Páginas

Seguidores

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

TEXTOS DE AUTO AJUDA

Bruder Klein

COLETÂNEA

Os textos agrupados aqui fazem parte de outros livros do autor e estão, todos, registrados no EDA/Biblioteca Nacional , sendo proibida o seu uso sem a autorização, por escrito, do autor:
José Wladimir Klein –Bruder Klein (Irmão Pequeno) E-mail: mik346@hotmail.com


A B E R T U R A

Por que escrevemos?
É evidente que existe um objetivo!
Escrever é como cavar uma mina a procura de coisas preciosas; e realmente elas emergem maravilhando os olhos, até, daqueles a quem não era segredo a sua existência. A mina é o nosso interior onde foram acumuladas as riquezas através dos tempos.
O momento mais gratificante é aquele que tudo aquilo que encontramos revela-se como possuidor de um valor muito maior do que pedras preciosas; são dádivas que haviam sido acumuladas no interior de cada um de nós, através de uma longa caminhada que empreendemos pelos caminhos da experiência. Mesmo saindo como matéria bruta, logo se auto-lapida para ser oferecida à humanidade como meio de reflexão que proporcione, também, uma auto-lapidação naqueles envolvidos, para que possam desenvolver um aperfeiçoamento espiritual.
O caminho é seguido em busca de sabedoria, acumulando os conhecimentos que vão amadurecendo com o decorrer do tempo, para que seja exteriorizado no momento preciso e atinja o seu objetivo que é justamente propiciar a reflexão; assim estabelece-se uma corrente contínua que irá transformando as mentes e os espíritos para alcançarem o ideal de transporem-se para uma dimensão especial onde é gerada a sabedoria. Ali reconheceremos, com certeza, a “ Pedra Filosofal” e o “Elixir da Longa Vida”, que sempre estiveram ao nosso alcance, porque é a mente consciente que constrói o imponderável. Tempo e espaço são concepções do homem comum; para o homem transcendental, que tem o poder de percorrer as diversas dimensões, não existe tempo e espaço, visto que são senhores da eternidade e essa compreende todas as dimensões.
As revelações são feitas e estarão claras para aqueles que estiverem preparados e se derem ao trabalho de observar a vida em sua continuidade, percebendo que os conhecimentos que levam à sabedoria estão contidos nas coisas mais simples de nosso cotidiano. Seja observador da contemporaneidade e junte-se ao Seu Mestre . . . Ninguém é ensinado, cada um terá que aprender . . .


Bruder Klein

(Irmão Pequeno)



S O L I D Ã O


Como penetrar nesse sentimento que acomete, praticamente, todas as pessoas? Poderíamos sondar o nosso íntimo para ali tomar conhecimento do que seja esse fator de desligamento da realidade social! O homem é um ser social e jamais poderá sobreviver isoladamente. A coisa mais importante para o ser humano (absurdamente colocamos acima da própria alimentação) é o relacionamento com os seus iguais. Queremos com isso dizer, que consiga com ele comunicar-se. Existem vários tipos de comunicação, e mesmo sem palavras poderemos estar nos comunicando com os nossos semelhantes. Essa comunicação, por superficial que seja garante ao homem uma conscientização de sua existência.
Se aludimos à necessidade de procurar penetrar o nosso íntimo para que possamos conhecer a estrutura da solidão, é porque interiormente já tomamos contato com a expressão de desligamento de nosso ser com o mundo que nos cerca. Nessas ocasiões, quando nem percebemos a presença de ninguém, que nos sentimos desligados da realidade social, a nossa mente, praticamente, desintegrou-se e expulsou do consciente a experiência sofrida, por não a poder suportar. A mente não expulsa para o exterior; ela reprocessa os sentimentos por uma dinâmica de racionalização, depositando-os no mais recôndito do inconsciente, que ali permanece por anos, séculos ou milênios, pronto para ser usado através de um processo reverso e dar conhecimento ao espírito, e por seu intermédio à mente que o expressará na realidade material, com manifestações psicossomáticas.
Mesmo que em nossa vida presente não tenhamos passado por momentos de solidão, ela está lá, como uma experiência rica em detalhes, para nos orientar nas horas necessárias.
Existem momentos, em nossas vidas, que temos a necessidade imperiosa de estarmos sós, para que possamos penetrar nos depósitos de conhecimentos que jazem esquecidos e que nos são necessários em determinadas ocasiões de nossas vidas, como subsidio, para nos ajudar na resolução de nossos problemas, que nos são apresentados pelo cotidiano. Essa retirada estratégica para pensar e extrair de nosso intelecto, o conhecimento acumulado, não é tão sofrido, visto não nos desligar da realidade presente, já que estamos nos esforçando para resolver problemas que afligem aos nossos semelhantes. Se estamos nos doando em favor de nosso próximo, nos conservaremos, mais do que nunca, ligados a eles e o nosso relacionamento mental substitui o relacionamento pessoal.
Existem tipos de solidão que são procurados por nós e criados no desejo de fugirmos da realidade. A realidade dos fatos nos alcança sem estarmos preparados para enfrenta-la de maneira inteligente, de frente e com coragem. Mesmo que tenhamos de passar por experiências penosas, deveremos procurar resolver todas as dificuldades de nossa vida, sem racionalizarmos demasiadamente, uma vez que a realidade é realidade e não adiantará nada nós a querermos mascarar de cores agradáveis a fim de que nossa mente a receba como sonho e fantasia. Temos consciência disso, porém a nossa mente reage em conformidade com a nossa covardia. Deixamos de realizar o real em nossa vida por não termos a coragem de acolhermos a verdade dos sentimentos. Fugimos dessa realidade que se enfrentada corajosamente poderia solucionar todos os nossos problemas. Medite um pouco! Aprofunde-se em sua mente e constate, através da reprodução de suas experiências acumuladas, quantas vezes você tem fugido da realidade? Essa fuga vai, aos poucos, aprisionando o seu intelecto, a sua mente, o seu espírito, tirando-lhe a capacidade de resolver, inteligentemente, as propostas que influem positivamente em nossas vidas. Isso nos transporta para o isolamento de nós mesmo, depois de nos separar de nossos semelhantes. Apresenta-se, então, o pior tipo de solidão; aquela que, além de nos separar da realidade presente, da qual não podemos nos separar, nos conduz ao isolamento de nós mesmo. Perdemos o elo de ligação que nos garantiria a comunicação; nos alienamos de nossa realidade para pressionar-nos em um vácuo onde perderemos o poder de transformação, tão necessário para criarmos situações novas. Essa é a verdadeira solidão; estarmos desligados das pessoas, de nós mesmo, das criações mentais e das soluções. Divagamos num vazio; vazio de realizações; vazio de sentimentos; vazio de comunicações. Quando o homem chega a esse estado de consciência ( ou inconsciência) o que mais poderá fazer senão . . .Existe, porem, uma esperança que é apresentada pelo conhecimento que guardamos no mais profundo do nosso ser. O conhecimento da verdade da existência; de uma ligação transcendental, que sempre poderá alcançar-nos no mais profundo de nossa degradação para elevar-nos, novamente, aos pináculos da realização: É o conhecimento da eternidade que liga as existências, liga as pessoas, liga os acontecimentos; liga o tempo pela velocidade do silêncio que abraca todo o conhecimento.



C O N C E I T O D E N O R M A L I D A D E





Para sermos considerados normais deveremos nos enquadrar às normas. Quais são essas normas? São aquelas que se enquadram nos desejos das pessoas que participam de um determinado grupo ou ambiente. Para sermos normais deveremos possuir uma certa dose de adaptabilidade. Os padrões de normalidade têm que ser aquilatados dentro de um determinado conceito e nós deveremos nos adaptarmos a eles para sermos considerados normais para esse grupo. Existem as normas sociais a que deveremos obedecer para que possamos ser considerados normais; isso muitas vezes, violenta a nossa personalidade, por serem completamente dissociadas de nossa realidade em particular.
Os “expert’s” em moda e etiqueta social, geralmente classificam o que é “chique” ou “brega”, condicionando as pessoas a adotarem os seus padrões anormais como regra de normalidade. Em matéria de indumentária tudo é condicionamento imposto; no inicio não era assim. Hoje o homem usa gravata e paletó (ou isso já é passado?) e a mulher transforma tanto a indumentária que fica difícil dizer o que usa em um determinado momento. No começo tudo era natural; quando os nossos primeiros pais, Adão e Eva, pecaram e, sentindo-se envergonhados, fizeram roupas de folhas, foi-lhes ensinado que cobrissem-se com peles de animais, unicamente as partes principais, sendo, isso, considerado normal. O que era normal no inicio poderá e deverá ser considerado o normal; o resto evoluiu para a anormalidade.
Hoje, tudo é normal dentro do seu contexto; fora dele é anormal.
Dessa maneira, ninguém precisa preocupar-se se os seus padrões de vida não obedecem aos de outras pessoas; cada um é normal dentro de seus próprios valores. Para isso é que possuímos uma personalidade única, ímpar ( não é igual a nenhuma outra!).
Você é normal? Você faz tudo aquilo que lhe dá prazer, ou deixa de fazer com receio de ser classificado como anormal? Temos que nos livrarmos dos condicionamentos que nos impedem de sermos nós mesmo. Deveremos ser autênticos, deixando de agir pensando no que as pessoas poderão pensar de nossas atitudes. Contanto que sigamos os princípios básicos ditados pelas nossas consciências, podemos ter a certeza de estarmos agindo bem. A esse juiz deveremos prestar muita atenção porque ele nos vigia a cada minuto de nossas vidas e, seguindo as suas normas estaremos sempre dentro da normalidade.



D E V A N E A N D O S O B R E O A M O R





Precisamos falar sobre o amor! O que é esse sentimento que consegue transformar as pessoas?
Como se produz essa chama imorredoura? O verdadeiro amor é um acontecimento único em nossa vida e jamais se apaga. Não uma simples paixão! Um relâmpago que risca a mente e quando o barulho provocado pelo vácuo se apresente ele já apagou-se. O verdadeiro sentimento acontece uma vez na vida, toma conta de todo o nosso ser e marca, de tal maneira que jamais conseguiremos esquecer. Esse é um acontecimento que funde duas almas solidificando-as em uma só. Nem a distancia jamais poderá separá-las. É nesse sentimento maior que gostaria de pensar.
Pensar para poder penetrar os segredos da alma e decifrar o enigma da vida. Amor é vida. Ele pode doar felicidade que nos dará prazer de viver. Como é triste viver sem um amor! A existência não tem razão de ser; tornamo-nos tristonhos e abatidos e perdemos o poder de raciocinar positivamente; isso faz com que nos descuidemos de nós, iniciando um processo de deterioração da mente, da alma. Perdemos o contato com as pessoas e cada vez se torna mais difícil de retornarmos atrás e refazermos a nossa vida.
Quando amamos o quadro se apresenta outro. Tornamo-nos alegres, comunicativos e interessados em tudo que acontece ao nosso redor.
O que é que provoca esse estado de espirito? Serão as transformações biológicas influenciadas pela nossa alimentação? Cremos que nossa parte biológica nada tem com o amor. Assim até podemos fazer abstração da sexualidade, visto que esta, geralmente é acionada pelas glândulas de secreção internas e influenciada, até, pela nossa alimentação. O verdadeiro combustível que irá alimentar os centros vitais para o despertamento do amor é um produto que age diretamente na alma e é injetado pelo olhar quando este encontra a sensibilidade de outro olhar. As almas misturam-se e transformam-se em um só fruído que jamais poderá ser separado; e nunca se consumirá por ter o potencial de multiplicar-se. Os seres envolvidos receberão o néctar das criações celestiais que alimentará o sentimento para todo o sempre.



S U P R E M A A S P I R A Ç Ã O





Sabe, eu gostaria de ser Deus! Não um deus mitológico que embora seja venerado não tem o poder de doar a felicidade aos seus adoradores. Eu desejaria ser Deus, para ser adorado por realizar tudo aquilo que as pessoas aspiram. Você já pensou se esse sonho fosse realizável, quanta felicidade eu poderia distribuir? Sim! Se eu tivesse o poder supremo eu saberia como realizar os sonhos , as fantasias de todas as pessoas tristes.
Você, que é triste, não desanime, pois mesmo parecendo uma loucura, um milagre poderá acontecer. Mesmo que não possa ser Deus, uma vontade muito forte poderá operar maravilhas. Se não sou Deus real, a força de uma comunicação mística poderá fazer de mim um elo que receba os eflúvios transcendentais que poderão capacitar-me a adquirir a sabedoria para servir de intermediário do Ser Supremo e você.
Eu gostaria de possuir o poder para realizar tudo aquilo que poderia construir a sua felicidade!
Quem é você e quem sou eu que nos misturamos neste devaneio sem conseguirmos nos encontrar? Que forças agiram para que pudéssemos nos encontrar hoje?
Eu falo com você que lê estas linhas e está perplexa sem poder entender esse relacionamento entre o seu pensamento e o meu. Ele é tão profundo que somente poderá ser entendido através de um esforço sobrenatural. Você é sobrenatural e tem o poder de perceber, através de sua sensibilidade, a ligação que existe entre nós. Quando escrevia, pensava em você, embora não a conhecesse nem soubesse onde você estava. Uma força desconhecida, para mim, colocava-a à minha frente e eu conseguia ver, em seus olhos expressivos, a sua alma que derramava-se, desejando fundir-se com a minha. Agora, que você lê este escrito poderá tirar as conclusões estranhas, porque escrevo no dia dois de março de hum mil e novecentos e oitenta e nove, às vinte e duas horas e quatorze minutos. Se isso não te disser nada, as comunicações falharam e a pessoa que se apresentou em minha frente foi uma ilusão.
E, nesse caso, a felicidade que sonhei para você, talvez não seja possível alcançar.



S I L Ê N C I O




“Quando todos te disserem para calar-se, você ainda terá muito a dizer; quando todos te quiserem ouvir você já poderá calar-se”
A resposta do sábio a todas as perguntas é o silêncio. Os que muito falam, geralmente, não apresentam o conteúdo que se esperaria de um sábio, enquanto o silêncio inspira à reflexão para que através dela possamos extrair toda a potencialidade do conhecimento.
Nós, enquanto inseridos no rol de pobres mortais, não conseguimos perceber a fonte da vida, que está além da própria vida. Somente quando compreendermos que a vida se delimita pela eternidade e que o tempo de vida física e o pertencente à chamada morte, são partes de um todo, estaremos preparados para rompermos o silêncio através do próprio silêncio.
Como seres humanos, envolvidos pela matéria, não alcançamos o discernimento necessário para vencermos o tempo e o espaço e aventurarmo-nos no conhecimento de nós mesmo, através do mergulho interior, para o imponderável, que abrange, presente, passado e futuro. Somos observadores da contemporaneidade e a nossa percepção é incapaz de sequer estabelecer quem somos nós. Talvez os filhos dos nossos filhos terão a percepção necessária para saberem quem fomos nós.
A paciência, a paz e a quietude espiritual nos capacitarão a adquirirmos os conhecimentos para não querermos ser o que não somos e julgarmos aqueles que pensamos não serem.
O resto é . . .



D E S C O M U N I C A Ç Ã O

Sinto o peso imenso da solidão!
As paredes se fecham ao meu redor e me tiram a perspectiva de vida. Estão cortados os meios de comunicação!
Estou sentado frente à televisão e presencio a realidade no drama que se desenvolve e percebo a similitude de vivência com o autor, que se projeta em seus personagens , e constato a angústia que envolve cada vida.
Por que me quedo inerte, desligado da cena que deseja tomar conta da minha sensibilidade e me transformar em um robô condicionado a não mais colher as impressões exteriores?
Será, que a mesma força alienante que cortou a minha comunicação com as pessoas que estão ao meu lado, agora deseja interceptar a comunicação comigo mesmo?
Mas é exatamente isso que ocorre! Essa máquina infernal, auxiliada pelas técnicas de “marketing” deseja apropriar-se de mim através de uma bem elaborada lavagem cerebral.
Mergulho para dentro de mim mesmo, abrindo mão da comunicação, para que não venha a ser atingido pela descomunicação.
Para fugir da alienação fui obrigado a me alienar.


D I V I S Ã O I N D I S S O L U V E L


Oriente - Ocidente! Quem fez a divisão?
Esses limites não existem a não ser em nossas concepções.
O limite mais próximo ou o mais distante são os que delimitam-se conosco mesmo.
E a vida o que é?
É o lado de cá ou o lado de lá?
Ou são os dois, ligados pela eternidade?
E o que é a eternidade?
É a vida sem interinidade?
Ou o conceito é mais profundo abrangendo além da eternidade?



S O N O F U G A Z

Dormi e sonhei em encontrar a felicidade. Despi-me de minha desilusão, não quis mais pensar em minha solidão. A fantasia tomou conta do meu ser . . .Acordei!


N O S S A H I S T Ó R I A


A nossa história registra-se pelos momentos difíceis de nossa vida.
Quando enfrentamos dificuldades nos servimos de todo o potencial interior que se acumulou pelas nossas experiências vividas. Quem nunca teve dificuldades não conhece suficientemente a si mesmo porque não necessitou rebuscar no íntimo para encontrar a força que tudo poderá vencer.
Quanto maior a dificuldade mais profundo deverá ser o mergulho que deveremos dar para dentro de nós mesmo, para buscar, no inconsciente, aquilo que aprendemos e arquivamos para ser usado no momento preciso. Poderemos alcançar, até, conhecimentos a séculos esquecidos, mas que fizeram parte de nossas experiências passadas.
Esses conhecimentos poderão fazer parte de experiências vividas ou colhidas pela percepção, porque é através desta última que acumulamos a maior parte de nossos conhecimentos que ficam registrados no inconsciente. O inconsciente acumula dois terços de todos os nossos conhecimentos e deles somente poderemos fazer uso através do poder de penetrarmos para dentro de nós mesmo. Aí poderemos fazer descobertas incríveis que se divulgadas abalariam as estruturas da sociedade. É por isso que somente determinadas pessoas, que estão convenientemente preparadas, logram alcançar esse poder transcendental. Estes, sabem que esses conhecimentos não poderão ser revelados sem que chegue o tempo apropriado.
Mas nem por isso deveremos deixar de exercitar a nossa mente para penetrar esses conhecimentos. Paralelamente, porém, deveremos procurar o aperfeiçoamento espiritual, através do amor, que, como já dissemos anteriormente, é a centelha explosiva da perfeição espiritual.
É o Pai quem nos prova e aprova, determinando o momento da abertura do nosso ser, para que sejamos um com Ele e possamos penetrar nos conhecimentos que nos fará guias de nossos irmãos, no caminho que terão de percorrer.



O J O G O F A S C I N A N T E


A poesia encerra, no jogo das palavras, um potencial que, embora inerte, está pronto para entrar em ebulição.
E o que aciona o estopim que dispara as ações é a emoção de quem a lê.
A emoção é despertada pela interpretação que a sensibilidade do leitor tira desse jogo maravilhoso que compõe o enredo em sua profundidade, que a rigor se apresenta diverso do pensamento do poeta e diferente para cada um de nós, em ocasiões diversas.
A cada leitura, o texto se expande e se completa, conforme o estado de espírito em que estejamos; em ocasiões diferentes estaremos tirando interpretações outras em uma constante renovação da criação.
Mas, embora existam essas transformações, sempre será constante a ligação do poeta e aquele, que, ao ler, recria o pensamento.
Quando lemos, o nosso espírito projeta-se na imensidão do tempo, penetrando, sem escrúpulos em qualquer espaço, para buscar a conscientização do sonho que a fantasia gerou. Não importa se não atingirmos o ápice, desde que, para cada um de nós, haja a complementação das aspirações interiores.
Viajamos com a poesia, extrapolando o que disse o poeta, complementando as reticências para a realização da fantasia.
As palavras, construindo pensamentos, incentivam-nos a penetrar para o interior de nossas mentes, para de lá tirarmos as frustrações plantadas no transcorrer do tempo, deixando o campo fértil para a renovação do ser. Do fundo do nosso inconsciente, acordado para um recomeço, vamos buscar a interpretação precisa do que ficou nas entrelinhas.
A partir daí é que reconstruiremos o tema, fazendo o jogo das palavras e dos pensamentos, para culminar na realização de tudo aquilo que nos satisfaz.
A poesia projeta-se para o futuro estabelecendo uma ponte para a eternidade; situando o poeta como um ser que domina o tempo e o espaço através da sua criação; por meio desta ele estará sempre vivo e falando, e comunicando-se com as gerações que o precederem.



I N T E R L I G A Ç Õ E S




Embora possuamos a eternidade para a realização de nossas missões, a obra que teremos a realizar será desenvolvida por etapas que interligam-se aos trabalho de outras pessoas. Durante os períodos em que formos recolhidos para repouso, a tarefa terá a continuidade através de outros seres. Mas caberá a nós a realização de etapas que se não forem concluídas, atrasarão e desarticularão o andamento geral.
Quando deixamos de realizar as etapas afetas a nós, estaremos comprometendo a realização da caminhada para alcançar os objetivos que poderão beneficiar a humanidade.
Pensando nisso, avaliamos a responsabilidade que cada um têm, na evolução da história. Se fracassarmos estaremos estabelecendo um hiato que poderá influir nas vidas de outras pessoas.
Mas os poderes do alto, sempre tem condições de reparar o mal, por possuir a onisciência. A propósito conta-se a história de que quando Jesus voltou para o céu foi interpelado pelos anjos sobre o trabalho que havia estabelecido para a salvação da humanidade, e como tudo se desenvolveria. Ele respondeu: Eu preparei doze discípulos para que desenvolvessem um trabalho de difusão do evangelho; receosos os anjos teriam perguntado: E se eles falharem: Jesus respondeu: Eles não falharão.
A nossa vida física tem uma razão de ser e não poderemos passar por ela sem doarmos o máximo de nosso potencial para o cumprimento de nossa missão. Fomos colocados, cada um de nós, dentro de um contexto onde deverá ser desenvolvida a nossa ação para que um determinado grupo de pessoas seja beneficiado.
Tenhamos sempre em mente isso e onde estivermos procuremos saber o que poderemos fazer de bom aos nossos semelhantes!



A R Q U É T I P O S M I T O L Ó G I C O S





O ser humano, em sua irracionalidade, construi arquétipos possuidores de virtudes impossíveis de serem alcançadas. Fixa isso em seu subconsciente, passando a procurar, na realidade, aquilo que não passa de sonho e fantasia. É necessário racionalizar e conscientizar-se que o ideal fantástico não existe como realidade.
Alimentamo-nos do sonho e desejamos enquadrar as pessoas nos ideais que a nossa fantasia gerou. Esse ser mitológico não existe na realidade; por isso ficamos frustrados não conseguindo encontrar aquilo que seria o ideal para nós.
À medida que amadurecemos, embora reconheçamos a utilidade do sonho e da fantasia, que tem o seu lugar na formação de nossa personalidade, aprendemos a separar tudo aquilo que gostaríamos que fosse, daquilo que é realmente. Assim, mesmo continuando a sonhar, estaremos discernindo através do nosso espírito, o que de fato é útil para a nossa evolução espiritual.
Ao separarmos a fantasia da realidade não deixamos de sonhar, porque o sonho é que mantém vivo o nosso ideal para que, de fato, algum dia, as coisas possam ser realizadas de uma maneira mais humana, para que todos possam viver, não apenas como criação de um Deus, Todo Poderoso, e sim como realmente somos, filhos de Deus, que não faz diferença entre os seus diversos filhos. Quem as faz somos nós, julgando-nos com direito de usufruirmos de uma maior parte dos benefícios divinos. Isso acontece, unicamente pelo nosso egoísmo que somente poderá ser destruído, de nosso íntimo, pelo nascimento do amor. Enquanto isso não acontecer continuaremos a ser entidades imperfeitas, que com a sua ignorância estará cada vez mais acumulando uma dívida social a ser paga.
O nosso apelo é por sabedoria! para que sejamos ajudados a criarmos uma visão nova para que a humanidade possa ser transformada. Quando recuperarmos a visão espiritual, que perdemos pela nossa insensibilidade, então estaremos começando a caminhada para a realização da missão para a qual fomos chamados.; Vocês, que são participantes desse grupo, reunam-se a nós para que o tempo seja encurtado e a humanidade seja mais rapidamente redimida. Será que somos arquétipos mitológicos ou seres humanos capazes de respondermos com responsabilidade ao chamado?


O C A M I N H O


19/08/94


Todos nós andamos a procura de um caminho que nos leve a um estado de complementação e perfeição de nossa essência.
Muitas pessoas tem percorrido caminhos difíceis de serem transpostos, no sentido material, e chegam, ao final percebendo que tudo foi em vão; que não encontraram o que procuravam: a sabedoria que os transformaria em seres especiais.
Entretanto, os verdadeiros sábios nos tem esclarecido que o caminho que leva à sabedoria é o das coisas simples; nada mais simples do que o cotidiano de cada um de nós; se formos observadores os “segredos” da vida e da morte se nos revelam naturalmente.
“Jesus disse: Eu sou o caminho . . .”. Aquilo que ele estava realizando era o seu caminho e Ele o trilhou cumprindo-o ano a ano, mês a mês, dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, segundo a segundo, sem fugir de nenhum momento difícil, até consumar a sua obra que foi a maior de todos os tempos. Jesus foi o divisor dos tempos; antes e depois d’Ele foram tempos diferentes.
Essa lição nos ensina que não deveremos esquecer o presente, o acontecimento de cada dia em nossa vida, porque aí está o nosso caminho; não deveremos nos preocupar com o lugar onde vamos chegar, temos de estar conscientes daquilo que deveremos realizar no momento presente que é, sempre, o mais importante Mais importante, ainda, é o reflexo de nossas ações em nosso interior! À medida que agimos exercitamos a nossa vontade,. o nosso poder, o amor, que com seus reflexos irão traçando o verdadeiro caminho, para o encontro com Deus no centro de nossas vidas que é parte da própria energia do Criador. Quando chegamos a nos conhecer, verdadeiramente, passamos a influir nas maquinações do coração que é de onde emergem as coisas boas e as más. Elevando-se o nosso autocontrole passamos a agir, cada vez com mais acerto, formando-se uma corrente de energia positiva que acelera o aperfeiçoamento. Considerando tudo isso, chegamos à conclusão que de nada nos adiantará realizarmos viagens a lugares distantes; empreendermos jornadas penosas, porque aí estaremos caminhando para fora de nós e nos afastando daquilo que almejamos. A força sobrenatural que nos incentiva à procura do caminho nos puxa para dentro de nós, para o silêncio que nos propicia a passagem para outras dimensões.
Essa caminhada será sofrida em razão de, em primeiro lugar, termos de aniquilar os nossos principais inimigos que são o orgulho, o egoísmo, a inveja, a mentira, tornando-nos seres puros e abertos ao recebimento de orientação, sem nos considerarmos conhecedores dos mistérios da transformação. É preciso paciência e humildade; é necessário que nos recolhamos para aprender a ouvir o silêncio; será quando o ultrapassarmos que estaremos penetrando nessa outra dimensão, onde nos será concedido o aprendizado.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Ele foi o seu próprio caminho conhecendo a verdade que o retornou à vida. Veio do Pai e para Ele retornou.
Nós também teremos de ser o nosso caminho e nele conhecermos a verdade para chegarmos ao Pai, bem no centro de nossa vida, onde encontraremos a passagem para a eternidade.
Enquanto estivermos procurando o caminho fora de nós estaremos caminhando contra a mão de direção; não estaremos aceitando tudo aquilo que nos faria bem; estaremos fugindo e nos desviando!
Quantos de nós gostaríamos de ser outra pessoa que não nós mesmo; viver outros acontecimentos; viver em outro contexto social! Demonstramos, assim, insatisfação pela vida que levamos, que foi idealizada, até, talvez, pela nossa própria escolha, para nos fazer crescer em todos o âmbitos de nossa vida. Existem pessoas que não se conformam com o próprio sexo, ignorando o fato de que até isso faz parte do caminho de cada um.
O nosso caminho depende de tantas coisas! A família em que nascemos; os pais que temos; a cidade onde nascemos; o dia e a hora em que nascemos; a maneira de nos relacionarmos com Deus e com os nossos semelhantes; nossa formação educacional, o desenvolvimento cultural; a capacidade intelectual, e tantas outras coisa, cada qual de per si e em um complexo inter-relacionamento, que constróem uma personalidade que tem o seu próprio caminho e só através dele poderá satisfazer as suas necessidades pessoais em cada campo do conhecimento.
Quem souber quem é, de onde veio e para que veio jamais se desviará do seu verdadeiro caminho, aceitando tanto os prazeres como as dificuldades que tenha de viver; será um combatente vitorioso que encontrará, afinal, o justo repouso.
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seus decretos”. São Palavras do Apóstolo Paulo de quem se diz que sofria de uma doença dos olhos, por ele identificada como um espinho na carne, mensageiro de Satanás que o impedia de ler e escrever, pelo que o fazia por intermédio de seus discípulos que sempre serviam-lhe como escreventes, deixando-lhe só a obrigação de assinar as missivas, o que o fazia com letras grandes, pela sua dificuldade, como declarou em Gálatas 6:11. Grande sofrimento deveria ser para o apóstolo, ávido de comunicar-se com os seus irmãos de todas as partes!
Assim, nós, também, passamos por situações desagradáveis e temos sempre de superá-las para continuar trilhando o caminho que nos leva às realizações de nossa vida.
Mesmo que não creiamos no destino, pura e simplesmente, deve existir uma força superior que contribui para que pessoas estejam em um determinado lugar em um certo dia e hora convenientes, que gerará encontros e acontecimentos que influirão na vida das pessoas. Será isso gerado pelo que se chama “”Karma””, que são acontecimentos que tem origem em atos que teríamos praticado no passado e que deverão ser ressarcidos para a efetivação de uma justiça necessária?
Eu nasci e residi até a idade adulta em um bairro de São Paulo chamado Santo Amaro. Fatos ocorridos em minha vida me conduziram a assumir um compromisso de participar de uma partida de futebol em outro bairro distante, no dia 31/08/47. Na véspera desse dia sai com um amigo e nos demoramos em conversa tendo me recolhido muito tarde o que me fez perder a hora do compromisso. Ficando em casa, logo depois do almoço sai, e, nesse exato momento, ia passando uma moça que havia vindo, para São Paulo, de uma cidade (Mococa) distante quase trezentos quilômetros e, por circunstancias imprevisíveis tivera de ir àquele bairro atendendo a necessidade de uma sua parente que encontrava-se adoentada. Eu, que normalmente não teria coragem de faze-lo, devido à minha timidez, travei um relacionamento com a jovem que nos levou ao casamento exatamente onze meses depois.
Em razão do casamento com uma pessoa de Mococa, embora continuasse a residir em São Paulo, liguei-me à cidade, o que me levou a para lá transferir minha residência, trinta anos depois (1.977) . Ali conheci uma pessoa que desejava fundar uma Associação de Vida Alternativa, o que coincidia com um meu projeto desde 1.974.
Uma jovem de Itaboraí, vindo a Mococa para ligar-se ao grupo, ouvindo falar de mim foi me conhecer o que fez em uma visita rápida (quinze minutos) dada a exiguidade de tempo. Anotando em um papel o meu endereço eu lhe dei a fim de que ela me escrevesse para que desenvolvêssemos o relacionamento; poucos dias depois receberia, pelo correio, uma carta onde, baseada naquelas poucas palavras do endereço ela faria uma análise de minha vida (ela estudava grafologia). Continuamos, por algum tempo a nos correspondermos havendo surgido fatos inusitados, depois do que ela, simplesmente, desapareceu, não mais se comunicando.
Como aquela Associação não evoluiu eu viria a fundar outra, juntamente com várias pessoas, que por sua vez, também, chegaram a Mococa de maneira inusitada, havendo, inclusive, um padre que deixara a batina para casar-se. Outros, ainda, apresentavam, no mínimo, aspectos extravagantes. A Associação Literária Mocoquense, como foi denominada, por simples coincidência realizou a sua primeira reunião no dia 14/07/89, dia em que se comemorava a “Queda da Bastilha”; a reunião de fundação, propriamente dita, realizou-se no dia 25/08/89, dia do soldado. A Associação, com a sigla de A L I M viria a se projetar por todo o país e internacionalmente, através do seu jornal “A Cigarra” e também pela realização de concursos nacionais de Contos e Poesias. Através destes últimos vim a conhecer e desenvolver uma amizade muito gratificante, mesmo à distancia, com uma jovem escritora que residia no Rio de Janeiro mas havia vindo da Bahia.
Este pequeno relato, que é apenas um resumo de fatos que comprovam um inter-relacionamento superior à nossa compreensão, nos leva a aceitar que existe uma força superior que conhece todas as nuanças de nossas vidas e facilita a atração de pessoas para lugares onde participarão de acontecimentos importantes e muito especiais, direcionando essas vidas para um determinado fim, juntando-as para a consecução de objetivos determinados.
Esses fatos, que vivemos, acabam por exercer influência em nossa mente e psíquico, o que determinará procedimentos futuros interligando outras pessoas que talvez façam parte de um grupo que deverá novamente se juntar. Tudo o que passamos a pensar e registrar em nossos escritos estarão impregnados de nossas vivências. Quando escrevi sobre “Um Evento Chamado Morte” ou “A Estrutura do Suicídio” será porque esses assuntos exerceram, em algum tempo, influência em minha formação; e isso não se refere aos presentes sessenta e cinco anos.
Assim será quanto à crença em gnomos e fadas; é assim que se estabelece a nossa convicção religiosa; é por tudo isso que, às vezes, conseguimos conviver com pessoas que não possuem nenhuma afinidade conosco mas que foram colocadas em um contexto especial necessário à sua evolução.
Devermos perceber que tudo faz parte do nosso caminho; quer os fatos que vivemos diretamente como aqueles em que somos envolvidos e nos ligam aos nossos semelhantes.
Viver é reflexionar sobre os acontecimentos de nossa vida sem renegá-los e sim procurando entender os por quês?; para que com sabedoria possamos dar a nossa contribuição para que se realize esse milagre de inter-relacionamento de pessoas e de acontecimentos que enriquecerão nossas vidas, porque soubemos trilhar os nossos caminhos.



E N C O N T R E M O S O P A R A I S O

Existia um país, que de tão pequeno limitava-se a um simples ponto no mapa. No entanto tornou-se mundialmente conhecido pelas sábias leis que orientavam o seu povo, que, por isso, tornou-se no mais feliz da terra.
Os governantes de todo o mundo freqüentemente insistiam para que lhes fossem ensinados os códigos daquele país, recebendo como resposta que nada havia a ensinar, visto que suas leis baseavam-se na simplicidade. O clamor foi tão grande que afinal foi marcada uma assembléia onde todas as nações do mundo fizeram-se representar pelos seus mais altos mandatários.
Assomou à tribuna, o primeiro ministro, (um homenzinho que contrastava a sua pequenez com uma enorme simpatia).
- Meus prezados Senhores, aqui estamos reunidos para satisfazer as suas vontades. Como os demais países, de a muito tempo vimos reunindo e aprimorando as nossas leis até acumularmos todos os conhecimentos que se fizeram possíveis. Isto é o que conseguimos:
Nesse momento abriu-se uma cortina e foram mostradas, a todos, enormes pilhas de livros.
- Porém - continuou o homenzinho - chegamos à conclusão que esse acúmulo de tratados não funcionavam e nomeamos uma comissão de sábios, que transformou esse monturo, nisto aqui.
Tirando um pequeno papel do bolso do colete, passou a lê-lo: “Não terás outros deuses diante de mim; não farás para ti imagens de escultura; não tomarás o nome do teu Deus em vão; lembra-te do dia de descanso; honra ao teu pai e à tua mãe; não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não cobiçarás a mulher do teu próximo nem aquilo que a ele pertença. No entanto, o que nos rege é unicamente a síntese desse decálogo que é: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ama ao próximo como a ti mesmo.” Esse procedimento que passamos a viver, meus senhores, foi o que nos conquistou a felicidade suprema.
Todos os presente baixaram as suas cabeças, reconhecendo ser aquilo uma admoestação para que retornassem ao caminho do qual se haviam desviado . . .
Essa história é uma fantasia, mas aquele ponto no mapa bem poderia ser a nossa comunidade. Para usufruirmos daqueles benefícios bastaria que conhecêssemos o evangelho, fazendo dele a nossa norma de vida. Deveremos nos impregnarmos dos maravilhosos ensinamentos de Cristo capacitando-nos a captar a sua essência que é o amor. Quando dedicarmos as nossas vidas, com amor, em benefício de nossos semelhantes estaremos cumprindo todas as leis, porquê a lei das leis é a lei do amor e o eterno amor é o espírito das leis. (Êxodo 20:2-17; Marcos 12:30,31)






V I D A E T E R N A


É verdade que o homem possui uma vida eterna. A Bíblia isso nos ensina: “Estas coisas vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.” (i João 5:13)
O problema será saber onde passaremos eternidade! Existem duas opções: Gozo eterno ou tormento eterno. Não desejamos, aqui, entrar em consideração sobre o que seja eternidade, mas teremos que considerar que será um período muito longo.
É evidente que o desejo de todos será alcançar o gozo eterno e para isso teremos que nos colocarmos em consonância com o Criador, através dos ensinamentos cristãos, que foram codificados na Palavra de Deus (a Bíblia), de onde obtemos o entendimento, auxiliados pela inspiração do Espírito Santo. Deveremos seguir a lei de Deus que é o amor; amor em toda a sua plenitude. Embora, em nosso entendimento pensemos que amamos de fato às pessoas, na realidade estamos bem distantes desse sentimento maravilhoso.
O verdadeiro amor é capaz de todos os sacrifícios (até doar a própria vida, como fez Jesus) e não almeja pagamento ou reconhecimento; ele é desprendido e anônimo, não espera reciprocidade, Embora esta poderá ser o reflexo do verdadeiro amor.
Quando somos alvo do verdadeiro sentimento é impossível não sermos impregnadas, o que nos fará refletir, também, não somente para aqueles que nos dedicaram, o sentimento, mas a todos os que nos rodeiam. O amor é como o sol, que com a sua claridade tudo revela. Ele abre os corações, as almas, as consciências, para que tudo sintetize-se em um só ser. Ele é um fator de empatia. nos faz sensíveis para que possamos sentir como os outros sentem.
O evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é exatamente a revelação, ao homem, de que é possuidor de uma vida eterna abundante, e que a maneira de alcançá-la é estabelecer a comunhão com Deus, através da ponte que é o seu Filho, e firmar-se no vínculo do amor.
É evidente que todos desejamos alcançar essa certeza que nos dará plenitude de vida, mas é necessário que se nos mostre a maneira.
E como faze-lo?
Quem tem que tomar consciência é o verdadeiro ser que é o espírito. Mas, não poderemos nos esquecer que aquilo que é a verdadeira essência, está envolvida pela matéria; Existe o homem material e o homem espiritual. Para que tenhamos a possibilidade de alcançarmos a alma necessitamos transpor os obstáculos representados pela matéria, pela personalidade e outros fatores influenciadores; como a educação e o meio ambiente. Teremos que explorar cada camada do ser, provando o nosso amor, concretamente, em cada fase, até podermos contar com receptividade motivada pela amizade. Somente conseguiremos transmitir, comunicar-nos, quando a pessoa puder confiar em nós pelo desenvolvimento de um relacionamento vivido com amor, conjuntamente.
Deveremos aproximar-nos, de nossos semelhantes, como pessoas que são, sujeitas a toda a sorte de apreensões e preocupações, tanto objetivas como subjetivas. Ajudá-las no equacionamento dos seus problemas, desinteressadamente, para que se tornem receptivas para a ação do Espírito Santo em suas vidas; que será quem poderá convencê-las do pecado, da justiça e do juízo, transformando-as e preenchendo-as de pensamentos positivos e de amor. Amor que, também , se irradiará em todas as direções, para alcançarem outras pessoas.


C U I D A D O C O M O S E U N O M E

12/09/97


Eu já falei sobre as transformações que operam-se em nossas vidas em determinados períodos e nos levam a assumir missões que influirão nas vidas e procedimento de outras pessoas. Pois bem, existe um outro fator de transformações que precisamos estar atentos, que mudam as características de personalidade das pessoas. Refere-se, isso, a modificações, muitas vezes sutis na maneira como elas são conhecidas. Esse particular, que é a mudança de nome, não é ocorrido apenas no período atual e sim tem sido uma tradição através dos tempos, que poderão ser aquilatados através das próprias Escrituras Sagradas.
Abrão, quando foi chamado para chefiar a formação de um povo especial, teve o seu nome mudado para Abraão; sua mulher Sarai teve o seu nome transformado em Sara. Representando essa mudança as funções que teriam dali por diante.
Jacó, quando teve o seu encontro com o Senhor, ocasião que teve uma visão, em sonho, onde era apresentada uma escada que subia da terra ao céu e anjos de Deus subiam e desciam sobre ela, teve o seu nome modificado para Israel. Jesus, quando do chamado de Natanael (Bartolomeu) fez referência a esse episódio, esclarecendo ser Ele a escada por onde subiam e desciam os anjos de Deus. O próprio fato desse discípulo ser chamado por Natanael e Bartolomeu é um indício de mudança de nome.
No Novo Testamento temos, ainda, o caso de Simão, que passou a chamar-se Cefas que queria dizer Pedro, espelhando melhor, a partir daquele instante, as características do seu procedimento. Na mesma ocasião Jesus passou a chamar os irmãos João e Tiago, de "Boanerges" ou "Filhos do Trovão", por conta de seus temperamentos explosivos.
Barnabé é outro caso do Novo Testamento, pois o seu nome era, primeiramente, José das Consolações.
Levi, cobrador de impostos, passou a ser chamado Mateus, nome que assinou quando escreveu o evangelho que leva o seu nome.
Saulo, que foi um perseguidor dos cristãos e posteriormente transformou-se em um dos esteios do cristianismo, a partir de um determinado momento, em seu ministério, passou a ser chamado Paulo.
Muitos outros casos há, tanto nas Escrituras Sagradas como em documentos históricos, podendo ser observado também em nossos relacionamentos, em que constatamos a mudança de nomes, que sempre trouxe consigo uma transformação da vida das pessoas envolvidas.
Eu, quando nasci, recebi o nome de José Wladimir Klein; tempos depois, ainda quando criança, devido a impossibilidade de pronunciar o meu nome corretamente o fazia emitindo apenas o final do segundo e o começo do sobrenome, soando como Miken, passando a ser assim conhecido, por insistência de uma pessoa conhecida em fixar o apelido. Isso convenceu-me e, até, não admitia ser chamado por outro nome senão de Mik. Certa vez entrei em luta corporal com outro menino que teve o desplante de chamar-me de José.
Quando comecei a trabalhar, todos passaram a chamar-me de Klein e a nova maneira de ser conhecido prevaleceu por muitos anos.
Na ocasião que assumi um compromisso sério e definitivo, como cristão salvo por Jesus, as pessoas acrescentaram "Irmão" ao nome, passando eu a ser chamado " Irmão Klein".
Tempos depois, transferindo-me de residência e consequentemente de igreja, passei a ser chamado de "Irmão José".
Nesse ínterim existiram várias pessoas que sempre chamaram-me de Wladimir.
As mudanças de tratamento tem constituído-se em marcos em minha vida, pois em cada período, paralelamente à transformação operada na maneira de tratamento, ocorreram mudanças emocionais, psicológicas e materiais em minha vida.
O que estou fazendo aqui é uma simples observação sobre as transformações que poderão haver, relacionadas com o nome que poderemos estar usando em um determinado momento. Creio que se nos aprofundarmos nesse estudo poderemos encontrar razões que poderão orientar-nos a um procedimento correto no tratamento nomenclatural que deveremos impingir às pessoas. Ao faze-lo poderemos estar mudando o destino de nossos semelhantes tanto para melhor ou para pior. Isso nos serve de alerta para nos abstermos de usar apelidos ao referirmo-nos às pessoas, porque poderemos estar mudando os seus destinos.
Uma coisa que tenho observado é que todas as pessoas a quem incluímos o sufixo "inho" ( que significa diminuição) ao nome, luta com grande dificuldade para vencer na vida, mesmo, em muitos casos isso tornando-se impossível. Em razão disso acho que os pais deveriam evitar de começar a chamar os seus queridos filhos de filhinho, Joãozinho, Mariazinha, Marquinho, Jefinho, pois poderão estar condenando os seus filhos ao fracasso em suas carreiras.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, poderá existir algum "inho" que venceu na vida, mas isso apenas será uma exceção que confirmará a regra.
Sempre preocupei-me com o nome das pessoas e constatei pelo meu respeito a isso que as pessoas têm os seus nomes em alta conta e se você quiser fazer-se estimado por elas, dê valor a isso, também. No meu trabalho relacionava-me com um numero muito grande de pessoas e ali os apelidos eram comuns: " Mata Cavalo" "Pé de Cabra" "Malhadinho" "João do Burro" "Zé Loco" e muitos outros que não me ocorrem no momento, mas sempre tive o cuidado de procurar saber os seus verdadeiros nomes e por eles chama-los.
Basta a cada um as transformações que a vida trará em seus nomes, que influirão nos seus destinos, ninguém precisará que lhes andemos a inventar apelidos.
Por isso considero, também, que na Internet deveremos ter o bom gosto e a dignidade de usarmos o nosso nome verdadeiro, pois assim estaremos assumindo a responsabilidade pela maneira de agirmos e não nos escondendo em nomes fictícios para, acobertados com o anonimato, importunarmos usuários que encaram com seriedade as comunicações.
Desculpas àqueles que unicamente escondem-se por trás de um nome fictício para não permitirem que a sua sinceridade seja explorada por inescrupulosos que escondem-se no anonimato.

Nenhum comentário: