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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

CONTOS, PONTOS E CONTATOS

CONTOS, PONTOS E CONTATOS

BRUDER KLEIN


Proibida a reprodução parcial ou total e por quaisquer meios sem a autorização por escrito do autor EDA-BN Reg. 145.070 – Lvº235 – Fls.131 –30/01/98
E-Mail: wladimirk@ig.com.br

A B E R T U R A

02/12/1.997


As mentes das pessoas estão ávidas de novidades, para preencher os vãos deixados pelas frustrações que colhem pela vida, e criam uma insatisfação de viver, conduzindo-as à procura de emoções fortes que as anestesiem e gerem um torpor, que as fará esquecerem-se de si mesmas e enveredarem-se para o desconhecido. Nessa procura vã são capazes de percorrer caminhos subjetivos, na busca de encontrar o ressarcimento de suas dores íntimas e as conduzam à tão sonhada felicidade. Se firmarem as suas visões para o futuro, que na realidade é o rumo do desconhecido, a única coisa que poderão tentar será o sonho e a fantasia, que em verdade são os elementos que , embora incertos e faltos da verdade, poderão apontar para uma esperança de transformação para que a busca do inusitado realize-se.
A ficção é um manancial rico em sonhos e fantasias que nos fazem participantes de aventuras, que poderão satisfazer o nosso eu como se fôssemos nós os personagens, que criamos para as histórias que nos são contadas. É fácil nos colocarmos na pessoa do herói ou heroina para que assim satisfaçamos nossas necessidades de amor e compreensão, tão fundamentais para dissipar a nossa angústia e nostalgia.
Os textos que apresentamos são o complemento que havia prometido para o livro "Nova Dimensão". São duas fases diferentes mas que se completam, essa a razão porque não dei a mesma denominação e sim optei pelo título "Contos, Pontos e Contatos". O conto é uma narração falada ou escrita, de pequena extensão, que seja concisa e contenha unidade dramática, concentrada em um único ponto. Ponto seria, neste contexto, parte de um assunto ciência ou arte, que presta-se ao esclarecimento de um assunto. Contatos apresenta-se como a relação de freqüência, de proximidade, de influência, esclarecendo-nos fenômenos que nos levam a atravessar os limites das diversas dimensões existentes no universo, que só é permitida aos iniciados. Ao ler os textos aqui apresentados os leitores os ligarão a outros apresentados em "Nova Dimensão", complementando os raciocínios para compreensão dos fatos apresentados. Àqueles que já leram todos os outros trabalhos nossos, a compreensão se fará com muito maior propriedade, visto todos eles apresentarem ligações subjetivas para que muitos detalhes sejam compreendidos.
Um fato interessante é que muitos leitores tem entrado em contato conosco para perguntar se os textos representam histórias verdadeiras que teríamos vivido. O que podemos responder é que a ficção imita a vida e o contrário também é verdadeiro, e nunca poderemos descobrir o que seja vivência ou ficção. Mesmo que não seja nossa vivência, poderá sê-lo de outras pessoas, porque tudo que é dito são coisas passíveis de acontecer.
Dados esses esclarecimentos só nos resta desejar que você tenha um bom entretenimento.
Se você ainda não teve a oportunidade de conhecer os outros títulos da "Biblioteca Bruder Klein", solicite os arquivos em Word/97, por E-Mail:
mik346@hotmail.com
Í N D I C E

Título Pag.
Abertura 02
Índice 03
Amor ainda é a melhor solução 04
Colibri 06
Cinqüenta anos depois 09
Cuidado com o seu nome 11
Dennys o bruxo 13
É o homem sábio? 15
Elos de amor 17
Evolução 18
Idade é um preconceito 20
Lembranças 21
Mais um sonho 23
Nenhuma esperança 24
O que é, na verdade, ser grande . . . 25
O último sermão 27
Observando 37
Olhando o interior 38
Participação responsável 40
Pensamento - Segredo 41
Piadas 42
Psicose 44
A Quebra do mito 47
Sexo Expressivo 49
Sonho 50
Uma carreira brilhante 51
Unknow homossexual 53
Viajem ao futuro 55
Todos os direitos reservados.
Reg. EDA/Biblioteca Nacional: nº145.070-Lv.235-Fls.131de 30/01/98
É proibida a reprodução dos originais, por quaisquer meios, sem a autorização, por escrito, do autor.
Bruder Klein
Av. São João Batista, 384 – Bloco B7/Apto.23 E-Mail: wladimirk@ig.com.br
Rudge Ramos São Bernardo do Campo S P
09736-500Tel. (011) 457-9987



AMOR AINDA É A MELHOR SOLUÇÃO


02/10/1.997




Hoje, quando fazia minha caminhada pela "Praça dos Meninos" passei por duas jovens sentadas em uma escadaria, uma delas estava fumando.
Ao passar falei: Fumando!!! . . . Que coisa feia! Elas riram. Na outra volta disse-lhes: O cigarro também é uma droga! Elas continuaram rindo mas com uma receptividade que pareceu-me terem recebido a mensagem.
Continuei a minha caminhada e na outra volta elas não estavam mais lá.
Fiquei refletindo sobre como somos responsáveis quanto aos acontecimentos que desorientam os jovens e os faz presa de marginais que lhes oferece drogas, muitas vezes gratuitamente, com a intenção de viciá-los e poderem garantir um comercio futuro das drogas que os irão infelicitar. Não sei o que ocorrerá na mente daquelas duas jovens mas bem poderão estar refletindo sobre aquele meu alerta, que muitas vezes não pode ser dado pelos pais, que não estarão sabendo o que os filhos fazem longe de suas vistas.
Temos feito diversos alertas, através da imprensa, em ocasiões que tivemos a possibilidade de escrever, quanto ao cuidado que deve ser dado à família como base segura para o desenvolvimento de personalidades sadias. É dentro dessa instituição, que foi criada por Deus, que podem-se desenvolver personalidades equilibradas que irão participar de uma sociedade, que assim estará pronta a dar uma resposta satisfatória às ansiedades que assoberbam o homem moderno.
O esquecimento dos valores que devem prevalecer no relacionamento entre as pessoas dentro da família é que conduziu a humanidade a um comportamento que a cada dia deteriora a sociedade pelos costumes incorretos que vão sendo introduzidos pelo "modernismo"
Deus criou as coisas de uma maneira perfeita, estabelecendo normas que sendo seguidas encaminhariam o homem à formação de uma estrutura perfeita para que fossem satisfeitas todas as suas necessidades. Ao determinar que o homem deixasse pai e mãe e juntasse-se à sua mulher estava constituindo a segunda geração familiar ( a primeira foi com Adão e Eva ) estabelecendo uma instituição segura para o desenvolvimento das pessoas. Enquanto o homem obedeceu essa orientação de seu Criador tudo concorreu para que houvesse o equilíbrio. A partir do momento que começou a ser dada outra orientação, aos agrupamentos, começaram a surgir os problemas que a cada dia foram agravando-se até a situação que encontramos hoje em que os cônjuges já deixaram de exercer a tolerância que poderia conservar os vínculos necessários para a evolução dos filhos. Arvoram-se o direito à felicidade e esquecem-se de que devem aos filhos as mesmas oportunidades que em seu tempo receberam dos pais, muitas vezes com sacrifícios muitos maiores dos que hoje não aceitam enfrentar.
As vozes tem se levantado, alertando sobre a necessidade de haver uma reavaliação dos princípios que estão prevalecendo na estrutura familiar e nunca será pouco levantarmos a nossa voz para que haja uma maior reflexão sobre o papel da família no desenvolvimento da sociedade como um todo que só poderá prevalecer, para benefício da maioria, se voltarmos às nossas origens e passarmos a adotar aqueles mesmos princípios estabelecidos no princípio dos tempos, para que voltemos a cuidar de nossas crianças, nossos jovens, de uma maneira mais adequada.
Quando percebemos que os jovens estão enveredando-se por caminhos que os conduzirão para um futuro incerto temos o dever de estarmos presente em suas vidas e batalharmos pela sua recuperação que só se efetivará através de muito amor que lhes dedicarmos.


C O L I B R I





25/11/1.997


Já imaginaram coisa mais delicada, formosa, mimosa, linda, do que um colibri? Ele enfeita os ares e com seu delicado esvoaçar, ilumina os nossos olhos; no cumprimento do seu destino; viaja de flor em flor, sugando o seu néctar para suprir a sua necessidade de movimentar as potentes asas em um vai e vem interminável até completar a sua exaustão e cair por terra!
Essa doce ave, foi que encontrei um dia na Internet, voando sem parar, distribuindo doces beijos, fazendo a ligação entre o amor e as flores. S . . . . . era o seu nome, mas usava o disfarce dessa ave faceira para encantar os que a encontravam.
Encontramo-nos em uma sala de bate papo e nos afeiçoamos; perguntas rotineiras: De onde teclas? Quantos anos tem? Sou casado. Sou descasada. O relacionamento foi solidificando, despertando a confiança pelo sentimento de companheirismo, pelas afinidades que encontramos um no outro. Trocamos os nossos E-mail's passei-lhe o endereço de minha página na Internet para que ela conhecesse o meu trabalho e, passamos a esperar que o outro se comunicasse. Talvez tenha decorrido um mês na expectativa quando resolvi quebrar o silêncio, e na calada da noite enviei-lhe um E-mail, hesitante, julgando que se não havia recebido comunicação seria porque não havia interesse em estabelecer uma amizade mais estreita. A resposta veio imediata: "Até que enfim! Estava aguardando que você comunicasse-se comigo." Eu, em quem havia tantas dúvidas, vi nascer um novo dia, o sol iluminando os desvãos do caminho, transformando tudo em alegria, em felicidade, abria-se o caminho para o futuro!
Daí em diante os encontros virtuais foram constantes e aprendemos a conhecermo-nos um pouquinho mais a cada dia, percebendo as qualidades que procurávamos em alguém que pudesse compartilhar conosco as alegrias de uma vida a dois, sem cobranças, exercitando a virtude do dar e do receber; não um dar físico que esgota-se no exercício das coisas materiais e sim um dar de nós, oferecendo-nos um ao outro, dando-nos com toda a plenitude do querer. Entregando o nosso destino nas mãos do companheiro.
Sabíamos que era uma aventura temerária! Será que poderá existir uma paixão virtual? Talvez ela pudesse nascer e florescer, e até crescer, se a conservássemos nessa dimensão de amor virtual. Mas o ser humano é insaciável em seus desejos, e encontrando a felicidade, a realização íntima, vê crescer dentro de si o desejo para aventurar-se por caminhos desconhecidos que muitas vezes, em vez de trazer-nos a felicidade levada ao seu máximo extremo, nos frustra pelas revelações que possam surgir.
Em uma de nossas conversas, Colibri manifestou o desejo de conhecer-me pessoalmente; embora possuísse desejo semelhante achei arriscada a investida para o desconhecido. Prevaleceu, porém, a satisfação da curiosidade que suprisse algo indefinível dentro de nós.
Existia tal entrosamento, tanto desejo de estarmos juntos naqueles momentos que desesperávamo-nos quando os obstáculos normais da comunicação provocavam algum desencontro. Certa vez entrei em uma sala e ela havia saído, me dando a oportunidade de ler o seu último recado: "Que pena que não o encontro, logo hoje que estava tagarela!" Imediatamente acionei o mecanismo de procura e infelizmente não consegui encontrá-la; fui para outra sala e como ,também, não estivesse ali, chamei a central de mensagem e, sem sair da sala, comecei a preparar um e-mail para enviar e ver se conseguia o contato tão desejado. Quando finalmente concentrei-me, novamente na sala, percebi que ela havia estado ali e feito pedidos desesperados para que eu falasse com ela e, finalmente, como não houvesse respondido, retirou-se dizendo, "pelo menos você poderia ter me respondido! Avaliei a frustração que deveria ter sentido, pensando que eu estivesse ali, talvez em algum reservado, e não quisesse dar-lhe atenção. Também senti-me profundamente frustrado com aquele desencontro e imediatamente passei-lhe meia dúzia de e-mail's, que só a alcançaram no dia seguinte quando ligou o seu computador e recebeu o esclarecimento da situação.
Combinamos que cada um por sua vez teria a oportunidade de conhecer o seu companheiro de aventura virtual. Praticávamos o mesmo "hobby" da caminhada, cada um em lugar diferente e distante um do outro, e que, sem prévio aviso estaríamos espreitando esses locais para que satisfizéssemos o desejo de nossa alma inquieta. Creio que fui eu o primeiro a fazer a observação e o que vi, fez crescer a paixão por aquela figura que, até então, era apenas imaginação. Não tenho palavras para descrever a emoção que senti quando enquadrei aquela pessoa extraordinária na imagem que havia idealizado e como um sapatinho da Cinderela acomodou-se plenamente.
Satisfeita e gratificada a minha curiosidade, cheio de amor em meu coração, já não mais a uma figura virtual e sim àquela que completava e fazia-me transbordar de felicidade!
Em alguns encontros virtuais que tivemos nesse ínterim não mencionei que já havia estado em seu local de exercícios matinais, embora, agora, o meu coração transbordava de tal maneira que seria difícil de esconder tanta alegria iluminando a minha vida.
De repente, passei a não conseguir encontrá-la nas salas de bate papo que costumávamos nos encontrar. Passados vários dias de expectativa passei-lhe um e-mail e a resposta foi que o destinatário não havia sido encontrado. Testei mais dois endereços e ocorreu o mesmo problema. Fiquei desesperado porque à essa altura dos acontecimentos meu coração já ansiava, não por um amor virtual e eu nem esse podia conseguir. Procurei, por todos os meios tirar alguma informação do provedor e minhas tentativas foram em vão . . . .o vazio da frustração continuou a crescer dentro do peito, a ponto de eu desejar morrer! Não compreendia como um sentimento que havia criado raízes tão profundas pudesse simplesmente morrer de repente e desligar passado . . . presente . . .e o futuro que apresentava-se como um túnel negro onde havia penetrado sem perspectiva de encontrar uma luz em seu final . . .foram momentos tenebrosos . . .quando, embora tendo de aparentar uma normalidade inexistente, a tudo resistia . . .e no fim do dia entrava no banheiro, fechava a porta, abria o chuveiro . . . e misturava, com a água que caia, minhas lagrimas que derramava em profusão . . . Resisti . . .para ver o tempo passar com a desilusão estampada em meus olhos, a desesperança a rondar o meu caminho! Hoje, quando procuro alguma companhia em uma sala de bate papo; alguém, com quem possa trocar sentimentos, fico imaginando se o meu Colibri, incógnito, não estará me espreitando, como fez naquele malfadado dia em que tomou a decisão de matar um amor mais grandioso do que os romances de ficção . . . porque esse era verdadeiro e jamais morrerá!
Às vezes fico pensando se deveria ter investido tanto, em sentimentos, em uma pessoa que me abandonaria assim, sem uma explicação um relacionamento que teria tudo para dar certo; imagino que quem tome uma atitude dessa natureza não mereça que alimentemos um sentimento puro por ela. Porém, não me cabe julgar, porque na realidade nem sei o que, de fato, aconteceu. Bem poderia ter ocorrido uma razão que justificasse esse procedimento. Creio que nunca chegarei a saber!
Teria ela estado no local de minhas caminhadas e confundido alguma figura desagradável como sendo eu? Digo confundido, porque naquela semana que antecedeu ao seu desaparecimento de minha vida, assuntos importantes me obrigaram a viajar, permanecendo fora por vários dias. E nesse caso, se ela realmente esteve lá não poderia ter me conhecido. Essa é a maior ironia de toda essa situação!
Você que costuma viajar pela Internet, que passa momentos agradáveis trocando idéias nos "chats", ajude-me a encontrar a razão de minha vida . . .ela não canta mas sua beleza é inconfundível; não aproxima-se muito das pessoas mas quando as beija transmite toda a doçura das flores . . .


Cinquenta anos depois

01/09/1.997

Os anos que transcorrem são implacáveis, para o nosso exterior, assim como é benéfico para o nosso interior. Exteriormente a idade vai desgastando o nosso físico, apresentando modificações profundas que nos obrigam a atualizarmo-nos para que respeitemos os nosso limites e não forcemos nosso organismo a realizar mais do que suas possibilidades. De maneira geral há um enfraquecimento que nos condiciona a modificarmos o nosso modo de vida.
Interiormente, penso, que ocorre um fato um tanto diferente, visto que as experiências acumuladas irão nos enriquecendo e passamos a possuir uma capacidade que nos facilita a realização de coisas que nem imaginávamos. Geralmente as realizações artísticas e intelectuais se realizam nesse período em que o espírito está preparado para viver os grandes desafios da vida. Embora o enfraquecimento físico nos obrigue a limitar as nossas atividades o espírito estará trabalhando para a realização de obras de muito maior valor do que quando éramos jovens. Não que os jovens não produzam, fazem-no e muito bem, quando possuidores de talento, mas os idosos trabalham com muito maior despreocupação por não almejarem sucesso e sim apresentar tudo aquilo que está dentro de si, como exemplo e orientação para as novas gerações; estarão livres de pressões e ninguém poderá cobrar-lhes mais nada porque as suas dívidas já foram pagas pela vida .
Tomemos como exemplo a pessoa que ilustra esta reflexão apresentada em dois momentos de sua vida. A primeira com dezoito anos, órfão de pai, frustrado por ter tido de interromper os estudos logo depois da 4ª série do primeiro grau, não vislumbrava qual poderia ser o seu futuro, falto de ferramentas que lhe facilitasse a escalada. Jovem, em todo o seu vigor, porem não tendo perspectiva de como enfrentar os obstáculos que se lhe apresentava, fazendo-o visualizar um futuro negro, repetindo o mesmo destino de seu pai, que após correr atrás da sorte, encerrou a sua luta aos trinta e cinco anos. Quem o olhasse naquele instante até poderia profetizar que ali estaria um caso crasso de derrota. Ele mesmo, desencorajado pelo seu despreparo, considerava que não haveria muito a esperar!
Agora vejamos esse mesmo personagem, aproximadamente cinqüenta anos depois. Olha para trás e enxerga uma infinidade de obstáculos que teve de transpor e lá no início do túnel vislumbra aquele menino tímido que até ele mesmo desconhece porque já não é aquele menino e sim um homem realizado. A sua trajetória foi evolutiva dando-lhe a oportunidade de ocupar cargos de chefia e até de Diretor de uma instituição educacional especializada, jornalista e escritor, transformou-se em um formador de opinião através de sua participação política e comunitária. A mesma pessoa focada em dois momentos de sua vida e que apresenta contrastes marcantes sendo que a fase presente apresenta-se com muito maior qualidade. Embora com o organismo desgastado pelos anos, é dono de um conteúdo muito maior e melhor, propiciando-lhe a sensação de que alcançou a realização pessoal, social e profissional.
Agora pergunto a vocês, qual deles gostariam de ser? Vocês não sei, eu gostaria de ser o segundo!



C U I D A D O C O M O S E U N O M E

12/09/1.997


Eu já falei sobre as transformações que operam-se em nossas vidas em determinados períodos e nos levam a assumir missões que influirão nas vidas e procedimento de outras pessoas. Pois bem, existe um outro fator de transformações que precisamos estar atentos, que mudam as características de personalidade das pessoas. Refere-se, isso, a modificações, muitas vezes sutis na maneira como elas são conhecidas. Esse particular, que é a mudança de nome, não é ocorrido apenas no período atual e sim tem sido uma tradição através dos tempos, que poderão ser aquilatados através das próprias Escrituras Sagradas.
Abrão, quando foi chamado para chefiar a formação de um povo especial, teve o seu nome mudado para Abraão; sua mulher Sarai teve o seu nome transformado em Sara. Representando essa mudança as funções que teriam dali por diante.
Jacó, quando teve o seu encontro com o Senhor, ocasião que teve uma visão, em sonho, onde era apresentada uma escada que subia da terra ao céu e anjos de Deus subiam e desciam sobre ela, teve o seu nome modificado para Israel. Jesus, quando do chamado de Natanael (Bartolomeu) fez referência a esse episódio, esclarecendo ser Ele a escada por onde subiam e desciam os anjos de Deus. O próprio fato desse discípulo ser chamado por Natanael e Bartolomeu é um indício de mudança de nome.
No Novo Testamento temos, ainda, o caso de Simão, que passou a chamar-se Cefas que queria dizer Pedro, espelhando melhor, a partir daquele instante, as características do seu procedimento. Na mesma ocasião Jesus passou a chamar os irmãos João e Tiago, de "Boanerges" ou "Filhos do Trovão", por conta de seus temperamentos explosivos.
Barnabé é outro caso do Novo Testamento, pois o seu nome era, primeiramente, José das Consolações.
Levi, cobrador de impostos, passou a ser chamado Mateus, nome que assinou quando escreveu o evangelho que leva o seu nome.
Saulo, que foi um perseguidor dos cristãos e posteriormente transformou-se em um dos esteios do cristianismo, a partir de um determinado momento, em seu ministério, passou a ser chamado Paulo.
Muitos outros casos há, tanto nas Escrituras Sagradas como em documentos históricos, podendo ser observado também em nossos relacionamentos, em que constatamos a mudança de nomes, que sempre trouxe consigo uma transformação da vida das pessoas envolvidas.
Eu, quando nasci, recebi o nome de José Wladimir Klein; tempos depois, ainda quando criança, devido a impossibilidade de pronunciar o meu nome corretamente o fazia emitindo apenas o final do segundo e o começo do sobrenome, soando como Mik, passando a ser assim conhecido, por insistência de uma pessoa conhecida em fixar o apelido. Isso convenceu-me e, até, não admitia ser chamado por outro nome senão de Mik. Certa vez entrei em luta corporal com outro menino que teve o desplante de chamar-me de José.
Quando comecei a trabalhar, todos passaram a chamar-me de Klein e a nova maneira de ser conhecido prevaleceu por muitos anos.
Na ocasião que assumi um compromisso sério e definitivo, como cristão salvo por Jesus, as pessoas acrescentaram "Irmão" ao nome, passando eu a ser chamado " Irmão Klein".
Tempos depois, transferindo-me de residência e consequentemente de igreja, passei a ser chamado de "Irmão José".
Nesse ínterim existiram várias pessoas que sempre chamaram-me de Wladimir.
As mudanças de tratamento tem constituído-se em marcos em minha vida, pois em cada período, paralelamente à transformação operada na maneira de tratamento, ocorreram mudanças emocionais, psicológicas e materiais em minha vida.
O que estou fazendo aqui é uma simples observação sobre as transformações que poderão haver, relacionadas com o nome que poderemos estar usando em um determinado momento. Creio que se nos aprofundarmos nesse estudo poderemos encontrar razões que poderão orientar-nos a um procedimento correto no tratamento nomenclatural que deveremos impingir às pessoas. Ao fazê-lo poderemos estar mudando o destino de nossos semelhantes tanto para melhor ou para pior. Isso nos serve de alerta para nos abstermos de usar apelidos ao referirmo-nos às pessoas, porque poderemos estar mudando os seus destinos.
Uma coisa que tenho observado é que todas as pessoas a quem incluímos o sufixo "inho" ( que significa diminuição) ao nome, luta com grande dificuldade para vencer na vida, mesmo, em muitos casos isso tornando-se impossível. Em razão disso acho que os pais deveriam evitar de começar a chamar os seus queridos filhos de filhinho, Joãozinho, Mariazinha, Marquinho, Jefinho, pois poderão estar condenando os seus filhos ao fracasso em suas carreiras.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, poderá existir algum "inho" que venceu na vida, mas isso apenas será uma exceção que confirmará a regra.
Sempre preocupei-me com o nome das pessoas e constatei pelo meu respeito a isso que as pessoas têm os seus nomes em alta conta e se você quiser fazer-se estimado por elas,
dê valor a isso, também. No meu trabalho relacionava-me com um numero muito grande de pessoas e ali os apelidos eram comuns: " Mata Cavalo" "Pé de Cabra" "Malhadinho" "João do Burro" "Zé Loco" e muitos outros que não me ocorrem no momento, mas sempre tive o cuidado de procurar saber os seus verdadeiros nomes e por eles chama-los.
Basta a cada um as transformações que a vida trará em seus nomes, que influirão nos seus destinos, ninguém precisará que lhes andemos a inventar apelidos.
Por isso considero, também, que na Internet deveremos ter o bom gosto e a dignidade de usarmos o nosso nome verdadeiro, pois assim estaremos assumindo a responsabilidade pela maneira de agirmos e não nos escondendo em nomes fictícios para, acobertados com o anonimato, importunarmos usuários que encaram com seriedade as comunicações.
Desculpas àqueles que unicamente escondem-se por trás de um nome fictício para não permitirem que a sua sinceridade seja explorada por inescrupulosos que escondem-se no anonimato.





D E N N Y S O B R U X O
31/12/1.997
Ao fazer a minha caminhada diária, na Praça dos Meninos, deparei com uma jovem que caminhava à minha frente, de uma beleza surpreendente; pele, olhos e cabelos negros, corpo escultural, parecendo uma enorme pérola negra luzindo e chamando a atenção de quantos transitavam por aquele jardim.
Quando ia ultrapassando-a ela virou-se para mim e disse:
- Oi, Dennys!
- Você me conhece? - perguntei eu - Eu aqui não sou eu e sim quem é o eu é o Dennys a quem vocês ainda não conhecem, mas ficarão conhecendo através desta estória e futuramente de muitas outras que irão ouvir, sobre acontecimentos extraordinários.
- Conheço-o mais do que você possa imaginar, posso até dizer que o conheço mais do que você mesmo!
- Olha, garota, deixe de mistério e desembucha logo o que deseja comigo.
- Vou te explicar: Tanto você como eu somos bruxos! E não se espante porque o que desejo dizer é que fomos designados para em determinadas circunstâncias realizarmos coisas para que assuntos pendentes sejam realizados de acordo com as determinações dos poderes do alto. A maioria das pessoas não sabe, mas todos os que nascem em um ano bissexto são anjos designados para a realização de missões.
- Deus, que é onisciente sabe o que vai acontecer em determinado tempo a pessoas certas e providencia para que nessas ocasiões, um anjo esteja por perto para ajudar a solucionar o problema que se apresentará. Assim muitas vezes o anjo está na pessoa de um parente ou amigo, e em certas circunstâncias até de uma pessoa completamente desconhecida; analise quantas vezes você já foi chamado a desempenhar um papel importante na resolução de problemas!
Comecei a pensar no assunto e constatei que de fato muitas tem sido as ocasiões em que tenho desempenhado o papel de tutor, juiz, conselheiro para que muitas situações sejam aclaradas, e comecei a comentar alguns deles.
A garota me disse: - Tome cuidado porque, agora, a única pessoa que está me vendo é você se outros virem-no falando irão pensar que você está louco falando sozinho.
De fato percebi que alguns passeantes já me olhavam desconfiados e retive o meu ímpeto. Mais alguns passos e a garota me disse – Meu nome é Catleia e daqui por diante iremos nos encontrar freqüente, por agora é só, até à vista.
E ela desapareceu sem mais nem menos de minha frente.
Tenho meditado muito sobre o fato de eu ser um anjo, ou “bruxo” porque outro dia desvendei dados de uma pessoa com quem conversava na Internet e ela me disse; “Você é um “bruxo” mesmo! Por brincadeira no dia seguinte apresentei-me com o nome de “Dennys o bruxo” e conversei muito com uma outra pessoa que disse-me que o seu sonho seria escrever; incentivei-a a fazê-lo e ela , alguns dias depois remeteu-me um texto lindo no qual incluía a nossa conversa dizendo que o bruxo Dennys mesmo imaginando ser apenas uma brincadeira havia realizado uma bruxaria e transformado-a para que encorajasse-se a escrever.
Agora, amigo estou fazendo uma revisão dos acontecimentos para que saibam que duendes, fadas e anjos existem e estão participando de seu dia a dia, auxiliando-os a resolverem os seus problemas. Aguardem!


É O H O M E M S Á B I O?
27/11/1.997

Homem, como ser criado por Deus, é o portador da sabedoria que deverá ser procurada dentro do seu próprio ser. Será mergulhando para dentro de si mesmo que poderá encontrar o fio que o levará à verdadeira sabedoria.
O método para se penetrar no âmago da personalidade humana deverá ser a reflexão que sondando a mente irá eliminando fases de menor importância, até chegar ao conhecimento puro que abrirá a janela do conhecimento onde irá colher os ensinamentos daquele conselho de mestres que trilharam esse caminho e chegaram a ser distintos dos demais seres humanos.
Temos de ter a convicção que essa procura será sempre infinda porque a evolução da sabedoria sempre estará crescendo, distanciando-se do comum dos homens, alcançando novas nuanças que até então não eram do conhecimento da maioria dos mortais. Mesmo quanto àqueles que chegaram ao topo do conhecimento, lhes faltará algo dentro da concepção de um Deus que sabe todas as coisas e possui todo o poder.
Falar em Deus, em um Deus que sabe todas as coisas parecerá impróprio para aqueles que julgam-se como únicos conhecedores dos segredos do universo. Na realidade o homem conhece uma pequena película se compararmos o universo a uma fruta na qual a casca representa a máxima profundidade a que o homem poderá chegar nos próximos milênios. Faltará muito, ou podemos dizer que faltará tudo para que ele chegue ao pleno conhecimento da razão dos fenômenos que desencadeiam-se no universo.
Quando nos pomos a pensar, esse exercício nos encaminha para raciocínios que irão aperfeiçoando-se, a mente irá enriquecendo-se de novos conhecimentos que formarão uma base sólida para nos encaminharmos às novas fases, superando etapas; a mente que trabalha, procurando soluções para as dúvidas que o espírito descobre dentro de si, irá desenvolvendo-se para adquirir maior capacidade, facilitando a descoberta de coisas novas, de novos processos.
Ninguém tem o dever de ser bonito mas ser sábio apresenta-se como uma obrigação para que possamos doar a nossa participação para benefício da humanidade. Não somos entidades anônimas que possam viver para nós mesmo e sim seres sociais que deveremos ser participantes das lutas de nossos contemporâneos, que recebemos, de nossos ancestrais, a herança que os mesmos conquistaram e trouxeram até nós. É nosso dever conservar o patrimônio social construído pelos nossos antepassados, cuidando para que haja o devido crescimento que por nossa vez transferiremos às novas gerações. Formaremos, assim, uma corrente constante de progresso que beneficiará a humanidade.
Por acaso assistimos a concretização dessa evolução, ou cada geração estará transferindo o patrimônio que recebeu defraudado, em vez de contribuir com a soma de melhorias que propiciaria melhores condições de vida aos nossos descendentes?
Analisemos os parâmetros que medem os níveis de vida de gerações passadas e a presente e verificaremos que houve um decréscimo substancial nessa qualidade em todos os seus aspectos : Educação, Cultura, Saúde, Oportunidade de uma Carreira, Alimentação.
Isso vai gerando uma instabilidade emocional que tira do homem o poder de raciocínio e de evolução transformando-o em um ser apático que não dispõe-se a procurar o seu aprimoramento. O resultado desse desalento será o abandono dos princípios básicos da moral, abstendo-se de práticas que sempre foram consideradas como apresentando valores positivos para a sociedade, através da família. Família, hoje, é uma palavra completamente desvirtuada, quando criam-se leis que modificam essa instituição para acomodar as distorções criadas pelo egoísmo das pessoas.
Família é uma instituição básica, criada por Deus quando determinou que fosse formada a união homem mulher para que daí fossem gerados os filhos, garantindo uma assistência uniforme e uma orientação segura para que fornecessem elementos sociais sadios para a formação de novas famílias e constituírem a sociedade cujo dever maior seria a garantia da prevalência da instituição.
A Palavra de Deus declara que "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" temer ao senhor é aceitar e cumprir em nossas vidas os seus ensinos que são orientações sábias para a manutenção de um estado ideal que , criando o amor nos corações, propiciará a felicidade aos seres humanos.


E L O S D E A M O R

05/09/1.997

Certa vez, a muitos anos atrás saí a passear com meu neto Timóteo. Andamos pelo bairro por algum tempo e quando íamos voltando, conversávamos e eu dizia-lhe, quando você for moço terá, também, de me levar a passeio, ao que ele me respondeu:
Mas vovô, quando eu for moço você já vai ter morrido!
É possível, disse-lhe eu, mas agora não poderemos saber, portanto fica a promessa do passeio.
Timóteo já está um mocinho, com quase quatorze anos, eu com quase setenta, ainda estou aqui usufruindo o que a vida pode nos oferecer nesta quadra da vida. Ele tem sido meu companheiro de aventuras nesta nova fase que estou vivendo. É apaixonado por informática ( diz que vai estudar para poder mexer nas máquinas e nos programas) e foi o meu professor, quando me aventurei a deixar a máquina de escrever para entrar na nova tecnologia. Ele, de fato conhece e parece ter o dom de aprender com facilidade aquilo que mais gosta. Quando tenho alguma dúvida ( pois também aprendi por mim mesmo, sem fazer cursos de informática) é ele quem me socorre para resolver o problema.
Isso tem me proporcionado muitas alegrias pela convivência, oportunidades de conversarmos e até de poder passar a ele muitas coisas que certamente lhe servirão no transcorrer de sua vida.
Embora a previsão estivesse certa que um dia eu não estaria junto a ele para que me levasse passear, talvez ainda possamos nos amarmos e nos dedicarmos, um ao outro, por mais algum tempo. Não sei quanto, mas pela previsão da vida de meus antepassados o futuro ainda poderá ser promissor; embora meu pai haja falecido jovem, com trinta e poucos anos, minhas avós chegaram à casa dos noventa e cem anos e minha mãe aos oitenta e sete. Estou com sessenta e oito e poderei, (quem sabe? ) ainda chegar a ver os filhos do Timóteo. E dos outros netos também, com mais facilidade, porque alguns já estão alçando vôos mais altos para transformarem-se em homens (espero que responsáveis) para constituírem família.
Essa possibilidade que Deus nos oferece de termos conseguido, embora com todas as dificuldades, manter o elo matrimonial, hoje nos gratifica porque é muito doce podermos assistir os nossos descendentes a darem continuidade ao nosso “clã”. Não importa nomes, podem ser Klein’s, ou Cardoso’s, Trevizan’s Silva’s ou Santa Rosa’s , acima dos laços de sangue estão aqueles imponderáveis que são a nossa vivência e o amor que nos une. 
Obs. Estou relendo este texto no dia 23/03/2.004, já tendo, portando, passado-se quase sete anos e anda estou por aqui usufruindo da companhia dos netos; embora sozinho visto que minha companheira, de 56 anos de convivência, a pouco mais de um mês partiu para a eternidade.



E V O L U Ç Ã O

Hoje, por volta do meio dia, quando praticava a minha caminhada pela Praça dos Meninos, vi um grupo de jovens, sentadas em uma escada saboreando sanduíches. Aquela visão tão simples fez-me lembrar dos meus idos da adolescência quando, trabalhando em uma firma de produtos alimentícios, era posto para fora na hora do almoço e, comprando um sanduíche de mortadela saboreava-o, assentado na calçada. As dimensões são outras, enquanto estas jovens eram estudantes de um colégio próximo eu era um jovem órfão que labutava das sete às l8,00 horas, no mínimo; haviam dias que saindo para fazer entregas só era dispensado às nove horas da noite.
Eu saia de casa, que era no bairro de Santo Amaro, às cinco horas da manhã, tomava o bonde (muitos dos que lerem estas páginas nem saberão o que é bonde por não terem vivido em seu tempo), desembarcava na Praça da Sé e andava até a Rua Vitória pelo número 150 aproximadamente.
Na volta a mesma caminhada até a Praça da Sé, tomar o bonde e viajar, em pé, em
um coletivo super lotado. Houve uma vez que desmaiei de fraqueza, pois eram oito horas da noite e estava aturando todo aquele desgaste, unicamente com um sanduíche de mortadela ingerido ao meio dia.
Mas Deus foi grandiosamente benigno para comigo; tirou-me daquela calçada e me elevou a conquistar novas posições, que tendo em vista o meu preparo escolar foi magnífico. É muito bom quando passamos por uma infinidade de dificuldades e superamos as desventuras da vida para nos encontrarmos um dia em uma posição em que não mais receemos percalços em nossos caminhos. Essas nossas recordações prestam-se, também, para servirem de exemplo para os jovens que, nascidos em uma situação privilegiada imaginam que seus pais receberam tudo pronto para lhes apresentar. Desconhecem as lutas travadas pelos seus ancestrais para doar-lhes uma situação melhor do que a que receberam. Talvez não seja muito o que damos aos nossos descendentes, mas tenham a certeza, que esse pouco é muito mais do que recebemos, embora o que recebemos já haja representado um esforço sobre-humano de nossos ancestrais.
Na minha adolescência, por necessidade, sentei-me em uma beira de sarjeta para devorar, com outros companheiros, um sanduíche de mortadela. Hoje, os jovens em sua irreverência sentam-se em qualquer lugar para saborearem, talvez, petiscos mais refinados, alheios às lutas que seus pais continuam a travar para que não lhes falte nada e para que tenham maiores oportunidades perante a vida. Cada vez a tecnologia exige mais de cada um de nós, a competição exclui os menos capazes para selecionar apenas os melhores. Triste tempo este quando a maioria passa a ser marginalizada!
São necessários, hoje, além de inteligência, tenacidade e sorte, uma adequação a uma carreira para à qual o jovem seja vocacionado. De nada adiantará fazer um curso pelo prestigio que ele têm, será necessário que ao formar-se o jovem goste do que irá fazer, pois só fazemos bem aquilo de que gostamos. Cada um deverá sondar-se para saber do que verdadeiramente gosta; se tiver dificuldade em definir as suas preferências deverá recorrer a um teste vocacional que lhe indicará uma direção a seguir.
E, boa sorte . . .
Que você possa, um dia, estar com a sua vida consolidada vivendo como eu vivo, alegre porque faço apenas o que gosto de fazer.
Que você encontre em seu caminho o Deus verdadeiro que inspirou o Profeta a dizer d’Ele: “Levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de gloria; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo. (1 Samuel 2:8)



A I D A D E É U M P R E C O N C E I T O!


08/08/1.997


Não sei se é unicamente por falta de assunto, ou seja mesmo por preconceito, que a primeira pergunta que é feita em uma comunicação, na Internet, é a averiguação da idade das pessoas. Como se isso fizesse diferença na qualidade de relacionamento que será vivido!
Achamos que com a idade criou-se um preconceito igual a tantas discriminações existentes por ai. Esse sentimento, é claro, nasce quando trata-se de uma pessoa idosa. Eu tenho 68 (sessenta e oito) anos de idade e considero-me uma pessoa normal igual a outros que tem l8,28 40 anos, porque não é a idade que fará diferença naquilo que nós somos de verdade; a verdade de uma vida constata-se pelo seu conteúdo. O intelecto é um órgão de comunicação do espírito e conheceremos o grau de purificação do espírito através do que é emitido pelo intelecto do homem.
Tenho me comunicado , através da Internet, com pessoas de várias idades e nunca achei que fizesse diferença essas idades em nosso relacionamento; a diferença residia e reside na qualidade das pessoas que não podem ser qualificadas pela idade cronológica nem pela idade mental e sim é necessário um aprofundamento maior para que através de complexos mecanismos possamos medir as emoções ( aliás isso está na moda) que nos revelarão o íntimo das pessoas que será a verdadeira identidade pessoal.
Você que tem julgado as pessoas pela idade cronológica , raciocine mais claramente, analise-as por outros ângulos e sentirá a transformação de conceitos que
nascerá daí .
Se você não for preconceituoso com a idade talvez muitos vovôs e vovós passem a circular pela Internet, emprestando aos relacionamentos todo o potencial de experiências ricas. Porque é muito frustrante não contarmos com muitas pessoas da terceira idade viajando e servindo-se desse canal tão precioso!
Sabemos que os jovens são mais afeitos às novidades mas isso fica por conta das oportunidades; enquanto os jovens estão em plena atividade, ficando a par dos avanços tecnológicos, os idosos, mesmo pelo preconceito existente contra eles, vão colocando-se à margem dos acontecimentos, receosos de serem discriminados. O que precisamos entender é que o idoso possui todas as idades porque já as viveu; ele tem condições de entender tanto os problemas de sua idade atual, como os de todas as camadas pelas quais viveu experiências. É claro que as experiências sempre são diferentes para cada pessoa, sendo influenciada por fatores diversos; isso comprova que deverá haver um intercâmbio constante entre os diversos segmentos cronológicos, para troca de experiências pessoais que irão enriquecendo a todos.
Da próxima vez que tiver a oportunidade de cruzar, em seu caminho, com uma pessoa idosa, não a julgue pela idade que tem e sim pelo seu potencial, propiciando-lhe revelar as preciosidades que viveu. Você constatará que valerá à pena esse intercâmbio.




L E M B R A N Ç A S


11/11/1.997

Um destes dias adentrando a cozinha senti um cheiro que não era dali e sim vindo de dentro de mim , e volvi ao tempo de criança, sentindo aquele cheiro de infância que tantas vezes é rebuscado dentro do meu ser para fazer-me lembrar de coisas que ali estão plantadas e que foram tão importantes !
Meu pai explorava um bar de um clube (Clube Bandeirante), em Santo Amaro, que gozava da freqüência da mais fina sociedade do bairro. Para serem vendidas no bar eram preparadas muitas guloseimas e dentre elas o que meu pai preparava pessoalmente era um recheio de "alitche" para sanduíches, com muito cheiro verde e um tempero especial; meu irmão e eu ficávamos esperando aquilo estar pronto, à tarde, para saborearmos dentro de uns pães torradinhos que só àquele tempo haviam; que delicia! Pois foi esse o cheiro que senti, sem razão alguma, porque nem estava sendo preparado nada na cozinha, aquela percepção vinha de fato de minhas lembranças que plantadas no meu interior ajudaram a me dar forças para empreender esta caminhada que venho realizando, ultrapassando etapas.
Daí "viajei" e senti-me novamente em meus áureos tempos da meninice quando as coisas simples da vida nos faziam tão felizes! Lembrei-me de quando acordava , geralmente depois das dez horas da manhã, horário em que os adultos já estavam participando de seus afazeres e muitas vezes as pessoas que encontravam-se na casa conversavam alegremente em voz alta. Acordar com aquelas vozes entrando em meus ouvidos provocava em mim uma alegria indizível, sentia muita segurança porque aquelas pessoas todas estavam em torno, para me protegerem.
Muitas vezes somos levados a pensar que os acontecimento que vivemos e ficaram para trás não possuem mais significado algum, mas é puro engano; o nosso interior é um cofre forte que encerra um tesouro descomunal; quando nos sentimos só, quando atingidos pelas vicissitudes da vida poderemos extrair dali toda a força de que precisamos para vencermos os obstáculos. O nosso passado apresenta-se como uma força que nos transportou para o presente e transforma-se em uma plataforma segura que nos encaminhará para o futuro!
Você, amigo, que lê estas reflexões, recolha-se ao seu interior e perscrute bem lá no fundo para arrancar aquelas lembranças que despertaram aos suas emoções nos momentos especiais de sua vida. Analise o quanto os acontecimentos puderam influenciar a sua vida transformando-o para que pudesse apreciar a vida de uma maneira mais humana. Emocione-se outra vez ao relembrar daquelas pessoas que foram importantes em sua vida e de alguma maneira desapareceram do seu convívio; quer porque já encerraram a sua carreira, quer porque transferiram as suas atividades para algum lugar que lhes fosse mais propício. Através dessas lembranças você poderá renovar-se e buscar bem no fundo do seu ser as ferramentas que ali estão e que foram construídas pelos acontecimentos tristes ou alegres que você viveu. Vale à pena recordar!
Depois desse retempero, que redobrará as suas forças, afugentando as amarguras, você estará pronto a prosseguir no caminho que foi traçado pelo seu destino para vencer
novas etapas.
É assim que aprendemos a viver . . .vivendo . . .a cada dia . . . as emoções!
Aqueles que não olham para dentro de si mesmo no afã de aperfeiçoar-se e aprender a doar-se de si mesmo aos seus semelhantes jamais gozará a plenitude de uma vida realizada, onde o amor fluirá para alcançar quantos cruzarem os seus caminhos. Será uma construção de uma fraternidade onde imperará o amor, a amizade sincera, o desprendimento pelas coisas materiais e um aprofundamento para que seja encontrado o equilíbrio mental, psicológico e espiritual. Será a ventura de alcançar a estatura do homem completo!


M A I S U M S O N H O


04/11/1.997


Estava em um lugar estranho e havia uma pessoa morta, mas não consegui identificar quem seria. Estavam ali muitas outras pessoas que, igualmente não consegui saber quem eram.
Deparando com o morto, deitado em uma mesa, disse: "É preciso constatar se ele está morto mesmo!"
Apanhei um estetoscópio e, colocando-o no peito do falecido, comecei a escutar um barulho esquisito, parecendo um motor que aos poucos ia aumentando de intensidade. Assustado gritei: "Ele não está morto!"
Aquele ronco, foi aumentando e de repente ouviu-se o que parecia ser uma explosão e do peito daquele ser ergueu-se um objeto que parecia um bujão de gás, soltando um fogo azul e por cima em toda a sua extensão; girava rapidamente e foi subindo até atingir o teto que era de telha vã e pegou fogo.
Foi um alvoroço total, todos correndo para apagar aquele incêndio que irrompeu, no telhado; imediatamente surgiram várias pessoas, e inclusive eu, com bacias de água e apagamos o incêndio; nesse instante percebemos que o corpo não encontrava-se mais ali.
Destaque especial temos de dar ao objeto que parecia um pequeno disco, mas bojudo e que girava em torno de si com uma rapidez extraordinária soltando aquela luz ou fogo azul parecendo uma chama de fogão mas do tamanho de um bujão de gás.
Esse, mais um sonho que junta-se a vários que tenho tido e parece querer revelar algo misterioso. Sei que eles estão todos ligados e que somados irão transmitir uma mensagem muito importante que até o momento ainda não consegui decifrar. Tenho a certeza que aos poucos irão me sendo revelados os significados que somados irão compor essa mensagem que cremos de suma importância.



N E N H U M A E S P E R A N Ç A


13/03/1.995


Um casamento sem amor,
É como um barco à deriva;
É um corpo sem vida,
Um monstro com duas cabeças,
Cada uma delas procurando
Outro corpo para juntar-se.
Esse agrupamento espúrio,
Independente do tempo que perdurar
Transforma-se em um edifício desabitado
Prestes a desmoronar.
Cada um dos parceiros,
Desesperado mas covarde
Busca apenas um alento,
Um pequeno sinal de encorajamento,
Para que possa partir
Na busca de ser feliz;
Sem o perigo de enveredar-se,
Através de um labirinto maior,
Que o levará a uma solução infeliz,
Salvo do naufrágio, para morrer de solidão!


O Q U E É N A V E R D A D E S E R G R A N D E . . .

11/09/1.997




Fiquei pensando sobre o que me foi dito, de quarenta e nove anos de casamento ser motivo de alguém ser considerado grande; será, mesmo? Acho que o tempo não prova nada, existem circunstâncias que muitas vezes obrigam as pessoas a ficarem juntas sem provar que exista uma harmonia perfeita no relacionamento. Inclusive o tempo pode provar que o que prevalece é na verdade covardia (certa vez alguém já me disse isso) para tomar uma decisão que venha transformar o estado muitas vezes incômodo e haja um recomeço.
Você, como ocorreu comigo, deve ter casado-se cedo, enquanto não havia definido, ainda, o real desejo do coração. Quando somos novos, geralmente sonhamos e fantasiamos, procurando transformar as nossas fantasias em realidade; só que a realidade faz-se diferente do sonho e termina por nos frustrar; quando acordamos percebemos que enveredamos por um caminho errado que dificilmente possui atalhos que nos permitam convergir. Vamos seguindo a nossa desdita, e os acontecimentos, cada vez mais, nos impedem de mudar o nosso destino. Acomodamo-nos, enfim, naquela situação e até conseguimos enganar a nós próprios de que somos felizes, quando, na realidade, sentimos um vazio dentro de nós, porque o nosso ser aspira por algo diferente daquilo que temos.
O que é na verdade ser uma grande mulher (ou um grande homem)?
Para darmos essa resposta existem muitas implicações que teremos que analisar e a principal delas é o que realmente desejamos, o que nos faria felizes? Se bem que a felicidade é algo subjetivo, mas podemos descobrir qual as coisas que influem em um relacionamento vitorioso. Podemos dizer que uma grande mulher é aquela que age de maneira igual ao modo que ela acha que o homem deveria agir; assim bem como um grande homem é aquele que age da mesma maneira como ele acha que a mulher deveria agir. Mesmo que se considere uma maneira complicada de apresentar o problema é exatamente assim; precisamos colocarmo-nos na posição do outro para que possamos saber a melhor maneira de agir naquelas circunstâncias.
O que se procura em um relacionamento é, em primeiro lugar, amor, depois vem a compreensão, carinho e um ingrediente indispensável que é a cumplicidade. A cumplicidade sempre deverá existir entre dois amantes porque é a única maneira que o amor se prova. Quando temos a necessidade de receber o apoio de nosso companheiro ele deverá vir em quaisquer circunstâncias, sem o que, tudo o que houver existido em nossa vida a dois irá por terra, e quando a confiança se desfaz nunca mais será a mesma coisa; poderemos , até, continuarmos a viver juntos mas o amor terá terminado, seremos unicamente duas pessoas que passarão às cobranças infindáveis e cada vez estaremos nos distanciando mais e mais.
Hoje estão sendo reformulados os princípios, abrindo a oportunidade de muitos erros serem desfeitos a fim de que as vidas sejam reconstruídas, ensejando aos parceiros colocarem as suas posições que, até, poderá resultar em um entendimento para a continuidade do relacionamento, desde que dentro de padrões aceitáveis. Isso poderá resultar em benefício aos filhos que sempre desejarão a continuidade da relação dos pais, mesmo por uma dose elevada de egoísmo, que deseja contemplar mais à sua própria estabilidade do que à felicidade dos genitores. Se bem que devemos, muitas, vezes, isso aos filhos que não contribuíram para que houvesse um mau entendimento no lar, jamais poderemos abrir mão de nossa felicidade porque não estaríamos colaborando para que as coisas mudassem, continuando a existir a desarmonia. Aí, futuramente, seriamos nós a cobrar dos filhos, que finalmente ajustaram as suas vidas e emigraram para viver os seus percalços, deixando o casal, sozinho, velhos e desiludidos, aturando-se, porque já não mais haverá tempo de refazerem as suas vidas. Um relacionamento onde não exista mais o amor, a compreensão, fatalmente descambará para o desrespeito gerando maiores males.
O que precisaríamos fazer é aquilo que nunca fazemos, discutir o relacionamento , colocarmos as cartas na mesa e decidirmos o que cada um deseja. O que fazemos é conjeturarmos e exigirmos que o companheiro esteja adivinhando qual seja a nossa aspiração para o relacionamento. Sabemos o que deve ser feito, mas o diálogo é muito difícil e acabamos adiando dia após dia e transferindo indefinidamente a solução do problema.
A carga de infelicidade é insuportável resultando em "stress" que vai afetando a nossa saúde, criando sintomas psíquicos, causando o envelhecimento precoce com toda a gama de conseqüências daí advindas.



O V A Z I O Q U E N Ã O S E R Á P R E E N C H I D O . . .


12/11/1.997



Lucy é mais um relacionamento que irá somar-se a outros que aconteceram anteriormente e que me deixam um nó no peito. Sensação de vazio por uma questão não resolvida.
Por que essas coisas acontecem deixando-nos desamparado a procura de algo que sabemos não existir, mas dedicamos toda a nossa potencialidade para tentar encontrar?
Lucy! Oh! Lucy! . . .
Quisera tê-la encontrado em outras circunstâncias para poder confortá-la!
Mas o destino não quis e me deixou completamente arrasado pela insatisfação de coisas que esperava acontecesse!
Conheci a Lucy, assim, como aconteceram tantos outros relacionamentos pela Internet. Encontramo-nos em chat onde cada um de nós tentava cobrir as nossas amarguras, brotadas pelo vazio da existência; esse era apenas o seu "nick name" e que por ironia usava, também, em seu e-mail. Iniciamos o nosso "papo" como dois desconhecidos que apalpam a personalidade um do outro, fazendo perguntas bobas, mas que dada a carência de cada um de nós, vai passando a ter um significado muito especial. São ações e intenções que vão sendo colocadas nas entrelinhas, o afeto vai recebendo o calor humano e quando percebemos estamos trocando confidências, disso alargando-se a comunicação por meio de e-mai's e passamos a conhecer-nos na profundeza de nossas almas. Assim aconteceu entre Lucy e eu, tornamo-nos mais do que amigos, parceiros constantes a ponto de sermos "gozados" pelos companheiros quando fechávamo-nos em conversas reservadas. Ali expúnhamos a nossa interioridade, alimentando e fazendo crescer aquele afeto a ponto de sentirmos que um não poderia viver sem o outro. Esquecíamos que estávamos vivendo um romance virtual, que não existia na realidade, nem nós existíamos de fato éramos unicamente dois "nick names"!
Embora crescesse a confiança que depositávamos um no outro, sentíamos que nem tudo era revelado; ao sentir uma certa amargura no procedimento de Lucy, me perguntava: O que há de fato por trás dessa jovem ( que na realidade nem sabia se era jovem) que magoou tanto o seu coração? Seria ela casada e teria uma vida infeliz com o seu marido? E tantas outras perguntas sem resposta. Mas compreendia os seus cuidados porque também eu deixava de revelar muito de mim!
Esse nosso enlevo durou perto de quatro meses; era minha intenção levar tudo isso para uma concretização porque era isso que o meu coração pedia. Sonhava com esse dia e muitas vezes tentei desencadear esse acontecimento o que não encontrava ressonância nos desejos de Lucy.
Até que um dia . . . E tudo aconteceu de uma maneira inesperada . . .Recebi um e-mail que colocava fim aos nossos encontros . . . não queria aceitar aquilo porque imaginava ser um desastre em minha vida . . .mas a explicação . . .que me deixou perplexo . . .matava, mesmo, toda perspectiva de futuro . . .
Depois de falar com alegria de nossa vivência que a havia tornado muito feliz, ajudando-a a enfrentar problemas emocionais e psíquicos, que a ajudaram chegar ao seu destino, vencendo etapas difíceis de serem enfrentadas, dizia que essa nossa comunicação chegava ao fim por haver uma irreversibilidade e pedia para que eu fosse forte e lembrasse-me dela como uma pessoa a quem fui muito importante . . .
E a revelação final foi terrível . . . Encontrava-se em estado terminal, atingida que foi por uma infeção, através de uma transfusão de sangue . . . estava com aids! Quando me conhecera já sabia do seu destino, e pedia perdão por não ter me revelado antes, usufruindo assim da força que precisava para não se desesperar . . .Que ela havia vencido o difícil caminho da doença, pela coragem que eu lhe havia transmitido nos meses em que nos relacionamos . . .mas que agora apresentava-se o final da tragédia e ela gostaria de terminar os seus últimos momentos na companhia de seus familiares que foram, também, muito importantes em todo o processo . . .
Ela guardaria até os últimos momentos a lembrança de minha dedicação, de meu amor, mesmo, revelado quando ela mais precisava . . . e que assim deveria ser o meu procedimento . . . lembrando-me dela como a havia imaginado . . .
E terminava: Somos figurantes virtuais que vivemos uma aventura sem existência real . . . faça de conta que apenas leu uma história . . . uma história de um grande amor que teve um fim trágico . . . esqueça-se do final triste e lembre-se unicamente do grande amor que os personagens viveram . . .
Não poderia deixar de registrar aqui esse acontecimento, embora sei que irá entristecê-los como aconteceu a mim. A vida é feita de verdades e nem sempre elas nos são agradáveis, temos que viver com alegria os momentos que nos foram prazerosos e temos de assimilar, também, as tragédias . . .não podemos fingir que tudo vai bem . . . quando somos atingidos pela perda de um ente amado . . .Lucy nunca será esquecida . . .porque entranhou-se dentro do meu ser . . .e . . .ao partir levou o melhor de mim!



O Ú L T I M O S E R M Ã O


09/09/1.997




Jacira encontrava-se inconsolável desde a morte do marido que havia ocorrido a mais de dois meses. Andava pela casa de um lado para o outro, olhando as coisas de Eugênio, cada uma delas despertando-lhe lembranças de acontecimentos que , agora, perdiam-se no tempo. Haviam sido mais de quarenta anos de casamento, vários filhos, netos, muitas lutas, dificuldades, mas, também, muitas vitórias. Haviam conseguido fazer com que os filhos estudassem e fossem encaminhados para uma carreira e, todos estavam com a situação estabilizada.
Quando vencidos todos os obstáculos, Eugênio havendo aposentado-se de seu emprego em uma repartição pública, dispunham-se a aproveitar a vida que ainda lhes restava, talvez, viajando; não tinham grandes ambições, desejavam, basicamente, conhecer um pouco do seu próprio país, em uma viajem sem luxo, apenas os dois. Uma Segunda, ou terceira lua de mel, que poderia propiciar-lhes um maior conhecimento. Mais de quarenta anos não haviam sido suficientes para que se conhecessem bem. Também, as preocupações com os filhos, os desejos de que conseguissem seguir uma carreira, lhes tomara todo o tempo. Eugênio trabalhara em diversos empregos, paralelamente à sua função na repartição.
Quando tudo parecia sorrir-lhes, o desastre!
Um enfarto fulminante, colocara fim à vida de Eugênio.
Eugênio nunca se preocupara muito com a saúde, alimentava-se fartamente ! Isso dera-lhe uns quilos a mais do que o normal, com todas as conseqüências daí advindas.
Passado o sepultamento os filhos deram todo o seu apoio à mãe, mas, era-lhes forçoso cuidarem de suas vidas e Jacira acabou por ficar sozinha no apartamento onde residia, não desejando desfazer-se de suas coisas e muito menos ir residir com algum dos filhos. Aí começou o seu calvário de recordações!
Mexia no computador onde Eugênio costumava trabalhar nas tarefas que trazia para casa. A máquina que tanto virara nos tempos de Eugênio, agora, parecia vazia e sem vida.
Olhava para a estante, passeando os olhos pelos títulos dos livros que tantas vezes o marido havia consultado e manuseado em suas mãos. Havia um que lhe chamava uma atenção especial, pois o marido o consultara muitas vezes na última semana de vida. Não se atrevia a folhear-lhe as páginas, com receio que aquele ato pudesse esmagar-lhe o coração. Refletia, agora, sobre a sua vida com o marido. Na realidade não o amara, mas tendo sido o seu companheiro de tantos anos, acostumara-se com a sua presença e acomodara-se a uma situação, que mesmo não sendo o seu ideal, era confortável. Lembrava-se de muitos fatos em que havia sido injusta com o marido ! Isso doía-lhe na alma. Sentia um vazio enorme e um complexo de culpa pelo que deixara de fazer pelo marido.
Dando voltas pelo escritório os seus olhos a cada instante voltavam a pousar naquele livro de capa amarela que a amedrontava : "Contos de Maldoror" Com enormes letras estava gravado o pseudônimo do autor: Lautreamont. Um dia veio-lhe coragem e tomou-o em suas mãos; abriu-o e passou a folhea-lo. À medida que ia avançando começou a encontrar algumas folhas de papel de caderno, escritas de ambos os lados, espalhadas pelo livro.; juntou-as e estando numeradas colocou-as em ordem. Haviam quatorze folhas e um total de vinte e oito páginas. Na primeira que havia sido colocado o numero um estava um título: "O Último Sermão"
Começou a ler, reconhecendo a letra do marido, e à medida que avançava a sua emoção ia crescendo:

O Ú L T I M O S E R M Ã O

Você sempre me acusa de ler, ler, pregar e não saber conversar. O fato é que eu tenho condições de conversar com todas as pessoas menos com você. Agora, analise você! Veja se consegue manter relacionamento com outras pessoas. Você, simplesmente, não gosta das pessoas, e acho que nem de você mesmo! Esse temperamento pode ser mudado porque Deus tudo pode, mas só através dele que você terá a força suficiente para transformar-se.
Você constantemente diz que converteu-se, porem isso são palavras que saem da boca e não do coração. Quando vem do coração ela manifesta-se em atitudes exteriores que aparecem e são conhecidas de todos. Isso ainda não aconteceu em sua vida e você continua voltada unicamente para si mesma.
Talvez o fato concreto seja que você nunca teve vocação para o casamento. Casou-se porque não tinha outra profissão. O único objetivo era garantir a sua manutenção. Fatalmente só poderia trazer decepção, quer com o marido, quer com os filhos. Você simplesmente arrastou-se pela vida de casada por não ter coragem de romper com ela porque pensava que poderia perder as vantagens daí advindas.
Se analisarmos esses anos transcorridos só poderemos rever pressões e frustrações, onde os bons momentos foram pequenas ilhas, logo invadida s por temporais. Como última trincheira, para pressionar, você colocou-se dentro de uma doença inexistente. Inexistente porque você mesmo que a imagina, em alguns momentos, para exercer pressão, alegando que não tem nada quando desejo que se trate, chegando, até, a inutilizar os papeis dos exames a fazer. Tudo não passaria de desejo de pressionar e impressionar. Na realidade está esbanjando saúde quando recusa-se a tomar medicamentos, para curar a gripe, quando não alimenta-se adequadamente. Antes, teve outros meios de pressão que, esgotados, cria outros. Diz não importar-se de eu cumprir os meus deveres espirituais e só não me impede de ir à igreja por não ter meios de fazê-lo. Exerce atitudes com a finalidade de conseguir o intento indiretamente, por outros meios. Muitas vezes já testei o seu procedimento: quando parava de ir à igreja a pressão interrompia-se. Tomei uma resolução firme de servir a Cristo. Trabalhar dentro de minhas possibilidades aproveitando os talentos e o tempo que Deus colocou à minha disposição para alcançar pessoas através do evangelho. A primeira pessoa que gostaria de alcançar seria você. Porque não só desejo bens materiais para você e sim, principalmente, os espirituais, que durarão pela eternidade. Você não me dá oportunidade e não a estou ajudando e também não estou ajudando outras pessoas. Não vou consumir a vida terrestre que ainda me resta tentando uma coisa que você não deseja para si. Assim sendo, tudo termina aqui. Daqui por diante tomamos caminhos diferentes, que cada um desejar. Somente poderíamos caminhar juntos se houvesse a vontade de fazermos as mesmas coisas. Enquanto peço a Deus que nos enriqueça espiritualmente você continua presa às coisas materiais. Tudo bem! Vou cumprir a minha missão já que não poderemos trabalhar juntos como seria o meu desejo e, como tenho a certeza, seria a vontade de Deus.
Você não ficará desamparada. Você mesmo disse que gostaria de ficar com a casa de Jordanópolis. Declaração essa que espelha a sua vontade de ficar sozinha. Seja feita a sua vontade!.
Também depositarei, mensalmente, uma importância no Banco do Brasil para as suas despesas. Terá, assim a aposentadoria que tanto reclama. E se mais quiser, mais terá. Acho que as coisas irão melhorar para você, pois não mais precisará fazer pressão. Quanto a mim acho que viverei normalmente, pois nessa pressão em que vivíamos não tínhamos mesmo vida matrimonial!
Talvez isto devesse ter acontecido a mais tempo e assim teríamos nos poupado muitos sofrimentos. Acho que fomos covardes; isso foi que protelou por mais tempo uma situação que deveria ter terminado a muito tempo.
Sobre a assistência médica, quando terminar o prazo de validade é só renovar, com o mesmo cartão, já informei-me sobre isso.
O melhor que você tem a fazer é colocar na cabeça que eu morri e que você tem de continuar vivendo.
É assim mesmo, uns vão em primeiro lugar e outros terão de continuar vivendo.
Quanto a uma mudança de situação é bom nem pensar, por não acreditar ser possível. Somente haveria uma longínqua possibilidade se você , realmente, passasse por uma transformação e tentasse ser uma companheira que eu necessitaria para ajudar-me e incentivar-me no trabalho que terei de realizar. Isso é improvável, pois lembro-me de uma briga que tivemos antes do casamento, briga grave! ( e olha que do dia em que nos conhecemos, até ao casamento, transcorreram apenas trezentos e trinta e cinco dias) Quando você foi procurar-me em casa, depois de muito discutirmos e eu dizer que você teria de modificar o seu temperamento, obtive a resposta: "Eu mudar o meu gênio não vou mudar!" E não mudou mesmo!
Acho que continuo a gostar de você, apenas como um ser humano. O resto, acredito que haja terminado, destruído pelo seu modo de ser.
E como esta é a hora da verdade vou dizer: Quando casei-me com você deveria estar iludido. Só tinha o desejo de casar e dispus-me a ajudá-la a livrar-se de uma situação de incompatibilidade com a sua mãe. E já deveria ter percebido que esse seria um sinal vermelho para não avançar!
Com o decorrer do tempo acredito que nasceu, apesar da sua maneira de ser, um afeto verdadeiro que lutei muito para conservar dentro de mim. Não me iludo mais! A vida que temos levado, em constantes desentendimento e desarmonia deve ter destruído tudo.
Não pense que estou feliz com este desfecho! Não! Gostaria que fosse diferente, e que pudéssemos caminhar juntos até o fim. Chegamos, porém, em uma encruzilhada e não cedo mais um milímetro. Determino o caminho que devo seguir e só irão comigo os que tiverem a humildade de submeterem-se à minha vontade. Vontade, aliás, que é determinada pela certeza do acerto; pois não há outro caminho a não ser Cristo. Ele que morreu para que tivéssemos vida abundante. Quem O seguir jamais andará em trevas, mas tem a luz da vida. Espero que você acerte o seu caminho e o que está desejando seja algo benéfico. Não tenho servido de nada em sua vida; acredito que depois que não me tiver por perto começará a perceber que não foi tão mau assim. Sempre realizamos alguma coisa! Não digo materialmente, porque esse apoio continuará a ter, até em melhores condições, pois daqui em diante passará a ter unicamente direitos, sem deveres.
Talvez possa ser útil, ainda, através de alguma correspondência, pois muitas vezes, quando distantes é que marcamos a nossa presença.
É interessante isso: A nossa ausência nos faz mais presentes. A oportunidade que não tive, quando presente,, pois me fazia ausente, talvez possa ter pela minha ausência. Aí você ouvirá tudo aquilo que almejei falar quando presente, sem poder: São as verdades evangélicas que só Jesus Cristo Salva.
"Porque, primeiramente vos entreguei o que também recebi; Que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. E que foi sepultado, e que ressuscitou (dos mortos) ao terceiro dia, segundo as Escrituras. I Corintios 15:3-4 e "O salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor" Romanos 6:23 e "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem filhos de Deus; aos que crerem no seu nome" (nome de Jesus) João 1:12)
Porque todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus" Romanos 3:23 "Vinde a mim,(a Jesus) todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei" Mateus 11:23.
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna" João 3:16.
Porque Deus enviou o seu filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
"Quem crê nele não é condenado mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" João 3:16-18 (crer no Filho de Deus é recebê-lo no coração).
Você poderá recebê-lo agora, arrependendo-se do passado e transformando-se em uma nova pessoa em Cristo.
Jesus falou: " Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. João 3:3
Paulo disse: Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. II Corintios 5:17.
Jesus quer entrar em cada coração mas é preciso que não o mantenhamos fechado por dentro.
Jesus falou: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa ( no coração) e com ele cearei e ele comigo" Apocalipse 3:20.
Dê essa oportunidade a Jesus, abra o seu coração e deixe-O entrar. Ele disse: "Tomai sobre voz o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29
Muitas características acompanharão essa transformação:
Você terá a certeza de ser filha de Deus ( não mais simples criatura) . . .Depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo, também, nele crido, fostes selados com os espírito da promessa." (Efésios 1:13)
Possuirá um espírito de serviço:
Passando a ser uma nova pessoa afastar-se-á de vícios e terá uma vontade incontrolavel de conduzir outras pessoas a Cristo. "Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Mateus 7:12.
Porque as obras da carne são prostituição, impureza, lascívia. Idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus."
"Mas o fruto do espírito é: Caridade (amor) gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." Galatas 5:19-22

Espírito de oração:
" Também, o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossas fraquezas; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira com gemidos inexprimíveis." Romanos 8:26
Tem fome da Palavra de Deus:
"Eis que vem dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir a Palavra de Deus." Amós 8:11
O Cristão necessita da Palavra de Deus para que não se atrofie a sua vida espiritual. Assim como o corpo precisa de alimento, o espírito precisa da vitalidade da Palavra de Deus.
O renascido está exposto a grandes tentações:
"O dono dos bens materiais é Satanás que os usa para desviar o cristão do aprimoramento de sua vida espiritual. Ele tentou Jesus: Disse-lhe o diabo; Dar-te-ei toda esta autoridade e a gloria destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem quiser." Lucas 4:6 (Jesus respondeu com a Palavra de Deus. Lc.4:8.
O renascido vence às tentações:
"Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além de vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. I Corintios 10:13.
Quando sentir-se tentada recorra à oração e à Palavra de Deus.
Quando Jesus, do alto da cruz exclamou: "Está consumado! Venceu a Satanás, ao pecado e à morte. Se você aceitou a Jesus em seu coração, como seu Salvador e Senhor, foi lavada com o seu sangue, ganhou a vida eterna e está apta a vencer as tentações.
Salvação, Realização, Esperança, são palavras chave que definem o renascimento, passando o cristão a ansiar pela Segunda vinda de Cristo. Ele tem a certeza da vida eterna através de Jesus. Nada mais o amedronta.
Isto quer dizer que quando temos a certeza de sermos filhos de Deus (e essa certeza nos é dada pelo Espírito Santo quando recebemos Jesus em nosso coração), nos sentimos plenamente realizados, não nos faltando mais nada.
Muitas coisa eu poderia ter falado a você, diretamente, se o seu coração estivesse aberto à palavra de Deus. Da mesma maneira que falamos com Deus em oração Ele nos fala através da sua palavra. É maravilhoso termos a oportunidade de, a qualquer hora, abrirmos esse livro maravilhoso, e termos Deus nos falando pessoalmente. Como estou falando com você, embora já não exista mais em sua vida.
Quero deixar bem claro, porém, que não há o mais leve ressentimento de minha parte e o meu desejo é que você realize-se naquilo que deseja. Tenho, entretanto, que adverti-la que nunca encontrará essa realização buscando-a em coisas materiais.. O de que mais precisamos, na vida, é amor, e amor não é material. E somente o amor poderá nos trazer compreensão e paz que nos levará à satisfação íntima, quando sentiremos que tudo está fervilhando ao nosso redor, mas sentimos a presença de Deus e de seu Santo Espírito dentro de nós. Tenho fé inabalável no grandioso poder de Deus e tenho a certeza que se for de Sua vontade milagres poderão ocorrer e o convívio que não conseguimos manter como esposos possa acontecer como irmãos. Sim, porque justamente aí está o nosso erro! Não importa o relacionamento na base de marido-mulher; filho-pai; genro ou nora- sogra, ou entre parentes. Antes de tudo deveríamos transformarmos esses relacionamentos como o de verdadeiros irmãos.
"Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor" Jó 1:21.
Jó perdeu tudo mas não perdeu a esperança nem a fé em Deus. No âmago do seu sofrimento, embora vivendo 1000 anos antes de Cristo ele exclamou: "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra." Jó 19:25.
Nós podemos ter muito mais esperança, pois eis que o Redentor Jesus Cristo já veio ha quase dois mil anos, e derramou o seu sangue para que nós tivéssemos vida eterna.
Quando eu morrer tenho a certeza que serei recebido pelo Senhor. Não pelos meus méritos, pois que sou pecador e jamais me libertaria da condenação eterna se não fosse pelo que Jesus fez por mim pelo mandato de Deus. Tenho a certeza porque Jesus falou: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." João 5:24.
Gostaria que você, também, tomasse uma decisão real junto a Cristo para que naquele dia pudéssemos estar juntos cantando louvores ao Senhor. Já que não pudemos fazer, juntos, aqui.
Muito tenho orado por isso e muito tenho pedido a outras pessoas para que orem por você.
Dizem que as nossas orações nunca se apagam da mente de Deus e, embora nós possamos desaparecer finalmente Ele determinará o atendimento. Muitas mães oram pelos filhos e quando morrem muitas pessoas acreditam não ter valido à pena mas elas continuam registradas na mente Divina.
Existe, ainda, outra esperança: Quando o apóstolo Paulo e seu discípulo Silas, encontravam-se presos no cárcere de Filipos, cantavam, já à meia-noite, hinos de louvores ao Senhor Jesus, e os outros presos escutavam:
E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram e logo abriram-se todas as portas e foram soltas as prisões de todos.
E acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis matar-se cuidando que os presos já tinham fugido.
Mas Paulo clamou com grande voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.
E pedindo a luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
E tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
Eles disseram: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa." Atos 16:26-31.
Tudo isto que estou falando, porém, por si só de nada adiantaria, não fosse a promessa que Deus inseriu em sua palavra no livro de Isaias, capítulo 55, versículo 10,11:
"Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não torna, mas rega a terra, e faz produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come.
Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará vazia para mim, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei..
No livro de Salmos, capítulo 119, que fala da lei de Deus diz, versículo 11: "Escondi a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti; 18: Desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei; 105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho. 130: A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símpleces. 15l: Tu estás perto, ó Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade.

Outra jóia preciosa é o Salmo 12l:
"Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?
O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.
Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará;
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.
O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra a tua direita.
O Sol não te molestará de dia nem a lua de noite.
O Senhor te guardará de todo o mal; Ele guardará a tua alma.
O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para todo o sempre.

Salmo 127:
Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade em vão vigia a sentinela.
Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá Ele aos seus amados o sono.
Eis que os filhos são herança do Senhor e o fruto do ventre o seu galardão.
Como flecha nas mãos do valente, assim são os filhos da mocidade.
Bem aventurado o homem que enche deles a sua aljava, não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

Salmo 139:23 "Sonda-me, ó Deus e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos."

Salmo 23:
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos; guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias..

"Pus diante de ti a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe pois a vida para que vivas. Deuteronômio 30:19.
Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui o dia da Salvação. II Corintios 6:2.
Crê no Senhor Jesus e serás salvo. Atos 16:31."

O que a minha presença não conseguiu fazer por você nestes tantos anos espero que consiga realizar agora, fazendo aquilo que a fará feliz.
Repito, porém, cuidado na escolha porque poderá decepcionar-se mais..

Jacira leu aquele longo "Sermão" e começou a relembrar de quantas vezes havia ouvido aquelas palavras, não lhe dando atenção!
Agora tudo aquilo parecia soar de maneira diferente. Aquelas palavras penetravam em seu ser e começava a entender tudo que não soubera perceber quando o marido lhe falava das maravilhas que era crer em Jesus e ter a certeza da vida eterna. Uma vida de paz junto a Deus!
Considerava, àquele tempo, tudo bobagens. Voltava no tempo e percebia quanto tempo havia perdido! Tempo em que poderia usufruir daquela vida de paz e segurança em um Deus verdadeiro! O quanto poderia ter sido feliz vivendo uma vida diferente com seu marido. Sentia um profundo vazio dentro de si! Imaginava , sonhava com tudo aquilo mas a realidade agora era outra, estava irremediavelmente sozinha!
Aos poucos, depois de repetir várias vezes a leitura daquele último sermão que seu marido lhe deixara como uma herança, herança bendita, foi sendo tomada por uma paz e tranqüilidade e passou a compreender que nem tudo estava perdido. Na verdade não estava sozinha! Estava na melhor companhia que se pudesse almejar! Confiava, agora, naquele Jesus maravilhoso que havia dado a sua vida, o seu sangue, por possuir um grande amor pela humanidade. Acreditava que poderia transformar-se e ser de fato uma nova criatura e que um dia poderia estar novamente com as pessoas a quem amou, inclusive com o marido, para continuarem aquilo que a incompreensão os havia impedido de fazer. . .
Cheia de animo, com um largo sorriso nos lábios, beijou aquelas folhas de papel e bendisse ao seu querido Eugênio, que não desistira de alcança-la, mesmo depois da morte. Acreditava que aquelas orações que seu marido fizera pela sua conversão, ficaram, de fato, na mente de Deus!
Jamais poderia refazer o passado, mas estenderia a sua ação para o futuro. Tinha muitas pessoas a quem amava e que não gostaria que se perdessem! Desenvolveria um trabalho para alcançar aos seus filhos, aos seus netos, aos vizinhos. Agora que sentia-se salva por Jesus compreendia a insistência de seu marido em querer impingir-lhe o evangelho. Haviam muitas vidas a serem salvas!
Ajoelhou-se ali e agradeceu a Deus por não ter desistido de salvá-la, e fez um propósito de iniciar, imediatamente, a buscar os perdidos, contando a sua história, levando às outras pessoas aquele "Último Sermão" Sermão abençoado!.


O B S E R V A N D O!

28/11/1.997

Quando era funcionário da Ligth & Power (hoje EletroPaulo), na hora do almoço ficava em frente ao escritório da empresa, na Praça Ramos de Azevedo, e observava as pessoas que passavam. Não sei se alguém já fez isso, é um exercício de observação surpreendente! Ali, do meu posto de observação ficava comparando orelhas, narizes, bocas, cabelo, testas, olhos e muitas vezes me colocava a rir sozinho pelos contrastes apresentados. Cada pessoa tem um tipo de nariz, boca ou outro órgão qualquer, completamente adaptado ao seu todo visual. As fisionomias as mais variadas indicavam o grau de concentração e imaginava o que cada um estaria pensando lá no fundo do seu ser.
Em um lugar de muito movimento, onde todos passam, cruzam com um número enorme de pessoas e todas estão alheias ao que se passa ao seu redor. Cada um remói os seus problemas, as suas aspirações, os sonhos que idealizam para fazê-las felizes indiferente para o que os seus semelhantes estão passando, dificultando a comunicação que seria um caminho, talvez mais curto, para que pudessem realizar-se. Porque o homem, como ser social que é, só encontra o equilíbrio na companhia dos seus semelhantes. Precisaria que fossem eliminados os preconceitos, sufocado o egoísmo, e crescesse o amor, para que todos encontrassem-se como uma grande família. Porem o homem isola-se dentro de si mesmo, deixando de doar-se a si mesmo, esperando que alguém venha dar-lhe algo. Essa doação de algo não preenche o vazio da frustração que habita no interior de todos nós. Quando nos doamos, aí sim, conseguimos preencher os espaços vazios de nosso ser e caminhamos ao encontro da verdadeira felicidade. No desencontro em que nos colocamos ignorando a presença dos que nos rodeiam, deixamos de encontrar tantas almas que nos são gêmeas e poderiam fazer parte de uma família gigantesca que poderia vencer os obstáculos que freqüentemente encontramos em nosso caminho.
Coisa completamente diferente ocorre na Internet, onde as pessoas encontram-se sem preconceito e mesmo sem conhecer as qualidades e as origens dos novos amigos que apresentam a cada instante, abrem-se para receber e para dar as suas entranhas, no desejo de satisfazer as frustrações plantadas pelas vicissitudes da vida. Ali nos encontramos, anônimos mas abertos, sem fazermos restrição a ninguém comunicando-nos em um nível de igualdade que estabelece desde o início um contato que proporciona prazer a todos os participantes; ninguém sabe quem é quem e um médico, um advogado, um alto executivo, conversam livremente com uma pessoa menos letrada, importando unicamente a relação em si e o que cada um tem a transferir ao outro, beneficiando-se ambas as partes pelo diálogo que transcorre sem restrições. Outro seria o procedimento, muitas vezes, se essas mesmas pessoas encontrassem-se em outro ambiente e outras circunstâncias, pois presenciamos, no transito constante das avenidas, pessoas ignorarem-se sem avaliarem que poderiam, umas às outras, proporcionarem muito aprendizado, cada um oferecendo o melhor de sua vivência em experiências de vida.
Seria muito útil que reflexionássemos sobre isso, e aprendêssemos a valorizar as pessoas pelo que na verdade elas são, e não julgarmos segundo o nosso conceito, rotulando, inadvertidamente pessoas que simplesmente são diferentes de nós.


O L H A N D O O I N T E R I O R

11/10/1.997




Esmeralda é uma jovem psicóloga que conheci a uns seis meses, através do chat do UOL - Universo Online. O interessante desse nosso relacionamento foi que não a conheci no Brasil, mesmo que eu nunca haja saído daqui. Ela estava na Califórnia USA participando de um curso de aperfeiçoamento e , morta de saudade do Brasil, tendo uma oportunidade na universidade em que estava estagiando, ligou-se na Internet e contatou o UOL, ao mesmo tempo que eu o fazia, e encontramo-nos na sala 2305.
A sua emoção foi imensa quando conseguiu através desse milagre da tecnologia fazer contato com pessoas que falavam o seu idioma. Foi um longo papo, troca de idéias e de ideais que nos aproximaram em um momento tão importante para ela e também para mim, pois conversar com essa jovem foi uma experiência rica, tal a sua clareza de
raciocínio, a sua intelectualidade apurada, inteligência brilhante.
Por intermédio dela fui instruído nas profundezas do inconsciente, aprendendo a analisar com muito maior propriedade, tanto aos personagens que tenho criado, como aquelas pessoas com quem tenho me relacionado, dentro e fora da Internet. Por suas descrições, em nossas conversas que passaram a ser diárias, durante o período em que ela ainda passou nos USA, tive a oportunidade de conhecer o pensamento americano, o tipo de vida que eles levam, muito superior ao nosso, mas com tantas dificuldades como as do nosso povo. Se bem que o ganho é maior, para uma formação superior de seu povo, não há lugar para todos e mesmo aqueles que conseguem uma formação universitária, muitas vezes tem de submeter-se a trabalhos aquém de suas capacidades. Aprendi, também que, em qualquer lugar em que estivermos, longe de nossa pátria, sentiremos um vazio difícil de ser preenchido, a não ser com o contato direto com os nossos irmãos de uma pátria comum. Aprendi que no seio de qualquer povo existem tanto as falhas de caráter, como o ódio, a inveja, o orgulho e o egoísmo, como em maior quantidade poderemos encontrar o amor, a solidariedade que une as pessoas como verdadeiros irmãos de uma pátria universal. Que longe de nossos entes queridos, mesmo que não tenhamos convivido tão pacificamente com eles, a saudade dói em nosso peito e somos capazes de nos transformarmos em seres muito melhores para que no reencontro possamos saciar a nossa sede de amor, de compreensão e apertarmos junto ao nosso peito aqueles a quem nós considerávamos indiferentes. E tantas outras coisas, que solidificaram uma amizade fraterna que mesmo que o tempo passe jamais conseguiremos esquecer ou vermos enfraquecer.
Quando Esmeralda terminou o seu curso, voltou para o Brasil e passamos a nos correspondermos por cartas e através de E-Mail's e posteriormente por telefone, esperando a oportunidade de nos conhecermos pessoalmente. Mas o tempo tem passado e ainda não conseguimos esse encontro que tanto desejamos, para aprofundarmos mais a nossa amizade. E a razão transpareceu, depois de diversas vezes em que marcamos e o compromisso foi desfeito à última hora, por desculpas as mais diversas. Até que na última vez em que Esmeralda pretendeu desmarcar o nosso encontro insisti para saber qual o motivo real de seus diversas escusas, e ela muito reticente tentou explicar:
- Há seis meses que nos conhecemos . . .e temos . . .mantido um relacionamento sensacional, que tem sido um grande incentivo para mim . . . eu que tinha tantas dúvidas em minha vida, através de nossos papos . . .posso dizer que amadureci muito . . . e considero que nossa amizade . . . que praticamente nasceu virtual . . . deveria continuar assim, porque o nosso encontro poderá trazer-nos decepções, frustrações . . .
- Mas por que? Se nos relacionamos tão bem durante todo esse tempo, se já nos conhecemos, praticamente até com intimidade, pois nos conhecemos muito melhor do que duas pessoas que encontram-se freqüentemente, o que poderia modificar isso? Não concordo, de maneira nenhuma com as suas preocupações! Me diga, de que você tem receio? Eu a considero uma pessoa maravilhosa! E digo mais, nunca encontrei pessoa alguma que tivesse tanta afinidade comigo, e desejo conhecê-la, e tenho a certeza que jamais me frustrarei com você.
Ela titubeante . . . me disse
- É . . . que . . . eu sou negra . . .
- Por dentro ou por fora? Eu perguntei imediatamente - Porque o que pude conhecer até hoje, à distancia, quando unicamente analisamos o interior das pessoas, foi só claridade, não percebi nada de negro em nenhum recanto de seu verdadeiro ser . . .Será que você não me analisou da mesma maneira, para pensar que esse detalhe poderia fazer diferença em nossa amizade . . . acho, Esmeralda, que bem dentro de você está arraigado o preconceito da raça . . que acha importante o que as outras pessoas acham . . . e não vivem de acordo com as suas próprias convicções. Ter a pele negra, para mim, não quer dizer nada; de maneira nenhuma eu analisaria as qualidades de uma pessoa pela cor de sua pele e sim pelas qualidades interiores, e essas, eu tenho certeza que são de ótima qualidade, portanto não aceitarei mais outra desculpa e teremos de nos encontrar na data marcada.
Meus caros leitores, existem muitos tipos de discriminação, contra os negros, contra os judeus, contra as mulheres, contra os pobres e todos eles são alimentados por más qualidades de caráter, visto que o que diferencia os seres humanos não é a exterioridade e sim aquilo que podemos observar por suas condutas morais.
O certo é que consegui convencer Esmeralda de que deveremos nos encontrar e tenho a certeza que desse encontro me advirá grande satisfação e que a nossa amizade se consolidará . . .
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P A R T I C I P A Ç Ã O R E S P O N S Á V E L

29/08/1.997


Qual a atitude que deverá ser tomada por aqueles que desejam entrar na Internet e relacionar-se com o mundo?
Achamos que o ingresso na Internet deverá ser encarado com seriedade para que também possamos exigir seriedade daqueles com quem vamos compartilhar esse maravilhoso veículo de comunicação.
Para começar, pensamos que a pessoa que deseja uma troca justa deverá assumir uma atitude de responsabilidade perante o órgão de comunicação que cresce a cada dia e tem condições de proporcionar-nos muitos benefícios. Não há, a nosso ver, porque usarmos outro nome, que não seja aquele por que somos conhecidos e pelo qual poderemos ser identificados. Em que pese a desculpa de que usam-se nomes fictícios para assegurar uma certa proteção, não julgamos isso válido, em razão de considerarmos que, quem deseja usar o veículo com os propósitos apropriados não precisará manter-se incógnito.
Quando passo a usar os recursos da Internet colocando nesse contato o meu nome verdadeiro, estarei assumindo uma responsabilidade de usa-los para fins lícitos e proveitosos para toda a comunidade. Somente quando pairar alguma intenção que poderá ser desmerecedora para a minha reputação é que terei de esconder-me em pseudônimo que me acobertará dessas possíveis atitudes .
Demos um passeio pela Internet e verifiquemos se pessoas que apresentam trabalhos proveitosos e verdadeiros não estão vinculadas com os seus próprios nomes, registrados e aprovados; sendo isso uma característica abonadora que irá resultar em prestigio para a empresa ou pessoa envolvida.
Aqueles, na mente de quem perpassa intenções menos éticas fatalmente terão de declinar os seus próprios nomes e esconder-se em dissimulações para acobertarem-se de ações, pelas quais poderão ser responsabilizados.
Vamos usar esse maravilhoso instrumento que é a Internet, valorizando cada vez mais a nossa participação, oferecendo ações éticas e construtivas, dentro de uma responsabilidade assumida, para que possamos assistir ao crescimento das comunicações mundiais entre as pessoas, entre as nações, para que estejamos contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e mais humana.
Você, que entrou na Internet pela porta dos fundos, receoso de ser identificado, mude a sua atitude e assome a porta da frente, com responsabilidade, e junte-se àqueles que de fato desejam o melhor para os seus semelhantes. Você que vai entrar na Internet, entre pela porta da frente, identificando-se, assumindo a responsabilidade pelos atos que praticar.


P E N S A M E N T O S



A surdez aos apelos de um coração apaixonado indica a insensibilidade
da alma.
Segredo


O segredo que guardo no peito
Em meio a pedreiras de sentimentos
É preciso que tenha um jeito
De um dia se revelar.

No silêncio ele machuca
Anulando os preceitos
De um amor fraternal
Criando paixão sem igual.

Por que criamos o sofrimento
Em vez de anseios de ventura
Que grita em nosso interior
Que o amor é para vencer?

Oh! Amargura sem fim
Começo do amanhã
Estrada que não termina
E hoje enfrenta o faim.

Quisera ser garimpado
Por quem me haja amado
Para que fosse encontrado
O diamante de um grande amor!

P I A D A S



O velhinho chega na farmácia e pergunta ao balconista:
- Você tem um remédio para calos que seja mais ou menos?
- Aqui nós não temos nada mais ou menos; por que o Sr. deseja um calicida mais ou menos?
- É que desejo tirar só o calo, pretendo conservar o pé.



Um Senhor de idade bem avançada passou por perto de uma jovem muito bonita, e depois de soltar um profundo suspiro disse:
- Você tem o perfume da natureza, sinto o exalar de morangos e cerejas!
- A jovem em tom de gozação exclamou:
- Ei, vovô, não vai querer me comer não é?
- Como prato principal seria um tanto indigesto, mas como uma sobremesa "ligth" bem que estou precisando.


Genivaldo andava de olho naquela "boa" que vendia produtos lácticos no prédio onde morava; era uma morena de tirar o chapéu, corpo escultural, cabelos louros, olhos entre o verde e o azul, lábios carnudos que convidavam a entregar-se a uma aventura.
Naquele dia ele observava, de seu apartamento, quando sua esposa passava pelo pátio a caminho de sua aula de ginástica, e cruzou com aquele fruto de seus desejos.
Quinze minutos depois tocava a campainha e ele olhando pelo visor estremeceu ao reconhecer a vendedora. Abriu a porta do jeito que estava, de cuecas e regata e arriscou: "O que é que você tem a me oferecer, alem de produtos lácticos?
A jovem, já adentrando disse, "se você for camarada, tenho muitas prendas.
Genivaldo não se fez de rogado, fechou a porta e já tascou um beijo naquela boca cheia de feitiço; encaminhou-a para o sofá e não teve dificuldade em puxar a calcinha que já estava quase à mão, dada a insignificância da mini-saia.
Nessa hora, lembrou, e disse: Ih! Não tenho camisinha!
A jovem, puxando a bolsa disse que ela tinha, e tirou uma mão cheia de preservativos.
Genivaldo ai começou a lembrar em aids, sífilis, promiscuidade, adultério, e a bandeira que estava festejando um feriado nacional foi arreada a meio pau ; a antena arreou e o rádio começou a dar estática e ele , meio sem jeito, abriu a carteira, tirou uma nota de dez reais e dando-a a moça disse:
É para pagar o trabalho de você vestir a calcinha!
Moral da história "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará." (Hebreus 13:4)


O novato em computação pergunta ao "Expert".
Como é mesmo aquilo que a gente faz no disco rígido . . .para juntar os pedacinhos dos arquivos?
- Ah! Sim! É "desfragmentar".
- Hi! Eu apertei "Deletar!!!!!



P S I C O S E


05/12/1.997



Sempre apresentou um comportamento instável, dando demonstração de que a sua saúde mental não era equilibrada; cultivava uma infinidade de manias que impediam o seu relacionamento com outras pessoas. Para ela não existia ninguém, a não ser ela mesma, merecedora de confiança, achava que por trás de todo o sorriso e amabilidade residia uma intenção maldosa. Em seu procedimento doentio não percebia que o que existia era uma auto projeção daquelas anomalias que o seu espírito doentio alimentava. Acrescia a tudo isso uma inveja exagerada que não permitia-lhe contemplar a felicidade de alguém sem que desejasse para ela aquele bem. Não que o desejo em si fosse negativo mas o era a sua intenção de desejar que a outra pessoa fosse destituída do que havia conseguido, pois julgava uma agressão à sua pessoa qualquer situação que beneficiasse algum semelhante.
Quando jovem sempre procurava insinuar-se entre as colegas e seus respectivos namorados, insuflando o seu veneno peçonhento a fim de desfazer qualquer elo amoroso. Nesses casos tanto alimentava inveja por não conseguir atrair a atenção dos jovens que viam nela um ser desprezível como de suas colegas que com a meiguice que lhes era peculiar alcançavam a admiração dos rapazes. Isso afastava as colegas definitivamente!
Quando as jovens de sua cidade resolveram sair dali para tentar a sorte em outros lugares, a inveja quase a matou por desejar para ela o sucesso que as amigas faziam; a ponto de deslocar-se, também, para os mesmos lugares a fim de concorrer de qualquer forma para suplantar as colegas. E usava de intrigas e outros expedientes escusos para alcançar o seu objetivo. O resultado foi que acabava sozinha resultando em ter de voltar para trás e reiniciar as suas lutas.
Sozinha, acabou por transferir-se para uma cidade grande a fim de tentar a sorte, ali conheceu alguém que não a conhecendo por ela apaixonou-se e vieram a casar-se iniciando uma vida nova, onde, logo de início se revelou, devotando um ódio de morte contra a família do rapaz que a tratavam com dignidade. Passou a tecer o seu ódio para afastar o seu consorte da família, pois não admitia que ele pudesse ter consideração, também, por outras pessoas. Os parentes afastaram-se, os amigos distanciaram-se e ela passou a dominar o ambiente, cerceando, pelo seu comportamento, todo o relacionamento anterior. Estabeleceu o seu domínio total!
Depois vieram os filhos, que tiveram de conviver com esse ambiente negativo, pois passou a criar dificuldades para o relacionamento do pai com os filhos e dos filhos entre si, seguindo a filosofia do dividir para reinar. Chegando a realizar uma verdadeira chantagem emocional com a finalidade de dominar o ambiente.
Os filhos acabaram por tomar os seus rumos, ou saindo de casa, ou casando-se, para livrarem-se de uma situação que os constrangia à infelicidade.
Finalmente reinou absoluta, tomando posse da personalidade do esposo a quem havia reprimido por todos aqueles anos, impondo-lhe restrições no relacionamento e negando-se também ela a doar-se de si porque somente desejava que os outros se doassem a ela.
Quando as pessoas são jovens e principalmente tem a responsabilidade de estabelecer um equilíbrio no relacionamento de outros que estão aos seus cuidados, geralmente submetem-se a pressões de toda sorte, porque nesses momentos o principal será preservar a integridade psicológica das pessoas a quem ama. Ultrapassada essa fase as coisas transformam-se porque desaparecem as oportunidades de exercer pressões e aquele relacionamento doentio perde o poder em razão de não haver mais pessoas a serem prejudicadas com o seu procedimento. Aí, aquela união que não foi estabelecida e não teve o seu desenvolvimento em amor e sim foi dominado pelo egoísmo, pela inveja, criando uma concorrência onde não era passível dela existir, desfaz-se porque os laços eram frouxos e não baseados no amor e no respeito mútuo, e começam a desencadear-se as conseqüências .
Quando não existem elementos com os quais estabelecer pressões os déspotas perdem o poder e a luta passa a ser de igual para igual e vence quem tiver maior inteligência, mais qualidades de caráter. Os que procuraram orientar os acontecimentos ao seu bél prazer para satisfazer os seus motivos escusos acabam por perder o poder ficando sozinhos, curtindo a solidão exterior e interior, desencadeando-se um processo degenerativo da mente comprometendo a sanidade mental. Interiorizam-se e passam a tramar no subconsciente aquilo que não mais conseguem estabelecer na vida real. Essa situação as leva a isolar-se do mundo e a viverem as suas fantasias doentias dentro de si mesmas isoladas de tudo que as cerca. Ninguém poderá viver assim porque o homem é um ser social e jamais será feliz no isolamento.
É nessa situação que encontramos Mercêdes, voltada para dentro de si mesma, julgando-se injustiçada por todos, remoendo as sua infelicidade construída por ela mesma.
"Todos me abandonaram, eu que sempre trabalhei e me matei para satisfazer as necessidades de todos, agora sou jogada no lixo como uma coisa que não presta. São todos ingratos" Eu sofri, fiz tudo, agora sou eu que não presto! Ele (referindo-se ao marido) sai, se diverte não quer mais nada comigo, deve ter outra, lá fora, alguma vagabunda! porque não fica mais em casa agora? É porque deve ter outra, essas peruas! Eu acabo matando esse desgraçado, é isso que ele merece, não liga para mim, não para em casa é só na rua. Qualquer dia vou colocar algum remédio na sua comida e pronto; se não gosta de mim também que morra; hahaha! Já coloquei remédio para ele dormir e perder a hora de ir aos lugares, e ele nem desconfia; poderia colocar veneno na comida; se ele não gosta de mim então que vá para o inferno, não vai ser de mais ninguém! Essas peruas devem estar tirando o dinheiro dele, é burro pensa que elas gostam dele, mas só querem o dinheiro! Eu é que me acabo, estou doente e ele nem liga. Não vou me incomodar mais, ele que faça o serviço, ele que faça a comida se quiser comer. Não me importo, eu não como mesmo! Os filhos também não ligam comigo, com o pai eles conversam sempre tem assunto, eu não, eu só para trabalhar, me matar. Também, não me incomodo, não querem falar comigo, é tudo o pai, que fiquem com ele."
Essa ladainha se repetia continuamente, já não mais interiormente mas audível, soando como um murmúrio sem fim naquela cabeça que já não respondia aos procedimentos normais e enveredava-se cada vez mais fundo na inconsciência, sem existir nada que se pudesse fazer, porque o egoísmo tomara conta daquela vida, a inveja pela felicidade dos outros apresentava-se como uma agressão àquela mente doentia. Interessante é que ela projetava tudo aquilo que passava-se consigo mesma nas outras pessoas, analisando os personagens negativos nas novelas que assistia colocando nas pessoas conhecidas aquilo que julgava negativo.
Até quando! Até quando continuaria aquele desabafar solitário, derramando o ódio que construiu durante toda a sua vida!
Até quando continuaria essa deterioração mental, sem perceber que as pessoas que a rodeavam a amavam, apesar de suas qualidades negativas, unicamente não poderiam conformar-se com a sua maneira de ser, que tentava isolar, aquelas pessoas, que também amava ao seu modo, de todos que se aproximavam. Infeliz vida daqueles que desejam tudo para si e negam que os outros possam alcançar a felicidade!
Meu Deus, que usas a misericórdia para com todos os teus filhos, compadece-te dessa alma torturada!



Q U E B R A D O M I T O



10/12/1.997



Já tenho mencionado muito a palavra mito; ela é, praticamente, a representação fantasiosa ou irreal de algum ser ou alguma coisa. Confúcio disse que "se desejarmos conhecer o futuro teremos de estudar o passado", portanto se desejarmos entender porque existe um mito em nossa imaginação teremos de sondar tudo aquilo que vivemos, desde antes de nosso nascimento até o presente. Muitos dirão que não abrigam um mito dentro de si, mas se fizerem essa investigação o mais pormenorizadamente possível, chegarão à realidade de sua existência e que a sua vida tem sido regida, não pela realidade e sim por esse intruso que é uma criação alimentada pelos nossos medos, nossos ideais, nossas frustrações, nossas aspirações.
Quando nos encontrávamos no útero de nossa mãe e sentíamos o conforto daquele lugar que nos resguardava de todos os perigos já o elegíamos como um lugar ideal; aí nascia o mito, no qual iriam sendo incorporados outros detalhes no transcorrer dos tempos.
Ao nascermos e sermos alimentados aos seios de nossa mãe acrescíamos mais um detalhe em nosso protótipo, o do seio e do alimento ideal para a nossa nutrição, posteriormente, quando adultos iríamos eleger outro busto que aperfeiçoaria aquele nosso primeiro companheiro.
Caminhando pela vida passamos a presenciar atitudes e sentimentos por nós consideradas como ideais mas que infelizmente não haviam sido tomadas de uma única pessoa, mas catalogamos todas elas como preciosas para fazerem parte do boneco que estávamos construído e que acrescido de todas elas tornava-se em uma figura que jamais existira ou existiria em lugar algum. Ali havia bondade, compreensão, amor, simpatia, paz, mansidão, temperança que poderiam contribuir para a nossa felicidade.
Terminada a compilação psicológica, passamos à incorporação dos aspectos físicos, quando escolhemos as mais bonitas pernas que pudéssemos classificar, altura e peso ideais, olhos de um colorido e expressão apaixonantes, e demais detalhes que compõe as exigências para a eleição de uma "miss".
Selecionamos os mais apurados tipos de conduta que poderiam imaginar para completar a construção dessa deusa maravilhosa e a elegemos como sendo a candidata a ser a companheira para toda a nossa vida.
De posse dessa imagem mitológica, que para nós representava o sapato encantado da "Cinderela", saímos pelos palácios imaginários a procurar a jovem em quem servisse aquilo que construímos com tanta dedicação. Não a encontramos, é claro, pois semelhante criatura só existia em nossa imaginação!
O resultado dessa procura só poderia resultar em frustração, porque aquela figura ideal não existia de fato, era simplesmente um amontoado de qualidades esparsas que não pertenciam a ninguém e por isso mesmo não possuíam existência real. Era unicamente um mito fabricado pela nossa imaginação imatura que enquanto assim persistisse jamais teria a capacidade de construir uma união sólida com alguém.
Se analisassem, também, as nossas qualidades, de acordo com esses parâmetros, jamais seríamos adotados como companheiro de quem quer que seja!
Aí apresenta-se a necessidade de amadurecermos e abandonarmos os nossos mitos, para que assim possamos passar a ser um companheiro, não perfeito, que poderá construir os seus ideais com alguém quase perfeito. É através da união de duas personalidades, labutando nos dia a dia da vida, enfrentando incompreensão e frustrações, lidando, ombro a ombro com as dificuldades, conseguindo transpor obstáculos, que irá sendo forjado o companheirismo, a cumplicidade que apertam os laços daqueles que desejam encontrar o amor juntos. Não um amor fácil, e sim aquele que consolida essa união para torna-la indestrutível.


S E X O E X P R E S S I V O



08/10/1.993





O sexo é um assunto que ocupa a atenção das pessoas em geral, até daquelas que não ousam falar dele, presas a tabus que lhes tolhe a vontade. Inúmeros tratados tem sido escritos, que vão desvendando segredos recalcados no íntimo das pessoas. Isso poderia, hoje, tornar-nos catedráticos no assunto não fora um pequeno detalhe: A Sexualidade de uma pessoa é única e completamente distinta das demais.
É claro que o estudo do que já foi pesquisado e experimentado nos tornará mais aptos a uma análise amadurecida do nosso caso em particular, para podermos enveredar por um caminho que nos levará ao auto-conhecimento e à realização de tudo aquilo que necessitamos para a nossa felicidade. Quando eu alcançar o pleno conhecimento do que seja o conjunto de atitudes que formam o meu perfil sexual poderei tentar um relacionamento afetivo que, se bem sucedido, resultará na complementação de algo que será o ápice do amor. Ai poderemos entender que jamais poderá haver um encaminhamento inverso, pois se iniciarmos a ligação através do relacionamento físico, não chegaremos à satisfação plena; neste caso haverá unicamente uma simples descarga de energia física da qual advirá a frustração.
O amor nasce pelo olhar que desperta a atenção e a intenção; a tonalidade da voz revela a emoção interior e o toque comprova a compatibilidade dessa emoção. A partir dai inicia-se a investigação das individualidades que serão compatíveis ou não o que abrirá a oportunidade para o estreitamento de relação. O comportamento afetuoso irá estreitando os laços que também serão influenciados pelas pessoas que cercam os interessados e os ajudarão ou serão agentes de impedimento. Consolidados todos os passos estarão os parceiros prontos para a relação que não mais será um ato físico e sim envolverá todo o ser, moral, intelectual, emocional e psicológico, em um perfeito entrosamento para criar vida que é o objetivo final.


S O N H O



06/02/1.994






O lugar que penetrei, em sonho, parecia uma enorme catedral; tive a intuição,
naquele momento, que se tratava da basílica de São Pedro, no Vaticano. Penetrei em uma dependência onde, em enormes prateleiras, estavam empilhadas uma grande quantidade de telas, pintadas com uma perfeição sem igual, apresentando figuras de santos. A cor predominante era o vermelho e deu-me a impressão que haviam sido pintadas com sangue.
Fui examinando as telas, levantando, uma a uma, e reconhecendo as figuras de Cristo, São Pedro e . . . não consegui prosseguir, quando deparei com uma figura que não conhecia mas que minha mente afirmava : São Bartholomeu!
Esse é mais um dos tantos sonhos que tenho tido e que não consigo decifrar.
Será que os sonhos, em geral, encerram alguma mensagem?
Creio que sim, eles sempre terão algum significado, embora escape-nos à compreensão, pela nossa incapacidade. Afinal, muitos dos sonhos que tive e que no momentos não consegui alcançar o significado, depois se comprovaram como mensagens claras de fatos que vieram a acontecer, quando, então, pude compreender, claramente, as mensagens que encerravam.
U M A C A R R E I R A B R I L H A N T E

06/12/1.997

Eu residia À Rua Voluntário Delmiro Sampaio, em Santo Amaro, teria, na ocasião, cerca de nove anos. Bem no meio da entre minha casa e a de minha avó adotiva (Esta era filha de Adolfo Pinheiro, patrono da Avenida, de quem minha bisavó fora escrava) residia um advogado, pessoa de alta posição social e um valor humano extraordinário. Tinha , parece-me, àquele tempo, três filhos, o mais jovem não me lembro o nome, a do meio, se não me engano, chamava-se Regina, e o outro que é o alvo de nossa atenção teria mais ou menos a minha idade.
Quase sempre, quando passava em frente à sua casa costumava parar e conversar com ele, que colocava-se trepado no muro em frente a residência. Certo dia, lembro-me ainda, ao parar para conversar com ele, o mesmo havia construído uma espécie de máscara de barro, sobre o pilar do muro e disse-me, este é o Luiz Carlos, ele brigou comigo (Luiz Carlos era filho do médico sanitarista local, e a "briga" não deveria passar de simples desentendimento que deve ter sido resolvido amigavelmente nos dias posteriores) e eu o estou esmurrando - e seguindo as palavras com a ação, socava aquela máscara de barro. O suposto desafeto que residia em um sobrado nas imediações, de uma janela dos fundos de sua casa assistia à cena talvez sem saber, à distância, o que estaria acontecendo.
Logo depois a família mudou-se dali e passei muitos anos sem sequer saber noticias, quando em uma manhã de Domingo ao descer do ônibus na Avenida 9 de Julho, próximo à Rua Avanhandava, encontro esse mesmo jovem às voltas com um problema. Alguém havia batido em seu automóvel, parece-me que era um Fordinho Prefect, e ele esperava a polícia para que fosse feito o boletim de ocorrência. Reconheceu-me e trocamos algumas palavras rápidas, em razão de eu estar em cima do horário de entrar no trabalho, que era na Rua Augusta. Nesses rápidos momentos me falou que havia seguido a carreira teatral e que estava saindo-se muito bem.
Procurei, daí em diante inteirar-me de sua carreira e pude orgulhar-me da evolução crescente que sofria, conquistando os mais altos prêmios da categoria, interpretando textos dos autores mundiais mais consagrados. O seu sucesso no cinema também foi apreciável até conquistar a televisão interpretando tipos marcantes que lhe deram a consagração definitiva.
É interessante como nos escapa à capacidade, prevermos o que será, no futuro, um jovem que conhecemos e quando assistimos o mesmo seguir uma trajetória brilhante mesmo que nós tenhamos ficado no anonimato, sentimo-nos orgulhosos e felizes pela vitória por ele alcançada. É assim que me sinto hoje ao comentar episódios que talvez nem estejam gravados na lembrança desse ídolo que tanto tem encantado o teatro, a televisão, a ponto de sua fama projetar-se internacionalmente. Mesmo assim sinto-me orgulhoso de um dia ter privado alguns momentos com o "monstro sagrado" da televisão brasileira que entre
outros personagens emocionou o público com a performance de "Berdinazzi" criando um tipo sumamente humano que emocionou o público brasileiro.
Falo-vos de Raul Cortez!


“UNKNOWN HOMOSEXUAL”

05/012/1.998


Alô, amigos!
Estas minhas incursões pela Internet não estaria completa, nesta fase, se não contasse para vocês um episódio ocorrido com um “homo enrustido”.
Esse cidadão, apresentando-se como mulher, abordava os assuntos mais esdrúxulos, dando a impressão que satisfazia-se em viver a fantasia de ser mulher.
Dentro de meu modo de pensar não é aceito esse tipo de desvio, mas mesmo assim não poderia usar de preconceito, deixando de conversar com esse personagem, que por sinal é muito inteligente e deveria ocupar o seu talento para, talvez, colocar no papel as suas reflexões que poderiam, até, transformá-lo em um escritor.
Não sou especialista no assunto mas acredito que essas pessoas devem sofrer muito, uma vez que não estão enquadradas dentro daquilo que considerariam o ideal para si. Nós todos, temos que aceitar a nossa condição econômica, social, psicológica, desde que nascemos dentro de um determinado contexto para que possamos desenvolver a nossa ação que poderá modificar os costumes e atitudes daqueles que nos cercam, para que o resultado possa beneficiar a comunidade em que estivermos integrados. Quando não aceitamos a nossa condição social, e principalmente o nosso sexo, que nos foi dado como uma ferramenta que facilitará a nossa ação ao meio estaremos perdidos. Através de nossa posição poderemos estar interagindo junto aos nossos semelhantes para ajudarmos na resolução de problemas. E senti que esse era um problema que me caberia enfrentar, razão por que me dispus a ouvir os queixumes e estórias fantasiosas desse nosso amigo que encontra-se infeliz no gênero que lhe foi imposto.
Esse “infeliz” cidadão apresentou-se-me várias vezes em cada uma delas usando um nome, sempre feminino, mas para identificá-lo usarei um único nome dos muitos que usou: Valéria.
A primeira vez apresentou-se como sendo separada do marido e desejosa de iniciar um novo relacionamento, com uma pessoa que a compreendesse porque o seu casamento havia dissolvido-se e ela com dezoito anos ficado sozinha com uma criança. Perguntei como ela com apenas essa idade poderia ter casado-se vivido algum tempo com o marido ter um filho de três anos , e já ter superado tudo isso para iniciar um novo romance. ”Ela”, desejando consertar a situação foi caindo em novas contradições e por fim alegou que o filho havia acordado e precisaria interromper a nossa conversa. Nunca mais apareceu.
Alguns dias depois aparecia o mesmo personagem, usando um outro nome, dizendo que havia lido o meu conto ”Adultério” e que apreciara-o muito; depois de algumas considerações perguntou-me “Você já traiu alguém? Em seguida contou-me que traíra o seu noivo; dizendo ter vinte anos e que tivera um caso com uma pessoa mais idosa. Quando fiz ver a ele que o que “Ela” me relatava era uma atitude incoerente declarou que havia sido muito bom! Da mesma maneira fugiu da conversa quando não conseguiu levar avante a brincadeira.
Como Alexandra conversou um longo tempo comigo dando a impressão que era uma pessoa do sexo feminino mas determinadas nuanças faziam transparecer que não era esse o seu verdadeiro sexo.
Como Juliana, apresentou-se doce como mel e cheguei a fazer-lhe uns versos no nosso primeiro encontro tendo prometido que escreveria uma página sobre “ela” em meu novo livro , o que fiz e depois que tomou conhecimento mandou-se uma carta onde simulava uma letra feminina e ainda me perguntava que tal a sua letra? Nessa missiva contava-me possuir dois amores, ambos proibidos e que precisava de ajuda para definir com qual dos dois ficaria. Escrevi-lhe que as coisas proibidas não são para serem vividas, pelo que deveria abandonar o que não lhe era conveniente e voltar-se para a formação de seu futuro.
Finalmente quando apresentou-se como Mercêdes consegui armar algumas ciladas que levaram-me a decifrar a charada e identificar o personagem que na realidade era exatamente quem eu imaginava e cheguei à conclusão que deve ser bissexual uma vez que está noivo com uma linda garota. Fiquei pensando se essa jovem tem conhecimento das preferências sexuais do seu noivo ou caminhará enganada para talvez ver frustrado o seu sonho de amor! Mas quem sou eu para julgar as pessoas; mesmo que considere errado esse modo de vida e procure fazer tudo para corrigir esse rumo enganoso, não poderei interferir naquilo que se apresenta como uma opção de vida. Lamentei tomar conhecimento desse fato mas não poderei interferir e também nunca poderei divulgar a verdadeira identidade desse pobre coitado que não soube definir realmente quem é e o que é diante da vida!
O que será que leva as pessoas desejarem ser o que não são? Até que alguma fantasia é natural no ser humano mas existem coisas que levam à aberração dos costumes e nunca poderão ser aceitos pela sociedade porque contrariam os desígnios determinados pelo Criador. Quem desejar comprovar isso será só ler o primeiro capítulo da Epístola de Paulo aos Romanos; o apóstolo é bem claro no destino daqueles que não cumprem os ensinamentos cristãos e enveredam-se por caminhos tortuosos!
Se você tem se mostrado infeliz com a situação que lhe foi conferida tome cuidado; o homem não está abandonado em um deserto onde não existem leis a seguir; elas existem e nos dão a orientação de tudo aquilo que deveremos seguir em nossas atividades e são leis sábias que tem oferecido um direcionamento racional a todos os povos em todos os tempos; quando descuidados é que tem levado a raça humana a sofrer as conseqüências de seus atos.
Da mesma maneira que, como cidadãos, teremos de obedecer às leis de nosso país se não desejarmos sofrer as punições de nossos atos, também deveremos seguir as leis e orientações decretadas pelo Criador, para que gozemos dos prêmios de sua sabedoria.

V I A J E M A O F U T U R O

01/12/1.997


Havia prometido a vocês que voltaria a falar dos acontecimentos que criaram a expectativa de uma futura viajem ao planeta Kuntias, segundo o que me comunicara Kólys, que todos conheceram como Cármino e que viveu durante aproximadamente cinquenta anos em Mococa, embora fosse tripulante de um disco que ali pousara em l.945; todos devem lembrar-se desse episódio relatado no livro "Nova Dimensão". Com aquela promessa de que viriam buscar-me para uma visita ao planeta Kúntias todos ficaram esperando novas revelações e muitos a tem cobrado. Agora já estou preparado para levar ao conhecimento dos leitores os fatos que verificaram-se posteriormente e que é de seus interesses. Antes, porem, precisaria prestar alguns esclarecimentos de fatos que se verificaram durante um largo período e que sem eu saber estavam relacionados entre si. Aqueles que já leram toda a minha obra irão reconhecendo essas partes que encontram-se esparsas nos diversos livros escritos.
Em Dezembro de 73, em uma exaltação dos sentidos elevava o meu pensamento para buscar encontrar um elo que me ligasse a uma infinidade de almas gêmeas que constituía um grupo de trabalho universal; em novembro de 74 apresentava-se-me a visão de uma menina (Teresa) que apontava para a criação de uma Comunidade de Vida e Amor para cuidar da preservação da vida e da natureza; em 1.989 formava-se um grupo que culminou com a fundação de uma entidade cultural: ALIM - Associação Literária Mocoquense que começou a estabelecer um intercâmbio com todo o Brasil e com países do exterior, esses fatos são estudados no conto "Destinos Traçados". Acresce-se a isso tudo várias poesias que, criadas de tempos em tempos, apresentavam revelações surpreendentes. De fundamental importância são as revelações por intermédio de sonhos, como aquela que revelava a ligação com um personagem bíblico, Bartholomeu, que, segundo palavras de Jesus, seria o guardião da escada revelada a Jacó, indicando o caminho para que se possa passar para outras dimensões.
Enfim, existe toda uma precedência antes de atingirmos o que passou-se posteriormente e foi relatado em "Visão do Futuro".
Os leitores são testemunhas de que os acontecimentos foram tão extraordinários que apresentavam-se de difícil crédito. Eu mesmo que os vivi, muitas vezes me colocava a pensar se seria unicamente um sonho, ou fruto da imaginação!
Feita aquela promessa de que viriam me buscar, o que gerou a apreensão se voltaria dessa aventura, após meses de insônia pela expectativa, acabei por ser tomado por uma paz extraordinária, como nunca havia experimentado antes, e aí passei a recuperar as horas de sono que havia perdido.
Certa noite, já devia estar dormindo a várias horas, minha atenção foi desperta por um ruído ensurdecedor e uma luz espetacular iluminou tudo, e vi Kólys acompanhado de um outro personagem que já havia visto em sonho.
Kólys apresentou o seu companheiro dizendo - Este é Bartholomeu, guardião do túnel da transformação, você está autorizado a viajar para Kúntias.
Junto a eles estavam duas jovens cujas fisionomias me pareciam conhecidas mas não consegui determinar quem eram, e Kólis me falou: Estas duas pessoas são aquelas que mais influência desenvolvem ou já desenvolveram em sua vida; esta é Teresa sobre quem
você teve uma revelação, em sonho, e com quem deverá realizar projetos em benefício da humanidade; esta outra é Walkyria sobre a qual você criou um mito mas que na realidade é Jandira, a sua esposa, aquela que atualmente esta compartilhando a vida com você e que é a sua companheira universal; aproveite este momento para que possa fundir as duas imagens em uma só; você verá que elas são, na realidade uma só pessoa!
Fiquei profundamente surpreendido quando percebi . . . com emoção . . . que aquela figura que havia construído em minha mente e que não tinha existência real era a companheira que sempre esteve ao meu lado, compartilhando alegrias e tristezas e não contive as lagrimas . . . eram, porém, lagrimas de alegria, por ver desaparecer aquele peso de uma frustração que eu mesmo plantara em meu coração, para abrir-me para um verdadeiro amor, puro, legítimo. . . Não mais baseado em sexo ou beleza física e sim nos valores interiores que nunca desgastam-se. Compreendi que inconscientemente havia andado à procura de um mito que eu mesmo construíra pela soma das virtudes que havia presenciado em diversas pessoas em ocasiões diversas e que jamais poderia encontrar essas qualidades reunidas em uma só personagem, passava de sonhador para a maturidade para viver um amor maduro com aquela que era e sempre havia sido a minha companheira, junto com quem superara todos os obstáculos. Entendia que toda uma vida vivida juntos criara liames que nos uniam, principalmente pelas vidas que descendiam desse nosso amor e que com ele contavam para também amadurecerem no devido tempo. Essa é a função da família, da qual ninguém poderá fugir; é consolidar gerações para que a humanidade cumpra a sua missão!
A figura de Bartholomeu era de suma majestade, com a fisionomia serena mas envolvida por uma luminosidade intensa que quase me segava. Ele disse-me : - Você irá atravessar o túnel da transformação; ele é o único caminho para a redenção da humanidade;
esse caminho é simbólico, mas o verdadeiro já foi revelado para aqueles que estudam as Escrituras.
Kólys continuou - Você, agora, passará pela transformação para que possa resistir a viajem, não preocupe-se com o que acontecer porque estará sob a proteção das hostes superiores. Despeça-se dessas suas companheiras porque elas irão para outro lugar a fim de receberem orientação sobre as suas missões.
Luzes intensas começaram a circular ao meu redor e tive a impressão que seria eletrocutado; nesse instante devo ter perdido a noção de mim não sabendo o que ocorreu no tempo imediato. . .
Estava, agora, frente a um espetáculo maravilhoso, um cenário que nunca vira ou ouvira falar que existisse em parte alguma do universo; eram serras e colinas, lagos e planícies, cachoeiras colossais derramando uma espuma branca de alturas fabulosas mas que em vez de, como seria de esperar, arrebentarem com algum estrondo ensurdecedor, produziam uma música divina que transmitia um bem estar físico, moral, intelectual e espiritual!
Pairávamos no ar, visitando todos esses lugares, como se uma força propulsora estivesse nos transportando, não era veículo nenhum e sim unicamente uma força desconhecida para mim.
A temperatura era amena, com um sol brilhante mas cujos raios assentavam-se em nossa pele como se fora um toque de carinho, proporcionando uma volúpia indizível. Casais passeavam por aqueles campos floridos apresentando fisionomias de anjos, contemplando-se em um enlevo de amor profundo. À medida que caminhavam, de mãos dadas, comunicavam-se através da expressão de seus olhares que faiscavam em uma transmissão continua daquilo que era a substância do lugar, o amor! Vez por outra paravam para colher e saborear frutos nunca visto em nosso planeta e que ao serem ingeridos aumentava a luminosidade daqueles seres extraordinários. Foi-me dada a oportunidade de comunicar-me telepaticamente para que pudesse aprender lições maravilhosas as quais me foi proibido revelar até que fosse autorizado pelos poderes das hostes superiores.
Kólis me disse - O que você está presenciando é o que já foi ensinado aos homens por Jesus, quando esteve na terra "quando morrerem não casarão nem serão dados em casamento mas serão como os anjos dos céus." Aqui o amor não é egoísta nem invejoso, cada um compraz-se pela felicidade de seus semelhantes. Jamais alguém engana-se na escolha de seu companheiro porque os verdadeiros sentimentos são revelados claramente pelo poder de lermos os pensamentos; estas pessoas que você está vendo tem a pureza interior e nada de destoante podem transmitir para ofuscar a felicidade. Os habitantes da terra terão de aprender a comportar-se dessa maneira para que possam fazer jus a uma vida de delicias como se vive aqui. Isso, porém, não é conseguido pelos méritos pessoas mas pelo poder do Espírito que emana do Criador e aperfeiçoa todas as coisas que colocam-se sob a sua influência.
Impressão maior, porem, me foi dada ao contemplar o depósito das imundices do mundo, onde homens de fisionomias marcadas pela tristeza e pelo desalento, caminhavam, sem parar, por caminhos pedregosos, com um sol causticante queimando-lhes continuamente a pele que desprendia-se causando-lhes profundas feridas.
Esses seres não paravam nem um instante de murmurar . . .misericórdia . . .misericórdia . . .misericórdia . . .
A dor que senti . . . foi quase insuportável . . . ao imaginar que talvez eu mesmo fosse responsável por alguém encontrar-se naquela situação, pelo simples motivo de não alertá-las dos perigos que enfrentavam quando passaram pela provações que haviam de temperá-las e purificá-las para que fossem redimidas pelo sangue do cordeiro imaculado; sentia um complexo de culpa e em meu desespero elevava o meu pensamento a Deus pedindo para que fossem poupadas daquele castigo eterno, tantas pessoas a quem eu amava; vinham-me à mente as fisionomias de meus familiares, de meus amigos, e até daquelas pessoas indiferentes que, envolvendo-se pelo meu relacionamento, tornavam-se minha responsabilidade, para que fossem orientadas e trilhassem o caminho que leva à salvação.
Pelas coisa que aprendi tenho a impressão que devo ter ficado um período muito longo na companhia daqueles seres angelicais, pois supera em muito o que consegui aprender nos sessenta e nove anos que vivi aqui. A impressão de tudo aquilo que vi e aprendi foi tão marcante que transformou todo o meu ser e se dependesse de mim jamais deixaria aquele paraíso. Kólys comunicou-me, porém, que chegara a hora de voltar, para continuar a missão de que estava incumbido. Me disse: - Você conheceu o Inferno e o Paraíso, agora sabe o que está reservado ao ser humano pela justiça ou a bondade e misericórdia do Criador de todas as coisas. Sabe o que a humanidade perderá se não seguir o caminho que está indicado pela revelação da Palavra de Deus. A ninguém será dada a oportunidade de conhecer por antecipação e sim cada um deverá apropriar-se das promessas do Pai, pela fé. As Escrituras ensinam tudo que o homem precisa saber para salvar-se. A escolha é pessoal e cada um deverá definir o caminho que deseja trilhar, ou um paraíso de delicias ou o sofrimento interminável junto à escória do mundo.
Kólys, que me acompanhava em todos os momentos, me disse:
- Agora você viu e deve ter percebido que as viagens para outras dimensões não se fazem dentro de discos voadores e sim encontramos tudo de que precisamos dentro de nós, é uma questão de saber procurar e estar preparado para extrair as potencialidades que existem e nos fazem auto-suficientes em todos os sentidos. Os homens têm fantasiado muito a esse respeito e desviam as pessoas de procurar no lugar certo aquilo que precisam para transformar as suas vidas. Você, agora terá o dever de ser guia dos que desejam encontrar o caminho.
Em um relance fui transportado para o meu quarto, ainda com as faiscas me rodeando e uma luz desprendendo-se de todo o meu corpo. Assustado, imaginei que havia tido um sonho, mas tudo era por demais real e não conseguia esquecer a fisionomia daqueles seres sofredores e daqueles rostos angelicais estabelecendo um contraste que doía até o mais profundo do meu ser e pensei "agora eu sei e jamais poderei permitir que alguém vá para aquele lugar de tormentos e sim deverei ajudar a todos os irmãos universais a trilharem o caminho que leva ao Paraíso que Deus preparou para que nele vivêssemos felizes por toda a eternidade!
Hoje sou outra pessoa! Aquele que existia antes dessas revelações já não existe mais, nasceu uma nova pessoa em seu lugar; alguém que ama verdadeiramente os seres humanos e deseja, de todo o coração, ajudá-los a trilhar "O Caminho". Não um caminho que não leva a lugar nenhum e sim o que conduz à salvação das almas e à possibilidade de gozar de uma vida que jamais terá fim. Venham que eu lhes ensinarei!


Segredo

14/01/97
O segredo que guardo no peito
Em meio a pedreiras de sentimentos
É preciso que tenha um jeito
De um dia se revelar.

No silêncio ele machuca
Anulando os preceitos
De um amor fraternal
Criando paixão sem igual.

Pór que criamos o sofrimento
E vez de anseios de ventura
Que grita em nosso interior
Que o amor é para vencer

Oh! Amargura sem fim
Começo do amanhã
Estrada que não termina
E hoje enfrenta o fim

Quisera ser garimpado
Por quem me haja amado
Para que fosse encontrado
O diamante de um grande amor.

Outras Obras do Autor:

Mensagens e Reflexões
Devaneios
Contos Para Ler a Dois na Cama
Minhas Incursões Pelo Jornalismo
Proversando
Nova Dimensão
Cartas Vivas
Relendo Cartas
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Aconselhamento Matrimonial
Aconselhamento Matrimonial II
Relendo Cartas II
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Uma História em Três Tempos
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Aconselhamento Matrimonial III

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