Reflexões sobre a busca
do caminho
Tenho frequentado
várias igrejas desde o dia que tomei a resolução de seguir a Cristo, me
empenhar em criar um ambiente propício onde as pessoas se encontrem e possam
abrir os seus corações sobre os seus anseios e dúvidas. Sabemos, pelas
Escrituras que Deus, desde a criação sabia tudo que haveria de acontecer com o
ser humano, mas mesmo assim Ele o criou consciente de suas fraquezas e imperfeições.
Sabendo que o homem
cairia em pecado providenciou a vinda de seu filho para que em um ato de amor
doasse a Sua própria vida para nos redimir. O que nos cabe fazer, então, será
aprender os passos desse enviado divino para que saibamos amar como Ele nos amou e nos ama. Para fazer
isso deveremos estudar a vida de Jesus durante o Seu ministério terreno
procurando apreender os seus métodos de doação para com os seus discípulos e
pessoas em geral que cruzaram o Seu caminho Ele nos disse que é o Caminho a
Verdade e a Vida e que ninguém chegaria ao Pai a não ser por Seu intermédio,
Então Ele é o Caminho que deveremos trilhar para chegarmos ao conhecimento
pleno da vontade de Deus para a nossa vida.
O Caminho se descortina
através dos evangelhos que nos expõem o procedimento do Mestre para que os seus
discípulos aprendessem as lições de amor e abnegação que era o Seu cotidiano.
Sabemos que deveremos
imitar o nosso Mestre não apenas através do conhecimento de seus métodos e sim
vivendo esses procedimentos em nossas vidas. Essa sempre foi a nossa aspiração
desde a mais tenra idade quando éramos impactados pelos ensinos que
presenciávamos na igreja que nosso pai frequentava e onde começamos a entrar em
contato com os maravilhosos ensinos do Mestre Jesus Cristo. Então o caminho
será não apenas aprendermos as mensagens do evangelho e sim vivê-las em nosso
cotidiano.
Será que encontramos um
ambiente propicio a isso dentro das igrejas?
Como falei ao iniciar
esta reflexão, já participamos de várias igrejas, sempre procurando esse clima
de amor, fraternidade e companheirismo que existia entre Jesus e seus
discípulos e entre estes, uns para com os outros. Presenciamos algumas
tentativas de criar esse ambiente em reuniões que fazíamos em visitas que
realizávamos aos irmãos que faltavam à escola dominical em um tempo que éramos
professor da classe de adultos. Nessas ocasiões, antes de começarmos o estudo
da lição do dia, sondávamos se algum irmão teria algum problema que desejasse
referir para que juntos pudéssemos apoia-los na condução e ou solução do mesmo.
Assim procedíamos porque sentíamos que mais importante do que a lição do dia,
seria a ajuda que pudéssemos oferecer ao irmão;
porque é exatamente isso que cada um espera daqueles com quem
compartilha o caminho do Mestre Jesus Cristo.
Jesus não possuía um
programa a ser estudado em cada encontro, mesmo porque ele não encontrava os
discípulos, ele vivia todo o tempo com eles e as lições que apresentava para
que crescessem espiritualmente era de acordo com a necessidade do momento. Mas
mesmo não seguindo uma programação prévia Ele escreveu um manancial de
sabedoria para que os seus discípulos mais do que amá-lo se amassem uns aos
outros, porque esse seria o aprendizado ideal para chegarem à estatura de
homens perfeitos em Cristo Jesus.
Nas igrejas aprendemos
muitas coisas e somos edificados pelas orações, pelo louvor, pela pregação da
palavra de Deus e tudo isso nos faz crescer um pouco a cada dia; mas falta a
continuidade de tudo isso em uma vida, em uma verdadeira comunidade onde
possamos conhecer as dúvidas, apreensões e necessidades tanto materiais como emocionais
psicológicas e espirituais. Estas só poderão ser supridas se nos conhecermos
plenamente e isso só acontece quando temos as oportunidades de uma conversa
franca, pelo espaço necessário de tempo. Na igreja, dentro de um horário que é preestabelecido
e limitado, não é possível vivenciar a vida uns dos outros. Todos nós temos
muitas necessidades, poderíamos recorrer a uma entrevista com os pastores de
nossa igreja, mas isso demanda a marcação de uma audiência com hora e tempo
marcados não sendo possível ser criado um clima para que os corações possam se
encontrar e se abrirem, sem o receio de se esporem a constrangimentos.
Como poderemos resolver
essa dificuldade?
Criando uma vivência
entre irmãos que os possibilite confiar uns nos outros para poderem abrir os
seus corações às suas necessidades para que sejam curados de suas dificuldades
que muitas vezes é difícil de admitir.
Quando participamos da
primeira escola dominical no grupo a que pertenço expus essa dificuldade que
poderia ser solucionada através de encontros domiciliares para ser criado um
ambiente onde, dentro de um certo tempo pudéssemos confiar uns nos outros a
ponto de podermos abrir os corações e sermos ajudados mutuamente. A idéia até
que foi bem recebida, mas não incrementada e tudo continuou como antes.
Aprendemos muito na
vivencia da igreja, através do estudo na Escola Dominical, durante a pregação e
os louvores, sentimos que Deus está presente e fala-nos direto ao coração e à
alma nos emocionando e nos impactando, mas continua faltando algo que só poderá
ser criado através da confiança gerada em uma vivência em amor no cotidiano.
Sabemos que hoje existem dificuldades para que esse convívio seja estabelecido,
mas esse é o único modo de vivermos a imitação de Cristo. É a única maneira de
exercitarmos o nosso amor para com o próximo, estando presente em sua vida para
amá-los como Deus os ama e nos ama.
Já tenho conversado com
diversos irmãos sobre a criação desses grupos que propiciariam um verdadeiro
crescimento espiritual, mas ainda não conseguimos estabelecer esse critério.
Na busca de maiores
subsídios desejamos nos embrenhar na seara do Mestre para procurar aprender
como se constituiu esse colégio de discípulos que transformaram o mundo e já
enviaram muitos irmãos para o céu, porque aprenderam que deveriam se doar uns
aos outros.
Os evangelhos nos
apresentam o nascimento, o ministério, a paixão, a morte e a ressureição de
Jesus. Foi durante esse período de aproximadamente trinta e três anos que ele
idealizou e ministrou o curso para que os seus discípulos fossem transformados
de sua maneira vã de viver, e pudessem proclamar as boas novas de salvação e de
vida eterna que foi preparada por Deus e se realizou através da morte expiatória de Seu filho.
A Bíblia, que para nós
cristãos é a Palavra de Deus, dá-nos as diretrizes para os nossos procedimentos
éticos. ´Foi através do estudo das Escrituras que nasceram as diretrizes que
permeiam a vida da maioria dos povos da terra. Ela se apresenta como um
manancial de sabedoria, mas tem uma importância muito maior; é através dela que
tomamos conhecimento da trajetória do povo de Israel que foi escolhido para que
dele surgisse o Messias.
Ao estudarmos o Antigo
Testamento, juntamente com as citações históricas se apresentam profecias sobre
tudo que ocorreria no futuro; ela aponta para o nascimento miraculoso de Jesus;
Ele exerceria o Juízo; o principado estaria sobre Ele; seria chamado Nazareno;
Ele sofreria pelos pecados da humanidade. Esta profecia de Isaías foi proferida
setecentos anos antes do nascimento de Jesus e quem a lê (Isaías 53) não terá
dúvidas que se trata de Jesus.
Com todas as
comprovações que podemos colher nas Escrituras Sagradas não podemos ter nenhuma
dúvida de que Jesus é o Filho de Deus e
que foi morto mas ressuscitou e está à destra do Pai intercedendo por nós.
Diante disso o que nos
cabe será pesquisar sobre todo o seu ministério para aprendermos com Ele como
deveremos proceder para que a nossa participação na obra de Deus possa ser
exercida com o maior proveito.
Vamos nos aventurar
pelos evangelhos e temos a certeza que quando os atravessarmos sairemos do
outro lado muito mais preparados e quiçá transformados para sermos participante
da obra de Deus e sermos encaminhados para a salvação e a vida eterna através
de Jesus.
Um dos marcos dos
ensinos de Jesus é através do Sermão do monte e iremos procurar aprender os
ensinos do Mestre através dessa observação:
Abrindo a sua boca os
ensinava dizendo:
Bem
aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
O que entendemos por
pobres de espírito?
Somos completamente
dependentes da misericórdia de Deus; para que tenhamos a assistência do Pai a
primeira coisa que deveremos incorporar ao nosso caráter será a humildade,
sempre nos colocarmos em nosso devido lugar, sem ostentação, sabendo que temos
um Deus poderoso que é criador e governa todas as coisas. Ele nos acolherá em
Seu reino!
Bem
aventurados os que choram porque eles serão consolados.
As emoções, o
sofrimento, nos fazem derramar muitas lágrimas, somos seres frágeis e quando
colhidos por vários acontecimentos a nossa alma só pode se refugiar em Deus
porque só Ele poderá nos consolar.
Bem
aventurados os mansos porque eles herdarão a terra.
Aprendemos que dos
lutadores é a vitória, mas a luta implica em combate contra muitas coisas e se
simplesmente formos mansos sem combate nos dará todas as coisas como herança
legítima.
Bem
aventurados os que têm sede de justiça, porque eles serão fartos.
Injustiça é o que mais
assistimos na terra, na sociedade, nas autoridades constituídas e em cada
circunstancia de nossa vida, mas temos um juiz supremo que assiste a todas as
coisas e estará advogando a nossa causa para que venhamos a nos sentir fartos e
agradecidos.
Bem aventurados os
misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia.
O Profeta Jeremias nos
alerta que “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos,
porque a sua misericórdia não tem fim; Novas são cada manhã, grande é a sua
fidelidade”. Diante disso não podemos ter medo de seguir em frente porque quem
nos garante a vida e todas as nossas necessidades é o Criador de todas as coisas.
Bem
aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus.
Meu irmão você já viu a
Deus? Pelo menos já ouviu a voz de Deus?
Certa vez uma pessoa
amiga me disse que não podia ouvir Deus falando. Essa pessoa foi fazer uma
longa viajem de automóvel juntamente com outras pessoas. Num trecho de estrada
quem estava dirigindo perdeu a direção e o carro ficou dependurado em uma
ribanceira, mas felizmente ninguém se feriu. Ela imediatamente me ligou através
do seu celular pedindo que eu orasse agradecendo a Deus porque aquele acidente
poderia ter sido fatal e ninguém sofreu nada; e acrescentou: Eu ouvi a voz de
Deus!
Muitos de nós
frequentamos uma igreja, ouvimos sermões que muitas vezes nos emocionam, mas
ainda não aprendemos a ouvir a voz de Deus. Da próxima vez que for a um culto
preste muita atenção no que está sendo dito pelo preletor, porque isso se
apresenta como um gatilho para que você aguce a mente para que possa ouvir a
voz de nosso Criador. Perceba cada palavra que for dita o que desperta em sua
mente; assim você poderá fazer uma retrospectiva de toda a sua vida, de todo o
seu procedimento para que seja transformado. Cada palavra que ouvir acionará um
gatilho em seu pensamento e isso será muito importante, porque será Deus
falando diretamente a você tudo que reverterá em seu crescimento espiritual.
Você não só ouvira a Deus, mas verá a Deus na pessoa de cada irmão que cruzar o
seu caminho!
Bem
aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
O apóstolo João nos
ensina que todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem filhos de Deus.
Deus providenciou todos
os recursos para que sejamos redimidos de nossos pecados; para sermos adotados
e passemos de criaturas a filhos de Deus só teremos de receber a Jesus em nosso
coração. O filho de Deus está constantemente batendo na porta de nosso coração,
como nos ensina o livro de Apocalipse; mas Ele não violenta a nossa vontade,
nosso coração só abre do lado de dentro, não tem fechadura exterior; é
necessário que desejemos que Jesus tome posse de nossa vida para que passemos a
ser morada do Espírito Santo e possamos ter novidade de vida e nos
reconciliamos com Deus.
Bem
aventurados os que sofrem perseguição, por causa da justiça, porque deles é o
reino dos céus.
O que mais assistimos
neste mundo são perseguições e injustiças; aqueles que são detentores do poder
se locupletam de bens, legítimos e ilegítimos e não se importam com os seus
irmãos menores que tem necessidade de sustento, de amor e compreensão. Mas Deus
é senhor de todas as coisas e é
Ele quem faz as
transferências de bens através de Sua justiça. Podemos assistir muitas
injustiças, mas não acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos para saber
quais foram as providências de Deus. Podemos ter a certeza que fatalmente ele
estará retirando dos injustos e transferindo para aqueles que necessitam de sua
justiça.
Bem aventurados sois
vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo o mal contra vós por minha
causa.
Alistamo-nos na Seara
do Mestre e muitas vezes somos incompreendidos; em nosso país ainda temos
relativa liberdade, podemos falar
livremente do amor de Cristo, entretanto existem muitos lugares que os crentes
tem de se esconder e exercerem os seus ministérios arriscando a própria vida.
Por isso se passarmos por algum constrangimento por causa de nossa fé, mesmo
assim deveremos estar agradecendo a Deus a liberdade que temos, e orarmos pelos
nossos irmãos que militam a causa de Deus com risco da própria vida.
Exultai e alegrai-vos,
porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas
que foram antes de vós.
Temos de nos
rejubilarmos pela bondade e misericórdia de nosso Deus; somos verdadeiramente
bem aventurados por sermos filhos de Deus!
Depois das bem
aventuranças Jesus passou a ensinar aos seus discípulos e a todos que se
achegavam a Ele, para direcioná-los a uma vida santa.
Quando Ele diz que os
discípulos são o sal da terra deveremos meditar muito sobre isso, pois temos o
dever de estar temperando tudo aquilo que estiver ao nosso alcance; não somos
só o sal da terra mas também a luz do mundo, deveremos manter acesa a nossa
candeia. Deveremos estar atentos a esse ensino, pois mais importante do que
falamos é o testemunho de vida que daremos seguindo os ensinos do Mestre.
Jesus ensina depois que
não veio destruir a lei ou os profetas e sim cumprir. Como o apóstolo Paulo nos
ensina, a lei nos serviu de aio para que fôssemos conduzidos a Cristo;
portanto, mesmo que não estejamos atrelados à lei porque vivemos na era da
graça, é a lei um condutor para as nossas ações, só que Jesus aperfeiçoou a
interpretação para que houvesse maior proveito. As leis e os profetas têm de
ser cumpridos mesmo porque são eles que apontam para a pessoa de nosso
salvador. O nosso dever é viver dentro de um procedimento santo; não adianta
fazermos ofertas de sacrifício se, em primeiro lugar não amarmos ao nosso irmão.
Deveremos sim, antes de fazermos qualquer oferta, nos reconciliarmos com o
nosso irmão que nos ofendeu ou que tenha qualquer motivo de queixa para
conosco.
Jesus condena o
adultério como infidelidade e deslealdade para com Deus e o próximo, e nos
alerta que não só o ato em si representa a violação das diretrizes do Pai; até
o mau pensamento nos acusa e nos reprova; é certo que a tentação em si não é
pecado; mas se a alimentarmos em nosso coração, somos réus do juízo. Jesus
apresenta, até, um exemplo de que é preferível nos desfazermos de qualquer de
nossos membros, antes que todo o corpo seja lançado no inferno. Quanto ao
adultério os que o praticassem deveriam ser apedrejados, mas geralmente isso só
era praticado contra as mulheres, ficando os homens isentos do mesmo castigo.
Por isso Ele interveio quando aquela mulher que foi apanhada em adultério seria
apedrejada, mandando que o que estivesse sem pecados atirasse a primeira pedra.
Nós também, antes de condenarmos qualquer pessoa que praticou uma falta,
deveremos nos examinar para constarmos que mesmo que não tenhamos praticado
aquele pecado em particular, certamente seremos culpados de muitos outros,
inclusive a falta de misericórdia para com nossos irmãos.
O Juramento é proibido,
pois não temos por que ou quem jurar e não temos o direito de jurar por Deus
mas a nossa palavra deverá sempre ser Sim, sim, não, não. O que disso passar
pertence ao maligno.
Temos de ser
condescendentes não criando polêmica com ninguém; será preferível que atendamos
às exigências daqueles que nos afrontam, porque estaremos sendo assistidos por
Deus que age com justiça e reverterá todo o mal.
Sejamos benevolentes em
atender aos necessitados, porque tudo que temos pertence a Deus e dele somos;
sendo agraciados com posses teremos o dever de assistirmos aos mais
necessitados. Atendamos à parábola dos talentos, reconhecendo que o que temos
nos foi doado por Deus, com a incumbência de bem empregarmos, tanto em nosso benefício
como dos demais que nos cercam.
A violência nunca
alcançou qualquer benefício, portanto mesmo afrontados deveremos procurar a paz
com todos. Hoje vivemos em um mundo agressivo e cruel e muitas vezes passamos
por constrangimentos, mas Deus sempre está presente e já nos tem preparada a
coroa de glória que recebemos pelo sacrifício de Jesus.
Outro ensino do Mestre
é para que não sejamos ansiosos, pois a cada dia cabe o seu mal; não devemos
ansiar pelo que havemos de comer ou beber ou vestir, pois Deus cuida dos
pássaros e das flores, como não nos assistiria em nossas necessidades? Portanto
deveremos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, pois as
demais coisas nos serão acrescentadas.
O amor é uma condição indispensável para sermos aprovados por Deus. Deveremos amar a Deus sobre
todas as coisas, e devemos nos amar para caminharmos dentro de padrões
benéficos para a nossa saúde, mas principalmente deveremos amar ao nosso
próximo, que é tanto o nosso irmão, nosso colega de trabalho, nosso vizinho,
como também aquele mendigo que bate à nossa porta a procura de pão e
compreensão.
Dentro da obrigação do
amor está também a do perdão, visto que assim como Deus nos perdoa também temos
o dever de perdoar os que nos fizeram qualquer mal. E quando fizermos tudo isso
não toquemos a trombeta para anunciar.
Deus nos concede muitos
bens e os deveremos utilizar em benefício de nosso próximo, mas sem usarmos de
ostentação; a esmola que eventualmente dermos deverá ficar entre nós e Deus.
O apóstolo Paulo nos
esclarece como deverá ser o amor verdadeiro:
Ainda que eu falasse as
línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa
ou como o sino que tine.
E ainda que eu tivesse
o dom de profetizar, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda
que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse amor, nada seria.
E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria.
O amor é sofredor, é
benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se
ensoberbece.
Não se porta com
indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade.
O amor nunca falha; mas
havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas cessarão, havendo
ciência, desaparecerá;
Porque em parte
conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que
é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino,
falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que
cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por
espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas
então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem
a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior é o amor.
O julgamento é
temerário, porque dificilmente saberemos todos os desdobramentos das ações para
que pronunciemos um julgamento justo. Somente Deus conhece toda a verdade e só
Ele pode julgar com isenção. Nunca deveremos olhar para o argueiro no olho de
nossos semelhantes sem antes destravar o nosso próprio olhar.
E, um dos principais
dos ensinos de Jesus é sobre os frutos; uma determinada árvore só dá o seu
próprio fruto. Isso é para nos analisar porque, como já disse mais importante
do que as palavras que proferirmos será o nosso testemunho de vida. Demos os
frutos em nossa vida de acordo com os ensinamentos de Jesus.
E a advertência final é
para que os que praticam a iniquidade se afastem dele. Porque “Todo aquele, pois
que escuta estas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que
edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava
alicerçada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e as não
cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia.
Um passeio por uma
pequena parte das Escrituras nos dá a dimensão do que representam os ensinos do
Mestre para a nossa vida. Muito ainda teremos de aprender, mas achamos que esse
pequeno resumo nos capacitará a começarmos a pensar em como aplicaremos tudo em
nossas vidas principalmente com a finalidade de criarmos uma comunidade coesa
que se disponha a se ajudarem uns aos outros.
Em suma o que teremos
de fazer será simplesmente amar a quantos se relacionarem conosco. Amar no
sentido pleno doando a nossa vida, o nosso tempo, para que, irmanados e
confiantes possamos nos abrir uns com os demais e procurarmos soluções para as
nossas dificuldades materiais, emocionais, físicas, psicológicas e espirituais
e assim constituirmos um novo grupo disposto a se doar em favor dos
semelhantes.
Discorrermos sobre o
que devemos fazer não apresenta muita dificuldade, o difícil será tirarmos do
papel e vivermos tudo isso que idealizamos que é de acordo com os ensinos do
Mestre. Não sei se teremos tempo para assistir a concretização desse ideal de
amor, mas temos a certeza que enquanto não o fizermos, vivendo em amor uns para
com os outros, não estaremos cumprindo e vivendo o que nos foi ensinado.
Sentimos que Deus tem
nos falado através de Sua Palavra; temos nos autoanalisado para sondar
profundamente todo o nosso ser, e procurar viver mais do que pensar. Acreditamos
que quando pensamos, quando registramos o nosso pensamento, também estamos
cumprindo um mandato do Senhor, mas é necessário que tudo seja cumprido e o
será pela vontade de Deus, pois embora não tenhamos a capacidade necessária
para saber, Deus sabe todas as coisas, Ele conhece todos os desdobramentos de
nossas ações e pela sua onisciência sabe o que cada uma irá resultar, porque
“Todas as coisas contribuem, conjuntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
que são chamados pelos seus decretos”.
Será que conhecemos a
Deus, será que temos ouvido a sua voz para que estejamos preparados para Vê-lo?
Ainda é tempo de nos
prepararmos dedicando o nosso tempo restante para viver em plenitude, pela
graça de Deus!
Hoje, 29/12/2.013,
sendo a última reunião do ano da escola dominical, com poucos participantes,
visto que a maioria dos membros da igreja encontram-se viajando, participamos
de um bate papo com a finalidade de reflexionarmos sobre a programação ideal
para aqueles que ficam. Geralmente durante o primeiro mês do ano funciona apenas
uma classe geral para adultos e jovens e outra para crianças.
Foi um tempo muito
gratificante com a maioria participando, dando opiniões para que se estude o
melhor caminho para satisfazer aos irmãos que por vários motivos não se
ausentam e continuam participando dos trabalhos da igreja. Várias hipóteses
foram aventadas e principalmente se discutiu sobre a modificação de costumes
através dos tempos.
Antigamente vivíamos em
comunidades que abrangiam um quarteirão e ali acontecia tudo que se possa
imaginar; nascíamos, crescíamos, íamos na escola mais próxima, nos
relacionávamos e terminávamos casando com pessoas que conviviam conosco desde a
infância e desenvolvíamos as nossas vidas da mesma forma, repetindo todas as
coisas.
Com a globalização e a
expansão tecnológica alcançamos a oportunidade de nos relacionarmos com o
mundo, e perdemos a oportunidade de nos relacionar com os nossos vizinhos e até
com os irmãos em Cristo.
É sobre isso que tenho
reflexionado; antigamente as amizades eram robustas e os diálogos frequentes
fazendo nascer a confiança entre as pessoas, que quando eram assoberbadas por
algum problema tinham com quem dialogar a procura de soluções. Cada um
frequentemente acabava conhecendo a vida das pessoas que a elas estavam ligadas
e tinham confiança de abordar qualquer assunto porque sabiam que a privacidade
seria resguardada.
Hoje, ao alcançarmos o
mundo ficamos distantes das pessoas que podemos alcançar com meia dúzia de
passos. Isso estabelece a solidão entre as pessoas limitando-as a um diálogo
consigo mesmo sem encontrar as soluções que são almejadas.
Relacionamo-nos com um
enorme numero de pessoas sem sabermos quem são, se os seus nomes são
verdadeiros, se pertencem ao sexo masculino ou feminino. Até podemos nos abrir
porque ninguém sabe, também, na verdade quem somos; mas em contrapartida também
não encontramos as soluções esperadas.
Hoje vivemos em uma
nova realidade e não podemos menosprezar os avanços tecnológicos que nos ajudam
em muitas circunstâncias, mas sentimos falta do aconchego entre as pessoas; já
não se tem o hábito de visitar aos nossos amigos; os nossos encontros são
casuais e rápidos sem podemos tomar conhecimento das dificuldades de cada um. A
profissão toma conta da maior parte do tempo das pessoas porque os apelos do
consumismo absorve todo o salário, do marido e da esposa, para suprirmos a
nossa vida de supérfluos. Hoje já não se tem um aparelho de televisão na sala
para que a família se reúna e sim cada um se recolhe em seu quarto para se
comunicarem com pessoas que não conhecem e que talvez nunca venham a conhecer.
Já a televisão ingressou em nossas vidas como um desagregador da família porque
impede o diálogo entre as pessoas. Hoje, quando recebemos uma visita não temos
o bom senso de desligar a televisão para que possamos dialogar, mesmo porque as
nossas visitas só vem à nossa casa porque sabem que poderão assistir aos seus
programas preferidos; assim a visita fica restrita a assistirem junto aos
programas, em prejuízo dos diálogos construtivos que poderiam ser travados.
Hoje vivemos em um novo
tempo, somos privilegiados através de uma enormidade de circunstâncias,
entretanto nos sentimos frustrados pela falta do relacionamento humano. Mesmo
aqueles que costumeiramente frequenta as suas igrejas às pressas porque já
pensando nos meios de comunicação que as liga ao mundo, depois de se privar do
diálogo com os irmãos, entram em casa fechando a porta e abrindo uma janela
para o mundo; um mundo desconhecido e frio.
Será que a situação já
chegou a um ponto que não teremos mais oportunidade de reversão? Será que mesmo
considerando que algo está nos faltando e que isso seria importante para nós,
não teremos a capacidade de procurar um caminho que nos faça chegar à
satisfação emocional e psicológica, sem termos de frequentarmos um divã de um
psicanalista?
Falta algo em nossa
vida!
Eu tenho me dedicado a
muitas coisas depois de minha aposentadoria; por um tempo participei de um site
dito de auto ajuda e respondia às consultas sobre Religião e Aconselhamento
Matrimonial. O direcionamento que dava a esse trabalho sempre foi baseado em
minha crença e à vivência de um casamento de mais de cinquenta anos. Não que me
julgasse preparado, pois sempre estive consciente de minhas imperfeições; mas
esse trabalho foi muito gratificante, pois tive a oportunidade de ajudar muitas
pessoas cujos casamentos se encontravam em crise. Através desse trabalho até
tive o rendimento de alguns livros que costumo distribuir gratuitamente em
arquivos digitais.
Na falta de possibilidade de dialogarmos com
alguém real, os relacionamentos virtuais até que poderão ajudar, mas nada
substitui a conversa, olhos nos olhos, quando os corações se abrem e derramam
todas as suas inquietações. Independente da solução dos problemas aventados, só
uma conversa nesses termos já é parte da cura da ferida, porque o amor é o
bálsamo criado por Deus para a cura de todas as feridas. Depois de termos a
oportunidade de um diálogo de amor e compreensão estaremos preparados para
enfrentar o restante da caminhada e de maneira que se enquadre na vontade de
Deus.
É isso que está
faltando e é um produto que não custa nada a não ser a nossa disposição de nos
amarmos uns aos outros.
Eu não sei se estou me
fazendo entender, porque não sou escritor e sim apenas um pensador, e encontro
dificuldade para encontrar símbolos apropriados. Será necessário que você que
está lendo esta reflexão colabore com o seu saber, com as suas ideias, para que
encontremos o caminho que sabemos que existe, estando ainda encoberto.
Talvez a leitura esteja
sendo cansativa, então pare de ler, mas não pare de pensar no assunto;
contribua com as suas ideias pessoais para que não fiquemos em meio à procura e
sim possamos alcançar a trilha que nos conduz à satisfação de nossos ideais.
Quando falamos em
procura do caminho acreditamos que ele existe e se encontra nos ensinos de
Jesus; Ele é o Caminho, a Verdade, e a Vida; não a vida física mas a vida
espiritual que se apresenta de muito maior importância para nós, visto que nos
transporta para a eternidade. Será através dos estudos da personalidade de
Jesus Cristo, da manifestação do seu amor que nos colocaremos ao Seu serviço de
proclamadores das Boas Novas de esperança.
Neste tempo das festas
natalinas só poderemos terminar estas reflexões com uma mensagem de amor:
“Eis que o anjo do Senhor
veio sobre eles e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande
temor; E o anjo lhes disse: Não temais porque eis que vos trago novas de grande
alegria, que será para todo o povo; Pois na cidade de Davi, vos nasceu hoje o
Salvador, que é Cristo o Senhor; E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto
em panos e deitado em uma manjedoura; E no mesmo instante apareceu com o anjo
uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus
nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens”.
Estas reflexões se
apresentam apenas como um gatilho que poderá desencadear o pensamento para que
possamos ouvir a voz de Deus para nos conduzir ao Caminho.
Duas coisas essenciais
Jesus ensinou:
“Eu sou o Caminho, a
Verdade e A vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”.
“Ninguém tem maior amor
do que este; de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos
se fizerdes o que vos mando”.
O que nos manda Jesus o
sabemos estudando a Palavra de Deus.
Já não estamos na busca
do caminho, nós o encontramos, o caminho é Jesus!
“Certa vez escrevi uma frase: Meditar é se deixar
impregnar profundamente da presença de Deus”
O que necessitamos fazer é nos impregnarmos dos
ensinos que Jesus nos deixou registrados nos evangelhos; quando isso acontecer
estaremos sendo verdadeiros discípulos testemunhando, através de nosso
procedimento, para quantos cruzarem o nosso caminho. Jesus vivia o que pregava, o mesmo teremos de
fazer se realmente desejarmos ensinar o caminho àqueles que pretendem chegar no
céu!
Pesquisa
Prezado Senhor/Senhora
Estamos lhe enviando um texto que gostaríamos que
você lesse e manifestasse a sua opinião. O texto é um pouco longo, mas creio
que dá para ler em 15 minutos e mais 15 minutos para reler ,para depois gastar
mais ou menos meia hora para nos enviar o seu comentário crítico; ao todo será
gasta uma hora aproximadamente e o seu comentário será muito importante. Você
poderá imprimi-lo para facilitar a leitura.
O texto referido
que está sento enviado anexado a este E’Mail está livre se você resolver reenviva-lo a algum
amigo, tanto o arquivo digital como a cópia impressa.
As respostas comentadas poderão ser enviadas neste
endereço ou para : mik346@hotmail.com