Páginas

Seguidores

sábado, 30 de maio de 2009

Bruder Klein - Reflexão

Postado na comunidade As Pontes de Madison Tópico “Você acredita no eterno amor?”.

Realmente, quando nasce um a paixão em nossa vida não temos condições de saber quais serão os desdobramentos e o quanto aquilo ficará gravado em nosso coração e alma; nesse instante não sabemos se ao virar a esquina tudo se apagará e esqueceremos desse amor. Mas, comigo foi diferente, conheci o meu primeiro amor quando eu tinha quatorze anos e ela onze; foi uma troca de olhares, aquilo penetrou em meu coração e instalou-se irreversivelmente; continuamos a nos olhar apenas, afinal éramos crianças de um tempo que ainda não havia a ousadia que existe hoje. Aquele sentimento crescia mais a cada dia em uma sensação deliciosa que pretendia perpetuar-se pela eternidade. Porem, quando, em um fim de semana procurei vê-la, soube que havia se mudado; fiquei completamente desesperado, sem saber se seria para perto ou longe, soube depois que teria ido para outra cidade; projetei ir até lá o que só consegui anos depois e não a encontrei. Carregando aquela carência em meu peito acabei conhecendo outra pessoa e inadvertidamente casei. Depois de alguns anos, como aquela imagem não sai do meu pensamento, realizei outra viajem ao lugar que ela teria ido viver, mas também sem resultado. Procurei esquecer sem obter resultado, por mais de 50 anos. Quando fiquei viúvo, depois de algum tempo de solidão e frustração, pesquisando na Internet encontrei uma comunidade com o sobrenome dela, mas ninguém a conhecia. Assim mesmo enviei um E-mail para os membros da comunidade, sem esperança de obter resposta. Passaram-se. Acho que três meses e recebi um E-mail do irmão dela, que na ocasião que a conheci tinha três anos e me perguntava: O que você deseja com minha irmã? E me dava a noticia que ela havia ido para o Rio de Janeiro onde se casou e depois de algum tempo mudára-se para São José dos Campos. . .E.. .Havia falecido no ano anterior. . . Pode-se dizer que esse foi um amor eterno, porque, mesmo não consumado, eu nunca a esqueci! Seu nome era Walkyria!

A LENDA DO BORBA GATO

Talvez a lenda de que Borba Gato residiu na casa dos Adolfo Pinheiro, já subsistisse, mas, ela intensificou-se a partir de um fato que passo a narrar:
Nasci no solar dos Pinheiro, como meu irmão Waldemar Conceição Klein, minha avó materna, Honorata, minha mãe, Maria de Lourdes Moura devido minha bisavó ter sido escrava de Adolfo Pinheiro; vivemos ali, Av. Adolpho Pinheiro, em Santo Amaro, até pouco antes de sua demolição para alargamento da Avenida.
Como vivíamos ali, brincando e interagindo na propriedade, meu irmão, um dia, tendo encontrado um galho de roseira o plantou ao lado da casa. Essa roseira agarrou-se à parede e subiu até o telhado explodindo ali em uma ramada maravilhosa que chamava a atenção de quem passava.
Naquela ocasião mudou-se, para Santo Amaro, uma família de sobrenome Fumagali,e, uma das jovens da família, passando a colaborar no jornal “A Tribuna”, do Sr. Victor Manzini, escreveu várias crônicas e uma delas referindo-se ao casarão. Na crônica usando um recurso poético, ela falava da roseira, e que teria sido plantada pelo próprio, ou por um descendente de Borba Gato. No mesmo texto referia-se a uma senhora maltrapilha que estava na porta da propriedade.
Isso causou um mal estar à família e foi contestada pelo Desembargador Dr. Oscar Fernandes Martins, que era casado com uma neta de Adolfo Pinheiro, onde ele esclarescia que a dita roseira havia sido plantado por meu irmão, e que, a senhora maltrapilha, que havia sido usada maldosamente, tratava-se de Maria José Pinheiro (Mariquinha), filha do ilustre Adolfo Pinheiro.
Isso deverá poder ser constatado se consultados os anais do jornal “A Tribuna” onde devem estar tanto a crônica como a contestação.
O solar foi construído por Adolfo Pinheiro que era um benemérito e rico Senhor de terras do, então, município, e quem sempre residiram ali foram os seus filhos e netos, assim como nós que éramos agregados da família. No meu tempo residiam no local, além de meus pais, meu irmão e eu, Mariquinha, Minha avó Honorata, meu tio Benedito (negrinho) e três netos de Adolfo Pinheiro, Waldomiro, Armando e Deusdedith Pinheiro Foster. A família, ao que sei, não tinha essa ligação com o Bandeirante, visto nunca ter ouvido alguém comentar esse fato.
A casa que consta do acervo do “Museu” tinha, além de dois holls, de entrada e da escada que subia para o pavimento superior, uma imensa varanda, duas cozinhas e quatro quartos no pavimento inferior que eram ocupados por meus pais e nós, minha avó e meu tio e Waldomiro e Armando. No pavimento superior havia um quarto que era ocupado por Mariquinha e Desdedith. Além de um sótão onde guardavam coisas antigas, foi nesse local que vi as cartas de alforria dos escravos, antes mesmo de ser assinada a “Lei Aurea”. (esses documentos foram levados por José Abrantes (Zezinho) que colecionava documentos antigos). Ao lado da casa que dava para a Rua Voluntário Delmiro Sampaio, havia um anexo que chamavam de “casa nova” que era usado para guardar coisas, tendo, na esquina com a avenida, um cômodo que era usado para comércio. Foi nessa parede da esquina que foi afixada a placa homenageando Delmiro Sampaio tendo, nesse ato, discursado o Dr. Rui Cortez, que foi pai do ator Raul Cortez.
Assim, penso, que se desfaz essa lenda que a tantos anos vem sendo alimentada e investigada.