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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

MINHAS INCURSÕES PELO JORNALISMO

MINHAS INCURSÕES PELO JORNALISMO

Bruder Klein

Apalpo a maciez das palavras
Que constróem os lances da história
Extraídos de profundas lavras
Para alimentar a vida transitória.

São, elas, peças preciosas
Que fazem amantes viverem o sonho
Unem mãos ansiosas
Para se alimentarem de carinho.

Palavras, suaves companheiras
Das horas de gozo ou de pesar
Dão-nos a paz da fantasia

Abraçam-nos como ventura passageira
Tentando nos confundir e enganar
Mas preenche nossa vida de real magia.


E-Mail: wladimirk@ig.com.br

Bruder Klein
Av. São João Batista, 384 - Bloco B7 - Apto.23
Rudge Ramos - São Bernardo do Campo S.P.
09736-500 Tel. (011) 457-9987

Registro EDA/BN nº.77.011 -09/06/1.992
Todos os direitos reservados pelo autor.
É proibida a reprodução dos textos originais, mesmo parcialmente e por qualquer processo, sem autorização, por escrito, do autor.
BRUDER KLEIN

Í N D I C E
TÍTULO Pag
FOTOGRAFIA 02
ÍNDICE 03
PALAVRAS DO AUTOR 05
UMA HISTÓRIA DE AMOR 06
NA ENCRUZILHADA DA HISTÓRIA 08
ESTABELEÇAMOS A DIREÇÃO 09
NOSSA MISSÃO: AQUI E AGORA 10
NOSSO OBJETIVO 11
MENSAGEM AOS JOVENS 12
MULHER: CONSTRUTORA DE HOMENS 14
CORTIÇOS E FAVELAS 15
O ELO QUE FALTA 16
COMUNIDADE DE VIDA E AMOR 17
FAMÍLIA COMO CONDICIONANTE 18
DROGA: MOBILIZAÇÃO DA FAMÍLIA 20
CAMINHADA PARA A REALIZAÇÃO 22
HARMONIA CONJUGAL 23
HARMONIA SEXUAL 25
PATERNIDADE RESPONSÁVEL 26
DIÁLOGO FAMILIAR E CONJUGAL 27
EDUCAÇÃO DOS FILHOS 28
VIDA ESPIRITUAL 29
UM PROJETO POLÍTICO 30
PROJETO POLÍTICO II 32
ACADEMIA MOCOQUENSE DE LETRAS 33
NOTICIAS 34
TUMULTUANDO O PROCESSO 35
TRÊS PROJETOS PARA MOCOCA 36
UM CANDIDATO DE QUALIDADE 37
HORA DA MOBILIZAÇÃO 38
UNIÃO POR MOCOCA 39
TENTATIVA DE EVASÃO 40
COM CALMA ESTABELECEREMOS O CONSENSO 41
A CAMINHADA EVOLUI 42
MAIS UMA ETAPA VENCIDA 43
A MULHER DO TERCEIRO MILÊNIO 44
IDEAL CONSUMADO 45
PERSPECTIVA PROMISSORA 47
DECISÃO DIFÍCIL MAS NECESSÁRIA 49
CONSTRUINDO ALGO NOVO 50
PORQUE TONI NAUFEL 51
EXPLICAÇÃO HISTÓRICA 52
UMA IDÉIA EM COMPASSO DE ESPERA 53
UM CONFRONTO EM QUE ESTAMOS ENVOLVIDOS 54
UM PASSO À FRENTE 55
TÍTULO PAG.
O IDEAL DE PAULO REHDER 56
VITÓRIA DA DEMOCRACIA 57
O SONHO NÃO ACABOU 58
PENA DE MORTE 59
PARLAMENTARISMO 61
A QUEDA DO MITO 63
UM CAMINHO ALTERNATIVO 65
UM CAMINHO RACIONAL 67
A EDUCAÇÃO COMO BASE DA ÉTICA PROFISSIONAL 68
AIDS - AINDA NÃO HÁ ESPERANÇA 70
ESTRUTURAS DEFEITUOSAS 72
A VERDADEIRA LIDERANÇA 73
LUTA PELO ESPAÇO 74
CONSELHO DE AÇÃO COMUNITÁRIA 75
CRIADA ENTIDADE DE AÇÃO COMUNITÁRIA 76
EPÍLOGO 77

P A L A V R A S D O A U T O R


Esta coletânea que ora apresentamos representando a nossa participação nos meios de comunicação de Mococa, é uma modesta contribuição para a discussão dos problemas da população. Talvez não fôssemos nós a pessoa mais qualificada para desenvolver esse trabalho, mas a oportunidade se nos apresentou e a aproveitamos, sempre desejosos em participar da vida comunitária de todos os locais por onde passamos.
Mococa, como a nossa cidade de origem, São Paulo, foi um caso especial, visto que a namoramos por longo tempo , desde a nossa primeira visita, na primavera de 1;947, quando idealizamos para cá nos transferirmos; isso só ocorreria trinta anos depois, em 1.977. Assim mesmo, nos primeiros dez anos não foi consolidada a nossa permanência direta, preso que estávamos, à Capital, por uma engrenagem difícil de ser desfeita. Depois de quatro vindas e voltas, conseguimos nos estabelecer definitivamente (?) a partir de 1.987.
Os assuntos aqui tratados, transcritos de artigos nossos que foram publicados em jornais locais, são variados; destaca-se a campanha que visava a eleição de um candidato da cidade para a Assembléia Legislativa, que não alcançou o objetivo em razão da falta de apoio de uns e omissão de outros, movidos por vaidade pessoais. Em que pese essa frustração, a tentativa foi bastante válida e despertou a população para a consciência dessa possibilidade. O sonho não morreu e essa primeira tentativa foi um degrau que galgamos e que nos retemperou o animo para o futuro que nos levará ao objetivo colimado. Acreditamos que no geral pudemos exercer alguma influência positiva através dos temas que abordamos, sobre a família, a comunidade e especialmente para a conscientização política que conduzirá as pessoas a viverem plenamente a sua cidadania.
Somente a história poderá analisar a atuação e a influência que foram exercidas pelos órgãos de comunicação, na solução dos problemas da cidade e da população. Somos apenas mais um entre tantos que tem participado, no tempo, do desenvolvimento de um trabalho constante de informar, esclarecer e orientar as ações dos cidadãos.
Efetivamente, o peso de nossa participação será diminuto no rol de grandes capacidades que militaram e militam com denodo na arte de entretecer as palavras com o fim de ajudar na construção de vidas, de idéias, de lideranças, de cidades, que, somando-se irão constituir uma nação. Sentimo-nos plenamente gratificados. Plenamente! Por apenas deixarmos uma pequena marca de nossa passagem por esta terra que adotamos e que amamos. Aproveitamos esta oportunidade para agradecer e cumprimentar esse povo maravilhoso e hospitaleiro de Mococa, que nos recebeu e nos dedicou tanta amizade a ponto de podermos sentir-nos em casa.


Mococa, Maio de 1.992


Bruder Klein




U M A H I S T Ó R I A D E A M O R


“A Mococa” 01/04/1.989


Era uma vez um jovem triste . . .
Havendo nascido em uma cidade pitoresca, que transbordava de alegria e felicidade, viu-se desligado de sua realidade, pois o local onde nascera se transformara por ter sido anexado à Capital do Estado. Aquele lugar, que possuía uma história, perdia a sua identidade vibrante que reunia acontecimentos importantes, transformando-se em um simples bairro que, aos poucos, foi perdendo as suas características simples de cidade interiorana. Aquele jovem, mesmo podendo ostentar em sua carteira de identidade o título de “Cidadão Paulistano” não se sentia feliz. As pessoas desejam pertencer a algum lugar; querem estar ligadas a outras pessoas que sentem as mesmas emoções; precisam pertencer a uma comunidade! Quem nasceu em Mococa, por exemplo, sabe o que é isso, sentir-se parte da comunidade. Mesmo que se afaste dela, por motivos vários, o seu coração estará sempre sintonizado nos sonhos dos seus conterrâneos e nas coisas de sua terra.
Aquele moço triste já não tinha “terra”, porque o progresso destruíra todos os cenários da sua infância!
Até que um dia . . .(e era primavera) em uma linda madrugada do longínquo ano de 1.947, movido por estranhas circunstâncias e por forças imprevisíveis, ele desembarcou em Mococa. Ali encontrou a mesma praça, o mesmo jardim, os mesmos costumes que lembravam a sua cidade natal; a mesma banda (porque todas as bandas do mundo parecem uma banda só, em um igual coreto, tocando aquelas mesmas músicas que haviam embalado a sua infância. E . . .ele enamorou-se da cidade e de sua gente, passando a alimentar o sonho encantado de ali viver e de adotar aquela terra como sua.
Dali por diante jamais se desapegou do lugar, sempre que lhe era possível visitava-a, até o momento de transferir-se definitivamente, pois embora não houvesse nascido ali, embora nunca pudesse ostentar, em sua cédula de identidade, o título de “Cidadão
Mocoquense” , ele, de coração, fizera essa opção.
Vocês, que tiveram a felicidade de ter nascido embaixo desse pedaço de céu, nesta data que comemoram mais um aniversário de sua cidade, permitam que o ex-moço, que já não é triste, ame, também, um pouquinho, a sua terra, e com ele cantem a “Ode” que nas horas tristes escreveu, em homenagem a Mococa e sua gente: . . .


Te conheci em minha juventude,
Em ti reconheci virtudes
Sonhos vivi, projetei meus ideais,
À sombra de tuas “Palmeiras Imperiais”.

. . .

Oh! Mococa, a ti confesso meus amores,
Ao teu povo irmão ofereço o coração,
A Deus elevo, por ti, minha oração,
Para que jamais mal algum lhes cause dores.


Ao fruto do teu solo me juntei
No ventre do amor a vida fecundei,
No teu povo encontrei a amizade
Que no peito expandiu-se em fraternidade.


Como filho a bela terra amei
Aos irmãos mil afetos externei
Do povo irmão recebi o abraço,
Temperado, mais forte do que o aço.


Vivi em tuas ruas, em tuas praças,
Aí enfrentei lutas, alcancei graças.
Respirei, das matas, o ar oxigenado,
À noite maravilhou-me o céu estrelado.


Hoje distante me encontro do teu solo,
Embalado queria encontrar-me em teu colo.
Em outras plagas resta-me a saudade,
O amor maior que guardo da cidade.


N A E N C R U Z I L H A D A D A H I S T Ó R I A


“A Mococa” 17/12/1.988

Assim como o país encontra-se em um marco decisivo de sua história, com a elaboração da nova “Carta Constitucional”, que, se não se apresenta progressista como era a aspiração popular, pelo menos registra alguns avanços que poderão trazer benefícios à população que sempre viveu marginalizada; também os municípios encontram-se na encruzilhada da história.
Uma das grandes conquistas alcançadas foi maior justiça na partilha tributária que dará maior capacidade aos municípios, para assistirem às suas populações, sem ser necessário que os prefeitos andem de chapéu na mão, pedindo o que já lhes cabe pôr direito.
Para a aplicação desses recursos, a maior responsabilidade recairá sobre a “Câmara Municipal”, eleita no dia 15 de Novembro passado. Caberá aos dignos representantes do povo a elaboração da Lei Orgânica do Município, adequando-a às Constituição Federal e à Estadual, estabelecendo as prioridades para a aplicação dos novos recursos advindos.
É sabido que a assistência à saúde tem sido precária e que o déficit habitacional é enorme, agravando-se a cada ano que passa, pela formação de novos núcleos familiares. A par disso temos a Educação que apresenta-se como um dos pontos fundamentais de evolução de um povo, e de toda a gama de responsabilidade necessária aos estabelecimento de infra estrutura para o atendimento e solução dos problemas que advirão em razão do próprio progresso da cidade.
É necessário que estejamos preparados para a solução dos problemas, à priori, em vez de deixarmos para serem resolvidos depois de estabelecidos.
Agora, que passaram-se as eleições e que o poder foi estabelecido democraticamente, é necessário que todos se unam em um grande comitê suprapartidário e passem a contribuir com idéias para a equação das dificuldades comuns. Não que os partidos devam se acomodar! Pelo contrário, achamos que eles deverão se apresentar mais vivos do que nunca, conquistando militância, orientando e conscientizando o povo, politicamente, para uma participação efetiva nos destinos da cidade. O que se almeja é que seja discutido, com a população, quais as prioridades para maior felicidade a um maior numero de pessoas.


E S T A B E L E Ç A M O S A D I R E Ç Ã O


“A Mococa”
14/01/1.989




Uma das principais tarefas dos poderes Executivo e Legislativo municipal, será a preparação de um “Plano Diretor”, que facilitará o desenvolvimento da cidade.
Embora Mococa seja uma cidade que foi, por algum tempo, no passado, estacionária, de algum tempo a esta data tem apresentado um desenvolvimento acentuado. Quando isso acontece, por algum tempo os administradores não se dão conta que esse progresso tem de ser ordenado para que não venha a criar problemas futuros, que, geralmente, serão de difícil, ou até de impossível solução.
Faz-se necessária a abertura de vias de acesso para a periferia que irá se formando; é igualmente aconselhável que os núcleos vão sendo criados de maneira continua para facilitar a instalação de infra-estrutura necessária a uma vida sadia dos membros da comunidade; deverão se evitar que a cidade seja secionada pelo corte de estradas, o que obrigará, no futuro, a construção de viadutos e passarelas que são de alto custo e, sem as quais, colocam-se em risco vidas preciosas. Em uma cidade como Mococa, onde registram-se altas temperaturas, as ruas deverão ser arborizadas e as praças urbanizadas, para recreio dos cidadãos. Tudo isso exige planificação, sem o que não se conseguirá a concretização.
Pela importância representada na vida da comunidade seria ótimo que os partidos políticos já incisassem o esclarecimento e a discussão, desses problemas , com a população, para que a mesma opinasse e até cooperasse para a concretização de tudo aquilo que julgam necessário ao seu bem estar.
Precisamos estar atentos porque não se tem dado a devida importância aos problemas ecológicos e todos sabemos que quando percebermos, as poucas matas pertencentes ao município estarão exterminadas, os vales assoreados e os mananciais poluídos e, com isso, a vida comprometida.



NOSSA M I S S Ã O : A Q U I E A G O R A



Muitas pessoas têm se afastado de suas famílias, outras aspiram serem enviadas para cumprir uma missão de evangelizar os povos que ainda não conhecem a Jesus como Salvador de suas vidas e doador da vida eterna. Esquecem-se que foram colocadas em uma determinada família, em uma comunidade especial, para ali cumprir a sua missão; missão que poderá ser desenvolvida, até melhor, exercida conjuntamente com a profissão secular.
Na verdade,” somos todos sacerdotes do Deus Altíssimo, para proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (I Pedro 2.9) E esse sacerdócio poderá ser, e de fato deverá ser efetivado, primeiramente, junto ao nosso próximo: nossos familiares, vizinhos, companheiros de trabalho (Lc.8:39); todos participantes de nossa comunidade.
Assim, a nossa cidade, a nossa família, é quem, em primeiro lugar, deverá receber o nosso trabalho. Disponhamo-nos a dedicar esse trabalho junto aos nossos irmãos que estão ao nosso lado, dando-lhes um pouco de amor, compreensão e solidariedade, e estaremos cumprindo a nossa missão evangelizadora e sendo agradáveis a Deus. Se agirmos de maneira diferente estaremos satisfazendo única e exclusivamente a um desejo de fuga da realidade. Tenhamos bem presente em nossa mente que a fuga aos nossos compromissos jamais resolverá os nossos problemas. Se, talvez, tivermos alguma dificuldade de relacionamento, se não conseguirmos conviver pacificamente no ambiente em que fomos colocados, talvez isso tempere muito mais o nosso espírito, pois se fomos colocados em um determinado lugar, em relacionamento com um certo tipo de pessoas é que, sem dúvida nenhuma, isso nos será proveitoso.
Não queiramos escolher as “missões” que mais nos agrade e sim aceitemos os desígnios do alto porque eles são sábios.


N O S S O O B J E T I V O


“A Mococa” 21/04/1.990



Certa vez um jovem apresentou-se a uma grande firma para obter um emprego. Submeteu-se às provas de conhecimentos, apresentou os seus títulos e posteriormente foi encaminhado a uma entrevista que seria decisiva para a sua admissão.
Depois de conversar alguns instantes com o candidato, para aliviar-lhe a tensão, o entrevistador perguntou: Qual o seu objetivo ao ser admitido a esse emprego?
O jovem respondeu sem qualquer demora em reflexão, demonstrando plena convicção do que dizia: “Pregar o evangelho; transmitir a cada pessoa, com quem me relacionar, a mensagem de salvação e de vida eterna, através de Jesus”.
O entrevistador olhou admirado para o candidato, observou alguns momentos de silêncio e respondeu com ironia “ Imagino que não espera que lhe seja dado o cargo para trabalhar para outro patrão!”
O jovem esclareceu, que para cumprir esse seu ministério, ele teria que ser o melhor funcionário, para que através do seu testemunho as pessoas pudessem acreditar naquilo que lhes falasse. Ele conseguiu o emprego e foi, de fato, um ótimo funcionário, galgando altas posições. O mais importante, ainda, foi que fez a felicidade de muitos colegas alcançando-os para Cristo, enchendo-lhes os corações de alegrias, de esperança e paz.
Em nossa vida temos tentado, também, transmitir às pessoas, o amor, a paz e a esperança, através das mensagens que nos é transmitida pelo grande mestre Jesus Cristo, nos evangelhos. Quando almejamos colaborar em jornais era esse o caminho que esperávamos trilhar, para poder amenizar corações carentes de conforto; ajudar famílias em crise e assistir a quantos tem necessidade de compreensão. Não é um objetivo fácil de alcançar, porque as pessoas amarguradas, geralmente tem receio de abrirem os seus corações. Porém, através da escrita podemos alcançar, às vezes, pessoas carentes de ajustamentos.
Continuamos firmes em nosso objetivo primeiro, porém os caminhos do Senhor são misteriosos e temos de conformar-nos quando Ele nos leva por desvios, pelos quais, com toda a certeza, chegaremos onde seja necessário. Os obstáculos colocados em nossa trajetória, são postos para que haja proveito a alguém.
Jesus, muitas vezes, falou e ensinou a uma pessoa de cada vez (Zaqueu, Nicodemos, a mulher samaritana, o jovem rico) e nós nos sentiríamos felizes se também escrevêssemos apenas para uma pessoa; quem sabe se não é justamente quem Ele deseja alcançar!
As pessoas estão confusas e sem esperança e paz interior e sabemos que Jesus nos dá tudo isso! Quando nos apropriamos da certeza de uma vida eterna junto a Deus, o tempo e as coisas materiais já não se apresentam como fatores de importância, visto que a nossa vida não mais se limitará a um curto período e sim teremos a eternidade para usufruirmos das delicias celestiais.

Você já tem essa certeza?
O evangelho nos dá, com o aval de pessoas que não mentem: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo “Ro. 10:13) “Quem crer em mim e naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24).
Existem muito mais declarações fidedignas que extirparão do seu coração todo o medo, angústia, ansiedade, amargura, e lhe darão os frutos do espírito que são: “amor, gozo, paz. longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5:22) que poderão transformar a sua vida.
Junte-se a nós, para caminharmos para o mesmo objetivo, transformando-nos em veículos que conduzem à felicidade!

MEN S A G EM A O S J O V E N S


“A Mococa”
04/03/1.989


Gostaria de conversar com você, não como pai, não como adulto, mas refletindo o que fui quando tinha a sua idade. Sim! Por incrível que pareça eu já vivi a sua idade; e hoje sou tão diferente! Vivi as mesmas angustias, as mesmas apreensões que você vive hoje e, como você, me vi atormentado por uma grande quantidade de problemas, inclusive com o do sexo. Senti dificuldade para me relacionar com as outras pessoas, com meus pais; não sabia equacionar as aflições que tomavam conta do meu ser.
Nessa ocasião eu não sabia a quem apelar para que me auxiliasse; esquecia que poderia contar com alguém que estava bem perto de mim e que possuía uma experiência bem maior do que eu, no que se referia à juventude, embora possuísse uma coisa em comum comigo: ele era, também, inexperiente como pai. Talvez eu até soubesse que poderia contar com ele, mas como era difícil estabelecer um diálogo para que eu pudesse derramar as minhas apreensões!
Hoje eu sei, que poderia contar com a ajuda de meu pai e isso também o teria ajudado bastante! Enfim, ele também ansiava em se comunicar comigo para me guiar. A sua felicidade passava, obrigatoriamente, pela minha felicidade. Ele só poderia se realizar se cumprisse a função de pai, de orientador eficaz.
Hoje sei que a função de pai é muito difícil e, geralmente, a maioria de nós não está suficientemente preparado para desempenhá-la. Desejamos realizar um bom trabalho para a felicidade de nossos filhos, mas a tarefa é muito complexa e nos amedronta. Exercemos controle, disciplina; procuramos oferecer exemplos de probidade; derramamos o nosso amor em profusão, mas chegamos à conclusão que a tarefa é por demais grandiosa e ficamos perplexos.
Os filhos, muitas vezes, colocam os pais em lugar de sábios e a realidade é que eles não são sábios; são pobres seres mortais . Assim como o jovem é inexperiente na sua condição, o pai, também o é na sua. Assim como o jovem precisa de amor e compreensão para superar as suas angústias, os pais também necessitam de ajuda para que possam continuar a crescer emocional e psicologicamente. Se ambos se ajudarem, as crises se resolverão e todos poderemos amadurecer para ajudarmos, juntos as novas gerações.
Jovem! Ajude seu pai a ajudar você! Pai, ajude seu filho a ajudar você!
Jovem! Mire-se em seu pai como se fosse em um espelho encantado que tem o poder de revelar o futuro. Talvez você esteja imaginando que poderá amar aos seus filhos muito mais do que é amado por seus pais. Nessa visão maravilhosa que o fará reflexionar sobre a mistura de sua personalidade de hoje e a do futuro, mais amadurecida, poderá avaliar o quanto é amado hoje.
Talvez você possa se queixar que o seu pai não tem muito tempo para você, que não se importa em estar mais tempo ao seu lado, para vê-lo crescer!

Analise se não é unicamente por você que ele fica mais tempo distante; para transformar a sua energia em recursos que irão propiciar um melhor futuro para aqueles a quem ama! Quanto suor ele terá derramado, no cumprimento dessa missão de pai, que descem pelo seu rosto misturado com as lagrimas de sofrimento por não poder presenciar os momentos de alegria, conjuntamente!
Ele sabe, que mesmo que não possa estar presente , o seu pai, que em outros tempos já cumpriu a sua missão estará junto a você amando em maior dimensão, com só os avós sabem amar!
Chegará um dia que você estará crescido e como adulto, responsável, estará cumprindo a sua missão de pai; então o seu pai que será o avô de seus filhos estará dando aos seus filhos aqueles carinhos que você não terá tempo de dar.
A vida é assim, e ela se desenvolve dentro da sabedoria divina que criando uma diretriz que tende a estabelecer uma estrutura de confraternização onde famílias constituem uma base segura para o desenvolvimento de seu potencial.


M U L H E R : C O N S T R U T O R A D E H O M E N S


“A Mococa”
11/03/1.989


“Deus, no auge de sua inspiração criadora, em um só momento, deve ter criado a mulher e a flor. Esta, com seu colorido e perfume, enfeita a natureza e fornece o néctar para a formação do mel; a mulher, com sua sensibilidade e doçura, é quem contribui para a estabilidade do lar, onde a criança forma o caráter que a fará cooperar para o bem da humanidade."
É com esse misto de sensibilidade, beleza e doçura que desejamos homenagear essa que merece todos os superlativos; que é a rainha do lar e acima disso é a rainha de nosso convívio.
Quando Deus criou o homem e lhe deu uma ajudadora eficaz, elaborou um sistema perfeito, pois se o homem possuía falhas, o Criador reuniu as virtudes na mulher, para que ela fosse a bússola que orientaria na trajetória.
Os dois complementaram-se, solidificaram-se, além da carne, em suas próprias almas, para contribuírem para a construção de entidades perfeitas. E essa perfeição, cuja parte de sensibilidade ficou com a mulher, é que durante o desenrolar dos tempos, da história do homem, tem influído no aperfeiçoamento das coisas.
Para nós, homens, é salutar e gratificante contar com uma companheira leal que, até em prejuízo de suas aspirações pessoais, se oferece inteira, para que possamos realizar as nossas aspirações. Eis porque, deveremos procurar, dentro de nosso íntimo, para ver se Deus colocou ao menos uma pequena partícula de sensibilidade para que possamos contribuir para que as nossas companheiras possam sentir-se reconhecidas por tanto que nos propiciam. Essas afirmações deveremos fazer no dia a dia de nossa vivência, porque cada dia é o dia da mulher. A cada dia ela está construindo, em nós, ou em nossos filhos, uma parte das vidas que, por seus méritos, irão enriquecer a humanidade.
É bem verdade o que diz a sabedoria popular: “Por trás de todo grande homem, sempre há uma grande mulher.”
Neste tempo em que a mulher, cada vez mais, aperfeiçoa a sua participação para a resolução dos grandes problemas que afligem a humanidade, desejamos prestar-lhes as mais efusivas homenagens fazendo votos para que juntos possamos alcançar os mais altos ideais de paz, justiça e fraternidade.

C O R T I Ç O S E F A V E L A S


“A Mococa”
22/04/1.989

A sub-moradia é um problema que tem preocupado os grandes centros, mas deverá sempre despertar providências preventivas em todas as cidades que emergem para o desenvolvimento. Mococa, com seu surto de progresso, de uns tempos para cá, deverá cuidar para providenciar soluções que venham satisfazer às necessidades de sua população.
Quando a cidade cresce, sempre atrai mais pessoas, passando a agravar o problema da moradia, forçando o surgimento de soluções a título precário que acabam institucionalizando-se. Duas dessas “soluções” são os “cortiços” e as “favelas”; essas modalidades aparecem mais por uma carência cultural de um determinado grupo da comunidade que não encontra outra alternativa para a solução do seu problema. Para erradicar esse costume não adianta estabelecer políticas de construção em massa e sim o estabelecimento de uma infra-estrutura para assistência global e completa ao cidadão.
No antigo Estado da Guanabara, ao tempo do Governador Carlos Lacerda, foi tentada a solução desse problema com a construção de grande quantidade de casas simples mas funcionais, com todos os requisitos necessários. Tal experiência não obteve sucesso por não ter havido a preparação cultural para as mudanças que haveriam nas vidas das pessoas que iriam ocupar as novas residências, transformando, todo aquele esforço, em um espetáculo grotesco.
Recentemente outra experiência foi tentada em São Paulo, pelo Sr. Jânio Quadros, com maior sucesso, por ter havido o acompanhamento através de uma equipe de apoio para orientar os novos moradores sobre os princípios de higiene e convivência.
O ideal, portanto, será sempre a formação de uma equipe de trabalho que estude a implantação de uma infra-estrutura que estabeleça um aprimoramento cultural e enriquecimento profissional dos grupos residentes em cortiços e favelas, para qualificá-los a, por si mesmo, resolverem os seus problemas: estabelecimento de cursos profissionalizantes que os ajude a melhorar os rendimentos e que os possibilitem a construir, eles mesmo, as suas moradias; assistência à saúde para livra-los de endemias; assistência psicológica para a preparação à convivência social de maneira mais apropriada; orientação quanto a hábitos de higiene, que os livrará de molestais desgastantes.
Essas providências deverão ser orientadas por técnicos, mas precisarão contar com o máximo de participação dos próprios interessados. O problema somente será resolvido satisfatoriamente se for respeitada a dignidade do cidadão. Diz a sabedoria popular que não deveremos oferecer o peixe para que as pessoas se alimentem, e sim ensiná-las a pescar, o que as tornará auto-suficientes.
Uma das providências será o cadastramento preliminar das pessoas que serão atendidas, pois à medida que resolvermos os problemas de maneira apropriada, atrairemos mais pessoas que necessitarão de assistência, estabelecendo-se uma dificuldade intransponível.




O E L O Q U E F A L T A


“A Mococa”
23/09/1.989



A sociedade é constituída por patamares onde situam-se os agrupamentos humanos, formando castas que separam-se, umas das outras, formando comunidades específicas. Essas comunidades criam as suas normas de sobrevivência que constituem-se em verdadeiras fortalezas inexpugnáveis. Cada vez mais, esses agrupamentos fecham-se em torno de si e constróem barreiras para não serem invadidas pelas idéias exteriores; criam-se, a partir daí, uma espécie de preconceito contra as idéias de fora, constituindo uma limitação à ação do grupo, pelo desconhecimento de tudo que não lhe está afeto diretamente. Passa a agir dentro dessas limitações que retardam o seu crescimento e impedem a interligação com os demais agrupamentos, dos patamares superiores e inferiores. Ora, quem está acima deverá abracar todo o conhecimento que lhe esteja abaixo e isso só se concretizará se em nossa ascensão tivermos passado pelos degraus inferiores e colhido os conhecimentos necessários. Será útil, também, que entre os patamares existam elos de ligação para que as pessoas possam circular em todos os sentidos da escala social e assim tenham garantida a reciclagem que os capacitará a uma visão real da dinâmica das transformações.
A sociedade somente se emancipará da prisão que lhe tolhe a evolução, quando conseguir estabelecer esses elos de ligação que estão faltando para a sua real integração.
Cada geração tem responsabilidade na construção dessas pontes de compreensão que, diminuindo as distâncias, levarão os agrupamentos a unirem-se entre si para consolidar os ideais de paz, amor, e fraternidade.
Para que a nossa geração contribua com a sua parte na evolução social, caberá a cada um de nós o dever de contribuir para a diminuição das distâncias sociais, procurando interligar-nos tanto com os acima ou abaixo da escala de valores.
Tenhamos, entretanto, em mente, que os patamares e desníveis existentes foram estabelecidos pela nossa ignorância de que todos somos iguais perante o Criador e perante a lei. Cada um de nós, a quem foi dada a oportunidade de evolução, se constitui em devedor dessa sociedade que foi quem proporcionou essa ascensão. Se nos constituímos em devedores, temos o dever de contribuir para a evolução de outros e não usufruirmos sozinhos daquilo que nos foi oferecido.
Somente se tivermos o discernimento para vermos os elos que nos ligam às demais pessoas, nos diversos níveis de evolução, poderemos assumir com seriedade o nosso papel social para o enriquecimento do patrimônio comum.
Não haveriam necessidade de estabelecerem-se lutas de classes se todos conscientizassem-se que essas diferenças foram estabelecidas pela própria dinâmica social que elabora uma seleção natural premiando os que se destacam pela maior capacidade. Porém, estes que se destacaram terão que ter o conhecimento da dimensão de suas responsabilidade. Não é por acaso que existem essas diferenças; elas são parte de elaboração de uma inteligência superior que previu a necessidade de que a produção fosse devidamente organizada para que o patrimônio social circulasse, beneficiando eqüitativamente a todas as pessoas.
Assim, os que organizam a produção têm o dever de estabelecerem salários justos que contemplem a força de trabalho na dimensão da reposição da energia consumida.
Por sua vez, a força de trabalho, deverá ser desenvolvida satisfatoriamente para reposição do capital que terá que circular para assim beneficiar o maior número de pessoas, com uma boa qualidade de vida.
Se estabelecermos esses elos de ligação que estão faltando no relacionamento social estaremos contribuindo para a evolução do ser humano e sua organização social.

C O M U N I D A D E D E V I D A E A M O R

“A Mococa”
29/071.989

Deus, ao criar o ser vivente complexamente (composto de duas partes , Gn. 1:27) reconheceu que haveria a necessidade de companheirismo para quebrar a monotonia que se instalaria, pela solidão.
Ao estabelecer que em um determinado tempo (quando houvesse o amadurecimento) as partes se juntassem, determinou que se deixassem os laços anteriores para que unindo-se, o homem e a mulher, formassem um ser completo, como uma só carne. (Gn.2:24)
Aí estava nascendo a primeira “Comunidade de Vida e Amor”: dois seres simples unindo-se em amor para criar vida. E a sobrevivência dessas vidas estaria dependendo de como se comportassem as partes em um relacionamento uno.
Deveremos meditar muito sobre isso, para que, com a ajuda do alto, possamos entender e medir o valor extraordinário desse agrupamento primário que unindo-se aos seus semelhantes irão formar a sociedade como comunidade maior. Essa comunidade maior depende, para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento sadio, de ser constituída de células sadias.
Hoje, quando percebemos que a sociedade se encontra destituída dos valores essenciais ao aperfeiçoamento das instituições, sem dúvida nenhuma poderemos procurar as causas na desagregação familiar, que corrói a base da sociedade.
Se desejarmos preservar a vida da sociedade, das nações, procuremos colaborar para a erradicação das causas, antes de querermos combater os efeitos.
Nós todos, somos como os alcoólatras; temos o problema mas não o admitimos. Para os alcoólatras surgiu os AA, mas ainda não instituímos uma entidade que auxilie aos casais resolverem os seus problemas, para preservarmos o agrupamento familiar, o que fará a sociedade sadia.
Na realidade, todas as pessoas poderão ter, e de fato têm, problemas, porém, se reunirem-se em grupos para discutirem esses problemas, estarão aliviando as suas tensões e contribuindo para a resolução das dificuldades de outros casais; seria uma troca de experiências construtiva, que além disso propiciaria novos relacionamentos que poderiam fazer surgir novas idéias para ajudar aos outros.
Por que não criar-se os “Casais em Crise Anônimos”? Talvez com um nome mais sugestivo para não constranger a aproximação dos interessados: “Comunidade de Vida e Amor”.
Está lançada a idéia; vamos nos ajudar e ajudar aos outros estruturando uma organização destinada a ajudar aos casamentos em crise; e, a bem da verdade, todos eles, vez por outra, enfrentam tempestades. Se receberem o apoio necessário poderão vencer o temporal e continuarem sólidos, para gáudio de seus participantes e solidez da sociedade.
Grave bem: “Comunidade de Vida e Amor” e participe.


F A M Í L I A C O M O C O N D I C I O N A N T E

“A Mococa”
02/09/1.989

Muitas vezes os jovens desistem de suas lutas no meio do caminho por não encontrarem o apoio que esperavam receber do grupo.
Quando isso acontece, de duas uma: ou entregam-se a outro tipo de vida, de relacionamento, fora da família, que poderá, talvez, direcioná-los a uma conversão, ou entrega-se a costumes novos que julga poderem preencher o seu vazio psicológico; geralmente, esses costumes virão de pessoas que têm o mesmo problema e que foram encaminhadas para o uso de bebidas alcoólicas, ou outros tipos de drogas que, supostamente, poderiam preencher esse vazio.
Daí para a dependência é um passo. O viciado persiste sempre por desejar esquecer a falta de afeto e de uma autoridade disciplinadora. Esta é fundamental, para que a pessoas sinta-se amada; a falta de disciplinamento cria, no ser humano, uma espécie de exclusão.
Para tentar curar, essas pessoas, não adiantará interná-las em clínicas de tratamento, desintoxicá-las, porque continuará a faltar o essencial que somente poderá ser preenchido por um redirecionamento de todo o grupo familiar.
O caminho correto seria conscientizar o grupo familiar, das verdadeiras causas, para que, através de uma terapia que abrangesse todo o grupo, fosse redimensionado o comportamento de cada um e o relacionamento dos participantes entre si.
Redimensionado o relacionamento, passará a haver o respeito pelas opiniões individuais e todos poderão chegar a um consenso do que seria o comportamento ideal para todo o grupo. Para ser perseguido o caminho que os levará a um desenvolvimento sadio, precisará ser restabelecida a autoridade, o respeito e o amor entre as pessoas.
Quando chegar-se a esse ponto, de uma estruturação sólida da família, perceber-se-á que os sintomas terão desaparecido, porque foi eliminada a causa. Creio que valerá à pena essa tentativa porque ao fim gratificará a todos os participantes. O homem é um ser social e todos os problemas deverão ser resolvidos nessa dimensão: “Um por todos e todos por um”. É a união que fortalece os laços necessários à qualificação para vencer todos os obstáculos. Se despendermos energias para auxiliar a um dos participantes do grupo, estaremos fortificando as vontades de todos e criando condições de auxiliar outros membros que estarão próximos e poderemos estender a nossa ação a outros grupos, beneficiando toda a sociedade.
Infelizmente, em todos os setores, geralmente, procuramos resolver os problemas, através do combate aos sintomas. No caso da droga, cremos estar acontecendo o mesmo; ainda não nos fizemos a pergunta: “Porque as pessoas são levadas a experimentar as drogas, e o que as faz dependentes?” Não adiantará nada desejarmos responder sem nos aprofundarmos, se é que não desejamos responder levianamente.
Analisando a maioria dos problemas que afligem a humanidade, neste século, percebemos que são dois os fatores condicionantes: Falta de amor e falta de autoridade. E isso é provocado por uma estrutura familiar defeituosa. O homem quer ser mais perfeito que o seu Criador! Quando Deus estabeleceu normas para a constituição e preservação da família, Ele colocou esses ingredientes indispensáveis a um crescimento sadio. O homem, porém, depois de um certo tempo resolveu modificar essas normas, movido pelo seu egoísmo, que em última análise é falta de amor. Com essa transformação das estruturas iniciais encaminhou-se para a desagregação da família, deteriorando-se a autoridade e veio a faltar amor; sem amor desarticulou-se a família e deteriorou-se ainda mais a autoridade, em um círculo vicioso. Quando a autoridade deixa de existir, cada membro de grupo passa a agir por conta proporia, não obedecendo mais a um poder central que, geralmente, é moderador. Esse caos não satisfaz aos diversos membros do grupo que passam a sentir-se frustrados pela convivência. Aí surgir a necessidade de uma válvula de escape para essas frustrações. Elas vêm através do uso do álcool, das drogas, do adultério; é quando os pais ausentam-se do lar em busca de aventuras ou outras distrações como o jogo. E é, também, quando os jovens passam a ausentar-se do lar ( que já não é um lar, e sim simplesmente um local para dormir, comer, e encontros desagradáveis com os outros membros da família). Alguns têm sorte de encontrarem outros jovens advindos de famílias bem estruturadas e passam por uma reciclagem de seus valores e acabam percebendo que a sua frustração é causada por falta de um relacionamento perfeito com a família. Mas nem sempre é fácil abordar esse problema com os pais e irmãos, que, geralmente não aceitam essa argumentação; é uma luta em que precisa-se de muita perseverança e muito amor, para que se dê continuidade pelo tempo necessário, até que as pessoas se compenetrem da urgência de revisarem as suas vidas e concordem em reassumir um tipo de vida mais condizente com o interesse da família.
Um fator fundamental será a volta para Deus. Fazendo parte de uma entrega e transformação totais e verdadeiras. Essa transformação virá, primeiramente, dos pais; estes deverão estar preparados porque terão de provar, com atos, que a conversão foi real. E se de fato for, estarão aptos a derramarem amor em torno de si, transformando o ambiente e as pessoas abrangidas.


D R O G A : M O B I L I Z A Ç Ã O D A F A M Í L I A


“A Mococa
14/07/1.990

Quando a comunidade se reúne para discutir um problema que a aflige, geralmente surgem outros temas para os quais, também, se precisam encontrar soluções. Assim foi na reunião havida no dia 03/07, na Câmara Municipal.
O tema a ser discutido era a segurança e foi convocada em razão da crise iniciada na Guarda Municipal, com a sadia do seu comandante; as associações de bairro, vereadores e outras lideranças locais estavam preocupados com as dificuldades da “Guarda”, quando a polícia militar, também, não possui um contingente à altura de prestar uma assistência eficiente , para garantir a segurança da população. Ali, em um discussão aberta, pudemos tomar conhecimento que essas dificuldades, que a cidade vem atravessando, representada por vandalismo, onde automóveis são depredados à frente das escolas; alunos são agredidos, o tráfico de drogas é exercido; acontecendo a partir de dentro das escolas, são unicamente sintomas de uma doença que atinge a sociedade e cuja causa está localizada profundamente.
Será na deterioração dos costumes que iremos encontrar a causa principal do que hoje nos causa tantos transtornos. Essa deterioração, que é causada pela falta de diálogo familiar, falta de autoridade do chefe do lar, causam a desagregação, encaminhando cada um para a realização de ações pessoais, sem pensar que sempre haverá uma unidade que garantirá a segurança para a instalação e desenvolvimento de novas células sadias da sociedade. Quando desaparecem esses freios, as unidades desintegram-se comprometendo a segurança das instituições. Os componentes, esparsos, passam a agir desordenadamente na procura de auto-realização e na busca do preenchimento do vazio provocado pela ausência de um amor verdadeiro que lhes garanta a segurança psicológica (a material geralmente existe). As fugas passam pelo sexo prematuro, pelas drogas, que podem conduzir os jovens para o flagelo da AIDS.
Isso é o que está ocorrendo em nossa comunidade! O tráfico de drogas é feito nas escolas; a cidade é campeã regional de contaminação aidética pela aplicação de drogas, segundo declarações havidas na reunião do dia 03/07.
Existe um conselho Anti-Drogas, que como muitos outros “conselhos” e “comissões”, não funcionam. O que precisaria ser criado seria um Departamento Anti-Droga e Preventivo Contra a AIDS, que realizasse um trabalho operacional, juntamente com as famílias, profissionais liberais, autoridades em geral; em uma ação conjunta, partindo da raiz das incompreensões familiares, passando pelo relacionamento pais/filhos/professores. culminando, depois de uma eficiente conscientização, no combate ao tráfico.
A questão é gravíssima e somente poderá ser resolvida com a disposição de todos em encarar a realidade. A família é a principal interessada e será quem terá a maior responsabilidade para colocar as coisas nos devidos lugares, colocando a vivência cotidiana nos moldes que surtiram efeito no passado, quando existia autoridade e disciplina, amor e respeito. Vamos nos dar as mãos para trabalharmos pela segurança das novas gerações; vamos nos organizar para sermos mais eficientes e mais úteis aos nossos filhos. Você, que tem problemas, você que já teve problemas; você que nunca teve problemas, mas que poderá vir a tê-los! Todas as famílias! Todos terão que estar mobilizados para que possamos estancar a deterioração que poderá destruir a nossa comunidade e as células que constituem a sociedade. Não poderemos esperar que os flagelos alcancem os nossos lares; deveremos sair à luta, para combatê-los antes que nos atinjam. A responsabilidade é nossa e não poderemos nos omitir!


CAMINHADA PARA A REALIZAÇÃO


"A Mococa" 14/10/1.989

Por julgarmos de suma importância para a nossa comunidade, desejamos voltar a abordar o assunto sobre relacionamento conjugal. Sabemos estar penetrando em algo que é privativo, mas a nossa intenção é única e exclusivamente procurar atingir a quantos sofrem, enfrentando problemas dessa natureza, e não tem com quem conversar a respeito, na procura da solução.
O que, geralmente, acontece é que os problemas vão se agravando com o tempo e acabam por criarem dificuldades a todo o grupo familiar. No entanto, esse obstáculo poderia ser contornado através de um encaminhamento racional que propiciaria a consolidação da família, com real benefício, principalmente para os filhos. Essas soluções poderiam vir da experiência de vivência de outros casais; por isso, ser de elevada utilidade o agrupamento para discussão dos acontecimentos, tanto positivos como negativos em nossas vidas, para que iluminem o caminho, principalmente dos jovens. Gostaria que você cotejasse tudo que for dito, com a experiência pessoal e refletisse sobre como poderia ajudar outras pessoas.
Não possuo soluções técnicas para os problemas que poderão existir, mas tão somente uma experiência de pouco mais de quarenta anos, na vivência de um relacionamento que ainda está longe de ser perfeito. O importante são os obstáculos vencidos a cada instante, que nos vão encorajando a prosseguir mais alguns passos e, quando olhamos para trás, os filhos já estão encaminhados e percebemos que a nossa caminhada não foi em vão, que conseguimos ajudar a estabelecer a felicidade daqueles que nos são caros. E, aí, sentimos uma certeza que valeu à pena! Os netos começam a chegar para premiar a nossa velhice e sentimos que o resultado teria sido outro se houvéssemos esmorecido pelo caminho.
O que acontece é que muitas pessoas desistem antes de tentarem; diante da primeira dificuldade, que comumente nasce de nossa imaturidade; acham que não dá mais!
Mas sempre haverá uma maneira e somente deveremos desistir em casos extremos em que a violência se instale. Nesses casos, principalmente quando não existe um sentimento forte de amor e compreensão, então . . .
Antes teremos um longo caminho de tentativas e esclarecimentos. Deverá ser restabelecidos o diálogo (ou iniciado se ele nunca existiu) e serem discutidos os assuntos que são de suma importância para que haja entendimento. E os filhos, se já houver, deverão participar, também, porque são os maiores interessados na solução dos problemas.
Esses assuntos é que gostaríamos de discutir aqui, unicamente como um preparo para encontros pessoais dos interessados na discussão dos mesmos.
À medida que o espaço se ofereça, estaremos falando sobre: Harmonia Conjugal; Harmonia Sexual; Paternidade Responsável; Diálogo Conjugal e Familiar; Educação dos Filhos; Vida Espiritual e Relacionamento com Deus.
São assuntos que intercalam-se e influem em nosso relacionamento. Vamos caminhar juntos!




H A R M O N I A C O N J U G A L

“A Mococa”
21/10/1.989

Quando duas pessoas passam a viver juntas é que irão começar a conhecerem-se. Deus, quando instituiu a união conjugal, estabeleceu que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher e se tornasse em uma carne com ela; disse, também, que Adão “conheceu” Eva. Conhecer! Esta é a palavra chave para um bom relacionamento. Quando estabelecemos um lar deveremos desligar-nos dos laços anteriores e dedicar-nos inteiramente, o nosso tempo, a nossa inteligência, a nossa sensibilidade, ao trabalho de conhecer o nosso cônjuge.
Nós poderemos namorar por algum tempo, noivar por um período maior, mas na realidade só começaremos a nos conhecer a partir do momento que passarmos a viver juntos. Durante o tempo de namoro e noivado, geralmente, não nos revelamos. Quando passamos a conviver, vinte e quatro horas por dia, juntos, não mais conseguiremos esconder as nossas esquisitices (porque todos as temos) e o romantismo dos dias anteriores começa a desmoronar diante da realidade.
É claro que poderemos observar muitas coisas durante o tempo de namoro e noivado. Por exemplo: a maneira que cada um trata os seus pais e irmãos, são indícios do
que seremos depois do casamento; A “prova de fogo” porém, virá mesmo, depois. Os defeitos começam a aparecer e constatamos que os mitos que construímos, na realidade não existem. Teremos que reconstruí-los de acordo com a realidade, e essa realidade, essa nova imagem, na maioria das vezes não nos agrada.
Será a partir desse momento que começaremos a nos tornarmos adultos; através da compreensão mútua, através do diálogo que deverá se iniciar, para irmos solucionando as nossas diferenças. Nesse momento deverá haver sinceridade acima de tudo; nada deverá ser escondido e recalcado; se assim procedermos, o que não ficou resolvido continuará a influir negativamente no relacionamento.
Aos poucos é que a vida conjugal irá se harmonizando. Deverá haver muito carinho e amor na condução das divergências para que não sejam guardados ressentimentos.. Uma coisa a evitar será o tratamento grosseiro que distancia as pessoas.
Nenhum dos dois deverá ser dominador ou mesquinho, desejando sempre dar a última palavra.
Outra coisa a evitar será o ciúme que é uma indicação de insegurança. Deveremos sempre termos a certeza de que somos o único na vida de nosso companheiro. A manifestação de cenas de ciúme, separa cada vez mais os cônjuges, pois eqüivale a uma acusação de infidelidade. Da maneira como se apresenta a dinâmica social hoje, quando marido e mulher necessitam trabalhar fora de casa para compor o orçamento familiar, as oportunidades de infidelidade se multiplicam e quando há insegurança, gerada, na maioria das vezes, por complexos de inferioridade, por imaturidade dos parceiros, o convívio passará a ser impossível. Quando não existe o amor e o casamento foi realizado se a devida reflexão, o diálogo poderá redimensionar esse relacionamento para que através dele se construa uma base concreta para a vivência em comum.
Será sempre preferível que seja retardada a chegada dos filhos, até que o casal haja conseguido equilibrar as suas diferenças. Quando solidificado o convívio, terá chegado a hora de enriquecer os lares com as crianças que aí sim serão mais um elo de amor e compreensão.


H A R M O N I A S E X U A L

“A Mococa”
28/10/1.989

Uma das fontes de maior dificuldade no casamento é, sem dúvida nenhuma, o relacionamento sexual.
Antigamente era o homem quem levava a maior experiência sexual para o casamento. À mulher era exigida a virgindade e ela só ia conhecer esse relacionamento no noite de núpcias.
O “tabu”, hoje foi atenuado e “permite-se” que a mulher, também, possa envolver-se sexualmente, antes do casamento. Isso, na realidade, é uma balela, porque, principalmente no caso dos latinos que possuem um temperamento “machista”, ainda é exigido serem eles os primeiros. Eles são liberais quando desejam usufruir, mas quando resolvem casar, vão procurar uma jovem virgem. E aquelas que não souberam resguardar-se, geralmente ficam para titias, ou têm um destino mais penoso ainda. Em que pese esse pseudo liberalismo que poderá dar oportunidade de experiências tanto ao homem como à mulher, será sempre um tipo diferente daquilo que se faz necessário na vida conjugal.
É normal surgirem dificuldades nesse relacionamento, que se não forem esclarecidos levarão a um desentendimento crônico. Se existirem problemas (e eles sempre são passíveis de existir) o assunto deverá ser abordado com sinceridade, para o esclarecimento devido. Tanto o marido como a esposa deverão perguntarem-se se não estarão sendo egoístas nesse relacionamento. Se um não está negando-se ao outro (até psicologicamente, entregando o corpo e negando a alma) em um encontro sem vida. Deverá haver um empenho constante no sentido de aperfeiçoar esse relacionamento através do esclarecimento, pois poderá estar havendo uma influencia pelo tipo de educação que cada um dos cônjuges recebeu. Tudo deverá ser reciclado! Muito poderá ser feito para aperfeiçoar, cada vez mais, os métodos que satisfaçam plenamente a cada um dos participantes dessa união, aliando-se à compreensão, à boa vontade e, principalmente, o amor. Esse amor se revelará quando nos dispusermos a servir um ao outro.
Sempre estejamos atentos que, um bom relacionamento sexual será o resultado de um bom relacionamento conjugal. Este será, sempre, um condicionamento para o bom desempenho do primeiro. Se não houver harmonia nesse campo nada mais poderá desenvolver-se satisfatoriamente.


P A T E R N I D A D E R E S P O N S Á V E L


“A Mococa”
04/11/1.989



Um dos mais importantes aspectos do casamento é o referente à procriação de filhos. Ela nunca poderá ser desordenada e sim planejada.
A falta de planejamento do casal poderá ocasionar uma gravidez indesejável criando uma espécie de rejeição psicológica que, até, poderá afetar a criança. Sem contar o que constantemente acontece, os pais optando pela interrupção do processo de gestação, “assassinando” aquela criança que já era vida. Porque o feto já é uma vida! Como o exemplo que ouvimos em um conferencia: “Um pedaço de pão não é pão? E uma gota de Água não é água? Assim aquela vida por minúscula que seja, já é vida!”
É uma violência destruir uma vida que nem tem possibilidade de defesa. Além do trauma que é causado à mãe que carregará para sempre a culpa pelo crime praticado.
Nos E.UA foi dada, recentemente, uma sentença em processo, reconhecendo que alguns embriões fecundados artificialmente e conservados congelados, não poderão ser destruídos por tratarem-se de vidas.
Agora, o planejamento familiar já é diferente; trata-se de procurar evitar-se a instalação de gravidez, através de vários métodos, por um período de tempo, com a finalidade de preparar condições propicias para a vinda de uma criança. Às vezes, até se faz aconselhável que, um casal, nos primeiros meses do casamento, evitem que se instale uma gravidez, aguardando-se uma ocasião mais conveniente. Os primeiros meses é um período de adaptação e conhecimento, um do outro. É necessário que os cônjuges possam gozar livremente desse relacionamento conjugal e sexual. Depois que já adquiriram uma adaptação física e psicológica adequadas, será a hora de providenciar a vinda dessas preciosidades que são os filhos, e que assim serão recebidos em um ambiente de paz, amor e alegria, além de que encontrará condições econômicas e financeiras que lhes garantirão subsistência e educação de acordo com a sua necessidade.


D I Á L O G O C O N J U G A L E F A M I L I A R



“A Mococa”
11/11/1.989



Este é um dos pontos fundamentais no relacionamento. O homem é superior, justamente porque conseguiu falar e através da palavra, fazer-se entender. Não fora isso e o mundo não teria alcançado o desenvolvimento que alcançou.
Na família, tudo que acontece é influenciado pela palavra. Desde o namoro, noivado, seguido pelo relacionamento das famílias, conjugal, sexual, social, a educação e orientação dos filhos. Nada se fará sem o poder mágico das palavras.
No entanto, mesmo que tenhamos pleno conhecimento do valor do diálogo, ele não se estabelece simplesmente, obedecendo a nossa vontade. Ele é influenciado pela personalidade das pessoas, pelas circunstancias de momento, muitas vezes fugindo ao nosso controle.
O homem, para conhecer o seu semelhante, precisará, antes, conhecer-se a si próprio. Conhecer-se, auto-analisar-se, estabelecer as suas limitações, será a melhor maneira de alcançar aos outros.
Procuro analisar, sem rancor, as críticas que fazem a meu respeito? Qual o meu procedimento quando sou criticado? Sou capaz de agradecer? Qual o meu procedimento para com minha esposa, com meus filhos? Ouço-os com amor e compreensão, ou procuro “ganhar” impondo somente o meu ponto de vista?
É preciso que nos conheçamos muito bem para que possamos dialogar com a nossa esposa, com os nossos filhos a fim de resolvermos tudo racionalmente. Muitas vezes não seremos nós que estaremos com a razão e teremos que ter a humildade para reconhecer isso e aceitarmos os pontos de vista de outras pessoas. Nós não somos as pessoas mais sábias do mundo, mas estaremos no caminho da sabedoria se aceitarmos as direções que nos são
indicadas. Nesse aprendizado constante iremos construindo, solidamente, aquilo que mais desejamos que é a felicidade de nossos filhos. Demos a eles essa oportunidade, porque em nosso tempo próprio, também fomos beneficiados. Que em nossa caminhada possamos marcar os rastros do esforço distendido para a consolidação da família e aperfeiçoamento da sociedade.


E D U C A Ç Ã O D O S F I L H O S

“A Mococa”
18/12/1.989

O que é educação?
É o ato de se desenvolver as faculdades físicas, intelectuais morais e psicológicas do indivíduo.
Geralmente o pai, que é o principal responsável pela educação da criança e do adolescente, não está preparado para essa tarefa espetacular. Para bem educar precisará existir espírito de liderança, autoridade, disciplina, conhecimento da natureza humana, para que, sem autoritarismo, possamos orientar as nossas crianças.
De fundamental importância será a nossa presença física e um equilíbrio psicológico para que desde pequenos eles possam ir adquirindo a segurança necessária para que se desenvolvam e estejam preparados para os embates da vida. Deveremos ter paciência para ouvi-los dando-lhes a oportunidade de apresentar, sem interrupção, as suas versões dos fatos, para depois julgarmos com justiça, procurando, menos que castigá-los, orientá-los para a correção dos costumes. Quando tivermos de castigá-los, eles deverão compreender porque isso teve de acontecer. sem a necessidade de sentirem-se humilhados.
Deveremos sempre acompanhar, com interesse, a vida escolar de nossos filhos, ajudando-os a entenderem a utilidade da instrução para a comodidade de sua vida futura. Teremos que fazê-los enxergar a utilidade da cultura para a compreensão dos fatos da vida. Nesse sentido deveremos incentivá-los à leitura sobre todos os assuntos para que, inclusive, possam conseguir um bom relacionamento social. Nesse particular, como em outros, valerá mais o exemplo pessoal; deveremos acompanhá-los à biblioteca pública, orientando-os como se utiliza a mesma. Ajudá-los, também, a compreenderem o que estão lendo; esse convívio será sempre salutar. Muitas vezes, devido aos nossos afazeres, delegamos a outros essa tarefa que caberia a nós, de estarmos presentes na caminhada de nossos filhos; isso deverá ser evitado porque ninguém nos substituirá com o empenho necessário; somente quem ama poderá saber o que é melhor para a pessoa amada.
O sábio Salomão deixou escrito: “ Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” E Deus, quando indicou os preceitos de sua sabedoria incumbiu aos pais o privilégio de transmiti-los: “E intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te”. (Prov. 22:6; Deuteronômio 6:7).
Quando eu, casado a pouco tempo e minha esposa passou a esperar o primeiro filho, me preocupava com a falta de experiência e procurava aprender com os mais velhos, lendo livros e pedindo a Deus que me desse sabedoria para que pudesse orientar convenientemente aquela criança que estava para chegar. Havia um velho senhor que trabalhava comigo e que depois de ouvir-me com paciência dizia: “Seu Klein, educação de filhos, é pedir a Deus! E de fato ele tinha razão, se dedicarmos o pouco que sabemos, com amor, em nossa tarefa, Deus fará o resto, dando-nos condições de realizar um trabalho razoável. E as normas já foram instituídas a milhares de anos através de Sua Palavra que é um depositário de preciosidades. Quando encontrarem qualquer dúvida em suas vidas, de como deverá ser a sua conduta, pode crer, que a resposta estará registrada em sua bíblia, bastará apenas que tenhamos a intimidade necessária para que possamos encontrar o que precisamos, no momento certo.


V I D A E S P I R I T U A L

“A Mococa”
25/11/1.989

A família é uma instituição divina, daí a nossa necessidade de estabelecermos uma comunhão estreita com o Criador.
O ser humano sempre notou a necessidade de sentir que existe uma força poderosa a quem pode recorrer para que sinta segurança. Não importa o agrupamento religioso no qual participemos, se nos afastarmos de nossa fé nos sentiremos perdidos.
Religião, em seu sentido lato, é religação a Deus. O homem afastou-se de Deus e ao sentir-se desprotegido conscientizou-se da necessidade de estabelecer novamente esse vínculo que lhe garante o poder de voltar a ser filho de Deus. Cada religião possui o seu livro sagrado e para nós, cristãos, esse livro é a bíblia, que é Deus falando-nos e estabelecendo um concerto com Abraão, para a salvação da humanidade. Ele nos fala, através de Sua Palavra e ouve-nos pela oração. Deveremos sempre crer nisso para que restabeleçamos a ligação.
E, como vai esse nosso relacionamento? Em que estágio se encontra a nossa fé? Temos conduzido nossos filhos a uma comunhão com o Criador, sem medo de represálias?
Nossa vida espiritual deverá ser uma adesão existencial a Cristo. Principalmente nos momentos difíceis, quando as dificuldades aparecem, deveremos estar preparados através de uma fé madura que nos dará forças para superarmos os obstáculos.
Essa confiança em Deus somente se conquistará através do exemplo. Se estivermos vivenciando a nossa fé seremos capazes de transmiti-la àqueles que nos rodeiam. Não adiantará ensinamentos se não praticarmos.
Chegamos ao fim dessa série de rápidas reflexões que serviram para nos
exercitarmos na conquista da harmonia no casamento. Muito ainda poderá ser dito; principalmente há muita experiência a ser compartilhada, o que poderá ajudar as pessoas a se livrarem do naufrágio da vida que, geralmente, deixa marcas profundas, desfazendo a alegria e plantando, em seu lugar, a frustração e a solidão.
Creio que nós poderemos contribuir para que lares não sejam desfeitos e que muitas crianças não venham a ser órfãos de pais vivos, carregando o estigma da marginalidade.
Por favor! Reflita sobre isso!


U M P R O J E T O P O L Í T I C O

“A Mococa”
11/02/1.989

Passamos, recentemente, por eleições municipais onde, acima dos partidos políticos, prevaleceram as qualidades pessoais dos candidatos. Na oportunidade, uma forte carga emocional tomava conta dos eleitores, desejosos de mudanças, para renascer-lhes a esperança.
Essas eleições foram um ensino para as batalhas que se travarão este ano para eleger o Presidente da Republica e no próximo, para que sejam renovadas as representações no Senado e nas Câmaras Federal e Estadual.
Os partidos políticos vêm se estruturando a fim de conquistarem espaço nas comunidades interioranas e assim estarem aptos à luta eleitoral. Em cada cidade, diretórios são constituídos e formada a militância que se constituirá na força viva para as disputas que se avizinham. Ainda outros diretórios deverão surgir e isso é muito saudável para que o povo participe das várias correntes ideológicas e se coloque na defesa da cidadania.
Nas eleições para Presidente da República, a maioria dos partidos (principalmente em primeiro turno) estará concorrendo com candidato próprio. Para as eleições a cargos de deputado estadual e federal o panorama apresentará algumas distorções, visto haver interesse do partido, que por sua vez baseia-se no prestigio pessoal do candidato.
No que diz respeito ao cargo de Deputado Estadual, que interessa mais de perto o município, o que temos assistido é inúmeros candidatos apresentarem-se ao eleitorado do interior, colhendo uns votos, aqui e ali, sem estarem vinculados à cidade, não assumindo, portanto, nenhum compromisso (salvo raríssimas exceções) para a defesa dos interesses regionais. É preciso que se mude isso! A escolha deve recair sobre candidato próprio que, assim, representará os interesses da cidade prioritariamente.
Será necessário que se crie um projeto para ser desenvolvido a médio e longo prazos, para que se concretize o apoio a um candidato que realmente defenda os interesses da comunidade.
Para isso é preciso que acima dos interesses partidários, sejam colocados os da cidade. Conclamem-se todos os cidadãos conscientes a cerrarem fileiras em torno da idéia de se escolher, na hora adequada, um único nome representativo dentre as lideranças. Mesmo porque, se houvessem vários candidatos, nenhum se elegerá e a cidade ficará sem representatividade.
Contatem-se os conterrâneos radicados nos vários recantos do Estado para que, onde estiverem, trabalhem em favor deste projeto que irá beneficiar a sua cidade natal.
Talvez alguém possa julgar ser prematuro o inicio de tal campanha, mas somente com tempo para um bom planejamento conseguiremos alcançar êxito.
Um obstáculo se coloca nessa trajetória. Será conciliar a conveniência da fidelidade partidária, que se faz aconselhável e a defesa dos interesses regionais. Uma solução seria a organização de um diretório de um novo partido que ainda não haja se constituído em Mococa, para que se possa unir, nessa sigla, todas as lideranças ativas, a fim de alcançar a pacificação comunitária que, aliás, deve ser as aspiração de todo cidadão; ou essa pacificação poderia vir através de um acordo entre partidos que, mesmo conservando a sua personalidade, trabalhariam no sentido de concretizar o projeto, através do apoio a um só candidato.
A base fundamental será o desarmamento dos espíritos e o abandono de aspirações pessoais. Quem não se alinhar aos princípios exigidos estará posicionando-se à margem da história. Mas cremos que as lideranças, conscientes, que são, de sua responsabilidade, estarão dispostas a esquecer as mágoas passadas e a estender as mãos para que todos juntos possam trabalhar pela concretização de um projeto político que trará muitos benefícios a Mococa e à sua gente.


P R O J E T O P O L Í T I C O II


24/04/1.989

Quando preconizamos a aglutinação das forças políticas, de Mococa, em torno de uma sigla, que possibilitasse a união das lideranças, com o objetivo de trabalharem em benefício de nosso município, tínhamos a certeza de que tal fato era possível e necessário. Desde então, temos trocado idéias com varias pessoas que manifestaram a confiança que realmente as lideranças unir-se-ão com o propósito de conseguirem elevar o peso político de nossa cidade.
Agora, presenciamos a primeira manifestação pública, na pessoa do ilustre vereador Dr. Tadeu Rezende. Sua Ex.cia. em artigo neste jornal (“A Mococa”), conclama as pessoas de boa vontade a unirem-se para trabalharem irmanados pelos interesses comunitários; idealiza, inclusive, a criação de um partido político regional para dar maior representatividade à nossa região.
Talvez a ação apropriada fosse , realmente, essa, não fora a dificuldade legal para a criação de partidos, que sempre se obrigarão a ter representação nacional, abrangendo vários estados. Isso está inviabilizando alguns partidos que, se não conseguirem cumprir as exigências legais, deixarão de existir.
Isso não deverá nos desesperar, pois como aventamos anteriormente, poderemos organizar o diretório de um novo partido, que já esteja legalizado, para nele nos reunirmos. Mesmo porque, o fundamental não será o partido ( se bem que deverá enquadrar-se em nosso ideal para consolidação da democracia) e sim a nossa união; essa sim representará a nossa força para a vitória nos empreendimentos. O dia em que Mococa se unir em torno de uma sigla, e votar maciçamente em um só candidato, ela será vitoriosa, ainda que o candidato não seja eleito; o valor será pela unidade.
Temos a certeza de que todas as lideranças de nossa comuna colocam os interesses coletivos acima dos próprios e estarão dispostas a contribuírem, com o seu apoio, para esse projeto que trará benefícios à maioria. Ela sempre estará de braços dados com os ousados porque o tempo corre e a história não pára para aguardar os indecisos. Serão sempre os ousados que farão acontecer os fatos dignos de registro.
A discussão está aberta e será através dela que tomaremos conhecimento das legítimas lideranças da terra e porque chegaram a ocupar.


A C A D E M I A M O C O Q U E N S E D E L E T R A S


“A Mococa”
06/05/1.989

Não vamos chegar a tanto!
Mas existe a necessidade urgente de criar-se uma associação para congregar, tanto os intelectuais de Mococa, como, também, os valores jovens que estão surgindo, fruto do amadurecimento do ser humano que, se não puderem contar com o apoio de uma entidade, dificilmente conseguirão emergir do anonimato e verem as suas obras conhecidas e reconhecidas pelo público.
Uma associação dessa natureza poderia, inclusive, carrear recursos da “Lei Sarney”, facilitando a publicação de trabalhos que revelariam os talentos da terra, que de outra forma continuariam no ostracismo. Às vezes os jovens escritores constrangem-se de apresentarem-se como tal, por não possuírem obras publicadas; deverão conscientizar-se que ser escritor não é publicar obras; é tão somente ter talento para escrever, e escrever. E tem até quem escreve sem ter talento e nem por isso deixa de ser escritor. A publicação, sem dúvida nenhuma, é importante para divulgação da obra!
Desejo de usar de humildade e confessar que a idéia não é minha; ela me foi revelada por um grupo de integrantes do PT - Partido dos Trabalhadores. Sim! Eles têm esse projeto idealizado e até cogitam reunir as pessoas que têm alguma produção literária para editarem uma espécie de “antologia mocoquense”. Não fui autorizado ou solicitado a divulgar a idéia mas simplesmente informado. Porém, considerando que o projeto deva ser ventilado para que os interessados vão aglutinando-se em torno desse ideal que é válido mas que somente poderá ser concretizado e solidificado através de esforço comum.
Muitas pessoas deverão possuir material literário de primeiríssima qualidade que poderão vir a perder-se por falta de oportunidade de divulgação.
Vamos nos unir em torno dessa idéia! Vamos realizar reuniões para discussão! Será através dessa movimentação que poderá nascer essa entidade, fadada a revelar e projetar, ainda mais, o nome da cidade.
Acreditamos que a própria Diretoria de Educação e Cultura estará disposta a colaborar na criação dessa associação que virá engrandecer


“A Mococa”,31/08/1.989

Coluna Mário Zamarian

“O jornalista e contista José Wladimir Klein, agora integrado à vida mocoquense, idealiza a fundação de uma Associação (que poderá vir a ter outro nome) de Escritores. Na primeira reunião, muita receptividade e, ainda neste mês, uma nova movimentação para dar corpo à entidade idealizada.”

“Diário Popular” 03/09/1.989
Coluna Vera Martins
“José Wladimir Klein agrupando os fundadores da Associação de Escritores para um téte a téte.”

“A Mococa”, 02/09/1.989

Duas reuniões foram o bastante e está criada, em nossa cidade, a “Associação Literária Mocoquense”, que terá a sigla “ALIM”.
A iniciativa foi do jornalista José Wladimir Klein, que há mais ou menos 3 anos se acha radicado entre nós, tornando Mococa o seu novo centro de vida e para quem deseja prestar a sua colaboração de trabalho. Em duas reuniões, apenas, repetimos, se encontrou o campo propício para a fundação desta nova entidade, que tem como escopo o incremento da literatura entre nós. O gosto pela leitura, em síntese.
Nesta segunda reunião realizada no Departamento de Educação e Cultura da Municipalidade, gentilmente cedido, no apressamento dos trabalhos, já se formou a primeira diretoria da entidade, diretoria esta que tem o caráter provisório de um ano, até que se complete a papelada necessária para o indispensável registro oficial da “ALIM”.
A diretoria fundadora da novel entidade tem a seguinte formação: Presidente Prof. Mário Robertson de Sylos Filho; Vice-Presidente, Teresinha D. Benevides de Camargo; lº Secrtetário, José Wladimir Klein; 2º Secretário, Sérgio Ricardo Grande; 1º Tesoureiro, Simone Granito de Camargo; 2º Tesoureiro, Elida B Daniel Bento e Diretor de comunicações Mário Zamarian.
Tão logo eleita e empossada, a nova diretoria já assumiu seu primeiro compromisso, atendendo a convite. Vai participar da Semana Cultural promovida pela Faculdade de Pedagogia de nossa cidade; evento a se efetuar na segunda semana do mês em curso.
Que a entidade recém fundada consiga atingir seus reais objetivos, são os nossos votos.

T U M U L T U A N D O O P R O C E S S O

“A Mococa”
22/07/1.989

Um projeto político bem definido, para que possa almejar ao sucesso, deverá ser conduzido, evoluindo por diversas etapas, que se colocarão em uma seqüência lógica. Se trocarmos a ordem das diversas partes estaremos tumultuando o processo, causando a invalidação de todo o esforço despendido.
A primeira etapa será a de estabelecer a idéia-objetivo; logo em seguida virá o planejamento que propiciará alcançar o objetivo colimado, através da arregimentação de forças. Na última etapa, depois de consolidada as anteriores, é que deverá ser feita a classificação de nomes que ocuparão cargos. Estes deverão ser preenchidos por pessoas que tenham a aprovação das bases (o povo) para poderem contar com o apoio maciço. De nada adiantará decisões de cúpula, em gabinetes, se não pudermos contar com o aval das massas. Esta linha de conduta deverá ser seguida, se é que, de fato, desejamos alcançar o objetivo, que no nosso caso seria a conquista de uma cadeira na Assembléia Legislativa Estadual, para um representante de Mococa.
A escolha de um nome quando a comunidade ainda esta tentando estabelecer um plano de unificação, para todos juntos alcançarem o objetivo, revela (me perdoem) inexperiência política, que poderá, até, prejudicar o candidato; a não ser que houvesse a intenção premeditada de “queimá-lo”, por uma apresentação prematura, o que não acreditamos ser o caso. A indicação, há alguns dias, da candidatura de Monsenhor Demosthenes Paraná Brasil Pontes, por um grupo de amigos, poderá vir a invalidar a sua candidatura que, no final, poderia vir a ser uma boa candidatura, apoiada por todas as correntes. O referido grupo, que nós não sabemos formado por que pessoas, com a sua atitude prematura (talvez com a melhor das intenções, está querendo impor um nome, criando, com isso, um ponto de atrito que prejudicará as negociações que deverão e terão de ser estabelecidas. O ideal, nesta fase dos acontecimentos, seria a discussão, com a população e entre as lideranças, da idéia-objetivo de estabelecer-se a união de todas as correntes e apresentação de um só candidato, que deverá ser de consenso, e que viabilizará a candidatura. Se o candidato for escolhido dessa maneira terá o apoio da maioria, o que possibilitará a vitória.
Na presente fase, as lideranças partidárias deverão conversar entre si e consolidar um acordo. Talvez esse acordo devesse passar por uma demonstração de força, já nas eleições presidenciais, para depois, logo se escolher o candidato a Deputado Estadual e, todos juntos, começarem a trabalhar para elegê-lo.
Acreditamos que a escolha desse nome devesse ser feita através de consulta popular, comprometendo-se, todos os participantes, a respeitar o resultado da mesma. Um procedimento diferente nos levará à desunião e à apresentação de vários candidatos e a eleição de nenhum.
O correto seria que todos agissem com desprendimento e espírito público, colocando os interesses do município acima de interesses e/ou divergências pessoais.




T R Ê S P R O J E T O S P A R A M O C O C A

“A Mococa”
19/08/1.989

Desejando criar algo que viesse beneficiar Mococa e sua gente, pelo apreço que lhes
dedico, idealizei, em minha mente, três projetos que tiveram início através de artigos inseridos no jornal “A Mococa”, e deverão ser desenvolvidos de acordo com o interesse despertado; são eles: “Projeto Político” ; “Projeto Cultural” ; Projeto Humanitário.
O “Projeto Político” destina-se a incentivar a aglutinação de forças políticas de nosso município, para que apresentemos e consigamos a vitória, de um candidato a Deputado Estadual. Já abordado por várias pessoas e inclusive tendo havido repercussão na “Câmara Municipal”, esse projeto está evoluindo e acreditamos que poderemos contar com a boa vontade das lideranças políticas de nossa cidade para a união necessária para a concretização desse objetivo que virá beneficiar Mococa e sua gente.
O “Projeto Cultural” propõe a criação de uma Associação que congregue as pessoas que escrevem e aquelas que tem apreço pela literatura, com a finalidade de editar um jornal literário e tentar publicar obras de escritores radicados em Mococa; essas obras existem e são de muito boa qualidade, só aguardando a oportunidade que agora abre-se com a fundação da Associação. Este projeto está em andamento; estamos realizando reuniões e brevemente poderá ser uma realidade; dependendo da participação de quantos se interessam pela literatura.

O “Projeto Humanitário” propõe a criação da “Comunidade de Vida e Amor” que se destinará a ajudar aos casais que encontrem dificuldade de adaptação e de relacionamento dentro do matrimônio. Esses problemas não são privilégio de casais novos, eles podem existir em qualquer casamento, podendo gerar desencontros que até causam a separação definitiva. A idéia será aproveitar a experiência de vivência dos casais, para ajudar aqueles que encontrem-se, momentaneamente, desajustados, ajudando, de todas as maneiras, para consolidar cada vez mais a instituição da família.
Consideramos importantes, essas atividades, para a cidade e nos propomos a desenvolvê-las conjuntamente com os grupos interessados; qualquer informação poderá ser obtida à Rua Catulo da Paixão Cearense, 108 - Jardim Santa Clara - ou pelo telefone 55-3167 com Klein.


U M C A N D I D A T O D E Q U A L I D A D E

“A Mococa”
26/08/1.989

Um dos projetos de maior importância será destinado a unir a população de Mococa, para a eleição de um representante para a Assembléia Legislativa do Estado.
A eleição de um novo representante, que esteja comprometido com a luta por melhorias de vida para a nossa cidade, se impõe, visto que, somente se estivermos representados condignamente, a nossa voz será ouvida e oferecida a resposta em melhorias que virão beneficiar a nossa comunidade.
Nesse trabalho de conscientização dos eleitores, para que votem em um candidato de consenso, deverá haver desprendimento por parte de todos; somente se colocarmos os interesses da cidade em primeiro lugar conseguiremos a união necessária para alcançarmos os nossos objetivos. Em nossa opinião, deveria-se formar uma frente ampla, sem conotação partidária, para que não houvesse pendência para interesses partidários, em prejuízo dos interesses da cidade.
Não que desejemos alijar os partidos do processo; temos consciência que serão os partidos quem deverão indicar os candidatos, regularizando as suas participações no pleito. Mas, essa conciliação tão desejada e tão necessária, deverá ser conduzida pela sociedade como um todo, lastreada pelas organizações apolíticas, como clubes de serviços, Associações de Estudantes, Sociedades Amigos de Bairro, que garantirão a escolha do candidato que melhor represente os interesses que deverão ser definidos, apontando-o para que seja prestigiado por toda a população.
Um procedimento dessa natureza impedirá que os nomes sejam impostos pelas cúpulas, como tem acontecido freqüentemente, o que enfraquece a postulação. Os partidos ver-se-ão no dever de indicarem os melhores candidatos que submeter-se-ão a uma prévia, cujo vencedor será, sem sombra de dúvida, o candidato legítimo para representar Mococa. Essa escolha poderá ser precedida de amplo debate que orientará a seleção pelos eleitores, os quais, temos a certeza, consagrarão esse candidato que nos representará na Assembléia Legislativa.
Para essa cruzada cívica, que deverá ser iniciada o mais breve possível, convocamos todas as pessoas de boa vontade e os grupos representativos de nosso sociedade.
Mococa tem servido de modelo em muitas áreas de atuação. Vamos provar que o nosso povo, também, tem capacidade de inovar em política, unindo todas as forças para conduzir os nossos cidadãos a uma sábia decisão.


H O R A D A M O B I L I Z A Ç Ã O

“A Mococa”
30/09/1.989

Quando olhamos para o passado e analisamos a evolução política do país, realmente sentimo-nos desanimados! Os poderes dominantes, representados por vários segmentos, alternam-se no poder partilhando entre si os frutos, arrancados da necessidade dos humildes.
Enquanto isso, acentuava-se o empobrecimento do nosso povo que ficou amordaçado e impedido de receber os seus mais legítimos direitos. O poder aquisitivo foi diminuindo e a assistência à educação e à saúde deterioraram-se, voltando a crescer a mortalidade infantil e o analfabetismo. Hoje, falam as estatísticas, morrem mais crianças no seu primeiro ano de vida do que em décadas passadas; existem mais de trinta milhões de analfabetos, sendo mais de um terço em idade de estarem matriculados nas escolas; e não estão por falta de vagas. E, quando escapam da morte prematura, essas crianças, crescem subalimentadas, com o seu desenvolvimento mental comprometido.
E por que isso acontece?
Porque quedamo-nos inertes, assistindo a esse descalabro, sem tomarmos uma postura de dignidade na defesa desse contingente de irmãos deserdados.
Necessitamos assumir a responsabilidade que nos cabe de participarmos do processo político, se é que realmente desejamos transformar esse país, eliminando, neutralizando, as forças que se posicionaram no poder ( como donas), determinando o destino do povo brasileiro. O povo organizado será o verdadeiro dono do poder pelo potencial de votação que tem a felicidade de direcionar para os candidatos verdadeiramente comprometidos com os seus ideais. No entanto, têm sido iludido e enganado, para que desvie esses votos dos que poderiam representa-los , legitimamente, e confie-os a candidatos que são aqueles mesmos lobos do passado, agora fantasiados de cordeiros.
Isso acontece porque as massas não têm-se politizado pela participação efetiva, que poderá transformar o seu próprio destino.
É hora de mobilização e de participação. É hora de cada um de nós assumir o seu papel político, participando ativamente da campanha daquele candidato que possa apresentar um sólido passado, que lhe dê credibilidade para empreender a tarefa gigante de transformar as instituições, para adequá-las a princípios de maior justiça social.
Agora é a hora para que todos engajem-se nas estruturas partidárias para enriquecê-las e fortalecê-las, para que, seja robustecida a democracia.
Chegou a hora da mobilização . . .


U N I Ã O P O R M O C O C A

“A Mococa”
06/01/1.990

Com a postulação do Dr. Antônio Naufel, à candidatura a uma vaga na Assembléia Legislativa do Estado, abre-se um período de relevante importância para a nossa comunidade, qual seja o de consolidação de uma candidatura vitoriosa, que no máximo, deverá ser estabelecida até o dia 03 de abril, quando haverá um prazo de seis meses para a realização das eleições proporcionais e o primeiro turno para Governador do Estado.
O Dr. Antônio Naufel é, sem dúvida nenhuma, um nome que honrará essa representação; médico de largo prestígio, vereador e presidente da Câmara Municipal, tendo sido agraciado com o título de “Cidadão Mocoquense” por suas contribuições à nossa comunidade. Se escolhido como candidato e eleito, Mococa estaria condignamente representada.
Entretanto, o nosso objetivo maior deverá ser a aglutinação de todas as forças políticas do município para a consolidação de uma candidatura que deverá unificar toda a população. Isso somente poderá ser conseguido através de um comitê Supra -Partidário que coloque os interesses da cidade acima de quaisquer outros. Uma tarefa difícil mas não impossível, já que temos a certeza de que poderemos contar com a boa vontade de todas as lideranças políticas para que a votação da cidade venha a se concentrar em um único candidato.
Para que isso aconteça, faz-se necessário que venham à tona outros nomes, em torno dos quais poderiam reunir-se maciçamente o eleitorado mocoquense.
Eles são tantos que nem gostaríamos de nomea-los, com receio de deixar à margem algum nome importante; mas teremos que fazê-lo para que não mais se protele a discussão que deverá culminar com a escolha do candidato que reuna maiores oportunidades de vitória.
Entre outros teríamos que citar: Monsenhor Demosthenes Paraná Brasil Pontes; Dr. Francisco José Vieira Guerra. Dr. Jeferson Luiz de Freitas; Sr. Luiz Gonzaga Amato; Sr. Luiz Cominato; Dr. Tadeu Rezende; Dr. João Batista Rotta; Dr. Jair Rotta; Dr. Walter de Souza Xavier; Sr. José Pompeo Corradi; Dr. José Eduardo M. Ciparrone; Dr. Getulio Cardoso da Silva,etc. etc. etc.
Cremos que o nosso candidato deverá estar entre os citados, porém, poderá ser ainda um outro de consenso.
Começamos a corrida contra o calendário e passamos para a fase prática dos entendimentos que deverá culminar com o apoio de todos, os postulantes, ao candidato finalmente escolhido, para que não haja evasão de votos.
Nós já nos alistamos, antecipadamente, a esse Comitê Supra Partidário e estaremos nos empenhando para a eleição do legítimo representante de Mococa.


T E N T A T I V A D E E V A S Ã O

“A Mococa”
20/01/1.990

O que deverá prevalecer, o interesse partidário ou os da cidade?
É correto que desejemos partidos bem estruturados, o que resultará no fortalecimento da democracia; mas não é menos verdade que as instituições fortalecer-se-ão pelo progresso dos municípios. É neste que se formam as lideranças que crescem e se expandem para irem reforçar o regime. É na célula-mater que forjam-se os cidadãos que depois irão conduzir o futuro político da nação.
É, portanto, legítimo que destaquemos as nossas lideranças para que possam influir para que recebamos benefícios.
Isso se fará, pela eleição de um representante da cidade para a Assembléia Legislativa, de onde poderá galgar posições e participar nas decisões nacionais. Em princípio poderíamos até apoiar uma candidatura para o legislativo federal, de outra cidade, contanto que o candidato ao legislativo estadual fosse nosso. Desta vez não poderemos abrir mão disso e deveremos nos unir em torno de uma candidatura própria para evitarmos a evasão de votos, como tem ocorrido em outras ocasiões.
O lançamento, por determinado partido, de uma dupla que não pertence à cidade já se apresenta como uma tentativa de uma sangria de nosso potencial eleitoral; outras virão e procurarão captar votos, sem compromissos concretos com a cidade. Isso, de maneira nenhuma, nos convém. Não nos deveremos deixar enganar e sim unirmo-nos para que os nossos votos sejam consagrados para benefício de Mococa. Possuímos muitos nomes de expressão e em torno de um deles poderemos alcançar a vitória, pois contaremos com os votos da cidade e ainda de pessoas que, mesmo não residindo aqui, são mocoquenses ou amigos da cidade.
Chegou a hora de saber quem está com Mococa e quem se coloca contra; quem tem o desprendimento para abrir mão de interesses pessoais em favor de um projeto que beneficia a nossa cidade; se as lideranças são capazes de superar as divergência pessoais e
se colocarem lado a lado, ombreadas com o povo, para alcançar a vitória unificada.
Porque o povo já não é tão tolo e sabe o que quer; perguntemos se não desejam a união verdadeira e a eleição de um candidato de Mococa para a Assembléia Legislativa? E Será ele quem deverá escolher, e não receber a imposição de uma candidatura alheia à sua vontade. Se agirmos com honestidade o povo, certamente, apoiará, para que sejamos vencedores.
Levemos esse projeto avante através de um comitê suprapartidário que se encarregará de auscultar a opinião pública para a indicação do melhor candidato para Mococa.
Não permitamos que se processe a evasão de votos, como aconteceu no passado; façamos com que todos eles sejam contados para o nosso candidato.
Aos que comungam com os nossos ideais colocamos o telefone 55-3167 para contatos.




C O M C A L M A E S T A B E L E C E R E M O S O C O N S E N S O

“A Mococa”
03/02/1.990

Quanto à nossa representação junto à Assembléia Legislativa, é nossa opinião que ninguém deverá assumir compromisso com candidatos, antes de estabelecer-se um acordo em torno do princípio de apresentarmos candidato único e um compromisso, por parte de todos os participantes, de apoio ao candidato que vier a ser escolhido por consenso. É necessário que todos estejamos de acordo, em primeiro lugar, em torno de princípios, pois a colocação de nomes, nesta fase, daria a impressão de imposição, como sempre tem acontecido. E não é isso que o povo espera das lideranças. Isso daria, como resultado, a “queima”’ desses candidatos que se antecipassem à discussão do princípio de unidade de todas as forças políticas. Em uma segunda fase, dever-se-ia auscultar a opinião pública para que a candidatura nascesse da vontade popular. Aliás, as lideranças já conhecem os nomes em potencial que poderão unir a família mocoquense. Temos a certeza que na hora apropriada surgirá o nome certo, capaz de reunir todo o eleitorado em torno do seu nome.
Os pretensos candidatos têm o direito de estabelecer o diálogo, de procurar apoio, mas o ético, no momento, seria a discussão em torno da unidade que deverá ser estabelecida para que possamos almejar a vitória nas urnas em 3 de outubro. Todos os lideres em potencial deverão estar disponíveis para servir à cidade como candidato, ou como força de apoio àquele que vier a ser escolhido.
Temos recebido a confirmação das lideranças políticas quanto ao apoio a um candidato mocoquense, seja ele quem for, contanto que reuna as qualidades necessárias para que alcancemos o nosso objetivo. Assim sendo, as reuniões que deverão acontecer no mês de fevereiro, deverão procurar o entendimento das lideranças políticas quanto a apoiarmos candidato único. Somente depois desse acordo é que deveremos cogitar de nomes. Eles serão acionados pelas bases e nos darão a oportunidade de selecionar, o que poderá facilitar o trabalho de conscientização da opinião pública. Importante será escolhermos alguém que já possa contar com algum apoio de fora para somar à votação que conseguir aqui.
Estamos caminhando segundo o compasso do tempo; os que desejarem correr poderão tropeçar na própria ambição. O tempo, na verdade, se faz necessário para que o candidato certo se coloque à disposição, receba o apoio da maioria e tenha a vitória consolidada.

A C A M I N H A D A E V O L U I




“A Mococa”
10/02/1.990



Alertamos para que houvesse calma nas definições a fim de que a idéia se fizesse mais madura para a colheita.
E é através da calma, dos entendimentos, que chegaremos a uma solução satisfatória. Os frutos das conversações estão aparecendo e caminham-se para o consenso na escolha do candidato mocoquense que disputará uma cadeira à Assembléia Legislativa.
Já, no início da próxima semana deverá estar acontecendo uma reunião de todas as lideranças políticas para que haja o entendimento em torno do princípio de unidade; dessa reunião poderá, já, ser definido, inclusive, o nome do candidato, que deverá ser aquele que puder contar com o apoio de todas as correntes.
Mococa, desta vez, está unida e é certo que teremos um candidato para a disputa ao cargo de Deputado Estadual.
O momento é histórico e realça-se acima do valor intrínseco do cargo, pelo exemplo de desprendimento que temos assistido; candidatos em potencial estão pensando mais nos interesses da cidade do que em colocações pessoais; todos estão prontos a servir a sua terra natal, esquecendo-se de desentendimentos já passados, conscientes do papel importante que estão representando para a consolidação das mais legítimas aspirações de nossa gente.
O espetáculo se faz grandioso e esperamos que os personagens sejam dignos desse momento de confraternização, de solidariedade e respeito às mais elevadas tradições que nos foram doadas pelos antepassados ilustres. Oxalá as lideranças estejam preparadas, realmente, para representarem, com denodo, o papel que lhes cabe, de tradutores dos ideais populares.
Com toda a certeza, os olhos de todos os mocoquenses estarão voltados para a Câmara Municipal, onde reunir-se-ão as lideranças, com a esperança que dali sairá um resolução sábia e desprendida, para que Mococa saia do ostracismo político e passe a ocupar o lugar que lhe cabe, politicamente, mercê de um povo que tem consciência de seus direitos fundamentais.


M A I S U M A E T A P A V E N C I D A

“A Mococa”
17/02/1.990


Mais um grande passo foi dado, rumo à unificação das forças políticas de Mococa, para a eleição de um candidato à Assembléia Legislativa.
As lideranças reuniram-se na Câmara Municipal para debaterem o assunto; houve uma ampla discussão onde foi dada a oportunidade a todos os presentes para que apresentassem os seus pontos de vista. Com exceção de dois partidos que optaram por sua linha ideológica e apoio a candidatos próprios, o que respeitamos, os demais foram unânimes em apoiar o princípio de unidade de todas as correntes e demonstraram-se dispostos a somarem esforços para a eleição de um candidato de consenso que possua viabilidade eleitoral.
São vários os nomes, donos de potencial e que estariam dispostos a colocarem-se à disposição da frente” que se formará e irá escolher o candidato mais viável.
Por enquanto parece que poderemos contar com dois nomes que são de Padre Demosthenes e do Dr. Antônio Naufel; outros poderão surgir até 2ª feira, 19/02, quando estará sendo realizada mais uma rodada de conversações, na Câmara Municipal, ocasião em que deverá ficar definido o nome de nosso candidato, que irá concorrer a uma vaga na Assembléia Legislativa.
A partir dai estaremos iniciando o trabalho junto às bases para consolidar o apoio que nos autorizará a busca de votos, também, junto às comunidades regionais.
O trabalho será árduo e precisaremos contar com o esforço efetivo de todas as lideranças e de quantos desejarem o progresso de Mococa.
Já é praticamente certo que a candidatura mocoquense consolida-se, o que valorizará o nosso município pelo exemplo de unidade e desprendimento de suas lideranças.
Ao apoiar essa candidatura única, as lideranças comprovam que realmente auscultam os ideais populares e de fato caminham na busca de melhores dias para a nossa cidade.
O tempo, agora, torna-se curto para tanto trabalho a ser empreendido, pelo que convocamos o povo em geral para engajar-se nessa luta que nos trará a vitória em 3 de outubro. Comprometa-se com o candidato de Mococa e mesmo que respeitemos a posição daqueles que não se irmanarem conosco, procuremos preencher os espaços em primeiro lugar.



A M U L H E R D O T E R C E I R O M I L Ê N I O


“A Mococa”
03/03/1.990

Violeta Chamorro vence as eleições na Nicarágua, abrindo caminho para a redemocratização do país; Sua Santidade o Papa João Paulo II, abre a “Campanha da Fraternidade” colocando em evidência a Mulher e D. Evaristo Arns, em entrevista, declara que as presidências das “Comunidades Eclesiais “ estão, em maioria, ocupadas por mulheres; o Presidente eleito, Fernando Collor de Mello, confirma para o cargo de Ministra da Economia a Sra. Zélia Cardoso de Mello que irá desenvolver o trabalho de maior importância de todo o seu ministério. Se fossemos enumerar as mulheres que encontram-se em lugares-chave pelo mundo e no Brasil, não teríamos espaço para publicar a nossa matéria.
A mulher foi, por muito tempo, relegada a auxiliadora eficaz do homem, em uma estrutura criada por este e os dividendos do trabalho empreendido era colhido por quem elaborava as normas e estabelecia as diretrizes. Podem-se dizer, que por milênios, as mulheres foram usurpadas do reconhecimento de sua capacidade, em favor do homem. A mulher sempre foi a auxiliadora mais direta e conselheira de todos os homens “empreendedores” e, por direito, pelo menos a metade do sucesso deveria ser-lhe creditado, senão a maior parte . . .
O homem, pelo seu egoísmo e sua presunção passou a perder os subsídios que lhe conferiam a fama de mais sábio e revelou, de onde vinham as decisões, mais amadurecidas, que eram ditadas, até sublinarmente, por quem foi criada com maior dose de sensibilidade e ponderação. A partir dai, divididos os talentos de cada um (porque Deus havia criado uma entidade perfeita pela união das duas partes) constata-se que a maior parte, geralmente, pertencia ao sexo “frágil” que na verdade não tem nada que a diminua, e sim possui um potencial fabuloso que gera progresso em todos os campos de atividades; notadamente na política é onde ela vem fazendo sentir a sua capacidade, conquistando cada vez maiores espaços, comprovando a inteligência, que, aliada à sua natural sensibilidade, garante-lhe um sucesso sem precedentes.
A aproximação do terceiro milênio, já está apontando para radicais transformações em todos os campos do conhecimento humano, fazendo crer que a mulher, assumindo o controle, irá dar um encaminhamento mais eficaz aos grandes problemas que afligem a humanidade, para benefício de todos. O sexo “forte”, que nesses últimos dois mil anos não demonstrou tanta competência como alardeava, deverá esforçar-se para, pelo menos, revelar-se como um auxiliar consciente do papel que terá de cumprir.
Talvez, agora, dentro de uma nova dimensão, possa surgir uma cooperação real através de uma competição leal e produtiva, gerada por um espírito mais lúcido, de confraternização, de paz e verdadeiro amor.
Disso é que precisamos e dependemos e é o mínimo que nos é exigido, se de fato desejamos ter a percepção consciente dos ensinamentos que nos foram legados pelos grandes mestres de todos os tempos.
A mulher do terceiro milênio é a mulher de sempre, que esteve ao lado do homem encorajando-o, amando-o e ajudando-o na construção de homens. De onde vieram os Presidentes, os Ministros de Estado, os Reis, os grandes cientistas, homens e mulheres, que têm beneficiado a humanidade, senão de lares harmoniosos onde havia um trabalho conjunto?
Não deveremos nos esquecer que a sexualidade é um dom divino que nos encaminha a usufruirmos um relacionamento com amor sadio, que gera o entendimento e o companheirismo, tão necessários para que possamos resolver todas as dificuldades, acima de divergências materiais.
Assim, caminharemos juntos rumo aos mesmos objetivos que nos garantirão a felicidade. À mulher do “Terceiro Milênio”, heroina de todos os tempos, a nossa admiração e respeito.



I D E A L C O N S U M A D O


“A Mococa 10/03/1.990


O ideal que tem alimentado os corações dos mocoquenses, consuma-se, agora, pelo amadurecimento político de suas lideranças. Foi uma longa campanha que se desenrolou no correr dos anos e na qual nos engajamos no ano de 1.989, para através do jornal
“A Mococa”, irmos ajudando na conscientização que jazia no subconsciente da população; a unificação de todas as correntes políticas representadas pela participação dos corações e concretização do sonho de ver a cidade reconhecida e respeitada na contrapartida da suplementação de suas necessidades.
Nas duas reuniões que se realizaram nos dias 12 e 19/02/90, todas as lideranças tiveram a oportunidade de manifestarem as suas opiniões quanto ao espírito de unidade que haveria de prevalecer, ao qual todos foram unânimes em apoiar e reconhecer a necessidade de se eleger um candidato mocoquense. A todos foi aberta, também, a possibilidade de indicar nomes ou apresentar-se como candidato. Três nomes foram cogitados: o do Dr. Jeferson Luiz de Freitas, que declarou que não seria candidato; Dr. Antônio Naufel que dispunha-se a colocar a sua candidatura, caso não houvesse outra; e a do Pe. Demosthenes Paraná Brasil Pontes.
Pe. Demosthenes foi assediado por lideranças políticas, que entendiam ser ele o nome mais viável para a tarefa; porém, na noite de segunda-feira (19/02) ele fez chegar à mesa que coordenava os trabalhos para definição da candidatura, uma carta, colocando os motivos que o impediam de aceitar o lançamento de sua candidatura, “deixando aos partidos, plena liberdade para que as suas lideranças escolhessem o candidato para representar Mococa, o qual ele também respeitará tendo em vista que não mais será candidato.”
Retirada a candidatura de Pe. Demosthenes, todas as lideranças presentes reiteraram o seu apoio ao Dr. Antônio Naufel, que foi aclamado por unanimidade, como candidato de Mococa a uma vaga na Assembléia Legislativa.
Dado o amplo debate que precedeu a indicação e a oportunidade aberta a todas as lideranças políticas de nossa cidade, cria-se um compromisso das lideranças e da população mocoquense, com esse moço que coloca em risco a sua estabilidade profissional, em um desprendimento invejável, para servir a sua terra.
A situação coloca-se, até, (no bom sentido) como uma guerra pela verdadeira emancipação política. Nossa e de nossos vizinhos, pois não almejamos benefícios somente para nós e sim para toda a região, que poderá contar com um representante, que será seu, também.
Internamente a população estará confirmando a sua sinceridade, no desejo e concretização de um apoio maciço, para que a sua terra possa progredir.
O nosso compromisso, agora, é com o candidato de Mococa. Aqueles que procurarem inviabilizar a candidatura mocoquense, através de apoio a outros candidatos, estarão trabalhando contra Mococa; contra o progresso da região. O compromisso do candidato que iremos eleger será ir buscar recursos para que as nossas populações possam ter melhores condições de vida. O povo unido, realmente, renova os costumes e conquista vitórias que contribuem para melhoria de vida de nossa gente mais carente.
Na consolidação dessa candidatura mocoquense talvez estejamos criando uma nova sigla (PPM); não política mas sim de muito maior dimensão: “Partido da Pacificação Mocoquense”. É disso que precisamos, amor, pacificação, confraternização, para alimentar corações bem formados. Com o nosso exemplo estaremos incentivando aos nossos filhos e netos, a se emprenharem pela construção de um sistema mais justo e mais humano.
Juntos, de braços entrelaçados, chegaremos à concretização de nossos ideais.


P E R S P E C T I V A P R O M I S S O R A


Jornal “HOJE”
Abril de 1.990


Talvez, em época nenhuma a nossa região esteve tão perto de ter um legítimo representante na Assembléia Legislativa.
O projeto, desenvolvido para que Mococa tivesse um candidato, ampliou-se a uma dimensão maior e a aceitação da idéia, pela nossa cidade, hoje, tomou conta da região. Hoje a idéia regional é pela unificação de todas as forças políticas para consolidarmos a eleição de um candidato que defenda os interesses da região, que tem sido esquecida.
É sabido, por todos, que nas últimas eleições a região votou em mais de 270 candidatos, porém ficou abandonada desde então, porque os eleitos não tinham compromisso por não conhecerem e não participarem de nossa vida comunitária.
O nosso potencial eleitoral é suficiente para que elejamos o nosso representante, mas para isso será preciso que através de um trabalho consciente neutralizemos os “pára-quedistas” que já estão sobrevoando o nosso território. Se não nos precavermos cairemos no mesmo erro do passado e estaremos desperdiçando votos em candidatos que não nos beneficiarão.
É hora de analisarmos a situação para definir qual o candidato que reúne maiores possibilidades.
As qualidades do candidato apresenta-se com relativa importância mas o principal será conseguir reunir apoio que se estenda por toda a região, para que a vitória seja alcançada.
Especulações têm sido feitas em torno de um ou outro candidato, sempre procurando destacar, um determinado. Deveremos ser realistas, os candidatos que procuram as suas reeleições são os que menos chances somam, pela intolerância durante o tempo em que exerceram o cargo; nenhum deles beneficiou a nossa região como se esperava que fizesse, o que justificará a repulsa do eleitorado. Desejamos renovar através de um candidato que esteja conosco no dia a dia e assim as nossas dificuldades serão dele conhecidas e devidamente saneadas.
O Dr. Antônio Naufel parte de Mococa com uma posição consolidada pelo posicionamento de uma candidatura suprapartidária que está recebendo um apoio maciço; dificilmente outro candidato conseguirá penetrar em igualdade de condições com ele, o que lhe garante uma votação expressiva.
Em São José do Rio Pardo o nosso candidato deverá contar com o apoio do Prefeito local o que provocará uma polarização com o Sr. Silvio Torres. Além de o Dr. Antônio Naufel ter nascido naquela cidade, possuindo um largo círculo de amizade.
Partindo com o apoio maciço de Mococa e com condições de polarizar em São José do Rio Pardo e contando com profunda penetração em toda a região, o médico mocoquense é o candidato mais viável para ser o grande vencedor no próximo pleito.
Aqueles que tem colocado obstáculos à eleição de nosso candidato têm que raciocinar positivamente e não colocarem-se sistematicamente contra a candidatura e sim, engajarem-se nessa luta regional para que o progresso possa chegar até nós para beneficiar a nossa gente. gente que conhece e tem convivido e sido assistida profissionalmente em suas necessidades; gente que não irão votar no político e sim no amigo de todas as horas, que trouxe ao mundo os seus filhos, que cuidou com dedicação de suas esposas. Existe um elo inquebrantável que nos une, a todos, como uma grande família e vamos agir dessa maneira; como uma família solidária que deseja o bem de nossa terra e de nossa região.


D E C I S Ã O D F Í C I L M A S N E C E S S Á R I A


“A Mococa”
Julho de 1.990

A caça aos votos já começou e assistimos a invasão, das cidades, por candidatos de todos os matizes, que nunca haviam ouvido falar os nomes de nossas cidades. No entanto, aqui aterrizam e seduzem cidadãos incautos que concordam em emprestar o seu apoio a esses candidatos que não assumem qualquer compromisso para trabalharem em prol de nossa cidade, de nossas necessidades.
Faz-se necessário que se desenvolva um trabalho conjunto dos candidatos regionais, para neutralizar a evasão de votos pretendida, que farão falta para a concretização de nosso projeto. Formulamos um projeto que visa a eleição de candidato comprometido com a região e não poderemos deixar que esse trabalho se perca, vendo desmoronar-se a oportunidade de propiciarmos o crescimento de nossas cidades, o que virá em benefício de toda a população. Nesta hora deverão ser colocados de lado os projetos pessoais e partirmos objetivamente para a consolidação de uma candidatura regional, que apoiada por todos, poderá sagrar-se vencedora.
Propomos, portanto, uma série de debates entre os três candidatos das cidades de Mococa, Casa Branca e São José do Rio Pardo, para que sejam avaliados os desempenhos e possa ser aquilatado, pelo eleitorado, o nome mais viável e que através de sua capacidade poderá melhor representar a região. Se os candidatos, de fato, objetivam o benefício de suas cidades e da região, certamente estarão dispostos a uma atitude de desprendimento, a qual, e só ela, poderá neutralizar a investida de candidatos alheios aos nossos interesses.
Colocando, os candidatos, as suas candidaturas, a serviço regional, poderemos, de fato, organizar um grande comitê suprapartidário que nos garantirá a vitória.
Esperamos a manifestação dos Srs. Toni Naufel, Walter Avancini e Silvio Torres, em cujas mãos estão depositadas as esperanças da população regional; uma tomada de posição, amadurecida, que será difícil mas necessária, estará determinando os rumos da campanha e marcando uma evolução real para a solução de nossas necessidades. O povo, unido, sob a direção das legítimas lideranças poderá suplantar a “máquina administrativa” e os “caciques” que julgam-se donos do poder. Deixemos de lado, desta vez, pseudo-lideranças e trabalhemos para construir um futuro melhor para nossos filhos. No passado, os grupos alternaram-se no poder para defenderem unicamente os seus próprios interesses. Lutemos, desta vez, por nós mesmo e estaremos iniciando uma arrancada que culminará em profundas transformações sociais que beneficiarão quem mais precisa: O POVO!


C O N S T R U I N D O A L G O N O V O


Jornal “HOJE”
13/07/1.990

Olhamos para o povo e constatamos que ele vive hoje as mesmas dificuldades que os nossos antepassados viveram a cinqüenta anos atrás. Houve um crescimento econômico porém a maioria da população continua impossibilitada de participar da riqueza nacional.
Embora não desejássemos constatar que existem classes separadas, somos obrigados a admitir, pois os participantes da camada simples da população, continuam marginalizados, enquanto os filhos de classes privilegiadas alcançam, facilmente, o nível universitário que lhes abrirá as portas para um futuro promissor.
Não somos contra essa conquista, até a achamos sadia, visto que cada cidadão tem o dever de lutar pela sua evolução. Evidentemente, encontra maior facilidade aquele que vem respaldado por pertencer às classes ditas superiores. Isso é o que nos contraria, por desejarmos assistir maior justiça social através da abertura das mesmas oportunidades para todos, quer pobres, quer ricos. Utopia! Sonho impossível! Porém, todo o cidadão possui um
potencial que o faz, indiferente da classe a que pertencer, capaz para romper o círculo vicioso e elevar-se para a conquista de maiores espaços. Os espaços que estão mais próximos para a conquista são os políticos. Como participante da base das classes marginalizadas, o cidadão comum têm a oportunidade de ocupar espaço político que atualmente vem sendo ocupado por pessoas estranhas aos seus interesses.
O que será preciso é justamente ocupar esses espaços conscientizando a população da necessidade de colocar, nos cargos políticos, pessoas que realmente correspondam à sua confiança, para a reformulação de políticas administrativas que, sem paternalismo, beneficiem as camadas mais carentes da população. O povo tem o poder da maioria de votos, bastando que conscientize-se e se una (“a união faz a força”) para conquistar a realização de medidas que supram as suas necessidades.
Estamos caminhando para um futuro que se apresenta promissor, pelas transformações que certamente irão operar-se. Uma nova força está nascendo e crescendo a partir das bases e irão tomar conta dos espaços que por direito lhes pertence. Dela participam Associações de Bairro, Sindicatos, Agremiações diversas, que através das legítimas lideranças estarão abalando as estruturas do coronelismo, do neo-coronelismo e dos pseudo “caciques” da política local, que têm ocupado o poder unicamente na defesa de seus próprios interesses. Essa nova força estará completamente desvinculada de todos os grupos que existiram no passado. Implantará uma nova mentalidade contestadora para que de fato haja mudanças. Para melhor!
Assim ficará provado que o povo não é gado para ser preso em um curral eleitoral e obedecer a um “chefe”. Ele é, sim, dono do seu destino e capaz de lutar pelo que quer e pelo que é melhor para a sua família.





P O R Q U E T O N I N A U F E L


“A Mococa”
04/08/1.990


Mais do que apoiar a candidatura mocoquense, estamos reassumindo o trabalho de coordenação da campanha, do qual tivemos de nos afastar por motivos particulares.
É do conhecimento geral que empreendemos, durante o ano de 1.989, uma campanha para a eleição de um candidato regional. Enfatizamos, então, que esse candidato deveria apresentar-se com uma conotação suprapartidária e que deveria contar com o apoio popular.
Na ocasião, abriram-se oportunidades às lideranças de maior expressão, notadamente às do Ex-Prefeito Pe. Demosthenes Paraná Brasil Pontes e do atual Prefeito Dr. Francisco José Vieira Guerra, que embora apoiassem plenamente a idéia da adoção de candidato regional, não poderiam assumir a candidatura; isso foi feito pelo Dr. Toni Naufel que encontrou respaldo dentro dos partidos políticos e no seio da população.
Ficaram cumpridas, assim, as exigências para uma candidatura regional suprapartidária, que beneficiará a nossa gente, o que nos permitirá aproveitar a oportunidade para conquistarmos a representatividade para Mococa. Estamos todos unidos afim de conquistarmos para a região tudo que ela necessita. Teremos que ser coerentes e votarmos em um candidato que nos dê a certeza de estar sempre conosco, não só agora, mas através de uma presença constante para resolver as nossas dificuldades. Sabemos que isso acontecerá porque é um compromisso assumido pelo candidato, de manter um escritório aberto para atendimento de toda a região.
Qual é a dúvida? Não desejamos o melhor para nós e para os nossos filhos?
É claro que sim, e a decisão é nossa e, desta vez, não poderemos errar!
Eis porque nós, você e eu só teremos uma direção a seguir: Toni Naufel.

E X P L I C A Ç Ã O H I S T Ó R I C A



Infelizmente o ideal não está presente no íntimo de todas as pessoas. Se alguns o tem, firme e sincero, outros apenas envolvem-se nos movimentos no objetivo de alcançarem proveito próprio. Isso foi o que ocorreu em nossa cidade. Vários dos que hipotecaram solidariedade ao candidato mocoquense, o fizeram na esperança de serem eles o candidato, ou alguém de suas vontades pessoais, através de quem, talvez, pudessem vir a ser beneficiados.
Definida a candidatura do Dr. Antônio Naufel, que a assumiu por não haver outro postulante, vários companheiros debandaram indo solidarizar-se com candidaturas estranhas aos interesses da cidade. A campanha foi bastante trabalhosa e empolgou a população da cidade, ainda mais que lideranças ligadas ao povo, que importavam-se com os destinos de nossa cidade, continuaram firmes e solidárias com o único candidato que verdadeiramente representava a cidade.
A debandada não atrapalhou a campanha e pelo resultado que essas lideranças conseguiram para os candidatos que foram buscar, na verdade nem eram lideranças expressivas. Porém, provocaram uma frustração tão grande na população, que se desiludiu, o que provocou uma enxurrada de votos nulos e em branco que alcançaram mais de onze mil; outros candidatos, juntos, somaram pouco mais de seis mil votos e o Dr. Antônio Naufel conseguiu dentro de Mococa, onze mil e seiscentos e noventa e seis votos.
O sonho não morreu e essa campanha foi apenas um degrau que galgamos e que nos propiciou muita experiência que deverá servir-nos no futuro.
Uma coisa é verdade, a população amadureceu e já não é massa de manobra; começa a abrir os olhos e aprende a definir quem, verdadeiramente, trabalha em prol da cidade e de sua população e quem são aqueles que procuram, unicamente, satisfazer apetites pessoais. Muitas pessoas se omitiram quando deveriam tomar posição para a defesa dos interesses de Mococa; o povo, com certeza, estará sabendo com quem poderá contar e dará a sua resposta no devido tempo. Acreditamos que os omissos deverão considerar-se mortos politicamente.


U M A I D É I A E M C O M P A S S O D E E S P E R A


Jornal “Café com Leite”
05/11/1.990

Enquanto o grande número de votos em branco e nulos indicam uma profunda frustração, a grande votação que receberam candidatos regionais indicam o amadurecimento de uma idéia que deverá culminar, a médio prazo, em uma melhor legislação eleitoral, com a aprovação do voto distrital. Essa providência, de certa forma , neutralizará, em parte, o poder econômico nas campanhas, propiciando a eleição de legítimos representantes que levarão melhorias para as suas regiões, contribuindo para a fixação das populações. Assim, não só as pequenas e médias cidades serão beneficiadas mas, também as grandes que deixarão de receber um grande contingente de migrantes.
Por que ainda não foi estabelecido esse avanço pelo próprio esforço das comunidades?
É porque, embora a idéia seja boa e esteja amadurecida, as lideranças ainda não chegaram ao ponto de evolução em que possam enxergar mais do que o imediato, para que trabalhem pelo bem estar coletivo. É evidente que poderíamos carrear benefícios para a nossa região através da eleição de um representante à Assembléia Legislativa; a idéia foi lançada e teríamos a capacidade para que tivesse dado certo; bastaria que não tivesse havido dispersão de forças e só com o nosso potencial teríamos eleito não só o Deputado Estadual mas, também, um Federal. Essa divisão maléfica de algumas lideranças lança-nos para o futuro sem instrumentos que nos garantam o desenvolvimento.
A idéia foi boa, é boa e continuará a falar às gerações futuras. Nós erramos por não nos capacitarmos a sermos menos egoístas. Talvez isso nos sirva de lição e procuremos nos conscientizar e possamos conscientizar outros, para que todos nos tornemos mais sábios e possamos garantir que finalmente o povo saia vencedor.


U M C O N F R O N T O E M Q U E E S T A M O S E N V O L V I D O S

“Jornal Café com Leite”
12/11/1.990
Geralmente as pessoas dizem não serem políticas mas através das artimanhas da comunicação, praticam a “arte”, influenciando pessoas a tomarem decisões que influenciarão na administração do município, do estado e da nação. Cabe-nos, portanto, assumirmos a nossa posição para que a nossa participação seja eficiente e conduza, aos cargos administrativos, pessoas que poderão contribuir com um trabalho que beneficie a população.
A pouco passamos por uma experiência frustrante, quando um trabalho construído ao longo do tempo, com a finalidade de constituir uma força política para a nossa região, desmoronou-se em razão de incompreensão de pseudo-lideranças que buscaram o interesse pessoal, no lugar do coletivo, ou, pior ainda, se omitiram da condução dos seus liderados. Um líder jamais poderá se omitir porque estará produzindo prejuízos irreversíveis aos seus liderados e à comunidade, à qual pertence.
Hoje poderíamos contar com um representante na Assembléia Legislativa, que nos traria benefícios em infra-estrutura, que melhoraria o tipo de vida de nossa população. O candidato havia, foi feito um bom trabalho que contou com um grande contingente da população, que depositaram a sua confiança no Dr. Antônio Naufel, que representava a esperança de melhores dias.
Por falta de um posicionamento firme de certas lideranças, que agiram motivadas por interesses pessoais, houve uma verdadeira dispersão de votos. 12.247 entre brancos e nulos e 6.245 entregues a candidatos outros, que não tem compromisso com as nossas necessidades.
Não temos representantes!
Continuamos órfãos e sem direito a partilharmos do bolo administrativo do Estado. porque lá não estamos com a nossa força. A quem deveremos debitar a nossa frustração? Àqueles que não somaram com a grande maioria de cidadãos conscientes; a esses deveremos reservar a resposta para ser remetida no tempo certo.
Avizinha-se, agora, o confronto que se dará no segundo turno, para a escolha do Governador do Estado e não poderemos ficar alheios porque nessa pugna está inserido, também, o destino do município.
Qual dos dois candidatos será melhor para a nossa comunidade?
Tanto um como o outro apresenta prós e contras e caberá a nós sabermos discernir. Vamos gastar algum tempo em reflexão; vamos analisar profundamente os dois candidatos e depositemos a nossa confiança naquele que apresente reais esperanças para a maior parcela do nosso povo, tão carente de assistência de todo o tipo. Não votemos voltados para interesses pessoais e sim com a vontade de acertar e ter um governador que tenha credibilidade pelo seu passado e que possa administrar com honestidade.
Temos uma responsabilidade muito grande para com aqueles que esperam de nós um sinal para que se ponham a caminho; indiquemos o caminho que poderá conduzir-nos a melhores dias onde todos tenham o direito à felicidade.
Será assim que estaremos construindo um nova nação, mais solidária; será assim que amanhã, poderemos olhar nossos irmãos nos olhos, porque não os teremos decepcionado

U M P A S S O À F R E N T E
“Jornal Café com Leite”
01/12/1.990

Várias campanhas tem sido desencadeadas, com a finalidade de eliminar o analfabetismo no país, e os políticos em geral reconhecem que essa mancha precisa ser apagada, mesmo porque, impõe uma condição de miserabilidade a grande parte da população.
A Constituição em vigor, garante instrução básica a todos os cidadãos, porém, na prática isso não funciona porque o que vai determinar a possibilidade de freqüência à escola é a condição econômica da família. E essa condição só seria favorável a partir do momento em que houvesse uma distribuição de renda mais justa.
Levantamentos efetuados pelo Banco Mundial revelam que 10% dos brasileiros mais ricos, detém 46,2 da renda, enquanto 20% dos brasileiros mais pobres dividem apenas 2,4%.
Enquanto persistir essa condição, jamais conseguiremos reverter a situação, para que sejam abertas oportunidades e as nossas crianças ingressem e permaneçam nas escolas, e assim seja diminuído o analfabetismo, que priva o desenvolvimento da nação.
Chegamos à conclusão que o caminho será o investimento na educação, mas de uma forma integral; ao mesmo tempo que deveremos construir escolas e conservar as existentes, teremos que remunerar condignamente os professores, propiciando-lhes, ainda, a oportunidade de reciclarem-se para cada vez mais aperfeiçoarem os métodos de ensino.
Será necessário, fundamentalmente, que as crianças sejam alimentadas suficientemente, através do fornecimento de uma merenda escolar que lhes forneça os elementos básicos para as suas formações física e mental.
A assistência global não termina ai. Será necessário desenvolver um trabalho junto às famílias, auxiliando-as para a reformulação de comportamento, através de um condicionamento psicológico, que harmonizará o relacionamento entre os componentes do grupo, eliminando as tensões existentes, que prejudicam o aproveitamento escolar.
Para completar, deverão ser abertas oportunidades aos pais e irmãos maiores, que não tiveram tempo de estudarem, para que aprendam uma profissão mais compensadora. Para isso será preciso a criação de cursos profissionalizantes que darão condições de melhorias de renda à família.
A partir dai estarão criadas condições, sem paternalismo, para que cada família possa construir o seu futuro e com dignidade procurar suprir as suas necessidades fundamentais de moradia, alimentação e realização profissional.
E, um cidadão que passe a ter uma nova visão da vida, estará participando, mais ativamente, da sociedade; estará discernindo melhor os caminhos que deverão ser priorizados pelos administradores; estará acompanhando e fiscalizando a ação dos políticos e capacitando-se para exercer uma escolha mais sábia, que irá contribuindo para o enriquecimento moral da classe política, premiando os que de fato dedicarem-se, com desprendimento, à causa pública. Isto estará eliminando, do cenário político, pessoas que não desejam servir o seu país e sim dele servir-se; pessoas que não elaboram os seus planos em função de interesses públicos e sim visando o interesse pessoal.
Vamos caminhar para renovar, aperfeiçoar e moralizar!


O I D E A L D E P A U L O R E H D E R

“Jornal Café com Leite”
01/12/1.990

Este jornal nasceu de um ideal que foi alimentado por muitos anos por um jovem que desejava o melhor para o seu país e dedicou a sua vida no aperfeiçoamento de uma profissão que o capacitasse a enriquecer a sociedade em que vivia. Sabia ele que para construir uma sociedade mais justa, seria necessário que os cidadãos obtivessem meios de expressarem os seus anseios.
Para isso saiu de sua terra natal (Mococa) e percorreu o mundo, depois de ser vitorioso em seu país, na qualidade de mestre da profissão que escolheu, tal o montante de cargos de responsabilidade que exerceu com o maior dinamismo. Provado nas lides profissionais, foi forjado um espírito forte, um coração solidário, constituindo um caráter reto, pronto para liderar grupos que concretizassem esse ideal de transformação das instituições. para que o povo, mais participante, pudesse exercer a sua cidadania; quando temos uma Constituição que acena com melhorias para a população , mas que, em razão da morosidade na aprovação das leis complementares, não pode usufruir dos benefícios conquistados.
Esse ideal humano foi que presidiu o surgimento do jornal “Café com Leite”, o arauto de uma época, que nasceu para ser, e de fato é, mais forte do que ocorrências eventuais que poderiam tolher-lhe os passos. Paulo Rehder cumpriu a sua missão ao criar um jornal independente que estivesse a serviço da sociedade; que fosse um porta voz de uma vasta região, para que os problemas fossem levantados e recebessem a solução adequada. Essa bandeira continua levantada, elevando-se no cenário regional e existe um grupo solidário com o povo e com as autoridades, para juntos construirmos uma pátria onde nossos filhos e netos possam viver felizes.
Esse trabalho não é nosso mas sim constitui-se em uma tarefa coletiva onde todos precisam participar. Autoridades, povo e meios de comunicação, deverão estar ombreados para que a soma dos esforços resulte no bem comum.
Com este número, inaugura-se uma nova fase do “Café com Leite”, quando nos dispomos, juntamente com a sociedade, trabalharmos em regime de independência de partidarismos e tendências, exercendo o papel de vigilante atento, que tanto saberá elogiar as boas iniciativas e acertos da administração, como condenar tudo aquilo que venha prejudicar a coletividade.
Todos sabemos dos graves problemas que afligem a nação, quando todos temos o dever de agirmos com coerência e discernimento, para que possamos contribuir para o aperfeiçoamento das instituições e assim propiciarmos o bem estar de nosso povo.
Este veículo, continua a ser uma tribuna onde a sociedade encontrará o espaço para as suas sugestões e críticas, no empenho de exercer uma ação construtiva que beneficie a maioria. A nossa vontade é bem informar o público para que havendo uma comunicação efetiva entre governo e governados, sejam encontradas soluções que satisfaçam a todos.
Um ideal jamais morre ou desaparece, ele passa por transformações que o aprimoram; sem cogitar do tempo que levará para sua completa concretização, ele irá angariando adesões, fortificando a vontade de seus agentes, até formar uma corrente impetuosa, impossível de ser desviada do seu objetivo.
Assim se apresenta o novo “Café com Leite”, reunindo pessoas que desejam lutar pela melhoria das condições de vida de nosso povo; para que sejam abertas oportunidades aos jovens, no sentido de verdadeiramente participarem das decisões quanto ao futuro da nação; para que haja respeito à natureza e ao ser humano; para que todos possam ter a esperança de participarem da riqueza nacional. - Estamos abertos à participação da comunidade; juntos iremos traçar novos rumos para esse país, começando de nossa cidade.



V I T Ó R I A D A D E M O C R A C I A


“Jornal Café com Leite”
01/12/1.990

Em que pese os excessos praticados durante as campanhas eleitorais, elas se constituem em um exercício democrático, onde o povo tem a oportunidade de desenvolver o seu senso crítico, capacitando-se a uma escolha consciente.
Os candidatos, e nós também, apelamos a Deus para que nos dê sabedoria para realizarmos a melhor escolha, elegendo aquele candidato que realmente possa trazer ao povo, sofrido, uma esperança de melhores dias; e a própria palavra de Deus nos ensina que “não existe autoridade que não venha de Deus”. Logo, o resultado de uma eleição deverá ser recebido como uma indicação da orientação de Deus que é o poder supremo.
Tivemos dois candidatos disputando o segundo turno das eleições. Ambos expuseram os seus programas de trabalho, tiveram as mesmas oportunidades de comunicação que revelou a identificação com as aspirações populares. E o povo, juiz supremo, em sus maioria, determinou aquele que deverá administrar o Estado.
Terminada a eleição, proclamado o resultado, o vencedor definido, não deverá prevalecer o revanchismo e sim a unificação de forças para que todos juntos possamos buscar as melhorias que o nosso povo espera e precisa.
Está de parabéns o PMDB que desenvolveu um trabalho eficiente que culminou com a vitória do seu candidato; está de parabéns o Prefeito de Mococa, que ao vencer as eleições no nosso município, fortalece a sua liderança política.
A maior vitoriosa nesse processo foi a DEMOCRACIA, que depois de vencer as barreiras impostas por regimes discricionários, ressurge com toda a força, desenvolvendo-se e estabelecendo uma trajetória evolutiva que irá culminar em um aperfeiçoamento sólido e proporcionará a felicidade de nosso povo.


O S O N H O N Ã O A C A B O U

“Jornal Folha do Pardo
25/05/1.991

Uma história tem começo, meio e fim; um projeto é concretizado, construindo-se primeiro os alicerces, colocando-se em seguida as paredes, o teto, para concluirmos com os detalhes que enfeitarão a obra. Um projeto político nasce na mente de alguém, ou por osmose, em várias cabeças ao mesmo tempo resultando uma vontade coletiva.
Assim foi o projeto para que Mococa pudesse contar com um Deputado Estadual. Ele foi lançado, tendo se desenvolvido por algumas etapas, conseguindo incutir uma conscientização nos munícipes que, embora não fosse geral, conseguiu um resultado satisfatório quando o candidato conseguiu uma votação expressiva, considerando-se o número de votos brancos e nulos verificados. Estes gerados por força de algumas lideranças não terem assumido a candidatura mocoquense em razão de compromissos partidários, que são legítimos, ou por omissão, interesses pessoais, que são condenáveis. Essas lideranças, passado o momento emocional, constataram, em uma análise fria, que cometeram um equívoco.
Não conseguimos eleger o nosso candidato! Mas o sonho não acabou e continua crescendo nas mentes e corações mocoquenses: daqueles que realmente amam a nossa cidade.
A história contará que o papel representado pelo candidato nesta primeira etapa foi de extrema importância, embora não tivesse sido eleito. Essa eleição, que passou, ajudou no trabalho de conscientização dos eleitores e isso propiciará elegermos o nosso representante nas próximas. Agora não mais um Deputado Estadual mas uma dobradinha que nos levará à Assembléia Legislativa e à Câmara Federal. Um dos enganos que cometemos foi justamente não termos, também, um candidato a Deputado Federal.
Nesse objetivo teremos que continuar mobilizados concretamente, conscientizando a população, de sua responsabilidade em escolher o melhor para a cidade. Será o povo quem deverá indicar os nomes, que no momento exato deverão compor essa dobradinha com a qual estaremos representados. Os nossos representantes deverão ser pessoas que estejam identificadas com as aspirações populares e se dedicarão à conquista de melhores condições de vida para os menos afortunados.
Pensamos que para se chegar a esse futuro deveremos palmilhar um caminho, o qual passará obrigatoriamente pelas eleições municipais que deverão realizar-se em 1.992 e irão escolher o Prefeito e os Vereadores que comporão a Câmara Municipal. Estes deverão ser escolhidos de maneira que os interesses do município estejam assegurados. Jamais deveremos pensar em termos de presente ou de passado mas olharmos para o futuro, prestigiando uma força nova que há de surgir, nascendo das bases, da vontade popular.
O povo mais humilde é a maioria; as mulheres constituem metade do colégio eleitoral e serão essas maiorias que deverão tomar a si o direito de decidir, tirando-o de mãos espúrias que somente trabalham em prol de seus próprios interesses.






P E N A D E M O R T E

“A Mococa”
Bruder Klein
25/05/1.991
Estão em plena campanha os partidários da pena de morte. Trabalham, primeiramente, para que seja autorizado o plebiscito pelo Congresso Nacional, visto que essa condição ficou estabelecida na Constituição, por tratar-se de assunto controverso.
Os adeptos dessa intenção, retrógrada, são os mesmos nazi-fascistas, mentores da revolução de 64, que infelicitaram tantas famílias que viveram o “desaparecimento” de seus filhos. São os mesmos que beneficiaram-se com a impunidade, graças à índole cristã do povo brasileiro, que esquecendo-se da dor porque passaram tantos pais que perderam os seus filhos, concederam-lhes o perdão pelos crimes cometidos. Esses facínoras escaparam ilesos depois de matarem ilegalmente, mas querem precaver-se, criando uma lei que lhes garanta a impunidade, se no futuro reconquistarem o poder.
Os hereges acenam, até, com a própria Palavra de Deus (a Bíblia) alegando que Jesus teria aprovado Pilatos ao aplicar-lhe a pena de morte (citando João 19:10,11). Os adeptos de Satanás não conhecem as tábuas da lei dadas a Moises onde se lê que uma das obrigações do homem é respeitar a vida (Exodos 20:13: Deuteronômio 5:17.
É certo que existem bandidos, fruto de uma sociedade deteriorada que nega o essencial ao ser humano; esses infelizes matam, estupram, mas, se condenamos essas atitudes, como iremos agir, irracionalmente, da mesma maneira? A índole do povo brasileiro, lastrada pelos ensinamentos cristãos é pela paz, pelo amor aos seus semelhantes, pelo perdão!
Quanto aos castigos que devem ser ministrados aos que transgridem às leis, deverão ser severos no sentido do seu cumprimento, para que não gere a sensação de impunidade que induz a mais e maiores transgressões. A pena deverá ser cumprida integralmente propiciando um tempo de reflexão, para que, inclusive, haja a recuperação e reintegração do cidadão à sociedade. As prisões deverão se constituir em escolas de correção e não em faculdades do crime como se dá hoje.
Achamos, que em vez de cuidar da consulta sobre a pena de morte, os Senhores Parlamentares deverão cuidar de cumprir o compromisso que têm com o povo, qual seja a votação de leis complementares que validarão a Constituição, oferecendo a oportunidade de cada cidadão viver plenamente a sua cidadania. Que votem, isso sim, uma lei que ofereça proteção às famílias de vítimas de crimes. Muito se tem falado em oferecer condições humanas para recuperação de criminosos, mas ninguém se lembra das famílias das vítimas que ficam desamparadas. Nos sensibilizamos com a situação dos “curdos” que estão no Oriente Médio, o que é natural pela nossa índole cristã, mas não percebemos que aqui e agora, acontece um drama igual, quando favelados, que não têm outra opção de vida, são despejados e perseguidos de um lado para outro. Os aposentados estão ao desamparo e a Lei de Custeio da Previdência não foi votada; não existe uma lei salarial enquanto o custo de vida continua aumentando, roubando o poder de compra do trabalhador que assim se vê obrigado a restringir os alimentos de sua mesa. A saúde do povo está relegada ao abandono, quando para se marcar uma consulta necessitamos enfrentar uma fila a partir da madrugada; quando as doenças que já estavam erradicadas estão nos rondando novamente ameaçando a instalação de epidemias (e dizem que a saúde em Mococa é padrão para o Brasil, imagine o que ocorre em outros locais).
Com tudo isso, desejam nos impingir um plebiscito, jogando nas costas do povo a responsabilidade da decisão se deve ou não matar. Se isso for decidido, será o povo mesmo que irá alimentar as salas de execução.
O povo deseja a segurança; deseja escolas para os seus filhos; o povo deseja a oportunidade de trabalhar, para que com o seu próprio esforço construa a sua moradia, sem a necessidade de paternalismo que lhe tolhe a iniciativa. O povo quer vida e não morte. A voz do povo já está falando bem alto, para que todos ouçam, que é pela não-violência, que é pela vida.
Aos que estão equivocados e em momento de revolta manifestaram a sua opinião aprovando a pena de morte, reflitam e consultem as suas almas, os seus corações, se vocês realmente desejam que a vida de seus semelhantes sejam feridas!


P A R L A M E N T A R I S M O

“A Mococa”
01/06/1.991

Outra campanha que se inicia é pela aprovação do Parlamentarismo que deverá ser submetido a plebiscito. Já houve um em 1.963 quando o povo disse não, justamente por ter sido implantado em uma manobra destinada a tirar o poder do Presidente legitimamente eleito pelo povo que, segundo o julgamento dos que consideravam-se donos do poder, não tinha a competência necessária.
Quando foi elaborada a Constituição/88, discutiu-se o Parlamentarismo e, se o mesmo não foi aprovado é porque não interessava àqueles que aspiravam ao cargo de Presidente. Os perdedores, agora, engrossam o contingente daqueles parlamentaristas da primeira hora, que fundaram um partido para por ele trabalharem. Aqueles, sem lastro que os autorize moralmente, desencadeiam uma campanha visando a antecipação da consulta popular que em princípio está marcada para o dia 7 de setembro de 1.993.
Nessa data o povo terá a oportunidade de opinar o que deseja como forma de governo (República ou Monarquia Constitucional) e sistema de governo ( Presidencialismo ou Parlamentarismo). Antecipar essa data seria um casuísmo arquitetado para desviar o poder, delegado legitimamente ao Presidente da República, para que sirva a interesses imediatistas. Seria mais um golpe desfechado contra as instituições, que tumultuaria, ainda mais, o quadro angustiante porque passa o país.
Será necessário, sim, empreender uma campanha para que o povo fique esclarecido sobre o que é cada um dos sistemas em julgamento e esteja apto a decidir, não o que será melhor para a classe política e sim para o povo e a nação.
Uma maneira de conhecermos será analisarmos como evoluíram os países que aplicam o Parlamentarismo (Inglaterra, França, Alemanha Ocidental, etc.). Esses países, que foram atingidos pela guerra em seus territórios, conseguiram um desenvolvimento ímpar que por si só recomendaria os seus regimes políticos; se acreditarmos que a simples mudança desencadearia um milagre para colocar-nos no “primeiro mundo”.
Antes de optarmos deveremos olhar para os Estados Unido da América do Norte que tendo uma das mais sólidas economias do mundo, propiciando um elevado padrão de vida aos seus cidadãos, tem o Presidencialismo como sistema de governo.
Diante dessa encruzilhada ficamos indecisos.
Alguns alegam que o Presidencialismo não deu certo entre nós. e podemos responder que o Parlamentarismo perdeu, em 1.963, depois de uma experiência frustrante, motivada por falta de preparo de nossa classe política. Será que agora seria diferente? Não acreditamos! Até um dos argumentos contra o Parlamentarismo é alegar que, nesse caso, quem iriam governar seriam os parlamentares. Diante disso o povo deverá pronunciar o mesmo veredicto de 1.963: “Não!”.
A verdade é que, o fato de o Presidencialismo não ter contribuído para que o país alcançasse o desenvolvimento, trará como causa o mesmo fenômeno que contribuirá para o fracasso do Parlamentarismo. O nosso mal tem sido tomarmos o efeito pela causa. A causa do fracasso não tem sido nem o Presidencialismo nem o Parlamentarismo e sim o despreparo dos administradores e a falta de patriotismo daqueles que detém o poder produtivo. A ânsia de poder de alguns e o desejo de lucro excessivo de outros é que têm desestabilizado qualquer tentativa de bem conduzir o país.
Depreendemos que, a se escolher entre duas alternativas sempre será melhor optarmos por aquela que tradicionalmente nos ofereceu melhores e maiores oportunidades para adquirirmos experiência; mesmo porque, o mal não estará na forma ou sistema de governo e sim em algo que os países do “primeiro mundo” tem e nós não temos. E não falo de dinheiro, falo de homens.
Achamos que primeiramente deveremos crescer em valores humanos, construindo uma classe política eficiente, que tenha credibilidade. Quando isso for alcançado haverá salvação. Essa classe política não deverá tomar para si os valores e sim dividi-los com o povo, desencadeando já uma campanha revolucionária; não em favor do Parlamentarismo e sim pela educação que é a base fundamental e segura para que cheguemos a ser uma nação desenvolvida e possamos assistir a felicidade de nosso povo.
O momento brasileiro não é de oposição e sim de somar-se forças acima dos partidos políticos; é hora de esquecermos questiúnculas, quer no âmbito federal, estadual ou municipal e ajudarmos, todos juntos a carregarmos a bandeira da esperança e da redenção do nosso povo.



A Q U E D A D O M I T O

“A Mococa”
29/06/1.991

Política é, inclusive, a capacidade de conciliar os contrários. É a ciência da negociação e inclui a necessidade, muitas vezes, de ceder-se espaço a possíveis aliados.
A política mocoquense, como a de outros centros, demanda essa negociação e espírito público, para colocar os interesses da cidade e os da população, acima de vaidades pessoais. Ela forma-se por dois grupos de maior importância que têm se constituído nos donos da cidade e têm se alternado no poder, sem oferecer a oportunidade a grupos minoritários, que, também, possuem lideranças de valor e que poderiam prestar relevantes serviços à comunidade.
As lideranças que se julgam maiores, “donas do poder” impõem as suas vontades, transformando em marionetes, despersonalizados, os próprios companheiros.
Isso ocorreu no passado e a situação ainda não se modificou e já podemos, até, apostar, que apenas duas pessoas estarão impondo e determinando quem serão os prováveis candidatos a Prefeito e Vice, nas próximas eleições. O episódio nos lembra Portugal nos idos da ditadura, quando os eleitores podiam votar de acordo com as suas consciências, contanto que votassem no Salazar. Aqui os “caciques” também afirmam: “Vocês é que escolhem o candidato, mas eu é que declararei o nome mais conveniente”.
Esse tempo já passou e se as lideranças não evoluíram, os eleitores ganharam personalidade e adquiriram consciência política para imporem as suas vontades, não elegendo “candidatos de si mesmo” e sim escolhendo aqueles que tiverem as melhores condições de trabalhar em benefício da cidade.
Já aludimos, anteriormente, à necessidade de alianças e aqueles que não as fizerem ou as fizerem mal, serão derrotados, implacavelmente. E ao fazê-las deverão ceder espaço aos seus aliados, e não desejarem impor acordos que somente os favoreçam. Os que assim procedem são maus negociadores e receberão os prejuízos da intransigência.
Atitude desse teor teve o Sr. Alcaide Municipal, no ato de reinauguração da Biblioteca Municipal, ao declarar, alto e bom som: “Eu vou eleger o meu sucessor e ele será do meu partido”.
Será que os eleitores foram consultados? Porque estes, em quaisquer circunstancias é que possuem, somando um a um, a força do voto e poderão desfazer esperanças egoístas.
Ninguém imporá candidatos! Eles terão de nascer da vontade popular. Você que é eleitor é a parte mais importante do processo democrático e será quem determinará o resultado final. O seu voto deverá ser consciente, prestigiando alguém que represente o melhor para a cidade. Ninguém é totalmente bom, nem mau; são todos seres humanos com limitações. Temos o dever de analisar cada pretendente a cargo eletivo e optarmos, sem paixão, por aqueles que somarem maiores valores positivos. Somente se agirmos conscientemente estaremos contribuindo para o aperfeiçoamento político que trará melhores perspetivas de vida ao nosso povo..
Devido aos anos de obscurantismo em que o país atravessou, mergulhado na ditadura, quando fomos impedidos de exercitarmos a democracia, embotamos o nosso raciocínio e hoje, quando a oportunidade se nos apresenta estamos desencantados e
desesperançados e, freqüentemente alegamos que não adianta, que nada muda, que temos de ser infelizes! Mas isso não é verdade; a esperança está à nossa frente, dependendo de nossa luta. Nada jamais foi conseguido sem sacrifícios! Nada que realmente valesse à pena! Quando lutamos, quando não nos acomodamos esperando receber algo em função de um paternalismo irresponsável, as conquistas aparecem, legítimas, valorizando a nossa personalidade, dando-nos dignidade.
O horizonte está se descortinando à nossa frente! Ali estão os nossos direitos que teremos de alcançar pela organização do nosso trabalho, pela organização de nossa classe! Pacificamente, através do voto que é o maior bem da cidadania porque nos iguala a todos, tendo o mesmo peso para cada um de nós. Não desperdicemos esse nosso tesouro que se bem usado poderá nos conquistar a felicidade. Felicidade através de escola para os nossos filhos, moradia para nossa família, saúde, por uma assistência eficiente e igualitária; pelo direito a uma profissão bem remunerada que nos propicie igualdade social.
Vale a pena pensar . . .e agir!



U M C A M I N H O A L T E R N A T I V O

“A Mococa”
20/07/1.991


Constantemente ouvem-se que o povo não sabe votar. Se tal acontece é plenamente justificável, visto que somente se poderá aprender aquilo que for exercitado e o povo brasileiro não tem tido essa oportunidade, impedido pelos períodos em que o país foi vítima de regimes discricionários. Mesmo nos breves períodos de abertura política têm se negado o pleno direito à cidadania, em favor do coronelismo que sempre procurou segurar, no “cabresto”, os direitos constitucionais que poderiam conceder liberdade de pensamento e de ação, no caminho da construção de uma democracia participativa.
Sabemos que para se construir uma democracia sólida será preciso que os partidos se consolidem, o que só acontecerá pela participação popular em sua gestão, para que o governo seja exercido verdadeiramente, por representantes legitimamente eleitos.
Infelizmente, em que pese todo o esforço que tem sido distendido para aperfeiçoamento do regime, ainda o que prevalece é o poder econômico. Será preciso que o povo conscientize-se da importância de sua participação no processo para neutralizar o poder do dinheiro que compra consciências de cidadãos carentes das mínimas condições de sobrevivência.
Os partidos, que só funcionam às vésperas de eleições, não se interessam na participação popular nem propiciam, salvo raras exceções, a conscientização que faria que os partidos passassem a ser controlados pelas bases em vez de funcionarem apenas através de negociações de cúpula. O que acontece, geralmente, é a filiação artificial de membros que na realidade nunca participam ou só o fazem em eleições para renovação de Diretórios, deixando as decisões a meia-duzia de “coronéis” que agem de acordo com os seus próprios interesses. Nesses partidos impedem-se a participação de lideranças populares para que não possam ocupar espaço que lhes dará condições de defender interesses da maioria. Assim abrem-se oportunidades apenas para representantes “categorizados” e, as verdadeiras lideranças nuca conseguem situar-se para a defesa das classes menos favorecidas.
Mas existe um outro caminho para que a população se organize e possa defender-se das falsas lideranças que só a utiliza para galgarem posição política. São as Associações de Bairro, que podem servir de base para discussão dos problemas da comunidade e preparação de lideranças que estarão aptas a representarem o povo na defesa de seus interesses. Essas entidades, que começaram a desenvolver-se nos grandes centros, hoje espalham-se pelas cidades do interior constituindo-se em verdadeiras escolas de liderança. Elas são, o próprio povo vivendo os problemas da comunidade, preparando lideres que poderão representar a população, melhor do que a classe política. Representam, no cenário político, a terceira força que irá influenciar as decisões que afetem a população.
Para que haja, porem, a oportunidade de organização, será necessário que se construam Centros Comunitários onde o povo possa reunir-se e discutir os seus problemas. Ali é que estaremos julgando quem, de fato, age de maneira a propiciar meios de organização ao povo.
No final de sua administração o Monsenhor Demosthenes Paraná Brasil Pontes doou à Associação Amigos de Bairro da Santa Rosa e Lambari, instalações onde a entidade poderia desenvolver as suas atividades. Quando assumiu a Prefeitura o Dr. Francisco Guerra revogou o ato e retomou as instalações em questão. Agiram mal as duas administrações: uma doando instalações que de antemão sabia ser necessária a outras atividades, o que constituiu em uma armadilha apara o adversário; e outra, que mesmo tendo agido legitimamente, falhou por não ter providenciado, de imediato, outras instalações que propiciasse à população, desenvolver as suas atividades comunitárias.
Esperamos que a falha seja reparada e antes que se avizinhem novas eleições as comunidades dos diversos bairros recebam os seus Centros Comunitários, para poderem desenvolver-se.
Com a palavra os que detém o poder!


U M C A M I N H O R A C I O N A L

“A Mococa 03/08/1.991

As barreiras ideológicas estão caindo em razão de um maior amadurecimento dos povos. Aqueles que defendiam com radicalismo as suas posições, hoje aceitam as transformações que levam a uma modernidade de pensamento e ação, que contribuem para um maior entendimento entre as nações e passam a gerar um relacionamento pacifico entre as pessoas. Os políticos, que possuem maior sensibilidade, têm que estar atentos a essas transformações para passarem a agir em conformidade com as aspirações populares. Essa maior boa vontade em discutir pontos de vista divergentes e até de aceitar sugestões positivas, cedendo espaço quando necessário, se faz desejável, para se buscar desenvolver um trabalho que, efetivamente, beneficie o andamento da administração pública, beneficiando aos que dela dependem.
Já ocorreu tempo demasiado para que surgissem essas transformações que se tardaram foi em virtude de sempre vencer o individualismo em prejuízo de ações que beneficiassem a coletividade. Pessoas defendiam posições individualistas que lhes assegurasse supremacia. Infelizmente ainda existem os que lutam apenas por interesses pessoais, mas esses deverão ser marginalizados e em seus lugares deveremos prestigiar aqueles que se dedicam à defesa de interesses coletivos.
Em nosso cidade existem as duas correntes. Enquanto alguns firmam-se em posições individualistas outros estendem as mãos para formarem um grupo sólido em benefício da coletividade. Os primeiros não deveremos nos ocupar com eles porque o tempo lhes dará o prêmio do esquecimento. Aos de boa vontade receberemos de braços abertos para que seja realizado um trabalho sério em benefício da comunidade.
Deveremos aproveitar a experiência dos mais vividos e a tenacidade dos jovens, para juntos elaborarmos um “Plano Administrativo”, discutido com a sociedade, para que o próximo período administrativo possa ser produtivo e de fato beneficie a população naquilo que ela mais necessita. Deveremos realizar esse trabalho sem cogitarmos de nomes e sim em torno de princípios positivos para a cidade. Somente depois desse “plano” aprovado é que através de um amplo entendimento a comunidade apontará, orientada pelas lideranças políticas, a pessoa que deverá executar o plano elaborado.
Infelizmente tem sido divulgadas declarações de políticos locais que indicam que determinados grupos estão fechados em torno de si mesmo e não desejam participar do grande mutirão cívico que deseja trabalhar pela cidade, independente de individualismo, partidarismo ou de interesses pessoais, negando a modernidade que apregoam. A grande maioria, porem, e principalmente o povo que se encontra mais consciente do que nunca, está disposto a dar as mãos e se unir em torno de princípios sadios que consolidarão benefícios à comunidade. A esses é que convocamos para uma união popular em beneficio de nossa cidade. Jamais deveremos nos comprometer com pessoas ou grupos e sim com a cidade e com o seu povo.
O povo, unido, comprovará que ninguém é dono do poder e que, através do voto consciente poderão vir grandes transformações que o país necessita. Vamos dar o exemplo, partindo do município!




A E D U C A Ç Ã O C O M O B A S E D A É T I C A P R O F I S S I O N A L


“Jornal Café com Leite
01/12/1.990
A moderna educação, em que os pais abstém-se de exercitar a autoridade e aplicar a disciplina, dando preferência ao sistema liberal, que acaba condicionando os filhos à libertinagem, na nossa opinião, é o que está produzindo uma juventude alheia às suas obrigações com a sociedade.
Jovens que trilham esse caminho, não terão a oportunidade de aprender as normas sadias da moral, para que possam aplicá-la em sua vida profissional.
Em muitos ramos do conhecimento, a ciência tem avançado, contribuindo para melhorar as condições de vida da humanidade. Em educação, porem, existe uma maneira tradicional, baseada na autoridade e disciplina, que foi estabelecida pelo Criador e provada e aprovada como eficiente, e a educação que restringe-se a métodos experimentais que, com a melhor das intenções, procura novos caminhos para o relacionamento familiar, mas que tem provocado desvios e desagregação desse grupo básico.
Pelo que podemos depreender através da observação da história, somos obrigados a admitir que o sistema tradicional sempre foi e continua sendo mais eficiente na formação do caráter dos cidadãos, fator primordial para que possam conduzir-se eficientemente no conjunto da sociedade.
De onde nasce a ética? Esta será fruto das próprias profissões ou da formação moral dos participantes desses agrupamentos, que foram forjados, desde o berço, como membros de famílias bem estruturadas?
Assim, hoje, quando as pessoas dão maior valor ao ganho fácil do que à vida humana; quando pessoas fraudam as instituições, tirando o direito legítimo de seus concidadãos; enfim, ao assistirmos o depauperamento da ética nas profissões, teremos de ir colher a causa na raiz que é a deterioração da educação, pela quebra de autoridade dos pais e pela falta de um disciplinamento eficiente.
Não pregamos a agressão física ( se bem que a vara deverá ser aplicada quando necessário) e sim a educação com amor, através do exercício da autoridade e aplicação da disciplina.
Sempre é mais fácil dizer um sim, concordando que nossos filhos façam o que desejarem, do que dizer um não, para que sigam um caminho mais conveniente. Um não, ou um castigo, na realidade, machucam mais a nós do que àqueles que estão aos nossos cuidados. Assim, nos acomodamos no mais fácil, desviando-nos do nosso dever de direcionarmos os nossos filhos para o que lhes será melhor. No decorrer do tempo, com o seu amadurecimento, eles terão detectado que não foi amor verdadeiro o que nós lhes dedicamos.
Os jovens assim formados, embora tenham as melhores oportunidades para prepararem-se para uma profissão, não estarão capacitados para exercê-la eticamente, colocando o bem coletivo acima dos próprios interesses. O lucro fácil poderá proporcionar-lhes, por algum tempo, a ilusão da realização, mas a consciência não estará ofuscada para sempre e então poderá vir a frustração, por um procedimento indigno. Constatarão que não poderão adquirir, pela conquista de um diploma, aquilo que não aprenderam com a vida.
É preciso analisar . . .para que contribuamos para a construção de uma sociedade mais justa, onde nos respeitemos e nos ajudemos como verdadeiros irmãos que somos, independente de nossas profissões, de nossa condição social e de nosso poder econômico.


A I D S - A I N D A N Ã O H Á E S P E R A N Ç A

“Jornal Café com Leite
15/12/1.990

Alguém disse que “ a maioria das pessoas tem consciência que o uso do tabaco mata, ou quando menos, que encurta a vida, no entanto continuam fumando”; assim é com o álcool, assim é com outros tipos de drogas.
O homem sente-se vazio e tem a necessidade de preencher esses espaço com algum tipo de ilusão!
Quando mais um ano passou e esperava-se que se estabelecesse a consolidação de um medicamento que operasse um milagre e restituísse a esperança de quantos foram contaminados pela AIDS!
Os cientistas têm-se dedicado à procura da solução, mas o que se sabe é apenas que a doença, por enquanto, não tem cura e mata a médio ou a longo prazos. É um sentença de morte sem prazo de execução que o ser humano carrega, machucando-o a cada instante, massacrando o seu equilíbrio emocional!
Constata-se, também, que a sua incidência aumenta e os dados estatísticos são
assustadores, quando não mais restringe-se a grupos de risco, mas atinge, não só aqueles que envolvem-se em desregramentos, bem como àqueles que simplesmente necessitam de uma transfusão de sangue. Mesmo que haja melhorado a fiscalização da qualidade do sangue, o vírus não é detectado e, assim , transmitido. Existem, ainda, outras modalidades de contágio.
A maneira mais eficaz é a prevenção, usando os meios que impeçam o contato direto, porque não mais poderemos confiar em pessoas que não apresentem sintomas, porque estes, geralmente, só se manifestam quase na fase terminal.
Outro meio será a diminuição de parceiros sexuais, restringindo-se ao relacionamento único, com pessoa que seja confiscável.
No caso da necessidade de transfusão de sangue, deveremos nos certificar se foi feito o teste anti-aids, bem assim como os que detectam outras moléstias, como a hepatite, sífilis, doença de chagas, etc.
Nunca deveremos compartilhar o uso de seringas ou agulhas com outras pessoas; um cuidado todo especial deverá haver quanto a instrumentos que possam causar pequenos cortes que sangrem; nessa categoria estão os instrumentos usados por dentistas, acupunturistas, barbeiros, manicuras, entre outros. Quando houver necessidade de usar esses serviços, certificar-se que essa aparelhagem tenha sido convenientemente esterilizada. O melhor método será mergulhar os instrumentos pelo espaço de trinta minutos em álcool, água oxigenada ou água sanitária.
Embora um beijo no rosto não traga conseqüências, os que colocam em contato, demorado, as mucosas bucais, resultarão em algum risco, uma vez que poderão existir pequenos sangramentos que atingirão eventuais ferimentos por onde poderá estabelecer-se a contaminação. O mais seguro mesmo será poder confiar no parceiro sabendo que o mesmo não tem outros relacionamentos.
As pessoas, em geral, passado o primeiro impacto, estão descuidando-se, razão pela qual as estatísticas estão constatando o aumento da incidência da doença.
Nem por isso deverá haver pânico a ponto de tornar-nos paranóicos. Afinal de contas o simples ato de viver é um risco constante. A cada instante estamos submetidos a perigos de toda a natureza que poderão por fim à nossa existência. Mas, enquanto vivermos será melhor que o passamos fazer da maneira mais saudável possível.
Quando pensamos na quantidade de infelizes que perderam a esperança e caminham para o depauperamento físico, constatamos que valerá a pena conservar-nos castos, dentro de uma união monogâmica onde haja a fidelidade e respeito.
Mais um ano passou, mais um “Dia Mundial de Combate a AIDS”, sem poder-se descortinar uma esperança para a erradicação desse que passou a ser conhecido como o “Flagelo do Século”.
Castigo, provação? É para analisar-se, visto que os flagelos têm sucedido-se no decorrer dos tempos; quando consegue-se a cura para um, outro já vem surgindo com maior virulência. Assim foi com a lepra, assim foi com a tuberculose! O homem assustou-se a princípio mas em pouco tempo a sua preocupação é absorvida pela escalada que pretende empreender para a conquista de patamares sempre mais elevados. E não pára, no sentido de reflexionar e procurar conhecer as causas.
No entanto, existem parâmetros estabelecidos, como marcos na trajetória, para desviar-nos de caminhos tenebrosos.
Citaremos apenas dois para encerrarmos o presente assunto. 04/03/97
“Venerado seja , entre todos, o matrimônio e o leito sem mácula; porem aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hebreus 13:4)
Pelo que, Deus os entregou à concupiscência de seus corações . . .pois mudaram a verdade de Deus em mentira . . .” (Romanos 2:24,25).


E S T R U T U R A S D E F E I T U O S A S

“Jornal Café com Leite”
08/12/1.990

A estrutura política brasileira é algo sem consistência que corre à mercê das marés, elevando-se ou descendo, expandindo-se ou retraindo-se. No entanto o país ressente-se da falta de uma estrutura grupal que represente ideologias, para que, com a fixação das lideranças, os diversos segmentos da sociedade sejam acomodados dentro de um contexto apropriado.
Ora, o que se vem assistindo, através do tempo, é a completa inexistência dessa fixação ideológica, quando homens de esquerda passam para a direita e vice-versa, e construem-se alianças espúrias confundindo os estudiosos do assunto.
Nestas eleições que acabamos de assistir (para o governo do estado) aconteceu exatamente isso quando o PL fechou acordo com o PMDB, confundindo as suas bases e acabando por fortalecer o partido contrário e mesmo conseguindo estar ao lado do partido vencedor, e principalmente por isso, perdeu a sua identidade política e deverá entrar em deterioração, como já tem ocorrido com outros partidos.
Com tudo isso, as militanças dos partidos tornam-se indecisas e desistem de participar do processo, o que provoca um enfraquecimento do sistema.
Aqui mesmo, em nossa cidade, podemos constatar isso, quando vemos membros de partidos, agindo contrariamente aos programas e ideais partidários, desrespeitando o eleitor que os elegeu para que cumprissem o que estava estabelecido, que geralmente faz parte das reivindicações populares.
Temos conhecimento de pessoas que a tempos estão pretendendo trocar de partido, mas sempre protelam em função de interesses pessoais imediatos. E para estabelecer a troca pretendida, não examinam a ideologia do novo partido e sim as vantagens que isso acarretará para a sua carreira.
O povo deverá acompanhar a ação e a conduta de suas lideranças, fiscalizando o seu trabalho e avaliando se é satisfatório. Para que, quando tiver que exercer o seu direito de cidadania, através do voto, vote certo.


A V E R D A D E I R A L I D E R A N Ç A

“A Mococa”
12/05/1.990

Quem, verdadeiramente, representa a força política de uma região? Indubitavelmente é o povo!
O que tem ocorrido é que a massa tem sido órgão de manobras pelas pseudo lideranças que usam esse mesmo potencial para aproveito próprio.
É chegada a hora de as verdadeiras lideranças políticas, que são aquelas ligadas diretamente ao povo, que vivem as mesmas dificuldades que atingem a grande camada marginalizada, direcionarem esse potencial para candidatos que realmente estejam comprometidos com as lutas populares. Não basta vestir a camisa de defensor do povo, será necessário que cada um possa provar que o seu coração comunga as mesmas aspirações.
As “Associações de Bairros” têm o poder para codificarem as diretrizes políticas e poderão ditar as normas a candidatos que, sem o seu concurso, jamais alcançarão os seus objetivos. Esse poder, essa força, deverá estar colocada ao lado daqueles que estiverem ombreados com o povo na conquista de melhores condições de vida.
O que faz-se necessário é que haja uma coordenação para que seja conseguida a unificação de todas as legítimas lideranças, que levarão ao povo a conscientização, para que as bases legítimas elaborem uma ação visando a tomada do poder, que será a única maneira de o povo orientar a administração pública no sentido de dotar a sociedade de meios para a sua evolução. Quem tem esse poder nas mãos não precisará delegar a outros o direito de representá-lo, mas deverá fazê-lo pessoalmente.
O verdadeiro poder está com o povo, que é o detentor do voto, arma poderosa que estabelecerá a transformação das instituições.
As verdadeiras lideranças, que são aquelas que estão em contato permanente com o povo e que trabalham por um ideal humanitário de ver os seus iguais gozarem melhores condições de vida, deverão estar atentos para não mais serem usadas por pessoas que se achegam unicamente na hora de colherem vantagens, não correspondendo, depois, às aspirações populares.
Vamos organizar-nos, porque somente uma sociedade organizada será dona do seu destino e estabelecerá, de fato, o direito à casa própria, à alimentação suficiente, à assistência médica e à educação, que são fatores fundamentais para o progresso e emancipação do nosso povo.


L U T A P E L O E S P A Ç O

“O Santa Rosa”
Julho de l.991
Quando olhamos para o povo percebemos que as suas carências continuam a existir e a sua vida passa, hoje, pelas mesmas dificuldades que acometia as classes menos favorecidas de décadas passadas. Não podemos constatar evolução no tipo de vida em razão de ao povo não ser dada a oportunidade de crescer através da abertura de melhores condições de educação e de trabalho, coisas que são fundamentais para a evolução social. Órfão, o trabalhador sente-se frustrado por não poder oferecer melhores perspectivas de vida aos filhos. Quando aspira a um melhor posicionamento, deseja conquistar isso com dignidade, através de melhor preparo intelectual que lhe propicie um trabalho melhor remunerado.
O trabalhador não deseja paternalismo e sim tão somente a oportunidade de estudar e trabalhar. O paternalismo praticado pelos que detém o poder, tolhe a iniciativa e impede a organização para a luta por melhores condições de vida. Ao conceder certos “favores” que na realidade seria obrigação do poder público, objetiva , esse poder, quebrar a unidade do trabalhador para que este não se organize, e possa ser usado como uma massa sem poder e sem vontade.
Precisamos conscientizar-nos que nada é conquistado sem luta e para empreendermos essa luta necessitamos estar organizados. O povo possui a força para a conquista, através do voto, de tudo aquilo que tem necessidade, precisando unicamente unir-se em uma única força que lhe assegurará a conquista. Sabemos que os partidos políticos estão em mãos das classes mais favorecidas e que não é dado espaço para que as legitimas lideranças evoluam; essas lideranças, que estão junto ao povo e que conhecem os seus problemas deverão aglutinar-se junto às associações às de bairros para organizar-se e
prestigiar aqueles que de fato conhecem as suas dificuldades e podem por eles lutar, deixando de ceder espaço para pessoas que são alheias aos seus anseios. O que temos assistido é pessoas habilidosas que apresentam-se com defensoras do trabalhador mas visam unicamente satisfazerem os próprios interesses; passadas as eleições recolhem-se em, suas conveniências e só retornam às vésperas de outras eleições.
O povo organizado não precisa desses intermediários e sim poderá colocar nos cargos pessoas que o represente legitimamente.
O nosso espaço de luta, por melhorias de vida, são as Associações de Bairro, são os sindicatos, que congregam trabalhadores, e será ai que poderemos desenvolver uma luta que trará melhores dias para as nossas famílias. Vamos nos unir e formar um feixe sólido que jamais será quebrado. Ai elevaremos a nossa gente para realizar benefícios que serão bem vindos ao povão, que constróem a grandeza dessa nação.


CONSELHO DE AÇÃO COMUNITÁRIA


"A Mococa"
02/05/1.992

Para que possamos chegar a viver plenamente o regime democrático, que assegurará igual oportunidade a cada cidadão, a sociedade haverá de estar organizada. Existem alguns grupos que conseguiram alguma representatividade e passaram a influir nas decisões para a implantação de mudanças estruturais necessárias a um maior dinamismo social. É o caso dos sindicatos, associações de bairros, Ordem dos advogados do Brasil, Lions Clube, Rótary Clube e mais recentemente as associações e a federação dos aposentados, que, mobilizados, lutam para consolidarem os seus direitos de cidadãos. Porém, bom parte da população, ainda não alcançou esse estágio e encontra-se desamparada e vitimada por todos os tipos de discriminações.
Em um determinado espaço social sempre deverá haver um elo que coordene as ações, para que o seu conjunto alcance os objetivos que satisfaçam às necessidades da comunidade. Enquanto essas forças latentes em cada segmento social, não forem direcionadas para benefício comum, estará sendo gerada energia, cuja totalidade não será aproveitada.
Esse elo que estava faltando acaba de ser criado em Mococa, por iniciativa de associações de bairros, sindicatos, outras entidades, lideranças comunitárias, com a finalidade de congregar organizações, lideranças em geral e o povo, como maior interessado, para uma ação conjunta que objetivará o estudo, discussão, propostas de soluções e o desenvolvimento para que essas soluções sejam concretizadas. Será um fórum de debates para que a sociedade possa esclarecer às autoridades constituídas, qual é a sua aspiração. Trata-se do "Conselho de Ação Comunitária", que após cinco reuniões preparatórias, instalou-se no dia 24/04/92, através de Seção plenária realizada nas dependências da Câmara Municipal de Mococa, gentilmente cedidas pelo seu Presidente, onde foram aprovados os estatutos e eleita uma diretoria provisória com mandato até 31/12/92 e que terá a incumbência de providenciar os registros legais e iniciar os trabalhos do Conselho.
O passo seguinte deverá estar acontecendo na reunião plenária do dia 19/05/92, no mesmo local, quando serão constituídas comissões permanentes específicas para a administração de cada assunto de interesse da comunidade. Estão já previstas a criação de algumas que são: Direitos Humanos; Condição Feminina; Educação; Saúde; Transporte; Segurança; Do Idoso; Do Menor, entre outras.
A fim de que haja verdadeira representatividade estamos convocando os senhores médicos, advogados, professores, funcionários públicos, aposentados, sindicatos, associações de bairros, clubes de serviço e todos os demais segmentos sociais, para que participem desse trabalho, sem conotação político partidária ou religiosa, sem discriminação, em benefício da cidade. O Conselho estará atuando como um fórum de debates para estabelecer o que a sociedade espera de seus governantes.



C R I A D A E N T I D A D E D E A Ç Ã O C O M U N I T Á R I A




“A Mococa”

02/05/1.992


Foi fundada, na cidade, o Conselho de Ação Comunitária, entidade que visa reunir toda a comunidade para um trabalho único de bem estar à população. Várias reuniões foram efetuadas, todas um tanto concorridas e com seus participantes bastante interessados no fortalecimento da nova entidade.
A concretização do ideal se verificou em reunião no dia 24 de abril, quando se elegeu a primeira diretoria desse Conselho, que será a seguinte: Presidente, João Ramalho de Oliveira; vice-presidente, José Roberto Marconi; Secretário Geral, José Wladimir Klein; 1ºSecretário, Adão Fernandes; Tesoureiro Geral, Luiz Carlos Galli; lº Tesoureiro, Luiza Cristina Coimbra de Oliveira. Conselho Fiscal (efetivos) João Batista de Oliveira, Silvio Resende Melo, Maria Cristina Santos Gabriel; (suplentes) Rosalva Maziero Marcilli, Magda Rodrigues da Silva e Eleonora Galli.
A primeira reunião desta diretoria será realizada no próximo dia 19 deste mês no recinto da Câmara Municipal, ocasião em que serão formadas as comissões permanentes e específicas de cada assunto de interesse da comunidade.


E P Í L O G O


Durante o tempo que transcorreu entre a data do primeiro artigo apresentado, e o último, que são respectivamente Agosto de 1.988 e julho de 1.992, muitas coisas aconteceram em Mococa. Tivemos uma administração municipal, quase completa e a cidade desenvolveu-se bastante. A administração do Dr. Francisco José Vieira Guerra recebe várias apreciações; muitos a consideram negativa, outros positiva e para um terceiro grupo ela foi regular, contando com erros e acertos.
Como uma das coisas boas podemos apresentar o “Loteamento Urbanizado” que propiciou a oportunidade de muitas pessoas poderem construir a sua casa própria; em que pese algumas distorções que poderemos considerar como falhas humanas, o certo é que beneficiou muita gente, que de outra forma nem poderiam sonhar com esse benefício; e com uma vantagem, é que ninguém herdará uma dívida que jamais poderia pagar, como acontece com o sistema financeiro da habitação.
Salientamos, também, a construção do prédio da Faculdade que, além de abrigar os cursos já existentes, de Pedagogia e Biblioteconomia, deverá dar inicio ao Curso de Ciências Contábeis, além de outros que poderão ser criados. A construção do prédio novo para a Escola Francisco Garcia, também contou com o esforço da administração municipal junto ao Governo do Estado; idem para a construção do Hospital da Mulher que atenderá ao tratamento especializado , da mulher, em toda a região.
Muitas promessas de campanha não puderam ser realizadas por não dependerem da Administração Municipal e sim depender de recursos Estadual ou Federal. Um exemplo é a pavimentação das estradas Mococa-Igarai e Mococa-Tambaú, que por várias vezes tem sido prometidas por candidatos ao governo do Estado, se repetindo às vésperas de cada eleição, sem ver-se a concretização.
A maior falha da administração municipal foi no campo político. A administração não contou com uma coordenação política eficiente o que gerou muito atrito em prejuízo do andamento de providências que viessem em benefício da população. A administração manteve-se em constante atrito com o legislativo, incluindo-se, até, a própria bancada do PMDB que criticava o Prefeito pela inoperância de sua assessoria.
Em 1.989 nasceu a ALIM - Associação Literária Mocoquense, que editou o jornal “A Cigarra” que estabeleceu um intercâmbio cultural com todo o país e alguns países do exterior.
Nasceu, também, o Conselho de Ação Comunitária, com a finalidade de organizar a sociedade, congregando lideranças, entidades e a população em geral, para que seja desenvolvido um trabalho conjunto em benefício da comunidade.
Mococa é um cidade que evolui em todos os campos, no econômico, social, educacional, representando o esforço de uma população que conscientiza-se mais a cada dia para contribuírem para a grandeza da nação.
Os artigos aqui apresentados e que entrecruzam-se com acontecimentos e ações desenvolvidas, integram parte da história desse período; ao lê-los poderemos perceber, nas entrelinhas, acontecimentos que se desenrolaram e que faziam parte da vida e da dinâmica da cidade. Para nós foi muito gratificante termos participado da discussão dos problemas que afligiam a população, e termos contribuído, embora modestamente, para o encaminhamento das questões.
O proveito maior, porém, foi aquele que sempre conseguimos ao participar das lutas pelos interesses da comunidade, que apresenta-se como um saldo positivo em novas amizades, que conseguimos somar quando participamos, ombro a ombro com as verdadeiras lideranças, que são aquelas que vivendo os mesmo problemas e dificuldades, convivem diuturnamente com o povo. A essa plêiade de grandes amigos dedico este livro como um testemunho de minha passagem pelas suas vidas.

Bruder Klein
Outras Obras do Autor:
Mensagens e Reflexões
Contos Para Ler a Dois na Cama
Devaneios
Nova Dimensão
Contos Pontos e Contatos
Memórias de Um Cidadão Comum
Serões em Família
Frases e Pensamentos
Aconselhamento Matrimonial
Aconselhamento Matrimonial II
Relendo Cartas
Relendo Cartas II
Proversando
Cartas Vivas
Outras Histórias
Outras Mensagens
Poesias Reunidas
Textos Para a Terceira Idade
Walkyria
Uma História em Três Tempos
Aconselhamento Matrimonial III

E-Mail: mik346@hotmail.com

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