tanto amor, é para se ter fé inabalável no Pai misericordioso, porque Ele nunca nos faltará em nossas necessidades. Por isso eu peço a Ele que vocês se amem tanto como eu os amo.
Isso eu peço por você . . .por você. . .e por você . . .meus filhos! Isso eu peço a você . . .a você . . .e a você . . .meus filhos.
























P A L A V R A S





Apalpo a maciez das palavras,
Que constróem os lances da história,
Extraídos de profundas lavras
Para alimentar a vida transitória.


São, elas, peças preciosas
Que fazem amantes viverem o sonho
Unem mãos ansiosas
Para se alimentarem de carinho.


Palavras, suaves companheiras
Das horas de gozo ou de pesar
Dão-nos a paz da fantasia


Abraçam-nos como ventura passageira
Tentando nos confundir e enganar
Mas preenchem nossa vida de real magia.

























P A L O M A


Rudge Ramos 18/03/87


Que a humanidade elimine as bombas
Para que possa almejar a esperança
Que de paz surjam brancas pombas
Para construirmos o futuro da criança.


Para que a nossa Paloma cresça
E a inteligência possa oferecer
E que a mortalidade infantil desça
E a natureza não venha a fenecer.


Que os homens defendam a ecologia
E seja preservado o verde vida
Que não se conserve só a ideologia
Mas que combata tudo que trucida.


Que haja empenho no amor
Para que vivam todos como irmãos
E a fraternidade não seja um favor
Para que felizes todos dêem as mãos.


Que o amor se derrame como fonte
Para que as vidas se enlacem
E as almas se entrelacem
E haja para a criança novo horizonte.















P A T E R N I D A D E R E S P O N S Á V E L


“A Mococa”
04/11/89



Um dos mais importantes aspectos do casamento é o referente à procriação de filhos. Ela nunca poderá ser desordenada e sim planejada.
A falta de planejamento do casal poderá ocasionar uma gravidez indesejável criando uma espécie de rejeição psicológica que, até, poderá afetar a criança. Sem contar o que constantemente acontece, os pais optando pela interrupção do processo de gestação, “assassinando” aquela criança que já era vida. Porque o feto já é uma vida! Como o exemplo que ouvimos em um conferencia: “Um pedaço de pão não é pão? E uma gota de Água não é água? Assim aquela vida por minúscula que seja, já é vida!”
É uma violência destruir uma vida que nem tem possibilidade de defesa. Além do trauma que é causado à mãe que carregará para sempre a culpa pelo crime praticado.
Nos E.UA foi dada, recentemente, uma sentença em processo, reconhecendo que alguns embriões fecundados artificialmente e conservados congelados, não poderão ser destruídos por tratarem-se de vidas.
Agora, o planejamento familiar já é diferente; trata-se de procurar evitar-se a instalação de gravidez, através de vários métodos, por um período de tempo, com a finalidade de preparar condições propicias para a vinda de uma criança. Às vezes, até se faz aconselhável que, um casal, nos primeiros meses do casamento, evitem que se instale uma gravidez, aguardando-se uma ocasião mais conveniente. Os primeiros meses é um período de adaptação e conhecimento, um do outro. É necessário que os cônjuges possam gozar livremente desse relacionamento conjugal e sexual. Depois que já adquiriram uma adaptação física e psicológica adequadas, será a hora de providenciar a vinda dessas preciosidades que são os filhos, e que assim serão recebidos em um ambiente de paz, amor e alegria, além de que encontrará condições econômicas e financeiras que lhes garantirão subsistência e educação de acordo com a suas necessidades.


















S A B E R



13/10/91




Se mergulhássemos
No mais profundo
Do saber do sábio
Para saber o que os sábios sabem
Saberíamos que
O sábio não é sábio
Ao seus próprios olhos.
Mas jaz
No mais profundo do saber dos sábios
Para procurar saber
O que os sábios sabem.
E nessa procura acabará sabendo
Mais do que os sábios sabem.
Por mais, porém, que possa saber
Ainda não saberá todo o saber.
E terá de continuar a procurar saber
Sempre mais do que possa saber.
Nessa procura infinda
Nunca saberá se conseguiu saber
Tudo que os sábios poderão saber.
Qual o proveito dessa procura
Se nunca saberá se conseguiu saber?
Servirá para saber que saberá
Sempre mais de quem não procurou saber.
















M U L H E R : C O N S T R U T O R A D E H O M E N S


“A Mococa”
11/03/89


“Deus, no auge de sua inspiração criadora, em um só momento, deve ter criado a mulher e a flor. Esta, com seu colorido e perfume, enfeita a natureza e fornece o néctar para a formação do mel; a mulher, com sua sensibilidade e doçura, é quem contribui para a estabilidade do lar, onde a criança forma o caráter que a fará cooperar para o bem da humanidade.
É com esse misto de sensibilidade, beleza e doçura que desejamos homenagear essa que merece todos os superlativos; que é a rainha do lar e acima disso é a rainha de nosso convívio.
Quando Deus criou o homem e lhe deu uma ajudadora eficaz, elaborou um sistema perfeito, pois se o homem possuía falhas, o Criador reuniu as virtudes na mulher, para que ela fosse a bússola que orientaria na trajetória.
Os dois complementaram-se, solidificaram-se, além da carne, em suas próprias almas, para contribuírem para a construção de entidades perfeitas. E essa perfeição, cuja parte de sensibilidade ficou com a mulher, é que durante o desenrolar dos tempos, da história do homem, tem influído no aperfeiçoamento das coisas.
Para nós, homens, é salutar e gratificante contar com uma companheira leal que, até em prejuízo de suas aspirações pessoais, se oferece inteira, para que possamos realizar as nossas aspirações. Eis porque, deveremos procurar, dentro de nosso íntimo, para ver se Deus colocou ao menos uma pequena partícula de sensibilidade para que possamos contribuir para que as nossas companheiras possam sentir-se reconhecidas por tanto que nos propiciam. Essas afirmações deveremos fazer no dia a dia de nossa vivência, porque cada dia é o dia da mulher. A cada dia ela está construindo, em nós, ou em nossos filhos, uma parte das vidas que, por seus méritos, irão enriquecer a humanidade.
É bem verdade o que diz a sabedoria popular: “Por trás de todo grande homem, sempre há uma grande mulher.”
Neste tempo em que a mulher, cada vez mais, aperfeiçoa a sua participação para a resolução dos grandes problemas que afligem a humanidade, desejamos prestar-lhes as mais efusivas homenagens fazendo votos para que juntos possamos alcançar os mais altos ideais de paz, justiça e fraternidade.












N O S S O O B J E T I V O


“A Mococa 21/04/90



Certa vez um jovem apresentou-se a uma grande firma para obter um emprego. Submeteu-se às provas de conhecimentos, apresentou os seus títulos e posteriormente foi encaminhado a uma entrevista que seria decisiva para a sua admissão.
Depois de conversar alguns instantes com o candidato, para aliviar-lhe a tensão, o entrevistador perguntou: Qual o seu objetivo ao ser admitido a esse emprego?
O jovem respondeu sem qualquer demora em reflexão, demonstrando plena convicção do que dizia: “Pregar o evangelho; transmitir a cada pessoa, com quem me relacionar, a mensagem de salvação e de vida eterna, através de Jesus”.
O entrevistador olhou admirado para o candidato, observou alguns momentos de silêncio e respondeu com ironia “ Imagino que não espera que lhe seja dado o cargo para trabalhar para outro patrão!”
O jovem esclareceu, que para cumprir esse seu ministério, ele teria que ser o melhor funcionário, para que através do seu testemunho as pessoas pudessem acreditar naquilo que lhes falasse. Ele conseguiu o emprego e foi, de fato, um ótimo funcionário, galgando altas posições. O mais importante, ainda, foi que fez a felicidade de muitos colegas alcançando-os para Cristo, enchendo-lhes os corações de alegrias, de esperança e paz.
Em nossa vida temos tentado, também, transmitir às pessoas, o amor, a paz e a esperança, através das mensagens que nos é transmitida pelo grande mestre Jesus Cristo, nos evangelhos. Quando almejamos colaborar em jornais era esse o caminho que esperávamos trilhar, para poder amenizar corações carentes de conforto; ajudar famílias em crise e assistir a quantos tem necessidade de compreensão. Não é um objetivo fácil de alcançar, porque as pessoas amarguradas, geralmente tem receio de abrirem os seus corações. Porém, através da escrita podemos alcançar, às vezes, pessoas carentes de ajustamentos.
Continuamos firmes em nosso objetivo primeiro, porém os caminhos do Senhor são misteriosos e temos de conformar-nos quando Ele nos leva por desvios, pelos quais, com toda a certeza, chegaremos onde seja necessário. Os obstáculos colocados em nossa trajetória, são postos para que haja proveito a alguém.
Jesus, muitas vezes, falou e ensinou a uma pessoa de cada vez (Zaqueu, Nicodemos, a mulher samaritana, o jovem rico) e nós nos sentiríamos felizes se também escrevêssemos apenas para uma pessoa; quem sabe se não é justamente quem Ele deseja alcançar!
As pessoas estão confusas e sem esperança e paz interior e sabemos que Jesus nos dá tudo isso! Quando nos apropriamos da certeza de uma vida eterna junto a Deus, o tempo e as coisas materiais já não se apresentam como fatores de importância, visto que a nossa vida não mais se limitará a um curto período e sim teremos a eternidade para usufruirmos das delicias celestiais.

Você já tem essa certeza?
O evangelho nos dá, com o aval de pessoas que não mentem: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo “Ro. 10:13) “Quem crer em mim e naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).
Existem muito mais declarações fidedignas que extirparão do seu coração todo o medo, angústia, ansiedade, amargura, e lhe darão os frutos do espírito que são: “amor, gozo, paz. longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5:22) que poderão transformar a sua vida.
Junte-se a nós, para caminharmos para o mesmo objetivo, transformando-nos em veículos que conduzem à felicidade!















































A M U L H E R D O T E R C E I R O M I L Ê N I O


03/03/90



Violeta Chamorro vence as eleições na Nicarágua, abrindo caminho para a redemocratização do país; Sua Santidade o Papa João Paulo II, abre a Campanha da Fraternidade colocando em evidência a mulher e D. Paulo Evaristo Arns, em entrevista, declara que as presidências das comunidades eclesiais estão em sua maioria ocupadas por mulheres; o Presidente eleito, Fernando Color de Mello, confirma para o cargo de Ministra da Economia a Sra. Zélia Cardoso de Mello que irá desenvolver o trabalho de maior importância de todo o seu ministério. Se fôssemos enumerar as mulheres que encontram-se em lugares-chave, pelo mundo, não teríamos espaço para publicar a matéria.
Sinal dos tempos? Não! Simplesmente competência!
A mulher foi, por muito tempo, relegada a auxiliadora eficaz do homem, em uma estrutura criada por este, e os dividendos do trabalho empreendido era colhido por quem elaborava as normas e estabelecia as diretrizes. Podem-se dizer, que por milênios, as mulheres foram usurpadas do reconhecimento de sua capacidade em favor do homem. A mulher sempre foi a auxiliadora mais direta, e conselheira de todos os homens "empreendedores", e por direito, pelo menos a metade do sucesso deveria ser-lhe creditado, senão a maior parte . . .
O homem, pelo egoísmo e sua presunção, passou a perder os subsídios que lhe conferiam a fama de mais sábios e revelou, de onde vinham as decisões, mais amadurecidas, que eram ditadas, até subliminarmente, por quem foi criada com maior dose de sensibilidade e ponderação. A partir daí, divididos os talentos de cada um ( porque Deus havia criado uma entidade perfeita pela união de duas partes) constata-se que a maior parte, geralmente, pertencia ao sexo "dito frágil", que na verdade não tem nada que a diminua, e sim possui um potencial fabuloso, que gera o progresso em todos os campos de atividades; notadamente na política é onde ela vem fazendo sentir a sua capacidade, conquistando cada vez maiores espaços, comprovando a sua inteligência, que aliada à sua natural sensibilidade, garante-lhe um sucesso sem precedentes.
A aproximação do terceiro milênio, já está apontando para radicais transformações em todos os campos do conhecimento humano, fazendo crer que a mulher, assumindo o controle, irá dar um encaminhamento mais eficaz aos grandes problemas que afligem a humanidade, para benefício de todos. O sexo "forte", que nestes últimos dois mil anos, não demonstrou tanta competência como alardeava, deverá esforçar-se para, pelo menos, revelar-se como auxiliares conscientes do papel que terá a cumprir.
Talvez, agora, dentro de uma nova dimensão, possa surgir uma cooperação real, através de uma competição leal e produtiva, gerada por um espírito mais lúcido, de confraternização, de paz e verdadeiro amor.
Disso é que precisamos e dependemos, e é o mínimo que nos é exigido se de fato desejamos Ter a percepção consciente dos ensinamentos que nos foram legados pelos grandes mestres de todos os tempos.
A mulher do terceiro milênio é a mulher de sempre, que esteve ao lado do homem encorajando-o, amando-o e ajudando-o na construção de homens. De onde vieram os Presidentes, os Ministros de Estado, os Reis, os Grandes Cientistas, homens ou mulheres, que tem beneficiado a humanidade, senão de lares harmoniosos onde havia um trabalho conjunto?
Não deveremos nos esquecer, que a sexualidade é um Dom Divino que nos encaminha a usufruirmos, com amor, um relacionamento sadio que gera o entendimento e companheirismo, tão necessários para que possamos resolver todas as dificuldades, acima de divergências materiais.
Assim, caminharemos juntos rumo aos mesmos objetivos que nos garantirão a felicidade. À mulher do "Terceiro Milênio" heroina de todos os tempos, a nossa admiração e respeito.



































V I D A E S P I R I T U A L




25/11/89


A família é uma instituição Divina, daí a nossa necessidade de estabelecermos uma comunhão estreita, dela com o Criador.
O ser humano sempre notou a necessidade de sentir que existe uma força poderosa a quem pode recorrer para que sinta segurança. Não importa o agrupamento religioso no qual participemos, se nos afastarmos de nossa fé nos sentiremos perdidos.
Religião, em sentido lato, é religação a Deus. O homem afastou-se de Deus e ao sentir-se desprotegido conscientizou-se da necessidade de estabelecer, novamente o vínculo, que lhe garante o poder de voltar a ser filho de Deus. Cada religião possui o seu livro sagrado e para nos cristãos esse livro é a Bíblia, que é Deus falando-nos e estabelecendo um concerto com Abraão, para a salvação da humanidade. Ele nos fala através da Sua Palavra e ouve-nos pela oração. Deveremos sempre crer nisso para que estabeleçamos a ligação.
E, como vai esse nosso relacionamento com ? Em que estágio se encontra a nossa fé? Temos conduzido nossos filhos a uma comunhão com o Criador, sem medo de represálias?
Nossa vida espiritual deverá ser uma adesão existencial a Cristo. Principalmente nos momentos mais difíceis. Quando as dificuldades aparecem deveremos estar preparados através de uma fé madura que nos dará forças para superarmos os obstáculos.
Essa confiança em Deus somente se conquistará através do exemplo. Somente se estivermos vivenciando a nossa fé seremos capazes de transmiti-la àqueles que nos rodeiam. Não adiantará ensinarmos se não praticarmos.
Chegamos ao fim desta série de rápidas reflexões que nos serviram para exercitarmos na conquista da harmonia no casamento, na condução do nosso lar, orientação dos filhos e principalmente a nossa direção espiritual. Muito ainda deverá ser dito; principalmente há muita experiência a ser trocada, o que poderá ajudar às pessoas a livrarem-se do naufrágio da vida, que, geralmente, deixa marcas profundas, desfazendo a alegria e plantando, em seu lugar a frustração.
Creio que nós poderemos contribuir para que lares não sejam desfeitos e que muitas crianças não venham a ser órfãos de pais vivos, carregando o estigma da marginalidade.
Por favor, reflita sobre isso!












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